Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.
Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação
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PRick
#1636
Mensagem
por PRick » Ter Jul 19, 2011 12:38 pm
Franz Luiz escreveu:Pelo que me lembro de ter lido nas revistas da década de 80 ou 90 foi que a opção
pela turbina também se devia a possibilidade de utilizar múltiplos combustíveis, facilitando
disponibilidade e logística.
Ou minha memória me trai ?
Um motor convencional também pode ser projetado para tal.
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joao fernando
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#1637
Mensagem
por joao fernando » Ter Jul 19, 2011 12:49 pm
Franz Luiz escreveu:Pelo que me lembro de ter lido nas revistas da década de 80 ou 90 foi que a opção
pela turbina também se devia a possibilidade de utilizar múltiplos combustíveis, facilitando
disponibilidade e logística.
Ou minha memória me trai ?
Exato. Um motor de combustão, queima qualquer coisa, mas precariamente. Já a turbina, se queima, a FADEC acerta a mistura e já era
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Reginaldo Bacchi
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#1638
Mensagem
por Reginaldo Bacchi » Ter Jul 19, 2011 2:33 pm
joao fernando escreveu:
Já a turbina, se queima, a FADEC acerta a mistura e já era
Por favor, será que você poderia explicar o que esta frase quer dizer?
Eu não entendi.
Bacchi
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Glauber Prestes
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#1639
Mensagem
por Glauber Prestes » Qua Jul 20, 2011 3:38 am
Reginaldo Bacchi escreveu:joao fernando escreveu:
Já a turbina, se queima, a FADEC acerta a mistura e já era
Por favor, será que você poderia explicar o que esta frase quer dizer?
Eu não entendi.
Bacchi
FADEC, ou Full Authority Digital Engine (ou Eletronics), é um computador responsável por, principalmente, sempre elevar ao máximo a performance de um motor, controlando a injeção de combustível, e o tempo da ignição (e em alguns casos, a admissão do ar e a temperatura do conjunto do motor) já que historicamente, os motores aeronáuticos (os primeiros a receber o FADEC) tem altitude, temperatura, e outros fatores que devem ficar numa faixa considerada ótima para que a queima seja satisfatória, e não haja qualquer falha deste motor.
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Moccelin
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#1640
Mensagem
por Moccelin » Qua Jul 20, 2011 7:17 am
Resumindo, é a "injeção eletrônica" das Turbinas, que torna possível queimar "qualquer coisa" em uma turbina com uma boa eficiência.
Infelizmente isso é impossível de se alcançar com um motor de combustão interna, a não ser quando conseguirem mudar a taxa de compressão automaticamente (diminuindo e aumentando a biela ou abaixando o cabeçote) e, por obvio, mudar os tempos do comando de válvula automaticamente (isso já existe nos motores CVVT, ou continuous variable valve timing). Nossos "Flex", por exemplo, é uma "gambiarra eletrônica", que só muda os tempos de ignição (a única coisa facilmente alterável) pra evitar pré-detonação com a gasolina e conseguir um índice aceitável de eficiência com álcool, mas não queima nenhum dos dois com alta eficiência.
E aí surge minha dúvida... Como fazem pra grandes motores, desenvolvidos para queimar diesel originalmente, conseguirem queimar "tudo"??? Como superam a diferença dos sistemas Diesel e Otto???
Se fosse apenas os combustíveis altamente inflamáveis até dava pra entender, mas Diesel só queima em altíssimas pressões (comparado com as pressões que já são capazes de causar pré-ignição em motores Otto.
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Reginaldo Bacchi
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#1641
Mensagem
por Reginaldo Bacchi » Qua Jul 20, 2011 7:31 am
glauberprestes escreveu:Reginaldo Bacchi escreveu:
Por favor, será que você poderia explicar o que esta frase quer dizer?
Eu não entendi.
Bacchi
FADEC, ou Full Authority Digital Engine (ou Eletronics), é um computador responsável por, principalmente, sempre elevar ao máximo a performance de um motor, controlando a injeção de combustível, e o tempo da ignição (e em alguns casos, a admissão do ar e a temperatura do conjunto do motor) já que historicamente, os motores aeronáuticos (os primeiros a receber o FADEC) tem altitude, temperatura, e outros fatores que devem ficar numa faixa considerada ótima para que a queima seja satisfatória, e não haja qualquer falha deste motor.
Obrigado.
Bacchi
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#1642
Mensagem
por joao fernando » Qua Jul 20, 2011 9:44 am
Báh, só tem especialista aqui
Isso mesmo, num motor a pistão, se exige a troca de taxa de compressão e sistema de ignição, alem de alteração no comando de valvulas
Já numa turbina, se altera o volume injetado para acertar a relação ar-combustivel, e voilá. Rende o maximo com qualquer coisa
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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PRick
#1643
Mensagem
por PRick » Qua Jul 20, 2011 10:46 am
joao fernando escreveu:Báh, só tem especialista aqui
Isso mesmo, num motor a pistão, se exige a troca de taxa de compressão e sistema de ignição, alem de alteração no comando de valvulas
Já numa turbina, se altera o volume injetado para acertar a relação ar-combustivel, e voilá. Rende o maximo com qualquer coisa
Hoje com as injeções eletrônicas também é possível usar mais de um combustível nos motores, no entanto, duvido que mesmo as turbinas funcione igual com todos eles. Inclusive com o uso de alcool por exemplo.
