TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
A morta Inês se revira no caixão...
27/07/2011
Boeing reativa lobby para venda de caças
Apesar de licitação ter sido suspensa por Dilma até 2012, fabricante dos F-18 avalia que este é o momento de convencimento e envia seu presidente ao País
Lisandra Paraguassu
O presidente da Boeing internacional, James McNerney Jr., vem ao Brasil na próxima semana em mais uma visita para tentar avançar nas negociações para a venda dos caças F-18 Super Hornet. Apesar de o governo brasileiro ter suspendido qualquer decisão sobre a compra dos caças até o início de 2012, a avaliação dos americanos é que este segundo semestre é o momento de convencimento.
A compra dos caças foi suspensa pela presidente Dilma Rousseff logo ao assumir o governo, em janeiro deste ano, por conta do ajuste fiscal. No mesmo momento, a presidente deixou claro que nenhuma das ofertas está fora do páreo e os equipamentos americanos e os suecos Saab Gripen seriam considerados - apesar da preferência pelos caças franceses Rafale demonstrada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim.
O recuo do governo brasileiro acendeu o alerta na França, que, depois de meses de conversa entre Lula e o presidente Nicolas Sarkozy, já dava como certo o negócio de R$ 12 bilhões. Ao mesmo tempo, elevou o interesse dos americanos, que viram no recuo brasileiro a chance de retomar as negociações.
O assunto foi tratado na visita do presidente Barack Obama, em março.
Argumentos. Obama defendeu os caças da Boeing alegando que eles têm a melhor tecnologia. Semanas antes, o senador republicano John McCain, ex-candidato à presidência dos Estados Unidos, também aproveitou uma visita ao Brasil para fazer lobby pela Boeing e garantir que o Congresso americano apoiaria a transferência de tecnologia exigida pelo Brasil.
Esse tem sido o ponto mais complicado da negociação com os americanos.
Os suecos e os franceses concordaram em fazer a transferência total de tecnologia. No caso dos Saab Gripen, a intenção da empresa era terminar o desenvolvimento dos caças junto com o Brasil. Os americanos eram mais resistentes. Obama garantiu a Dilma, no entanto, que o tema estava superado e os Estados Unidos iam garantir o mesmo pacote que os concorrentes.
A data da visita de James McNerney Jr. ainda não foi divulgada pela embaixada americana. O CEO da Boeing vem especificamente para Brasília, mas sua agenda ainda não está fechada.
27/07/2011
Boeing reativa lobby para venda de caças
Apesar de licitação ter sido suspensa por Dilma até 2012, fabricante dos F-18 avalia que este é o momento de convencimento e envia seu presidente ao País
Lisandra Paraguassu
O presidente da Boeing internacional, James McNerney Jr., vem ao Brasil na próxima semana em mais uma visita para tentar avançar nas negociações para a venda dos caças F-18 Super Hornet. Apesar de o governo brasileiro ter suspendido qualquer decisão sobre a compra dos caças até o início de 2012, a avaliação dos americanos é que este segundo semestre é o momento de convencimento.
A compra dos caças foi suspensa pela presidente Dilma Rousseff logo ao assumir o governo, em janeiro deste ano, por conta do ajuste fiscal. No mesmo momento, a presidente deixou claro que nenhuma das ofertas está fora do páreo e os equipamentos americanos e os suecos Saab Gripen seriam considerados - apesar da preferência pelos caças franceses Rafale demonstrada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim.
O recuo do governo brasileiro acendeu o alerta na França, que, depois de meses de conversa entre Lula e o presidente Nicolas Sarkozy, já dava como certo o negócio de R$ 12 bilhões. Ao mesmo tempo, elevou o interesse dos americanos, que viram no recuo brasileiro a chance de retomar as negociações.
O assunto foi tratado na visita do presidente Barack Obama, em março.
Argumentos. Obama defendeu os caças da Boeing alegando que eles têm a melhor tecnologia. Semanas antes, o senador republicano John McCain, ex-candidato à presidência dos Estados Unidos, também aproveitou uma visita ao Brasil para fazer lobby pela Boeing e garantir que o Congresso americano apoiaria a transferência de tecnologia exigida pelo Brasil.
Esse tem sido o ponto mais complicado da negociação com os americanos.
