talharim escreveu:Tem que dar um basta com esses terroristas de merda !!!
Um ataque nuclear arrasador na Libia serviria de exemplo.
Afinal parece que é a Noruega que precisa de um ataque nuclear arrasador.
Afinal temos de ser coerentes, não é?
O norueguês que queria subjugar a Europa
24 de Julho de 2011, 01:57
«Foi horrível, mas necessário». Estas são as palavras que a comunicação social na Noruega atribui a Anders Behring Breivik, o confesso autor da explosão em Oslo e dos disparos na ilha de Utøya, ao ser confrontado pelos interrogadores.
Esta gelada determinação perpassa por algumas citações retiradas das 1518 páginas de um manifesto escrito por Breivik que se encontra online e cuja autenticidade foi confirmada por fontes policiais contactadas pelo The New York Times e pela televisão norueguesa.
O manifesto intitula-se «2083: Uma Declaração de Independência Europeia» e foi publicado no Stormfront.org, um sítio de defensores da supremacia branca. O documento foi descoberto por um blogger americano, Kevin I. Slaughter.
O que se segue é uma transcrição do post de Blake Hounshell feita no sítio Foreign Policy.
No manifesto, Breivik declara-se «um comandante cavaleiro da justiça» e um membro proeminente de um «refundado» grupo de Cavaleiros Templários, formado numa reunião organizada em Abril de 2002, em Londres. O grupo fundador tem nove membros, além de um número não-especificado de simpatizantes que não puderam comparecer.
«O nosso objetivo» – escreveu ele no manifesto – «é tomar o controlo político e militar dos países europeus ocidentais» e implementar nesses países uma «política cultural conservadora». Numa linguagem que o blogger classifica como «apocalíptica», o grupo defende ataques aos «traidores» na Europa que permitem que muçulmanos estejam a conquistar o continente.
Em 2010, contava já ter provocado «não mais de 45 mil mortos e 1 milhão de feridos» nos «marxistas/multiculturalistas» na Europa Ocidental. «O tempo para o diálogo acabou. Demos uma oportunidade à paz. O tempo para a resistência armada começou.»
Slaughter relata que o manifesto é também um extenso manual de instruções para «praticamente tudo, desde como fazer uma bomba, angariar fundos e preparar-se psicologicamente para o que o autor descreve como uma «guerra civil» entre «patriotas nacionalistas» e os «multiculturalismos que estão a destruir a civilização europeia.»
O documento contém várias fotografias de Breivik.
No manifesto ele relata em grande detalhe as suas tentativas de construir secretamente uma bomba à base de fertilizantes capaz de matar o maior número possível de pessoas.
E embora no documento sejam frequentes as manifestações de ódio contra os muçulmanos, Breivik admite sentir admiração pelos terroristas da Al Qaeda, pois considera-a uma das duas únicas «organizações militares de sucesso» devido à «superior adaptação estrutural».
«Se Maomé fosse vivo hoje», escreve, «Bin Laden seria o seu ajudante de comando». E declara: «Se não estás disposto a operações suicidas ao serviço de uma causa maior, então os Cavaleiros Templários do PCCTC não são para ti».
(PCCTC é um acrónimo para Pauperes commilitones Christi Templique Solomonici, ou seja, «os pobres cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão».)
Outra das frases de Breivik citadas por Slaughter: «Para que os ataques possam ter um efeito influente, assassínios e a utilização de armas de destruição massiva devem ser considerados».
E esta: «Eles, os nazis dos nossos tempos, chamar-nos-ão terroristas».
Finalmente, como quem escreve um diário: «Acredito que esta é a minha última entrada. É agora sexta-feira, 22 de Julho, 12.51.»
Pelas 15.30, explodia a bomba em Oslo.
@SAPO
http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1170533.html
Segundo diz o seu advogado, o autor confesso dos ataques considera que não agiu mal.
"No espirito dele, ele acha que não fez nada de repreensível", disse Geir Lippestad a cadeia de televisão NRK.
Já antes a policia tinha dito que Anders Behring Breivik "admitia a autoria dos ataques mas não a responsabilidade criminal".
Embora Breivik afirme ter agido sozinho, a polícia norueguesa continua a investigar a hipótese de ter havido um segundo atirador, como indicam alguns testemunhos de sobreviventes de Utoya.
À medida que o tempo passa começam a surgir indícios que podem lançar alguma luz sobre as motivações do alegado terrorista.
Um perfil radicalSe nas redes sociais Breivik se descrevia a si próprio como um cristão conservador e contrário ao multiculturalismo social, outros documentos, vindos a lume nas últimas horas, pintam um retrato bem mais radical do seu perfil.
