http://ultimosegundo.ig.com.br/politica ... 90722.htmlIdeli diz que 'está tudo tranquilo' entre Dilma e Jobim
Ministra disse não ter visto 'nenhum recado para o governo' no discurso feito pelo ministro em homenagem a Fernando Henrique
iG São Paulo | 01/07/2011 19:33
Ideli diz que 'está tudo tranquilo' entre Dilma e Jobim Ministra disse não ter visto 'nenhum recado para o governo' no discurso feito pelo ministro em homenagem a Fernando Henrique
Ministra Ideli negou crise por causa do discurso de Jobim
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, negou hoje o surgimento de uma crise no relacionamento entre o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o governo da presidenta Dilma Rousseff. Ideli esteve em uma reunião realizada nesta sexta-feira entre a presidenta e o ministro Jobim. De acordo com ela, a reunião serviu para tratar do sigilo de documentos e de outras questões.
A conversa ocorre um dia após o ministro da Defesa fazer um discurso polêmico durante uma festa em homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem foi ministro. Jobim comentou na fala que FHC nunca "levantou a voz" a auxiliares e citou Nelson Rodrigues ao afirmar que precisa de "tolerância e compreensão com os idiotas". "Está tudo tranquilo", disse hoje Ideli. "Não foi nenhum recado para o governo."
Nomeado nesta sexta-feira como novo líder do governo no Congresso, o deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS) também comentou o assunto. O parlamentar gaúcho buscou amenizar o episódio e disse que não há crise envolvendo Jobim. "Por que crise?", questionou o novo líder. De acordo com ele, o ministro Jobim é "muito inteligente". "Mas quais são eles (os idiotas)? Onde estão? Cuidado, porque se descobrirem aqueles que tu achas que são idiotas, tu podes te incomodar, hein? Porque, certamente, tu não confessas quais são. Tu não podes dizer quais. Às vezes estão à nossa volta", declarou.
Questionado se Nelson Jobim estava seguro no cargo, Mendes Ribeiro respondeu: "Primeiro, não sou presidente da República. Segundo, não sou o ministro Nelson Jobim. Terceiro, a grandeza política que a gente vive neste País e a democracia que tivemos a capacidade de alcançar permitem que nós tenhamos a capacidade de avaliar a entrevista do ministro Jobim como alguma coisa próximo da sua inteligência."
*Com informações da Agência Estado
NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Destaques em vermelho foram feitos por mim. Interessantes. Quem são aqueles que se acham idiotas? Somente esses seriam os atingidos pelo discurso do NJ.
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Até criaram uma "farda" para ele.. Bem lembrado!
Mas é aquele negócio, presidente americano responde continência e fica bem. Deixa ele vestir lá seu uniforme.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O "Satânico Dr. Go".Hader escreveu:P.S. - Concordo com o jp...as tiradas do "bruxo" eram fundamentais.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O presidente Eisenhower jamais respondeu continência.jp escreveu:Até criaram uma "farda" para ele.. Bem lembrado!
Mas é aquele negócio, presidente americano responde continência e fica bem. Deixa ele vestir lá seu uniforme.
E o presidente Eisenhower, um tempinho antes, era mais conhecido como general Eisenhower...
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Morreu Itamar Franco, ex-presidente do Brasil
17h09m
O senador brasileiro Itamar Franco faleceu este sábado, aos 81 anos, tendo entrado para história do Brasil como o presidente do período em que foi lançado o Plano Real, programa que trouxe de volta a estabilidade económica do país.
Mineiro, de Juiz de Fora, Itamar Franco formou-se em engenharia civil e eletrotécnica na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Morreu Itamar Franco, ex-presidente do Brasil
Após a militância estudantil durante o período de faculdade, a vocação política confirma-se aos 28 anos, quando se candidata a vereador pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). O jovem, porém, não ganha as eleições.
A vitória chega em 1966, quando Itamar Franco é eleito como prefeito de Juiz de Fora, principal cidade da zona da Mata mineira, já integrado no Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Itamar foi presidente do Brasil entre Dezembro de 1992 e Janeiro de 1995, tendo chegado ao poder após o afastamento de Fernando Collor de Mello, de quem era vice-presidente.
O corpo do político será velado em Juiz de Fora e depois será cremado em Belo Horizonte.
17h09m
O senador brasileiro Itamar Franco faleceu este sábado, aos 81 anos, tendo entrado para história do Brasil como o presidente do período em que foi lançado o Plano Real, programa que trouxe de volta a estabilidade económica do país.
Mineiro, de Juiz de Fora, Itamar Franco formou-se em engenharia civil e eletrotécnica na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Morreu Itamar Franco, ex-presidente do Brasil
Após a militância estudantil durante o período de faculdade, a vocação política confirma-se aos 28 anos, quando se candidata a vereador pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). O jovem, porém, não ganha as eleições.