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#1644
Mensagem
por gral » Qua Jul 20, 2011 10:49 am
PRick escreveu:Um motor convencional também pode ser projetado para tal.
Pode, mas as tentativas anteriores à turbina do Abrams(Leyland L60 do Chieftain, 5TD do T-64) fracassaram. Hoje em dia motores multicombustível são factíveis, na época, nem tanto.
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joao fernando
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#1645
Mensagem
por joao fernando » Qua Jul 20, 2011 10:51 am
Negativo Prick, mesmo com a injeção, o motor funciona mal com cada combustivel. E não estamos falando de motores a gasolina, mas a diesel, que trabalham com injeção
Não sei como se comportaria um motor flex diesel, mas entendo que na turbina, se queima, e se ajustando a relação ar combustivel, se obtem a queima perfeita. Obvio, cada material vai gerar diferentes potencias, mas será melhor que o motor ciclo diesel
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Moccelin
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#1646
Mensagem
por Moccelin » Qua Jul 20, 2011 11:14 am
Pois é, não basta apenas a injeção ser capaz de dosar. Num motor de combustão interna, tanto ciclo Diesel quanto Otto, a taxa de compressão e tempos de abertura e fechamento de válvulas são imprescindíveis.
A abertura e fechamento já existe solução (motores com sistemas CVVT), mas pra taxa de compressão não! E aí os motores multi combustível costuma ser ineficiente quando não estão rodando com o combustível principal. Ou então rodam ineficientemente em todos os combustíveis (sistema "flex" brasileiro) já que trabalham no "meio termo" entre os combustíveis previstos.
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#1647
Mensagem
por eligioep » Qua Jul 20, 2011 11:15 am
O motor MTU do Leopard 1 e 2 é projetado para usar qualquer tipo de diesel usados pelos membros OTAN, e até usar querosene de aviação em caso extremo. Isso nos foi demonstrado, em bancada lógico, com dinamômetro, mas funcionou.
O resultado foi como os nossos flex: excelente funcionamento com combustível original (diesel alemão), razoável com outros e ruim com querosene. Neste combustível ele só alcançava 60% de sua potência máxima, mas o suficiente para sair de uma situação crítica ou sob ameaça do inimigo.
E não houveram modificações no motor entre um combustível e outro, e nem eletronicas, apenas desconectava-se uma mangueira e conectava outra...
Com querosene o motor ficou ruim de pegar, funcionamento irregular, fumacento e muito barulhento. Mas dava para se safar de alguma ameaça...
Editado pela última vez por
eligioep em Qua Jul 20, 2011 11:18 am, em um total de 1 vez.
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PRick
#1648
Mensagem
por PRick » Qua Jul 20, 2011 11:18 am
joao fernando escreveu:Negativo Prick, mesmo com a injeção, o motor funciona mal com cada combustivel. E não estamos falando de motores a gasolina, mas a diesel, que trabalham com injeção
Não sei como se comportaria um motor flex diesel, mas entendo que na turbina, se queima, e se ajustando a relação ar combustivel, se obtem a queima perfeita. Obvio, cada material vai gerar diferentes potencias, mas será melhor que o motor ciclo diesel
O problema não é só o funcionamento, mas os possíveis danos, o álcool por exemplo é altamente corrosivo, se não existir um preparo prévio do motor, vai acabar com a vida útil dele, me parece ser o caso da turbina também, poder usar muitos combustíveis, não quer dizer qualquer combustível. Não é sem querer que o querosene impera nas turbinas, e existem diferentes tipos dele.
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eligioep
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#1649
Mensagem
por eligioep » Qua Jul 20, 2011 11:21 am
PRick escreveu:joao fernando escreveu:
O problema não é só o funcionamento, mas os possíveis danos, o álcool por exemplo é altamente corrosivo, se não existir um preparo prévio do motor, vai acabar com a vida útil dele, me parece ser o caso da turbina também, poder usar muitos combustíveis, não quer dizer qualquer combustível. Não é sem querer que o querosene impera nas turbinas, e existem diferentes tipos dele.
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Pessoal,
não esqueçam, estes motores tem previsão de funcionar com outro combustível só por algumas horas ou km.
Não é para uso contínuo.....
Só para quando faltar a logística do abastecimento e não existe outra alternativa!
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helio
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#1650
Mensagem
por helio » Qua Jul 20, 2011 11:30 am
O Utilitário russo Niva por exemplo já vem de fábrica com um dispositivo para aceitar gás como combustível.
Hélio