EUA: Documentos militares confirmam mentiras sobre Vietname

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Slotrop
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Re: EUA: Documentos militares confirmam mentiras sobre Vietname

#31 Mensagem por Slotrop » Qui Jun 16, 2011 2:55 pm

Guerra escreveu:
Slotrop escreveu:E mais uma "flame war" encaminhada para desvirtuar um tópico interessante.

Se formos inteligentes ignoramos e seguimos com a vida.
EUA vs URSS não tem nada haver com guerra do Vietnan?

Seja mais sutil, Slotrop! Até para trolar é preciso competencia.

Competencia pra trolar eu deixo com você que ja vez fazendo a bastante tempo, em breve teremos um campeão.




O Troll é sutil na busca por alimento.
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rodrigo
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Re: EUA: Documentos militares confirmam mentiras sobre Vietname

#32 Mensagem por rodrigo » Sex Jun 17, 2011 1:59 pm

Tantas paixões exarcebadas por aqui, e os EUA e o Vietnã em lua de mel...

O Vietnã e os Estados Unidos tomaram o primeiro passo rumo à limpeza da contaminação por agente laranja nesta sexta-feira, medida que, segundo uma diplomata norte-americana, é o desenvolvimento mais significativo entre os dois países.

Uma cerimônia de inauguração foi realizada em um canto árido e exposto ao sol do terreno do aeroporto de Danan, onde a substância química foi armazenada antes de ser pulverizada pelos aviões de guerra norte-americanos nos anos 1960 e início dos anos 1970. O evento teve um valor simbólico para a relação que tem sido um foco em meio a renovadas tensões no Mar do Sul da China.

Os laços entre o Vietnã e os EUA floresceram desde que as relações diplomáticas entre os dois países foram estabelecidas há 16 anos, e medidas para resolver os assuntos remanescentes da guerra formaram a base desse progresso.

"Acho justo dizer que a contaminação por dioxina e agente laranja foi um dos assuntos mais nevrálgicos na relação entre os EUA e o Vietnã," disse Virgina Palmer, encarregada norte-americana da missão diplomática.

As forças militares dos EUA pulverizaram até 12 milhões de galões do agente químico entre 1961 e 1971 para tentar facilitar o combate nas densas selvas do Vietnã.

Durante anos, Hanói e Washington estiveram em desacordo sobre as questões de compensação para os vietnamitas com problemas de saúde, que, segundo o governo do Vietnã, eram resultado da exposição ao agente laranja.

Mas cinco anos atrás, a embaixada norte-americana começou a mudar o foco para a limpeza das áreas contaminadas pela dioxina, abrindo caminho para um avanço no que havia se tornado o principal assunto remanescente do período de guerra.

Inicialmente, o Congresso norte-americano atribuiu US$ 3 milhões em 2007 à iniciativa, e o valor saltou para 32 milhões desde então. O progresso tem sido "de imensa importância e teve repercussões muito boas para o resto do relacionamento," disse Palmer.

O comércio tem avançado, de uma troca quase nula em meados dos anos 1990 para US$ 18 bilhões ao ano, principalmente na forma de exportações para os Estados Unidos, que ajudam a manter sob controle o déficit comercial do Vietnã. Laços políticos e militares também estão melhorando, e navios da Marinha norte-americana visitam o ex-inimigo ao menos uma vez por ano.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/9314 ... anja.shtml




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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Re: EUA: Documentos militares confirmam mentiras sobre Vietname

#33 Mensagem por Clermont » Sex Jun 17, 2011 5:21 pm

Tantas paixões exarcebadas por aqui, e os EUA e o Vietnã em lua de mel...O comércio tem avançado, de uma troca quase nula em meados dos anos 1990 para US$ 18 bilhões ao ano, principalmente na forma de exportações para os Estados Unidos, que ajudam a manter sob controle o déficit comercial do Vietnã. Laços políticos e militares também estão melhorando, e navios da Marinha norte-americana visitam o ex-inimigo ao menos uma vez por ano.
Pois é, aí eu fico pensando: como deve se sentir um ex-combatente que perdeu alguma parte do corpo (ou da mente) naquela guerra, ao relembrar os "especialistas", os "patriotas", os seus líderes políticos, dizendo que era preciso lutar no Vietnam, "senão, amanhã estaremos lutando nas praias da Califórnia".