Os suecos e os franceses concordaram em fazer a transferência total de tecnologia. No caso dos Saab Gripen, a intenção da empresa era terminar o desenvolvimento dos caças junto com o Brasil. Os americanos eram mais resistentes. Obama garantiu a Dilma, no entanto, que o tema estava superado e os Estados Unidos iam garantir o mesmo pacote que os concorrentes.
A data da visita de James McNerney Jr. ainda não foi divulgada pela embaixada americana. O CEO da Boeing vem especificamente para Brasília, mas sua agenda ainda não está fechada.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Mais "notícias" diretamente do microondas, onde se requenta tudo quanto é comida velha e encalhada da geladeira.
Não reativou nada porque nunca foi desativado.
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- suntsé
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Eu acho que ele deveriam começar o convencimento nos tratando com mais respeito.Carlos Mathias escreveu:Mais "notícias" diretamente do microondas, onde se requenta tudo quanto é comida velha e encalhada da geladeira.
Não reativou nada porque nunca foi desativado.
Depois que o Obama abriu uma filial do FDA no Brasil sem consultar o nosso governo, eu acho que eles deram mais uma demonstração de que realmente são são os melhores parceiros a longo prazo em termos de defesa.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
O CM não respondeu a sua pergunta, portanto eu acho que ele ficou na duvida agora.GDA_Fear escreveu:CM,
Pelo T-50, e mais uma Centena de SU-35 a Dilma vai querer é fazer outra coisa contigo hahaha, será que tu topas isso também ( risos )
O patriotismo deles não iria a esses extremos
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Exato amigo, perfeito.
Podem requenta "notícias" milhões de vezes e os cras da Boeing declarar que vão entregar o lombo do Obama como ToT, mas se o GF de lá não mudar as atitudes, é só fumaça.
E para mudar as atitudes, vão ter de mudar a lei.
E mudando a lei, vão exportar empregos e renda, justamente agora que estão na lona.
Pode ser?
Pode!
E eu também posso ganhar na mega-sena.
Podem requenta "notícias" milhões de vezes e os cras da Boeing declarar que vão entregar o lombo do Obama como ToT, mas se o GF de lá não mudar as atitudes, é só fumaça.
E para mudar as atitudes, vão ter de mudar a lei.
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Pode ser?
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Que pese haver alguns erros, o infográfico do IG ficou muito bonito e bem feito!
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
IRIA!O CM não respondeu a sua pergunta, portanto eu acho que ele ficou na duvida agora.
O patriotismo deles não iria a esses extremos
Brasil acima de tudo!!!!!
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Seria infame demais os amerikwans nos passarem a perna enquanto descem o morro de skibunda powered by GE.
Tomaram um banho-de-salmora-pós-tronco na Índia, que agora além de caças russos está para escolher entre dois modelos europeus, deveriam valorizar o Brasil, que ainda pode escolher um caça deles.
Claro, é uma loteria apostar na proposta da Boeing. Tanto podem nos surpreender cumprindo o acordo, caso vençam, como podem nos deixar com cara de paisagem ao manterem o status patético dos amerikwans quanto à ToT.
Tomaram um banho-de-salmora-pós-tronco na Índia, que agora além de caças russos está para escolher entre dois modelos europeus, deveriam valorizar o Brasil, que ainda pode escolher um caça deles.
Claro, é uma loteria apostar na proposta da Boeing. Tanto podem nos surpreender cumprindo o acordo, caso vençam, como podem nos deixar com cara de paisagem ao manterem o status patético dos amerikwans quanto à ToT.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Entrevista publicada hoje
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/r ... 41915.htmlRafale: 'Temos uma capacidade operacional à frente dos concorrentes'
Apontado como preferido pelo governo brasileiro até 2010, caça francês é estimado o mais caro
“Se quiser ter uma ideia do custo, tem que colocar custo em relação ao benefício. Senão, não significa nada”. A afirmação é do coronel da aviação do exército francês Jean-Marc Merialdo, diretor do consórcio Rafale no Brasil sobre as críticas de que o caça oferecido pelo grupo é o mais caro na disputa: o pacote é estimado em US$ 6,2 bilhões.
“O nosso pacote de transferência de tecnologia não tem preço. É total, completo, de toda a tecnologia do avião de combate”, afirma Merialdo.