Num vídeo publicado no You Tube horas antes dos atentados, o autor confesso dos ataques explica os pontos essenciais da ideologia nacionalista e anti-islâmica que o motivaram a agir.
No vídeo de 12 minutos, entretanto já retirado pelo You Tube, Anders Breivik explica, também, em pormenor, como planeou os massacres, desde 2009.
Em algumas mensagens colocadas nos últimos meses em redes sociais dava já a entender o posicionamento ideológico.
Odio ao islão e ao "multiculturalismo"Num post colocado, em dezembro de 2009, num fórum norueguês da internet, Breivik queixava-se da forma como os jovens noruegueses eram vítimas de violência por parte de jovens imigrantes islâmicos:
Já dois meses antes, noutra mensagem, incitava o fundador do fórum, identificado por “Hans” a desenvolver uma alternativa ao que disse ser “os grupos marxistas violentos Blitz, SOS Rasisme e Rod Ungdom ” noruegueses.
“Não podemos aceitar que o partido trabalhista esteja a subsidiar esta “Juventude Stoltenbergiana” [alusão ao nome do primeiro-ministro trabalhista Jens Stoltenberg] que está sistematicamente a aterrorizar os politicamente conservadores”.
O acampamento da ilha de Utoya pertencia à juventude trabalhista e no dia do massacre estava previsto que o primeiro-ministro se deslocasse ao local.
Manifesto de 1500 páginasNo próprio dia dos atentados, veio a lume um manifesto de 1500 páginas, atribuído a “Andrew Berwick”, embora no interior do documento o autor se identifique como Anders Behring Breivik , incluindo várias das suas fotografias.
A autoria do documento, que combina as funções de diário, diatribe poltica e plano de ação não foi oficialmente confirmada, mas a polícia indicou ao jornal norueguês VG que o mesmo está “relacionado” com os ataques de sexta-feira.
“Se estiverem preocupados com o futuro da Europa Ocidental acharão esta informação interessante e muito importante” escreve o autor na introdução, acrescentando que o documento lhe levou nove anos a concluir.
O “manifesto”, critica o governo do primeiro-ministro Stoltenberg e do partido trabalhista a quem acusa de “perpetuar ideias “marxistas e multiculturalistas” e de contaminar a juventude com essas mesmas ideias, de forma a permitir “a islamização da Europa”.
Guerra Civil EuropeiaO documento, intitula-se “2083 uma Declaração de Independência”. O autor explica que a data se refere ao ano em que ele acredita que terminará uma guerra civil europeia, que terá como resultado a execução dos “marxistas culturais” e a expulsão dos muçulmanos.
A referida guerra civil viria em três fases que o autor detalha exaustivamente, indo ao pormenor de prever as datas em que cada uma delas terá início.
A fase final contempla “a deposição dos líderes europeus" e “a implementação de uma agenda política culturalmente conservadora”.
O autor diz que foi levado a agir pelo envolvimento do governo norueguês na campanha militar da NATO do Kosovo em 1999 e alega que os ataques aéreos da aliança visaram erradamente “os nossos irmãos sérvios” que queriam “expulsar o islão, deportando os muçulmanos albaneses para a Albânia”.
Critica também o que diz ser “a cobardia” do governo norueguês na forma como lidou com questão das caricaturas de Maomé”, numa referencia às desculpas apresentadas pela Noruega, aquando da publicação dos polémicos desenhos por alguns jornais privados do país.
De caminho ataca ainda o Comité Nobel e os Estado norueguês por ter atribuído o Prémio Nobel da Paz ao antigo líder palestiniano Yasser Arafat”
"Vão chamar-me monstro"“ A situação é caótica” diz o autor, afirmando que “milhares de muçulmanos” estão a chegar anualmente à Noruega, “estes traidores suicidas tem de ser detidos”, escreve.
O manifesto inclui conselhos de como evitar a deteção das autoridades para quem procurar informações na internet sobre o fabrico de bombas. O autor especula ainda sobre a reação da sociedade e da imprensa no caso de ele sobreviver à sua ação terrorista, prevendo que a sua vida será “um inferno na terra”.
“Não só todos os meus amigos e família me detestarão e me chamarão um monstro: Os meios de comunicação globais ao serviço do multiculturalismo não vão ter mãos a medir, imaginando várias formas de me assassinar o caráter, vilificar e demonizar” escreve.
A 22 de julho, a data dos atentados, escreve “O velho ditado ‘se queres que algo seja feito fá-lo tu próprio’ é tão relevante agora como antigamente (…) creio que esta será a minha última entrada. São 12.51 horas de sexta-feira, dia 22 de julho” termina.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?t= ... ual=3&tm=7