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Ah pois é bébe!
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Moderador: Conselho de Moderação
A Califórnia é um caso deprimente. Já estive lá, um lugar lindo, San Diego ao sul é incrível, San Francisco ao norte é estilosa demais. Mas nem mesmo concentrando a nata do entretenimento e tecnologia foi capaz de salvar a Califórnia de políticos e burocratas cheios de boas intenções e que só sabem impor mais regras e torrar mais, Arnold foi um belo exemplo, apoiando tudo que era causa politicamente correta e só gastando...PRick escreveu:Sem dúvida, o problema é estrutural na sociedade americana. Não é possível manter o status quo, os EUA não podem mais viver no padrão de vida anterior. Existe uma nova realidade, e eles terão que conviver com isso.Vitor escreveu: Não é tão simples assim, no governo Clinton foram plantadas várias sementes dos problemas atuais, mas também o problema é estrutural, do sistema, republicanos e democratas são lados diferentes da mesma moeda e jogam o mesmo jogo.
Por sinal, logo veremos grandes cortes no setor de defesa.
Outro sinal preocupante da crise é o aumento de estados falidos na federação. A Califórnia está sendo seguida por vários outros.
[]´s
É um problema sério agravado pelo número gigante de ilegais.soultrain escreveu:E você viu as gigantescas favelas ao redor de LA?
É o caso típico do feitiço virando contra o feiticeiro, os EUA fizeram de tudo para que México e a América Central se tornassem um celeiro de miseráveis, que as Nações não fossem mais que quintais, depósitos de pessoas, resultado, eles estão indo para os EUA como única fonte de sobrevivência possível.cb_lima escreveu:É um problema sério agravado pelo número gigante de ilegais.soultrain escreveu:E você viu as gigantescas favelas ao redor de LA?
[]s
CB_Lima
O euro está em sua maior desvalorização de todos os tempo em relação ao franco suíço e os juros das dívidas italiana e espanhola subiram a níveis recorde. Este último episódio da crise da zona euro é o resultado do medo de que o efeito de contágio atinja agora a Itália. Com uma economia de 2 trilhões de dólares e uma dívida de 2,44 trilhões de dólares, a Itália é demasiadamente grande para falir e as autoridades europeias estão preocupadas.
Apesar de haver ainda poucas razões de preocupação sobre um crescimento das taxas de juros da Itália para níveis que possam colocar a solvência do país em risco, os mercados financeiros estão agindo de maneira irracional e elevam tanto o receio como a perspectiva de autorrealização da profecia. O fato de as autoridades europeias ainda não terem chegado a um acordo sobre a ajuda à Grécia – uma economia cujo tamanho é inferior a um sexto em relação ao da Itália – não inspira confiança na sua capacidade para gerirem uma crise maior.
As economias mais fracas da zona euro – Grécia, Portugal, Irlanda e Espanha – enfrentam ainda a perspectiva de anos de dificuldades econômicas, com altas taxas de desemprego (16%, 12%, 14% e 21%, respectivamente). Uma vez que o objetivo desta austeridade autoinfligida é salvar o euro, vale a pena perguntar se o euro merece ser salvo. E faz sentido levantar esta questão do ponto de vista da maioria dos europeus que têm de trabalhar para viver – ou seja, de um ponto de vista progressivo.
Diz-se frequentemente que a união monetária, que agora inclui 17 países, tem de ser mantida pelo bem do projeto europeu. Isto inclui ideais muito válidos, como a solidariedade europeia, a construção padrões comuns para os direitos humanos e a inclusão social, a manutenção sob controle de nacionalismos de extrema-direita e, evidentemente, a integração econômica e política ligada a tal progresso.
Mas isto confunde a união monetária, ou zona euro, com a própria União Europeia.
A Dinamarca, a Suécia e o Reino Unido, por exemplo, integram a União Europeia, mas não fazem parte da união monetária. Não há nenhuma razão para que o projeto europeu não prossiga e que a UE não prospere sem o euro.
E há boas razões para esperar que seja isso que aconteça. O problema é que a união monetária, ao contrário da própria UE, é um ambíguo projeto de direita. Se isto não era claro no início, tornou-se agora completamente evidente, numa altura em que as economias mais fracas da zona euro estão sendo sujeitadas a punições que antes estavam apenas reservadas para os países de baixo – e médio – rendimento, apanhados nas garras do FMI (Fundo Monetário Internacional) e dos líderes do G7. Em vez de tentarem sair da recessão através de estímulos fiscal ou/e monetário, como fez a maior parte dos governos do mundo em 2009, estes países estão sendo obrigados a fazer exatamente o contrário, com enormes custos sociais.
Às feridas juntam-se os insultos: as privatizações na Grécia ou "a reforma do mercado de trabalho" na Espanha; os efeitos regressivos das medidas tomadas na distribuição de renda e riqueza; e um Estado Previdência que encolhe e enfraquece, enquanto os bancos são resgatados com o dinheiro dos contribuintes – tudo isto indicia claramente uma agenda de direita das autoridades europeias, tal como a sua tentativa de tirarem partido da crise para introduzirem mudanças políticas de direita.