Os franceses afirmam que sua proposta oferece um “pacote amplo e completo de cooperação tecnológica e industrial, incluindo know how, softwares, hardware, processos e a entrega de todas as ferramentas e códigos-fonte necessários sem nenhum tipo de restrição”.
Propõem “transferência de 100% dos recursos de desenvolvimento da aeronave no Brasil” e asseguram que a indústria brasileira estará “diretamente envolvida no programa de desenvolvimento”, tonando-se “fornecedora direta”.
Saiba mais sobre o que diz Jean-Marc Merialdo sobre a proposta do Rafale:
iG: O ex-presidente Lula, quando estava à frente do governo, foi claro sobre sua preferência pelo Rafale. O senhor está otimista com a presidente Dilma em relação à escolha para o F-X2?
Jean-Marc Merialdo: Somos muito otimistas. Primeiro porque o governo mudou, mas as propostas não mudaram. O posicionamento das três empresas não mudou e, portanto, a avaliação que pode ser feita de cada uma delas. Segundo, confiamos na nossa proposta de transferência de tecnologia. Isso não tem preço. É garantida pelo governo francês e se baseia num leque de parcerias com a indústria brasileira e universidades, e se enquadra no âmbito de uma parceria estratégica firmada entre os presidentes Lula e Sarkozy no final de 2008.
iG: Qual diferencial do Rafale em comparação com as duas outras propostas?
Jean-Marc: Somos três competidores e os três não são da mesma classe. Temos dois aviões bimotores, o F-18 e o Rafale, que são aproximadamente da mesma classe, têm capacidade operacional parecida, embora o Rafale leve pequena vantagem e seja mais moderno. O outro avião (Gripen) é de classe diferente. Pelo tamanho e por sua capacidade operacional, se compara mais ao nosso Mirrage 2000, geração anterior ao Rafale. Então, eu diria primeiramente que o Rafale tem uma capacidade operacional à frente dos concorrentes.
iG: A Boeing afirma que o Rafale experimenta situações de combate pela primeira vez agora, na Líbia; a Saab, que a configuração do caça francês foi congelada na década de 1990. O que o senhor diz?
Jean-Marc: Ao contrário de muitos outros caças, o Rafale foi desenvolvido desde o início como polivalente, ou seja, é capaz de conduzir várias missões num mesmo voo. Isso foi comprovado na Líbia. Essa polivalência se deve a um dispositivo que chamamos de fusão de dados: permite reunir todas as informações de sensores internos e externos numa única tela. Ele começou a ser projetado em 86 e entrou em operação em 2004, mas a tecnologia não é congelada, é um a arquitetura aberta. Isso permite integrar novas funções e equipamentos o tempo todo. Mais uma vez: o Gripen é da classe do nosso Mirrage 2000. O Rafale é duas vezes mais potente, eficiente e capacitado.
iG: Estima-se que o Rafale seja mais caro: tanto no valor da venda e quanto na despesa para fazê-lo voar.
Jean-Marc: Numa competição você não divulga seu valor sob o risco de dar vantagem aos concorrentes. Sobre o custo de operação, não posso lhe dar figura por enquanto, porque elas estão sendo refinadas a cada vez mais, sobretudo nesta operação na Líbia. Posso dizer que ficam cada vez mais baixas. Se quiser ter uma ideia do custo tem que coloca-lo em relação ao benefício. Senão, não significa nada. Há dois aviões diferentes, é lógico que o custo de operação é diferente.
iG: E como o governo brasileiro poderá pagar pela compra do Rafale, caso o escolha?
Jean-Marc: Uma vez escolhido vendedor haverá uma negociação que vai entrar em detalhes na parte técnica, da transferência de tecnologia e da forma de pagamento. A proposta inclui um esquema de pagamento que depende estritamente do esquema de entrega dos aviões. Agora não se sabe se o Brasil vai pagar diretamente do Tesouro ou se vai recorrer a um empréstimo a bancos. Isso irá influir na forma de pagamento.
iG: O consórcio francês afirma que se o Rafale for escolhido irá gerar parcerias no Brasil que poderão cobrir 160% do valor do contrato de compra. Porém, já existem acordos fechados, inclusive com universidades. Essa iniciativa pode levar os parceiros a fazerem um coro a favor da Rafale?
Jean-Marc: É possível.