Ou, "temos de deter a expansão comunista no Vietnam, ou todo o Sudeste Asiático cairá como uma série de dominós enfileirados".

Os americanos perderam, o Vietnam unificou-se sob um regime comunista, e os seus líderes, ao invés de tentarem a conquista do Sudeste Asiático trataram de cuidar de suas próprias vidas.

Então, afinal de contas, qual a finalidade das mortes de quase 60 mil americanos? E uns dois milhões de vietnamitas?

E, quarenta anos depois, tivemos outra guerra sem sentido no Iraque. Mais uma vez, milhares de americanos mortos, muitos mais mutilados. Centenas de milhares (fala-se até em milhões) de iraquianos mortos. E de novo com as mesmas desculpas: "armas de destruição em massa"; "Saddam está planejando fazer chover gás venenoso em Nova Iorque".

E parece que ninguém aprende nada. Pois, agora mesmo, alguns continuam rufando os tambores da guerra pedindo ataques preventivos contra o Irã, pois caso contrário, "Os Aiatolás loucos aniquilarão Israel; colocarão bombas atômicas nas mãos de grupos terroristas que explodirão cidades americanas".

Realmente, parece não haver limites para a capacidade de alguns seres humanos serem manipulados e levados a acreditar em qualquer besteira.




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Re: EUA: Documentos militares confirmam mentiras sobre Vietname

#34 Mensagem por J.Ricardo » Sex Jun 17, 2011 6:01 pm

Sempre tive a impressão que quando cai demais a popularidade do presidente amerciano, eles arrumam uma guerra pra distrair o povão...

Quem acompanha política viu a diferença da popularidade do Bush filho antes e depois do 11/09 e da II guerra do iraque...




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: EUA: Documentos militares confirmam mentiras sobre Vietname

#35 Mensagem por Carlos Lima » Sex Jun 17, 2011 6:46 pm

Entendo, mas temos que pensar com a mentalidade da época em questão...

Não é que por outro lado os "comunistas" diziam... " - Que nada, somos bonzinhos e não estamos procurando aumentar a nossa 'influência' por todo o Sudeste asiático!"

Além disso o esforço no Vietnã de certo modo serviu para dizer aos outros países que mesmo perdendo não é que os americanos iriam facilitar a expansão comunista naquela região.

Ao mesmo tempo no ínicio da Guerra os americanos ainda estavam bem 'extremados' com relação a crise de Cuba e afins.

É claro que existiram exageros, loucuras e propagandisses loucas e a Guerra do Vietnã deveria na verdade ter parado antes de quando efetivamente parou, mas essa é a verdade 'hoje' depois de muitos anos, muitas analises e muita história contada.

A Guerra do Vietnã foi muito ruim para com os que foram lá lutar não só pelos obvios motivos que são relacionados a um campo de batalha, mas como a percepção da população para com esse pessoal quando eles voltaram. E se tem uma coisa que é ultra importante para os americanos até mais importante do que a execução, é a percepção que eles tem sobre um determinado assunto.

Lidar com uma sociedade que valoriza isso acima de tudo chegando a extremos rídiculos algumas vezes não é uma coisa fácil de fazer e muitas vezes entender.

Mentir, todos mentem (não vê a quantidade de mentiras que nós mesmos aprendemos nas escolas, ou como os nossos próprios ex-combatentes foram tratados não pela população, mas por outros militares quando voltaram da IIGM?).

Manipular, todos manipulam... é assim que você consegue verbas, e daí o que é 'moral' ou não a ser feito para se conseguir o que quer em termos de verbas e apoio é questionável e depende realmente de quem você conversa.

De um modo geral eu acho que os americanos sabem muito bem que foram manipulados e são manipulados pelos seus líderes em diversas guerras e atitudes que se metem, mas enquanto a percepção daquilo está sendo bem trabalhada eles tem a tendência de 'deixar rolar' porque eles acreditam nos seus líderes. No momento em que essa percepção muda, aí eles não sabem (na minha opnião) lidar muito bem com decepções e é algo sempre díficil de encarar.