A vitória chega em 1966, quando Itamar Franco é eleito como prefeito de Juiz de Fora, principal cidade da zona da Mata mineira, já integrado no Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Itamar foi presidente do Brasil entre Dezembro de 1992 e Janeiro de 1995, tendo chegado ao poder após o afastamento de Fernando Collor de Mello, de quem era vice-presidente.
O corpo do político será velado em Juiz de Fora e depois será cremado em Belo Horizonte.
Triste sina ter nascido português
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Um Presidente que foi fundamental para a história do Brasil recente, segurando a peteca em um momento delicado da política nacional e bancou importantes mudanças no País que, INFELIZMENTE, é por vezes esquecido (na maioria das vezes propositalmente), para que outros levem os louros das ações que tomou. Grande perda política ao Brasil. Que a história, portanto, faça justiça à memória do mineiro de Juiz de Fora, Itamar Franco!
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Quando Itamar recusou Serra para ministro.
Ricardo Noblat - Blog do Noblat.
Às vésperas do impeachment do presidente Fernando Collor, acusado de corrupção, Itamar Franco, que era vice dele, começou discretamente a montar o seu futuro governo.
Sua pretensão era a de poder contar com representantes da maioria dos partidos.
Mandou Fernando Henrique Cardoso, então senador pelo PSDB, sondar Lula, presidente do PT. Queria um ministro do PT.
Lula recusou a oferta. O PT ficaria de fora. Mas sugeriu, para espanto de FHC, o nome de José Serra para ministro da Fazenda.
Itamar conversou com Serra duas vezes. Depois chamou FHC e disse:
- Não dá.
- Por que?
- Porque ele é muito preparado, muito competente, tem boas idéias, mas o que vai querer mesmo é o meu lugar.
Ricardo Noblat - Blog do Noblat.
Às vésperas do impeachment do presidente Fernando Collor, acusado de corrupção, Itamar Franco, que era vice dele, começou discretamente a montar o seu futuro governo.
Sua pretensão era a de poder contar com representantes da maioria dos partidos.
Mandou Fernando Henrique Cardoso, então senador pelo PSDB, sondar Lula, presidente do PT. Queria um ministro do PT.
Lula recusou a oferta. O PT ficaria de fora. Mas sugeriu, para espanto de FHC, o nome de José Serra para ministro da Fazenda.
Itamar conversou com Serra duas vezes. Depois chamou FHC e disse:
- Não dá.
- Por que?
- Porque ele é muito preparado, muito competente, tem boas idéias, mas o que vai querer mesmo é o meu lugar.
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Donde, então, conclui-se que escolheu o FHC porque era burro ?
História da carochinha essa ai... Tinha que ser do Noblablá...
[]'s a todos.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
No Brasil, depois do cidadão estar morto, tudo é perdoado. Uma sábia decisão do Itamar, já tomada também pelo José Alencar, foi de que seu corpo fosse cremado.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Jobim fica! Quem lhe dá sustentáculo é a tríade de bananas. "os bananas de pijamas B1, B2 e B3"
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Mas quem anda derrubando o NJ toda hora é nossa mídia, é tanta notinha e notícia que ele tá de mal, que tava caindo, etc.. Só esquecem de perguntar a Dilma, ela nada falou sobre isso.gil eanes escreveu:Jobim fica! Quem lhe dá sustentáculo é a tríade de bananas. "os bananas de pijamas B1, B2 e B3"
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Tempo de conciliação.
Merval Pereira - O Globo, 05.07.11.
Estamos em tempos de conciliação política e consequente revalorização da importância do Plano Real na História do país. O reconhecimento da presidente Dilma Rousseff do papel fundamental do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no fim da hiperinflação e consequente estabilização econômica, que permitiu a retomada do planejamento para o desenvolvimento do país, e os generalizados aplausos na morte do ex-presidente Itamar Franco, reconhecido como o responsável pela implantação do Plano Real, fazem parte desse novo cenário que recupera a História do Brasil.
Não é por acaso, portanto, que o excelente livro de Miriam Leitão "Saga brasileira, a longa luta de um povo por sua moeda" está em primeiro lugar na lista dos mais vendidos no país há seis semanas seguidas.
Além da sua qualidade intrínseca, o livro chega numa hora em que o país redescobre seu passado, abafado há quase dez anos por campanha política negacionista que tinha o fim único de exaltar o governo petista pela anulação dos méritos de governos anteriores.
Pura tática marqueteira que deu certo até que dois acontecimentos tiveram a capacidade de destampar o passado recente: os 80 anos de FH e a morte de Itamar.
Ele e Fernando Henrique, corresponsáveis pela mais exitosa ação político-econômica do Brasil moderno, foram separados pela disputa política, mas nunca chegaram a romper, como aconteceu com Lula e FH.