Editado pela última vez por knigh7 em Qui Jul 28, 2011 3:34 am, em um total de 1 vez.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Entrevista publicada hoje:
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica ... 83479.html'A Boeing é maior que as duas outras concorrentes juntas', diz diretor
Fabricante americana diz que com a presidenta Dilma voltou a concorrer “em pé de igualdade” na disputa pelos caças
Diferentemente das concorrentes que participam da disputa pela venda dos 36 caças que irão renovar a frota da FAB – a sueca Saab e o consórcio francês Rafale Internacional – os americanos da Boeing não mantêm escritórios no Brasil nem fecharam parcerias com empresas e universidades brasileiras. Enquanto os rivais europeus selam acordos com empresários no interior de São Paulo e de Minas Gerias, os executivos da Boeing afirmam seguir na disputa com mais tranquilidade: “Os outros concorrentes não têm como alcançar o mesmo nível de qualidade que o nosso”, afirma Thomas C. DeWald, diretor regional da fabricante para América Latina.
A preferência declarada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao francês Rafale também não preocupa a empresa, afirma o americano. “Com a chegada da presidenta Dilma, e essa disposição dela de rever todos os processos, achamos que o jogo começou de novo. Está todo mundo competindo em pé de igualdade”, diz enquanto a decisão não sai.
Mas tanta “tranquilidade” não significa inércia. Diante das investidas rivais em busca do contrato para fornecer os caças ao programa F-X2, os executivos da empresa reagiram. Recentemente propôs à Embraer 100 mil horas de trabalho de engenharia em conjunto “para trabalhar a capacidade de desenvolver novas configurações e usos para o avião”.
Saiba mais sobre o que diz Thomas C. DeWald sobre a proposta do F-18 Super Hornet.
iG: Até o fim da gestão do ex-presidente Lula, o governo brasileiro manifestou predileção pelo caça francês Rafale. Porém, há informações de que no relatório da FAB, os militares brasileiros teriam afirmado preferir o sueco Gripen. Como a Boeing se vê nessa disputa?
Thomas C. DeWald: Claramente, no final do governo Lula, havia inclinação para a escolha do Rafale, muito em decorrência da relação do Lula com o Sarcozy. Mas com a chegada da presidenta Dilma, e essa disposição dela de rever todos os processos, achamos que o jogo começou de novo. Está todo mundo competindo em pé de igualdade. Estou certo de que a proposta da Boeing é a mais consistente não só pela capacidade da própria Boeing e do F-18 Super Hornet, mas pela tecnologia e pelo valor econômico. Ampliar a capacidade de desenvolvimento na área aeroespacial é de muito interesse do governo brasileiro.
iG: Qual o diferencial do F-18 Super Hornet em relação aos outros dois concorrentes?
DeWald: O Super Hornet sempre foi a melhor aeronave para o governo brasileiro, se considerar custo-benefício. A principal vantagem é que o Super Hornet é bastante conhecido e tem diversas experiências em situações de combate, além de grande capacidade de produção e manutenção. Além disso, conta com todo apoio e infraestrutura da própria Boeing, que é uma empresa maior que as outras duas concorrentes juntas. É um caça que tem muito mais unidades produzidas que os outros dois. E a capacidade operacional da Boeing é sempre ressaltada, especialmente se comparada aos dois concorrentes.
iG: O senhor afirma que a proposta do F-18 Super Hornet é melhor sobretudo pelo custo-benefício? Qual o valor de venda do caça e o custo de operação por hora de voo?
DeWald: Preço de venda do caça é uma questão estratégica na competição. Tenho certeza de que a nossa proposta é a mais consistente e a melhor. O custo de operação do Super Hornet é de US$ 3.200 incluindo combustível e manutenção. É um custo bastante baixo. E é o único comprovado, não é estimativa. O Gripen sequer foi construído e o Rafale está experimentando situações de combate pela primeira vez agora, na Líbia. O F-18 tem milhares de horas de voo e milhares de unidades produzidas.
iG: Em relação à transferência e ao compartilhamento de tecnologia, a proposta americana é integral?