Um outro fator que colabora para 'só agora' nós vermos as verdades e mentiras é porque naquele tempo a informação deveria ser preservada como 'segurança nacional'. Afinal, quem é que vai realmente iria apoiar nos anos 60 com EUA x URSS um 'ponto de vista' dominante que só fica dizendo ... '- Ih, foi mal aí, falhamos...!!' o tempo todo?

Não era assim que as coisas funcionavam naquela época.

Trazendo para o nosso próprio quintal, você não veem o quanto delicada é a situação com as nossas "comissões da verdade" com relação a nossa ditadura?

É triste, mas faz parte da Guerra :(

[]s
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Re: EUA: Documentos militares confirmam mentiras sobre Vietname

#36 Mensagem por tflash » Sex Jun 17, 2011 6:58 pm

Concordo absolutamente com o seu post Lima.

Temos que ver outra coisa. Não sei como seria se não se tivessem combatido as guerras menores da guerra fria. Se calhar a afirmação Americana até é correcta por este ponto de vista.

Se as forças do lado vermelho não tivessem sofrido o desgaste que sofreram, se calhar expandido a sua influência a outros lugares. nunca vamos saber se a guerra do Vietname foi necessária para evitar que vivêssemos em regimes tipo Coreia do Norte. Não que fosse esse o principal objectivo do EUA. Não se pode afirmar que teríamos um mundo melhor hoje se esses conflitos não tivessem existido.

É uma grande incógnita.




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Re: EUA: Documentos militares confirmam mentiras sobre Vietname

#37 Mensagem por P44 » Sáb Jun 18, 2011 6:54 am

Clermont escreveu:
Tantas paixões exarcebadas por aqui, e os EUA e o Vietnã em lua de mel...O comércio tem avançado, de uma troca quase nula em meados dos anos 1990 para US$ 18 bilhões ao ano, principalmente na forma de exportações para os Estados Unidos, que ajudam a manter sob controle o déficit comercial do Vietnã. Laços políticos e militares também estão melhorando, e navios da Marinha norte-americana visitam o ex-inimigo ao menos uma vez por ano.
Pois é, aí eu fico pensando: como deve se sentir um ex-combatente que perdeu alguma parte do corpo (ou da mente) naquela guerra, ao relembrar os "especialistas", os "patriotas", os seus líderes políticos, dizendo que era preciso lutar no Vietnam, "senão, amanhã estaremos lutando nas praias da Califórnia".

Ou, "temos de deter a expansão comunista no Vietnam, ou todo o Sudeste Asiático cairá como uma série de dominós enfileirados".

Os americanos perderam, o Vietnam unificou-se sob um regime comunista, e os seus líderes, ao invés de tentarem a conquista do Sudeste Asiático trataram de cuidar de suas próprias vidas.

Então, afinal de contas, qual a finalidade das mortes de quase 60 mil americanos? E uns dois milhões de vietnamitas?

E, quarenta anos depois, tivemos outra guerra sem sentido no Iraque. Mais uma vez, milhares de americanos mortos, muitos mais mutilados. Centenas de milhares (fala-se até em milhões) de iraquianos mortos. E de novo com as mesmas desculpas: "armas de destruição em massa"; "Saddam está planejando fazer chover gás venenoso em Nova Iorque".

E parece que ninguém aprende nada. Pois, agora mesmo, alguns continuam rufando os tambores da guerra pedindo ataques preventivos contra o Irã, pois caso contrário, "Os Aiatolás loucos aniquilarão Israel; colocarão bombas atômicas nas mãos de grupos terroristas que explodirão cidades americanas".

Realmente, parece não haver limites para a capacidade de alguns seres humanos serem manipulados e levados a acreditar em qualquer besteira.

Acrescenta aí a Libia á lista...




Triste sina ter nascido português 👎
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Re: EUA: Documentos militares confirmam mentiras sobre Vietname

#38 Mensagem por Penguin » Sáb Jun 18, 2011 1:50 pm

Enquanto lá documentos históricos são liberados, do lado de cá...

FSP, 18/06
Itamaraty e Defesa temem vazamento de plano nuclear

Ministérios articulam manutenção de sigilo eterno para papéis ultrassecretos Exercícios militares com países vizinhos e possíveis atos ilegais na definição de fronteiras também preocupam

Elaine Cantanhêde

Um dos principais temores do Itamaraty e da Defesa, que capitaneiam no Executivo o movimento a favor do sigilo eterno de determinados documentos de governo, é com o vazamento de detalhes técnicos e ultrassecretos sobre o programa nuclear brasileiro.