A natureza de direita da união monetária ficou institucionalizada desde o início. As regras que limitam a dívida pública a 60% do PIB e o déficit orçamental anual a 3% do PIB, apesar de, na prática, serem violadas, são desnecessariamente restritivas num cenário de recessão e de altas taxas de desemprego. O mandato do Banco Central Europeu para se preocupar apenas com a inflação, e de não se importar em absoluto com o emprego, é outro péssimo indicador.
A Fed (Federal Reserve) dos Estados Unidos, por exemplo, é uma instituição conservadora mas, pelo menos, está obrigada por lei a preocupar-se tanto com o emprego como com a inflação. E a Fed – apesar da sua comprovada incompetência ao não reconhecer a bolha imobiliária de 8 bilhões de dólares que fez desabar a economia norte-americana – já provou ser flexível perante a recessão e a fraca recuperação, criando mais de 2 bilhões de dólares como parte de uma política de expansão monetária. Comparativamente, os extremistas que dirigem o Banco Central Europeu, sobem as taxas de juros desde abril, apesar de o desemprego nas economias mais fracas da zona euro estar em níveis de depressão.
Alguns economistas e observadores políticos defendem que a zona euro precisa de uma união fiscal, com maior coordenação das políticas orçamentais, para poder funcionar. Mas a política fiscal da direita é contraproducente, como já vimos, ainda que a coordenação possa melhorar. Outros economistas – nos quais me incluo – defendem que as grandes diferenças de produtividades existentes entre as economias dos países membros são uma séria dificuldade para a união monetária. Mas mesmo que estes problemas pudessem ser resolvidos, a zona euro não vale o esforço que está a ser feito se for um projeto de direita.
A integração econômica europeia anterior à zona euro era de uma natureza diferente. A União Europeia esforçava-se para puxar para cima as economias mais fracas e proteger as vulneráveis. Mas as autoridades europeias provaram ser impiedosas na união monetária.
A ideia de que o euro tem de ser salvo para o bem da solidariedade europeia também tem um papel na noção excessivamente simplista da resistência que os contribuintes de países como a Alemanha, a Holanda e a Finlândia mostraram ao "resgate" da Grécia. Apesar de ser inegável que alguma desta resistência se baseia em preconceitos nacionalistas – frequentemente ateados pela Comunicação Social – isso não é tudo.
Muitos europeus não gostam da ideia de terem de pagar a conta do resgate dos bancos europeus que fizeram maus empréstimos. E as autoridades europeias não estão "ajudando" a Grécia, mais do que os Estados Unidos e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) estão “ajudando” o Afeganistão – para usar um debate análogo em que aqueles que se opõem às políticas destrutivas são rotulados como "retrógrados" e "isolacionistas".
Parece que boa parte da esquerda europeia não percebe a natureza de direita das instituições, das autoridades e, especialmente, das políticas macroeconômicas que têm de enfrentar na zona euro.
Isto faz parte de um problema mais amplo de incompreensão da opinião pública sobre a política macroeconômica mundial, que permitiu que bancos centrais de direita implementassem políticas destrutivas, mesmo sob governos de esquerda. Esta incompreensão, em conjunto com a falta de contribuição democrático, pode explicar o paradoxo de, atualmente, a Europa ter mais políticas macroeconômicas de direita do que os Estados Unidos, apesar de ter sindicatos mais fortes e outras bases institucionais para uma política econômica mais progressista.
Mark Weisbrot é co-diretor do CEPR (Center for Economic and Policy Research), em Washington. Texto publicado originalmente no Guardian.
15/07/2011 - 09:11 | Efe | Roma
Itália quer aprovar nesta sexta-feira plano de ajuste de 79 bi de euros
O governo de Silvio Berlusconi quer aprovar nesta sexta-feira (15/07) na Câmara dos Deputados um plano de ajuste que prevê fornecer 79 bilhões de euros aos cofres do Estado em quatro anos, embora sindicatos e empresários o considerem insuficiente.
Para acalmar as turbulências dos mercados, em apenas três dias o governo italiano conseguiu fechar um ambicioso plano de ajuste introduzindo novas medidas e cortes para elevar de 47 bilhões a 79 bilhões de euros o previsto inicialmente.
Da mesma forma que ontem no Senado, o governo pedirá, por volta das 13h (horário de Brasília), um voto de confiança à Câmara para aprovar rapidamente o decreto, que desta maneira já entrará em vigência na próxima segunda-feira.
A imprensa italiana afirma que é possível que o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, assista à votação na Câmara.
O plano consta de quatro fases de cortes: 3 bilhões de euros para 2011, 6 bilhões para 2012, 25 bilhões para 2013 e 45 bilhões para 2014, o que deixa o maior peso de economia para a próxima legislatura.
O texto prevê cortes de 21,6 bilhões de euros às regiões e entidades locais e a limitação no uso de voos de Estado, salvo os do primeiro-ministro e os dos presidentes da República, da Câmara e do Senado, que também não serão afetados pela restrição de carros oficiais.
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/n ... 3549.shtml
Bem que eu sabia, esses Tugas são um péssimo exemplo, meninos maus(Bad Boyssoultrain escreveu:Presidente dos EUA faz referências negativas a países europeus
Obama: "Não somos a Grécia ou Portugal"
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse esta sexta-feira que os problemas económicos norte-americanos não são graves ao ponto de necessitar "nada radical", fazendo uma referência venenosa a dois países europeus. "Ao contrário do que muita gente pensa, não somos a Grécia ou Portugal", salientou.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... u-portugal