DeWald: A transferência de tecnologia foi completamente aprovada pelo governo norte-americano, tem apoio do presidente Barack Obama, do Congresso e do Departamento de Defesa. Nós oferecemos à Embraer a possibilidade de fazer a montagem final no Brasil, além de uma série de transferências tecnológicas dentro da área de engenharia e montagem e manutenção. A Boeing também propôs à Embraer 100 mil horas de trabalho de engenharia em conjunto para trabalhar a capacidade de desenvolver novas configurações e usos para o avião. O Brasil é totalmente capaz de desenvolver novas características para esse.
iG: O consórcio Rafale afirma que tem o caça mais moderno nesta competição e os suecos defendem que o Gripen NG, que eles propõem desenvolver conjuntamente com o Brasil, será mais barato e melhor que os adversários. Como o senhor avalia as afirmações dos concorrentes?
DeWald: Quando você olha para todo o pacote que a Boeing tem para oferecer ao governo brasileiro, inclusive na área de defesa, e, economicamente falando, os outros concorrentes não tem como alcançar o mesmo nível de qualidade. Se for analisar a avaliação de risco, o Super Hornet é comprovadamente o que mais foi testado e o que tem mais unidades produzidas. Os EUA vão usar essa aeronave até 2035, são pelo menos mais 20 anos de produção contínua de peças, que vai acompanhar o pacote que envolve o avião. Dependendo da demanda e de novas ameaças que possam vir a surgir, há espaço para inovações tecnológicas.
iG: O presidente Barack Obama visitou há pouco o Brasil. Houve algum indicativo sobre a decisão final da compra sobre o F-X2?
DeWald: O governo tem nos dito que a decisão será tomada até o fim deste ano, mas não haverá pagamento até 2012. Encaramos essa fase atual como uma boa oportunidade para estreitar os laços com parceiros anteriores ao processo e para conhecer melhor o mercado brasileiro sua capacidade produtiva e de manutenção. Podem surgir oportunidades de parcerias. Há diversos contatos com universidades brasileiras, por meio de uma unidade chamada Boeing Research Tecnology (Boeing Pesquisa e Tecnologia). Há conversas bastante adiantadas na área de biocombustível.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
entrevista publicada hoje:
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica ... 38311.htmlSaab: 'O Brasil vai continuar a depender de tecnologia estrangeira?'
Suecos insistem em projeto mais barato para o Brasil e afirmam que optar por desenvolver tecnologia própria é decisão política
Único monomotor na disputa pelo reaparelhamento da frota de caças brasileiros da FAB, o Gripen tenta convencer o governo brasileiro de que pode ser tão capaz e eficiente quanto os caças Rafale (francês) e F-18 Super Hornet (americano). “Nós não somos nem melhores nem piores”, diz o representante da fabricante sueca Saab no Brasil, Bengt Janér. “Mas estamos quebrando um paradigma”, afirma o executivo.
Os suecos contam com a simpatia de militares de Aeronáutica e prometem não só o menor preço – estima-se que o caça Gripen custe US$ 4 bilhões –, mas também a melhor condição de pagamento. “Preço fixo, nenhum desembolso nos primeiros 8 anos, parcelamento em 15 anos e utilização da moeda de preferência (euro ou dólar)”, anuncia a proposta de divulgação.
Os suecos também afirmam que 30% dos investimentos resultantes dessa parceria permanecerão no Brasil. E para entender o que isso significa, eles vão além: garantem que a indústria nacional desenvolverá até 40% de todo o programa Gripen no mundo.
O argumento final tenta convencer o governo brasileiro a favor monomotor: transferência total de tecnologia para o País, o que inclui códigos-fonte e propriedade intelectual. “A tecnologia desenvolvida aqui não será produzida em nenhum outro país, incluindo a Suécia. O Brasil será exportador”, prometem.
A seguir, saiba mais o que diz Janér sobre a proposta do Gripen NG.
iG: Os concorrentes acusam o Gripen NG de nem existir. Afirmam que a opção pelo caça significa realizar uma compra “no escuro”. Em que consiste a proposta de criar um caça em parceria com o Brasil?
Bengt Janér: Hoje existem 232 caças Gripen voando em cinco forças aéreas: Suécia, Hungria, República Tcheca, África do Sul e Tailândia. Estamos propondo, a partir desses caças, uma parceria com o Brasil para desenvolver a nova geração. Continua monomotor, o que faz dele extremamente econômico, só que com aumento de tração. Estamos aumentando o alcance em mais de 40%; trocando o trem de pouso da fuselagem para as asas; instalando novo radar e integrando novos armamentos, sensores, computadores e softwares. O Brasil vai continuar a depender de tecnologia estrangeira ou vai ter a sua própria? O significado maior da parceria é esse.
iG: O ex-presidente Lula declarou a preferência pelo francês Rafale, mas há informações que no relatório da FAB os militares teriam declarado apoio ao Gripen. Como o senhor define a vantagem do caça sueco?