Eles também alegam que é importante impedir a divulgação e a abertura ao público de dois outros grupos de documentos: os referentes aos exercícios militares com simulação de guerra contra os vizinhos e os que relatam práticas ilegais e até imorais do país na definição das fronteiras, especialmente na compra do Acre à Bolívia.

Os ministérios deram pareceres a favor de manter o sigilo eterno para casos específicos, mas ressalvam que não são irredutíveis e que cabe à presidente Dilma decidir.

PROJETO INICIAL

Para o ministro Nelson Jobim (Defesa), o ideal seria que o Senado recompusesse o texto original do governo Lula, que reduzia o sigilo dos papéis ultrassecretos de 30 para 25 anos, com renovações indefinidas. A Câmara passou para uma única prorrogação, limitando a 50 anos o prazo máximo de sigilo.

Dilma, que na elaboração do projeto defendia o fim do sigilo eterno, recuou. Agora, compartilha a opinião dos ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor, contrários à abertura total.

Conforme a Folha apurou, militares e diplomatas defendem manter sempre como ultrassecretos todos os dados, estudos e métodos usados para desenvolver centrífugas e a tecnologia nuclear.

Tanto que não dá acesso a eles nem mesmo para a Argentina, com quem tem um acordo bilateral de transparência nessa área.

Em relação às simulações de guerra, há duas questões envolvidas: a de segurança, para não expor as estratégias militares brasileiras, e o constrangimento que a divulgação pode causar.
No treino, as três Forças Armadas definem um teatro de guerra, com tropas "do Brasil" atacando "inimigas".

No Itamaraty, os interesses são a Guerra do Paraguai (1864-70), quando a população masculina paraguaia foi praticamente dizimada, e principalmente a compra do Acre à Bolívia (1903).

Enquanto a questão com o Paraguai é explorada por historiadores, a compra do Acre poderia expor o Brasil internacionalmente sob dois aspectos: afetar a imagem do Barão do Rio Branco, o ícone das Relações Exteriores, e até gerar questionamentos jurídicos sobre as fronteiras.

Quem conhece a papelada diz que há documentos do barão oferecendo propina ao governo da Bolívia na época.


--------------------------------------------------

OESP, 18/06

Acesso a papéis da ditadura não é garantido

Projeto prevê proteção de documentos que possam expor planos e operações militares

Leonencio Nossa

Ao contrário do que disse ontem a presidente Dilma Rousseff, os documentos sobre violações dos direitos humanos podem permanecer sob sigilo eterno. O projeto de acesso a informações enviado pelo governo ao Congresso e o texto substitutivo da Câmara não dão garantias de abertura dos documentos históricos de mais interesse de pesquisadores e entidades, como os relatórios e dossiês produzidos no regime militar (1964-1985).

Em seu artigo 21, o substitutivo ressalta em parágrafo único que as informações ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violação dos direitos humanos "não poderão ser objeto de restrição de acesso". Foi esse ponto que deu base ao discurso de Dilma e a entrevistas da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Técnicos jurídicos do próprio Planalto, porém, observam que nenhuma versão do texto fixa regras para classificar se o documento se enquadra nessa categoria.

O texto original, no artigo 19 - trecho preservado no substituto da Câmara -, estabelece que o sigilo vale para documentos cuja divulgação exponham planos e operações das Forças Armadas. Esse sempre foi um argumento usado pelos militares ao negar a outros órgãos do Estado informações do período da ditadura. O texto impede, ainda, a abertura de documentos que prejudiquem o trabalho de inteligência.

Na região do Araguaia, observam representantes da área dos direitos humanos, a atual Agência Brasileira de Inteligência (Abin) utiliza quadros do tempo em que se chamava Serviço Nacional de Informações (SNI).

O projeto de acesso a informações estipula uma classificação para determinar prazo de abertura dos dados. Os documentos são ultrassecretos, secretos ou reservados. A abertura dos ultrassecretos ocorrerá em 25 anos, podendo ser prorrogada por igual período. Na prática, no entanto, renovações sucessivas tornariam o sigilo "eterno".

