Estudo de caso: Um míssil antinavio para a FAB

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Carlos Mathias

Re: Estudo de caso: Um míssil antinavio para a FAB

#16 Mensagem por Carlos Mathias » Dom Jul 31, 2011 11:28 am

Se não me engano, o MAN-1 será o ponto de partida de uma linha mais ampla de armas.
Tinham que começar com algo,e o já tínhamos os MM-38/40 nas mãos, algum conhecimento e etc.
Como nunca houver fartura de dinheiro e o dito cujo tem que ser gasto com o mínimo de risco possível, eu creio que a MB não quis reinventar a roda, mesmo que comece com uma rodinha de velocípede.

Mais lá na frente, se não me falhe a memória, alguém me falou numa micro turbina.

Também lá na frente já teremos acordos com outros países para produzir aqui sob licença outras armas.
Juntando todo esse conhecimento eu acredito que deverá sair um MAN-2 e aí sim, teremos uma arma mais eficaz.

Eu acho Leandro que as FAs fazem o que dá prá fazer com os limões que tem à mão, que obviamente não é o ideal, mas é melhor que não fazer nada.




Avatar do usuário
Brasileiro
Sênior
Sênior
Mensagens: 9408
Registrado em: Sáb Mai 03, 2003 8:19 pm
Agradeceu: 237 vezes
Agradeceram: 541 vezes

Re: Estudo de caso: Um míssil antinavio para a FAB

#17 Mensagem por Brasileiro » Dom Jul 31, 2011 11:38 am

knigh7 escreveu:O Harpoon será apenas para os P-3.
Com a integracào do Scipio do AMX ele estará adequado para lancamento de mísseis anti-navio. Talvez a FAB opte pelo MAN, já que ele será empregado no A-4.
O MAN ainda vai demorar um pouco, ainda mais uma versão aérea. É um caminho meio tortuoso, digamos. Até lá creio que a FAB deveria pensar em alguma solução para não ficar muito tempo sem a capacidade.

Até mesmo o A-4M deverá acabar indo de AM-39 também, junto com o EC-725.

Neste caso a FAB terá a opção de seguir (no caso do A-1) a experiência da Marinha ou a comunalidade com os Harpoon do P-3AM, num caminho próprio.

knigh7 escreveu:Olha,

O negócio é o seguinte: se a gente não arranja parceria de verdade com empresas externas com expertise (como foi com a Denel) e não põe muita grana, não tem jeito de não sair um Piranha ou um MAN da vida... ninguém faz milagre.
Com parceiro dá pra fazer coisa muito melhor do que uma cópia do AM-39. Mas se for só para fazer isso me parece que a MB está indo bem, os recursos estão vindo de outras fontes menos 'contingenciáveis', como a FINEP. Os motores estão em fase avançada, a ogiva não é segredo nenhum, o inercial também já está meio que superada e o radar também já tem verbas garantidas e um fornecedor experiente em radares e guerra eletrônica e grande parceiro de longa data da Marinha, a Omnisys.


abraços]




----------------
amor fati
Avatar do usuário
knigh7
Sênior
Sênior
Mensagens: 18744
Registrado em: Ter Nov 06, 2007 12:54 am
Localização: S J do Rio Preto-SP
Agradeceu: 1964 vezes
Agradeceram: 2490 vezes

Re: Estudo de caso: Um míssil antinavio para a FAB

#18 Mensagem por knigh7 » Dom Jul 31, 2011 4:10 pm

ter um acordo com a OMNISYS como fornecedora e desenvolvedora de sistemas do MAN não é pressuposto que ele terá esses sistemas no estado da arte. Depende muito do que a Thales repassará, e vale ressaltar que a Thales se utiliza de outros fornecedores, portanto não passíveis de transf. de tecnologia. E ainda tem o fator financeiro que limita. Vamos esperar. Essas questões de ToT e desenvolvimento são bem complexas.