Janér: Pelas nossas estimativas, o Gripen custa hoje aproximadamente US$ 5 mil a hora de voo (incluindo o combustível sobressalente, a manutenção e o óleo lubrificante), enquanto que um Rafale custa US$ 20 mil e o da Boeing US$, 10 mil. Quando você tem dois motores, você carrega um peso muito maior, o que faz dos outros caças mais caros. E eles não carregam mais armamentos ou carga que os monomotores. Têm uma tração boa, mas são mais caros. Nós não somos nem melhores nem piores.
iG: O senhor afirma que não risco em apostar em um projeto que ainda vai ser desenvolvido?
Janér: Temos uma janela de oportunidade que estamos dispostos a compartilhar. Insisto, o problema dos outros é que já estão prontos e, portanto, não tem como fazer isso, até porque o projeto deles foi congelado vários anos atrás. Por exemplo, a Boeing teve a configuração do F-18 Super Hornet congelada na década de 1980, o Rafale, em 90. Vejo uma bifurcação: uma coisa é você viver num mundo onde você faz trocas comerciais para aumentar a margem de algumas empresas, a outra é desenvolver sua própria tecnologia.
iG: Os concorrentes afirmam que a configuração de seus caças é uma arquitetura aberta, que pode ser modernizada por mais 30 anos, que é o tempo de vida dos caças...
Janér: Estamos quebrando um paradigma. Você congela a configuração de uma aeronave muito antes de ela entrar em operação. E não se muda computadores e sensores a toda hora. Uma aeronave dura aproximadamente 30 anos e nesse período é feita uma atualização de meia vida, em que se troca computadores e etc. Criar uma nova geração de Gripens ficará muito mais barato no que diz respeito a integrar armamentos e outras peças. Colocar novos armamentos nos outros é possível, mas muito mais caro.
iG: A principal defesa do projeto Gripen se baseia no apelo de o caça ser mais barato. O senhor considera esse motivo suficiente para justificar uma opção de compra que também é política?
Janér: A questão da tecnologia é uma decisão política. As empresas brasileiras que participarem do processo poderão utilizar tecnologias em outras áreas, por que a gente prometeu compartilhar a propriedade intelectual de tudo que for desenvolvido em conjunto. Mas o orçamento é importante. O gasto com manutenção sai do orçamento da Aeronáutica. Geralmente são 75% com pessoal, 25% custeio e 5% investimentos. Quando há um corte de orçamento, como houve esse ano, todo mundo sente. O comandante terá que decidir que aeronave deixar no chão.
iG: Assim como os franceses, os suecos também investem em parcerias com empresas brasileiras. É um jeito de conquistar adeptos ao projeto?
Janér: Estamos investindo no Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB), em São Bernardo do Campo (SP). Temos interesse em profissionais qualificados e acreditamos que haverá demanda de mão de obra. Nossos planos incluem investir na fabricação de aeroestruturas em parceria com indústrias nacionais. Por exemplo, a produção da fuselagem central, traseira e das asas do Gripen NG, independentemente do resultado disputa, será feito por uma empresa brasileira.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica ... 83946.htmlRafale, Super Hornet e Gripen travam 'guerra' por venda de caças
Ironias, autoelogios e contratos paralelos são estratégias das fabricantes francesa, americana e sueca em busca de contrato bilionário com Brasil
O adiamento da decisão sobre os caças que vão reequipar a FAB (Força Aérea Brasileira) colocou as três fabricantes concorrentes em clima de vale-tudo. De ironias entre adversários a acordos antecipados com empresas brasileiras, as ações promovidas no “tempo de espera” mostram que franceses, americanos e suecos estão em “guerra” nesta disputa. Estima-se que a negociação do F-X2, programa brasileiro para a compra de 36 caças que deverão reforçar a frota da aviação de combate, movimente cifras entre R$ 10 bilhões e R$ 25 bilhões nos próximos 30 anos.