Segundo Dilma, isso só vale para documentos que põem em risco à soberania nacional, a integridade nacional e as relações internacionais. Logo, os papéis relativos a direitos humanos não podem entrar nessa lista.

Até agora não se definiu se haverá uma reclassificação especialmente dos papéis da ditadura. Esses papéis, que abordam casos considerados hoje como violações claras dos direitos humanos, à época foram relacionados a temas sensíveis de segurança, o que dificultaria a divulgação.

Esplanada sigilosa. Desde a última quinta-feira, o Estado pediu a assessorias de órgãos públicos da área civil e militar informações sobre o número de documentos sigilosos produzidos no último ano. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que em 2010 foram produzidos pela pasta dez processos classificados como confidenciais - a maioria casos envolvendo pleitos brasileiros na Organização Mundial do Comércio (OMC).

O Itamaraty divulgou que, no mesmo período, seus postos no exterior enviaram para Brasília 292 documentos ultrassecretos. A sede da pasta na capital produziu outros 134 documentos dessa categoria. Em nota, o Ministério da Fazenda observou que o sigilo na área é mais amplo, pois envolve questões fiscais.

Já órgãos militares como o Ministério da Defesa e o Comando do Exército alegaram que números de documentos sigilosos não podem ser divulgados por questão de segurança.

Comissão da verdade. No final da tarde de ontem, Dilma recebeu os ministros Nelson Jobim (Defesa), Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Ideli Salvatti para discutir a proposta de instalação da Comissão da Verdade, para apurar crimes ocorridos durante o regime militar. A divulgação de notícias sobre o grupo poderá tirar o foco político da polêmica sobre os arquivos, avaliam assessores do governo.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: EUA: Documentos militares confirmam mentiras sobre Vietname

#39 Mensagem por Centurião » Sáb Jun 18, 2011 3:11 pm

Penguin escreveu:Enquanto lá documentos históricos são liberados, do lado de cá...

FSP, 18/06
Itamaraty e Defesa temem vazamento de plano nuclear

Ministérios articulam manutenção de sigilo eterno para papéis ultrassecretos Exercícios militares com países vizinhos e possíveis atos ilegais na definição de fronteiras também preocupam

Elaine Cantanhêde

Um dos principais temores do Itamaraty e da Defesa, que capitaneiam no Executivo o movimento a favor do sigilo eterno de determinados documentos de governo, é com o vazamento de detalhes técnicos e ultrassecretos sobre o programa nuclear brasileiro.

Eles também alegam que é importante impedir a divulgação e a abertura ao público de dois outros grupos de documentos: os referentes aos exercícios militares com simulação de guerra contra os vizinhos e os que relatam práticas ilegais e até imorais do país na definição das fronteiras, especialmente na compra do Acre à Bolívia.

Os ministérios deram pareceres a favor de manter o sigilo eterno para casos específicos, mas ressalvam que não são irredutíveis e que cabe à presidente Dilma decidir.

PROJETO INICIAL

Para o ministro Nelson Jobim (Defesa), o ideal seria que o Senado recompusesse o texto original do governo Lula, que reduzia o sigilo dos papéis ultrassecretos de 30 para 25 anos, com renovações indefinidas. A Câmara passou para uma única prorrogação, limitando a 50 anos o prazo máximo de sigilo.

Dilma, que na elaboração do projeto defendia o fim do sigilo eterno, recuou. Agora, compartilha a opinião dos ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor, contrários à abertura total.

Conforme a Folha apurou, militares e diplomatas defendem manter sempre como ultrassecretos todos os dados, estudos e métodos usados para desenvolver centrífugas e a tecnologia nuclear.

Tanto que não dá acesso a eles nem mesmo para a Argentina, com quem tem um acordo bilateral de transparência nessa área.

Em relação às simulações de guerra, há duas questões envolvidas: a de segurança, para não expor as estratégias militares brasileiras, e o constrangimento que a divulgação pode causar.
No treino, as três Forças Armadas definem um teatro de guerra, com tropas "do Brasil" atacando "inimigas".

No Itamaraty, os interesses são a Guerra do Paraguai (1864-70), quando a população masculina paraguaia foi praticamente dizimada, e principalmente a compra do Acre à Bolívia (1903).