Avatar do usuário
knigh7
Sênior
Sênior
Mensagens: 18744
Registrado em: Ter Nov 06, 2007 12:54 am
Localização: S J do Rio Preto-SP
Agradeceu: 1964 vezes
Agradeceram: 2490 vezes

Re: Estudo de caso: Um míssil antinavio para a FAB

#19 Mensagem por knigh7 » Dom Jul 31, 2011 4:19 pm

Brasileiro escreveu:
knigh7 escreveu:O Harpoon será apenas para os P-3.
Com a integracào do Scipio do AMX ele estará adequado para lancamento de mísseis anti-navio. Talvez a FAB opte pelo MAN, já que ele será empregado no A-4.
O MAN ainda vai demorar um pouco, ainda mais uma versão aérea. É um caminho meio tortuoso, digamos. Até lá creio que a FAB deveria pensar em alguma solução para não ficar muito tempo sem a capacidade.

Até mesmo o A-4M deverá acabar indo de AM-39 também, junto com o EC-725.

Neste caso a FAB terá a opção de seguir (no caso do A-1) a experiência da Marinha ou a comunalidade com os Harpoon do P-3AM, num caminho próprio.

Brasileiro,

O MAN fica pronto em 2016, a FAB irá receber os AMX paulatinamente a partir do final de 2012 e não vai ser de cara que a Forca vá tentar integrar um missíl ar-mar na aeronave. Antes vai se preocupar em adquirir proficiência nas missões que atuam com as novas capacidades. E há também os altos custos de integracão.
Ademais ela vai receber o FX2, onde as 3 opcões já tem missies ar-mar integrados (HARPOON, EXOCET E RBS 15).Para o FX2 ele vai utilizar um desses. Para o AMX, caso mesmo decida integrar um missil, pode ser o MAN ou se possível o missil do país fabricante do FX2. Certamente serão essas possibilidades.




Avatar do usuário
Túlio
Site Admin
Site Admin
Mensagens: 61513
Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
Localização: Tramandaí, RS, Brasil
Agradeceu: 6321 vezes
Agradeceram: 6673 vezes
Contato:

Re: Estudo de caso: Um míssil antinavio para a FAB

#20 Mensagem por Túlio » Dom Jul 31, 2011 4:23 pm

Até porque do Mar-mar para o Ar/Sub-mar a diferença é enorme, praticamente um novo míssil. Só ver o Exocet, não pegaram um MM-38/40 e penduraram num avião ou enfiaram num tubo de torpedo, fizeram o MM-39... :wink: 8-]




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Avatar do usuário
knigh7
Sênior
Sênior
Mensagens: 18744
Registrado em: Ter Nov 06, 2007 12:54 am
Localização: S J do Rio Preto-SP
Agradeceu: 1964 vezes
Agradeceram: 2490 vezes

Re: Estudo de caso: Um míssil antinavio para a FAB

#21 Mensagem por knigh7 » Dom Jul 31, 2011 4:26 pm

É.
É mais lógico a FAB acabar tendo o míssil ar-mar que já está integrado no caca do FX2 (pelo menos nesta década).




Avatar do usuário
Túlio
Site Admin
Site Admin
Mensagens: 61513
Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
Localização: Tramandaí, RS, Brasil
Agradeceu: 6321 vezes
Agradeceram: 6673 vezes
Contato:

Re: Estudo de caso: Um míssil antinavio para a FAB

#22 Mensagem por Túlio » Dom Jul 31, 2011 4:28 pm

Supondo-se que acabe a novela nesta década, né, truta? :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Avatar do usuário
knigh7
Sênior
Sênior
Mensagens: 18744
Registrado em: Ter Nov 06, 2007 12:54 am
Localização: S J do Rio Preto-SP
Agradeceu: 1964 vezes
Agradeceram: 2490 vezes

Re: Estudo de caso: Um míssil antinavio para a FAB

#23 Mensagem por knigh7 » Dom Jul 31, 2011 4:31 pm

Túlio escreveu:Supondo-se que acabe a novela nesta década, né, truta? :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:
Nem me fala [081] [081] [081]

Aliás a FAB já está planejando voltar ao mercado de cacas usados para substituir os M2000 quando darem baixa.