“Se o governo brasileiro comprar caças prontos, o que é muito mais caro, estará fazendo um tipo de escambo”, dispara Bengt Janér, representante da sueca Saab. A empresa promete construir o Gripen NG (Nova Geração) em parceria com engenheiros da Embraer. “Estamos aumentando o alcance do caça em mais de 40%; vamos instalar novos armamentos, radares, sensores, computadores e softwares. E propomos fazer isso com a indústria brasileira”.
“O F-18 (Super Hornet) e o Rafale têm capacidade operacionais parecidas, embora o Rafale leve pequena vantagem e seja mais moderno. O Gripen se compara ao nosso Mirage 2000, geração anterior de caças”, rebate Jean-Marc Merialdo, do consórcio francês. “Somos otimistas. O governo mudou, mas as propostas não mudaram. E, portanto, não mudou a avaliação que pode ser feita de cada uma delas”, gaba-se sobre a preferência ao Rafale anunciada pelo governo brasileiro até 2010.
“A Boeing é uma empresa maior que as duas concorrentes juntas. Nosso preço é o mais baixo e o único comprovado. O Gripen sequer foi construído e o Rafale está experimentando situações de combate pela primeira vez agora (na Líbia)”, desdenha Thomas C. DeWald, da Boeing. “A capacidade operacional do Super Hornet é sempre ressaltada, especialmente se comparada aos dois concorrentes”, continua DeWald.
Corrida por fora
Com exceção dos americanos, os representantes do Rafale e do Gripen juram que não foram informados pelo governo brasileiro sobre o prazo para que a escolha seja anunciada. “O governo tem nos dito que a decisão será tomada até o fim deste ano, mas não haverá pagamento até 2012”, diz Thomas DeWald, antecipando-se aos rivais.
Embora mostre-se com informações privilegiadas sobre o certame, a empresa americana é a única que não possui escritório em Brasília e nem formalizou negociações paralelas com empresários brasileiros. “Aproveitamos esse período para conhecer melhor o mercado. Temos conversas bem adiantadas na área de biocombustíveis”, resume o executivo da Boeing.
Avant-garde nesta missão, franceses do consórcio Rafale (composto pela Dassault, Snecma e Thales) aproveitam o que chamam de “tempo livre” para investir junto ao empresariado brasileiro. Perguntado se a iniciativa pode garantir mais apoio à compra do Rafale, Jean-Marc Merialdo não vacila: “É possível”.
As negociações renderam até agora acordos com 42 empresas – sobretudo da região de São Bernardo do Campo (SP) –, que ganharam a garantia de serem fornecedoras do grupo caso o Rafale seja escolhido como o caça de combate da FAB.
“Aproveitamos a demora da decisão para promover uma série de seminários a fim de nos aproximar da indústria brasileira, principalmente a de menor porte”, acrescenta Merialdo. “Entre esses potenciais parceiros também destacamos as universidades e centros de treinamento, porque vamos dar apoio às nossas empresas com a formação de pessoal qualificado. Não que o Brasil não os tenha, mas a demanda é muito superior à existente.”
Em maio, a sueca Saab inaugurou o Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro, também em São Bernardo. O investimento anunciado foi de R$ 50 milhões no prazo de 5 anos. Atualmente, o centro é gerido de forma independente e congrega empresas ligadas ao projeto sueco.
Já os franceses dizem que se o Rafale for eleito poderão aportar até R$ 13 bilhões no Brasil, “gerando atividades” junto às indústrias parceiras.
- Boss
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Tomara seja assim mesmo.knigh7 escreveu: iG: O presidente Barack Obama visitou há pouco o Brasil. Houve algum indicativo sobre a decisão final da compra sobre o F-X2?
DeWald: O governo tem nos dito que a decisão será tomada até o fim deste ano, mas não haverá pagamento até 2012. Encaramos essa fase atual como uma boa oportunidade para estreitar os laços com parceiros anteriores ao processo e para conhecer melhor o mercado brasileiro sua capacidade produtiva e de manutenção. Podem surgir oportunidades de parcerias. Há diversos contatos com universidades brasileiras, por meio de uma unidade chamada Boeing Research Tecnology (Boeing Pesquisa e Tecnologia). Há conversas bastante adiantadas na área de biocombustível.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Carlos Mathias escreveu:Mais "notícias" diretamente do microondas, onde se requenta tudo quanto é comida velha e encalhada da geladeira.
Não reativou nada porque nunca foi desativado.
Nunca foi desativado, mas também não estava ativo..eu diria que estava paralisado.