A tradicional disputa entre criador e criatura deu-se mais uma vez. Mas, se dependesse de Itamar, o candidato do Plano Real teria sido o então ministro da Previdência, Antonio Britto, hoje afastado da política partidária e presidindo a Abifarma.
E não há dúvidas de que Itamar levou para o túmulo mágoas que seu espírito trêfego não conseguia superar, como a certeza de que sua importância na História do país havia sido reduzida pelo protagonismo de Fernando Henrique, a quem não perdoava por ter aprovado a reeleição quando ele, Itamar, considerava-se no direito de ser o candidato à sucessão.
A partir de então, passou a confrontar Fernando Henrique, primeiro tentando ser o candidato do PMDB contra a reeleição de sua "criatura". Foi humilhado pela direção nacional do PMDB na convenção nacional, que decidiu apoiar a reeleição.
Um depoimento isento é o do ex-ministro da Fazenda Rubem Ricupero, que afirma que a importância de Itamar para a estabilização da economia foi decisiva porque, naquele momento de transição, ele era o único que acreditava que seria possível dar um golpe definitivo na inflação.
Mas Ricupero sabe que Itamar não "tinha uma ideia clara" de como fazer isso e andava em busca de um novo Plano Cruzado. "Inclusive, depois que o real foi introduzido, Itamar ainda queria um congelamento de preços", lembra Ricupero em entrevista à BBC.
Por diversas vezes o ex-presidente Itamar o classificou como o "sacerdote" ou "apóstolo" do Real, mas Ricupero desconfia que "ele fazia isso principalmente para retirar um pouco do crédito pelo Plano Real da equipe de Fernando Henrique Cardoso."
Havia muita mágoa. Itamar era político interessante, imprevisível, reagia espontaneamente a tudo, tinha algumas ideias fixas - umas bem atrasadas como um nacionalismo que não se modernizou: era contra todas as privatizações, embora tenha sido no seu governo que a CSN foi privatizada.
A ideia do relançamento do fusca não tinha cabimento, mas embutia a proposta de um carro popular, o que mais tarde foi feito com carros economicamente viáveis.
Ele tem todos os méritos por permitir que o Plano Real se efetivasse, mas durante sua gestação várias vezes atrapalhou, como quando quis o congelamento de preços a que se referiu Ricupero.
Seu sonho dourado era a popularidade que o Plano Cruzado trouxera ao ex-presidente José Sarney, e, se dependesse dele e de seus assessores, a República do Pão de Queijo, seriam tomadas medidas populistas que prejudicaram o Cruzado e inviabilizariam o Real.
Tinha uma visão política muito provinciana, mas tinha também vantagens competitivas que eram inerentes a seu caráter e formação, qualidades que infelizmente hoje são mais relacionadas a políticos à moda antiga, que morriam pobres como ele morreu, qualidades ressaltadas em um tempo em que poucos anos de atividade parlamentar, até mesmo a vereança, já levam políticos a ficarem milionários.
Conseguiu participar de um governo que foi impedido pelo Congresso por corrupção sem se envolver nas falcatruas, o que permitiu fazer a transição política para o governo FH.
Reuniu todos os partidos em torno dele, apenas o PT ficou de fora. Itamar tinha uma intuição política muito aguçada, que alguns consideravam apenas sorte, mas Tancredo Neves classificava de "destino".
Estava sempre no lugar certo na hora certa. Ser vice de Fernando Collor, tudo indicava, era estar no lugar errado naquela corrida presidencial de 1989, mas ele teve a intuição de que aquela aventura daria certo.
Collor tinha razões importantes para colocar um político como Itamar na vice, para dar credibilidade à sua candidatura.
Várias vezes o mercurial Itamar renunciou ao cargo durante a campanha, como um Jânio vice de outro Jânio.
Conseguiu se manter em posição de neutralidade durante o curto governo, o que não prejudicou sua carreira e, em vez de ter sido contaminado pelo que ocorria nos bastidores, soube se manter distante e se qualificou para comandar um governo de união nacional que foi fundamental para a realização do Plano Real.
Merval Pereira - O Globo, 05.07.11.
Estamos em tempos de conciliação política e consequente revalorização da importância do Plano Real na História do país. O reconhecimento da presidente Dilma Rousseff do papel fundamental do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no fim da hiperinflação e consequente estabilização econômica, que permitiu a retomada do planejamento para o desenvolvimento do país, e os generalizados aplausos na morte do ex-presidente Itamar Franco, reconhecido como o responsável pela implantação do Plano Real, fazem parte desse novo cenário que recupera a História do Brasil.
Não é por acaso, portanto, que o excelente livro de Miriam Leitão "Saga brasileira, a longa luta de um povo por sua moeda" está em primeiro lugar na lista dos mais vendidos no país há seis semanas seguidas.