JL
Sênior
Sênior
Mensagens: 1960
Registrado em: Dom Nov 14, 2004 9:17 pm
Localização: Santos
Agradeceram: 63 vezes

Re: Estudo de caso: Um míssil antinavio para a FAB

#24 Mensagem por JL » Dom Jul 31, 2011 9:02 pm

Esta questão do míssil anti-navio da FAB é algo que me deixa enervado. Pensar que em 1982 os argentinos já tinham na Aviação Naval o Super Etandard integrado com o AM 39, enquanto a FAB passou décadas com bombas burras e foguetes como únicas armas disponíveis para enfrentar um navio hostil.
Quanto as opções Harpoon, RBS 15 e Exocet, são todos coisa do passado. Na minha humilde opinião o Brasil deveria ser armar com o seu produto nacional em quantidades satisfatórias com vista a promover a nossa independência e formentar a indústria nacional. E uma pequena quantidade no estado da arte, com novos mísseis com tecnologia furtiva, velocidade supersônica, novas capacidades de inteligência artificial etc. Os noruegueses tem o NSM:
http://en.wikipedia.org/wiki/Naval_Strike_Missile
Um modelo muito pesado mas que deve ser considerado o indiano Brahmos. Taiwan desenvolve o Hsiung Feng III, http://en.wikipedia.org/wiki/Hsiung_Feng_III.
Existem desenvolvimentos muito superiores dos já conhecidos Harpoon, Exocet o block 3, e até os israelenses tem o Gabriel 5 http://defense-update.com/products/g/gabriel_5.htm
Independente do modelo escolhido o programa nacional nunca deveria ser suprimido.




Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
Avatar do usuário
rodrigo
Sênior
Sênior
Mensagens: 12891
Registrado em: Dom Ago 22, 2004 8:16 pm
Agradeceu: 221 vezes
Agradeceram: 424 vezes

Re: Estudo de caso: Um míssil antinavio para a FAB

#25 Mensagem por rodrigo » Seg Ago 01, 2011 12:31 pm

bombas burras
Bomba burra e avião suicida...




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
sapao
Sênior
Sênior
Mensagens: 4009
Registrado em: Qui Jul 22, 2010 9:42 am
Agradeceu: 54 vezes
Agradeceram: 253 vezes

Re: Estudo de caso: Um míssil antinavio para a FAB

#26 Mensagem por sapao » Sex Ago 26, 2011 6:58 pm

A discussão é excelente, mas não podemos esquecer que não é missão da aviação de caça ataque naval, e caso passe a ser, não é uma tarefa que seria cumprida apenas com a compra de um missil.
Um navio é, de longe, o alvo mais complexo e bem protegido para ser atacado em um conflito.
Na minha opinião deveria haver uma unidade dedicada somente a isso, assim como para reconhecimento, supressão de AAe e assim por diante.
Que eu saiba, ataque naval somente o P-3 e deve continuar por um bom tempo assim.

Sobre o estoque de armas, basta ver o que temos de misseis HOJE para ver que bombas e foguetes para ataque naval ainda são, infelizmente, uma opção.




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
Avatar do usuário
Carlos Lima
Sênior
Sênior
Mensagens: 18932
Registrado em: Qui Mai 12, 2005 6:58 am
Agradeceu: 1275 vezes
Agradeceram: 631 vezes

Re: Estudo de caso: Um míssil antinavio para a FAB

#27 Mensagem por Carlos Lima » Sex Ago 26, 2011 7:04 pm

:shock: O A-1 não vai fazer ataque naval mesmo depois do 'upgrade'?

