PRick escreveu:Crise derruba fluxo de brasileiros 'legais' para países ricos, diz OCDE
No Japão, o total de brasileiros que ingressaram no país despencou de mais de 30 mil em 2006 para pouco mais de 3 mil em 2009
BBC Brasil | 12/07/2011 12:48
Crise derruba fluxo de brasileiros 'legais' para países ricos, diz OCDE No Japão, o total de brasileiros que ingressaram no país despencou de mais de 30 mil em 2006 para pouco mais de 3 mil em 2009
O fluxo de entrada de imigrantes brasileiros em situação legal nos países avançados que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) caiu quase pela metade entre 2006 e 2009, ano marcado por uma grave recessão nas economias ricas.
A informação foi dada à BBC Brasil pelo economista Jean-Christophe Dumont, da OCDE, um dos autores do estudo Perspectivas das Migrações Internacionais, divulgado nesta terça-feira e que traça um panorama da imigração legal absorvida pelos 34 países da organização.
No entanto, o número relativo ao fluxo de imigrantes brasileiros nos países avançados não consta do relatório da OCDE publicado nesta terça-feira e foi levantado a pedido da BBC Brasil.
Segundo Dumont, a entrada de imigrantes brasileiros nos países da OCDE, que foi de 100 mil pessoas em 2005 e 2006, atingiu o pico de 101,8 mil em 2007 e caiu para 81,7 mil em 2008 e 53,5 mil em 2009. Esse número inclui sobretudo pessoas que foram trabalhar ou estudar nos países que fazem parte do grupo.
"A queda no número de brasileiros, que entram de maneira temporária ou permanente, se deve sobretudo a diminuição da imigração para a Espanha e Japão", diz o economista.
No Japão, o total de brasileiros que ingressaram de maneira legal no país despencou de mais de 30 mil em 2006 (em 2007 o número havia sido de 25 mil) para pouco mais de 3 mil em 2009.
O Japão também lançou em abril de 2009 um programa de retorno voluntário para os imigrantes desempregados descendentes de japoneses, oferecendo ajuda financeira para a volta ao país de origem.
Retorno
De acordo com o estudo da OCDE, os brasileiros representaram a quase totalidade (93%) das quase 22 mil pessoas que utilizaram esse incentivo de retorno voluntário.
O número de brasileiros residentes no Japão diminuiu, em 2009, em mais de 14% em razão da "rarefação do trabalho", afirma o relatório da organização.
Na Espanha, a queda do fluxo de imigrantes brasileiros também foi brutal em 2009 na comparação com os anos anteriores, de acordo com a OCDE. Esse número, que havia ultrapassado 35 mil em 2007, caiu para 15 mil em 2009.
Já nos Estados Unidos, a queda no fluxo de entrada de imigrantes brasileiros em situação legal ocorreu antes de 2009.
Ela foi concentrada em 2007 e 2008, quando começou a crise financeira mundial, e chegou a aumentar ligeiramente em 2009, se situando nos mesmos patamares de 2007, de cerca de 15 mil pessoas.
Em Portugal, onde os brasileiros representam a maior nacionalidade estrangeira residente (26% da população imigrante total), o fluxo de entradas de brasileiros também já vinha caindo desde 2007 e ficou abaixo de 5 mil pessoas em 2008 e 2009.
No entanto, os imigrantes brasileiros, que representavam mais de 20% do total de entradas de estrangeiros em Portugal entre 2001 e 2008, passaram para menos de 10% desse fluxo em 2009.[
Mesmo assim, em 2009, os brasileiros ainda representaram a terceira maior nacionalidade, em termos de percentual da entrada de estrangeiros em Portugal.
Segundo o relatório, o número de entradas de imigrantes originários da América do Sul nos países da OCDE caiu 36% em 2009 na comparação com 2007 (de 511 mil para 327 mil pessoas), em razão da crise econômica na Espanha, principal destino das populações sul-americanas.
http://economia.ig.com.br/crise+derruba ... 33536.html
Eu vi vários programas de tvs mostrando o drama do brasileiros desempregados, mas tem que destacar que estes desempregados eram trabalhadores desqualificados.
Desqualificados porque não entendem a linguá e não sabem nem ler nem escrever, emprego se encontrava mesmo em plena crise mas somente para quem tinha conhecimento da linguá.
Um brasileiro no Japão recebe salários muito próximo de japoneses por serem descendentes, se o trabalhador for coreano ou chines os salários cai para metade...
Existe 3 categorias de trabalho.
Arubaito = trabalhador temporário, salario por hora de trabalho se desconta o imposto de renda.
Haken shain = trabalhador com contrato temporário terceirizado, utilizado pela maioria dos brasileiros (se desconta apenas o imposto de renda e um seguro privado hospitalar/acidentes do salário) salario por hora de trabalho.
Keiyaku Shain = contrato direto com a empresa, (se desconta o seguro desemprego, aposentadoria, seguro hospitalar, seguro de acidentes de trabalho e imposto de renda) não é interessante para brasileiros porque os encargos são elevados, mas existe alguns benefícios como bônus 2 vezes ao ano (seria parecido com o décimo terceiro mas 2 vezes ao ano), o salario é por hora de trabalho, por dia ou fixo por mês, os valores são ajustados por tempo de serviço.
O governo japonês implantou uma lei que exige que trabalhadores estrangeiros se enquadrem nos mesmos termos do keiyaku shain, ele não é interessante para quem quer fazer o pé de meia no curto prazo. http://icfj.sub.jp/icfj-lifeinfo-p/arch ... balho.html
No Japão a maioria das pessoas vem com contratos feitos no Brasil e entram em fabricas onde já existe uma comunidade de brasileiros, desta forma as pessoas não tem interesse e nem necessidade de aprender a linguá local.
Existe locais como em Gumma-ken - Oizumi, onde esta cidade o comercio parece até com o Brasil, lojas, supermercados, shoppings, revendedoras de carros, restaurantes, escolas tudo escrito em português administrado por brasileiros, quem era acostumado pela comodidade sofreu...
Uma outra coisa que pouca gente tem conhecimento, os brasileiros que vem ao Japão com intensão de trabalhar para conseguir o visto precisam ter descendência japonesa ou ser cônjuge e os vistos são classificados em até a 4 geração de descendentes acima disto fica muito difícil se conseguir um visto de trabalho.
segunda geração/ nissei = visto de 3 anos
terceira geração/ sansei = visto de 3 anos
quarta geração/ yonsei = Visto de 6 meses ~1 ano
cônjuge / = Visto de 6 meses ~1 ano
A tendencia pelas leis atuais é de que cada vez menos brasileiros consigam um visto de trabalho no Japão.
O Japão geralmente libera os vistos de trabalho apenas para alguns países que tem relações comerciais de livre comercio, nos anos 90 o Japão era lotado de iranianos, hoje os indianos são umas das comunidades que mais cresce no Japão interessante que o perfil dos indianos não são de trabalhadores de fabricas mas sim de empreendedores.
O Japão pretende liberar vistos para trabalhadores asiáticos que dominam pelo menos o inglês para trabalhar como enfermeiros nos asilos hoje profissionais na área já não atende a demanda, o governo oferece US$1.200 por mês somente para frequentar aulas grátis e tirar uma carteira de assistente para idosos.