Além da sua qualidade intrínseca, o livro chega numa hora em que o país redescobre seu passado, abafado há quase dez anos por campanha política negacionista que tinha o fim único de exaltar o governo petista pela anulação dos méritos de governos anteriores.
Pura tática marqueteira que deu certo até que dois acontecimentos tiveram a capacidade de destampar o passado recente: os 80 anos de FH e a morte de Itamar.
Ele e Fernando Henrique, corresponsáveis pela mais exitosa ação político-econômica do Brasil moderno, foram separados pela disputa política, mas nunca chegaram a romper, como aconteceu com Lula e FH.
A tradicional disputa entre criador e criatura deu-se mais uma vez. Mas, se dependesse de Itamar, o candidato do Plano Real teria sido o então ministro da Previdência, Antonio Britto, hoje afastado da política partidária e presidindo a Abifarma.
E não há dúvidas de que Itamar levou para o túmulo mágoas que seu espírito trêfego não conseguia superar, como a certeza de que sua importância na História do país havia sido reduzida pelo protagonismo de Fernando Henrique, a quem não perdoava por ter aprovado a reeleição quando ele, Itamar, considerava-se no direito de ser o candidato à sucessão.
A partir de então, passou a confrontar Fernando Henrique, primeiro tentando ser o candidato do PMDB contra a reeleição de sua "criatura". Foi humilhado pela direção nacional do PMDB na convenção nacional, que decidiu apoiar a reeleição.
Um depoimento isento é o do ex-ministro da Fazenda Rubem Ricupero, que afirma que a importância de Itamar para a estabilização da economia foi decisiva porque, naquele momento de transição, ele era o único que acreditava que seria possível dar um golpe definitivo na inflação.
Mas Ricupero sabe que Itamar não "tinha uma ideia clara" de como fazer isso e andava em busca de um novo Plano Cruzado. "Inclusive, depois que o real foi introduzido, Itamar ainda queria um congelamento de preços", lembra Ricupero em entrevista à BBC.
Por diversas vezes o ex-presidente Itamar o classificou como o "sacerdote" ou "apóstolo" do Real, mas Ricupero desconfia que "ele fazia isso principalmente para retirar um pouco do crédito pelo Plano Real da equipe de Fernando Henrique Cardoso."
Havia muita mágoa. Itamar era político interessante, imprevisível, reagia espontaneamente a tudo, tinha algumas ideias fixas - umas bem atrasadas como um nacionalismo que não se modernizou: era contra todas as privatizações, embora tenha sido no seu governo que a CSN foi privatizada.
A ideia do relançamento do fusca não tinha cabimento, mas embutia a proposta de um carro popular, o que mais tarde foi feito com carros economicamente viáveis.
Ele tem todos os méritos por permitir que o Plano Real se efetivasse, mas durante sua gestação várias vezes atrapalhou, como quando quis o congelamento de preços a que se referiu Ricupero.
Seu sonho dourado era a popularidade que o Plano Cruzado trouxera ao ex-presidente José Sarney, e, se dependesse dele e de seus assessores, a República do Pão de Queijo, seriam tomadas medidas populistas que prejudicaram o Cruzado e inviabilizariam o Real.
Tinha uma visão política muito provinciana, mas tinha também vantagens competitivas que eram inerentes a seu caráter e formação, qualidades que infelizmente hoje são mais relacionadas a políticos à moda antiga, que morriam pobres como ele morreu, qualidades ressaltadas em um tempo em que poucos anos de atividade parlamentar, até mesmo a vereança, já levam políticos a ficarem milionários.
Conseguiu participar de um governo que foi impedido pelo Congresso por corrupção sem se envolver nas falcatruas, o que permitiu fazer a transição política para o governo FH.
Reuniu todos os partidos em torno dele, apenas o PT ficou de fora. Itamar tinha uma intuição política muito aguçada, que alguns consideravam apenas sorte, mas Tancredo Neves classificava de "destino".
Estava sempre no lugar certo na hora certa. Ser vice de Fernando Collor, tudo indicava, era estar no lugar errado naquela corrida presidencial de 1989, mas ele teve a intuição de que aquela aventura daria certo.
Collor tinha razões importantes para colocar um político como Itamar na vice, para dar credibilidade à sua candidatura.
Várias vezes o mercurial Itamar renunciou ao cargo durante a campanha, como um Jânio vice de outro Jânio.
Conseguiu se manter em posição de neutralidade durante o curto governo, o que não prejudicou sua carreira e, em vez de ter sido contaminado pelo que ocorria nos bastidores, soube se manter distante e se qualificou para comandar um governo de união nacional que foi fundamental para a realização do Plano Real.
- J.Ricardo
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Parabéns ao Merval, análise fantástica!
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!