Não dá para pensar em manter somente dois Nae's diante desta premissa, se levarmos em conta o ditado que diz" se você tem um, não tem nenhum; se você tem dois, pode ter um, se você tem três, então tem um.." e por aí adiante.
Se o planejamento da MB é atuar no sentido de domínio do atlantico sul, então deveriamos, ao meu ver, dispor no mínimo de quatro e não dois Nae. Porque obviamente, mesmo tendo quatro, dificilmente disporiamos deles ao mesmo tempo, quiçá no máximo dois, e com um pouco de sorte, talvez três. No caso de uma guerra, com certeza levariamos muito tempo, se o tivessemos, para disponibilizar todos eles.
Ao olharmos o mapa do Atlantico sul, podemos ver que a MB tem, por necessidade e principio, deter capacidade de atuar com suas FT's em ações de combate, concomitantemente em pelo menos três áreas externas, quer sejam, o estreitos de magalhães, a passagem de Drake e junto a linha do equador, divisória entre os atlanticos sul e norte. Sem essa condição de operar FT's destacadas nestas áreas, de forma independente e autonoma, sempre que a necessidade demandar, sem perder capacidade de defesa da ZEE's e zonas contíguas, jamais teremos uma defesa consistente nos tres aspectos da aplicação do poder naval que nos interessa explorar no AS; talvez no máximo uma capacidade relativizada pela incoerência dos meios dispostos.
Neste sentido, não creio que dois Nae's embora novos, nos possibilitem o dominio do AS nos aspectos supracitados. Não no nivel do desejo da MB. No máximo, eles serão bons demonstradores de bandeira, quando muito. Mas na hora da verdade, quando e se ela vier, temo não sermos se quer capazes de reconhecer nossa inabilidade e incoerência em estabelecer uma defesa realmente consistente e capaz. Em fim, não sejamos capazes de reconhecer que meia defesa não é igual a defesa inteira, ou que nossa maior defesa não são, e nunca foram, o Pelé ou a Gissele...
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abs.