[]s
CB_Lima




CB_Lima = Carlos Lima :)
AlbertoRJ
Sênior
Sênior
Mensagens: 7163
Registrado em: Sex Out 07, 2005 8:20 pm
Localização: Rio de Janeiro - RJ

Re: Estudo de caso: Um míssil antinavio para a FAB

#28 Mensagem por AlbertoRJ » Sex Ago 26, 2011 11:21 pm

sapao escreveu:A discussão é excelente, mas não podemos esquecer que não é missão da aviação de caça ataque naval, e caso passe a ser, não é uma tarefa que seria cumprida apenas com a compra de um missil.
Um navio é, de longe, o alvo mais complexo e bem protegido para ser atacado em um conflito.
Na minha opinião deveria haver uma unidade dedicada somente a isso, assim como para reconhecimento, supressão de AAe e assim por diante.
Que eu saiba, ataque naval somente o P-3 e deve continuar por um bom tempo assim.

Sobre o estoque de armas, basta ver o que temos de misseis HOJE para ver que bombas e foguetes para ataque naval ainda são, infelizmente, uma opção.

Sapão, talvez uns 12 desses fosse um bom começo:

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/38/Tupolev_Tu-22m3.jpg

O que você acha?
Falo a sério.

[]'s




Alberto -
sapao
Sênior
Sênior
Mensagens: 4009
Registrado em: Qui Jul 22, 2010 9:42 am
Agradeceu: 54 vezes
Agradeceram: 253 vezes

Re: Estudo de caso: Um míssil antinavio para a FAB

#29 Mensagem por sapao » Sáb Ago 27, 2011 1:04 am

cb_lima escreveu::shock: O A-1 não vai fazer ataque naval mesmo depois do 'upgrade'?

[]s
CB_Lima
Veja bem CB, ter a CAPACIDADE de fazer não que dizer que ele vai fazer automaticamente, pelo menos é o que eu acho.
O F-5M tem essa capacidade, mas acho que só seria empregada em ultimo caso.

Como disse, atacar um navio (na verdade uma esquadra ou força tarefa, já que dificilmente um alvo da alto valor vai estar navegando sozinho no meio do mar) não é uma coisa do tipo "coloca ai o missil que eu vou lançar ele ali"; e algo muito complexo e tem que haver uma preparação séria, com muito treinamento.

Imagina atacar uma bateria AAe, que se move e esta em um ambiente aonda não existe relevo para você se ocultar e que vertamente vai estar MUITO mais bem armada e blindada do que você.

Esse é o meu ponto, não adianta pensarmos em comprar um missil antinavio para colocarmos em um caça se ele ( ou no caso a unidade) não tiver uma dedicação exclusiva para aquele tipo de missão; e que eu saiba na FAB hoje em dia so a Patrulha tem esse tipo de conhecimento.




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
sapao
Sênior
Sênior
Mensagens: 4009
Registrado em: Qui Jul 22, 2010 9:42 am
Agradeceu: 54 vezes
Agradeceram: 253 vezes

Re: Estudo de caso: Um míssil antinavio para a FAB

#30 Mensagem por sapao » Sáb Ago 27, 2011 1:05 am

AlbertoRJ escreveu:
sapao escreveu:A discussão é excelente, mas não podemos esquecer que não é missão da aviação de caça ataque naval, e caso passe a ser, não é uma tarefa que seria cumprida apenas com a compra de um missil.
Um navio é, de longe, o alvo mais complexo e bem protegido para ser atacado em um conflito.
Na minha opinião deveria haver uma unidade dedicada somente a isso, assim como para reconhecimento, supressão de AAe e assim por diante.
Que eu saiba, ataque naval somente o P-3 e deve continuar por um bom tempo assim.

Sobre o estoque de armas, basta ver o que temos de misseis HOJE para ver que bombas e foguetes para ataque naval ainda são, infelizmente, uma opção.

Sapão, talvez uns 12 desses fosse um bom começo:

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/38/Tupolev_Tu-22m3.jpg

O que você acha?
Falo a sério.

[]'s
Sacanagem Alberto, ai acaba com qualquer discussão... :)




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
Responder