Enquanto a questão com o Paraguai é explorada por historiadores, a compra do Acre poderia expor o Brasil internacionalmente sob dois aspectos: afetar a imagem do Barão do Rio Branco, o ícone das Relações Exteriores, e até gerar questionamentos jurídicos sobre as fronteiras.

Quem conhece a papelada diz que há documentos do barão oferecendo propina ao governo da Bolívia na época.


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OESP, 18/06

Acesso a papéis da ditadura não é garantido

Projeto prevê proteção de documentos que possam expor planos e operações militares

Leonencio Nossa

Ao contrário do que disse ontem a presidente Dilma Rousseff, os documentos sobre violações dos direitos humanos podem permanecer sob sigilo eterno. O projeto de acesso a informações enviado pelo governo ao Congresso e o texto substitutivo da Câmara não dão garantias de abertura dos documentos históricos de mais interesse de pesquisadores e entidades, como os relatórios e dossiês produzidos no regime militar (1964-1985).

Em seu artigo 21, o substitutivo ressalta em parágrafo único que as informações ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violação dos direitos humanos "não poderão ser objeto de restrição de acesso". Foi esse ponto que deu base ao discurso de Dilma e a entrevistas da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Técnicos jurídicos do próprio Planalto, porém, observam que nenhuma versão do texto fixa regras para classificar se o documento se enquadra nessa categoria.

O texto original, no artigo 19 - trecho preservado no substituto da Câmara -, estabelece que o sigilo vale para documentos cuja divulgação exponham planos e operações das Forças Armadas. Esse sempre foi um argumento usado pelos militares ao negar a outros órgãos do Estado informações do período da ditadura. O texto impede, ainda, a abertura de documentos que prejudiquem o trabalho de inteligência.

Na região do Araguaia, observam representantes da área dos direitos humanos, a atual Agência Brasileira de Inteligência (Abin) utiliza quadros do tempo em que se chamava Serviço Nacional de Informações (SNI).

O projeto de acesso a informações estipula uma classificação para determinar prazo de abertura dos dados. Os documentos são ultrassecretos, secretos ou reservados. A abertura dos ultrassecretos ocorrerá em 25 anos, podendo ser prorrogada por igual período. Na prática, no entanto, renovações sucessivas tornariam o sigilo "eterno".

Segundo Dilma, isso só vale para documentos que põem em risco à soberania nacional, a integridade nacional e as relações internacionais. Logo, os papéis relativos a direitos humanos não podem entrar nessa lista.

Até agora não se definiu se haverá uma reclassificação especialmente dos papéis da ditadura. Esses papéis, que abordam casos considerados hoje como violações claras dos direitos humanos, à época foram relacionados a temas sensíveis de segurança, o que dificultaria a divulgação.

Esplanada sigilosa. Desde a última quinta-feira, o Estado pediu a assessorias de órgãos públicos da área civil e militar informações sobre o número de documentos sigilosos produzidos no último ano. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que em 2010 foram produzidos pela pasta dez processos classificados como confidenciais - a maioria casos envolvendo pleitos brasileiros na Organização Mundial do Comércio (OMC).

O Itamaraty divulgou que, no mesmo período, seus postos no exterior enviaram para Brasília 292 documentos ultrassecretos. A sede da pasta na capital produziu outros 134 documentos dessa categoria. Em nota, o Ministério da Fazenda observou que o sigilo na área é mais amplo, pois envolve questões fiscais.

Já órgãos militares como o Ministério da Defesa e o Comando do Exército alegaram que números de documentos sigilosos não podem ser divulgados por questão de segurança.

Comissão da verdade. No final da tarde de ontem, Dilma recebeu os ministros Nelson Jobim (Defesa), Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Ideli Salvatti para discutir a proposta de instalação da Comissão da Verdade, para apurar crimes ocorridos durante o regime militar. A divulgação de notícias sobre o grupo poderá tirar o foco político da polêmica sobre os arquivos, avaliam assessores do governo.
Confesso que não entendi essa afirmação sua.

Ninguém, nem os americanos revelam documentos importantes que venham ter algum tipo de consequência nos dias de hoje. Estamos certos em segurar alguns dos documentos que possam prejudicar o país.




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Re: EUA: Documentos militares confirmam mentiras sobre Vietname

#40 Mensagem por Penguin » Sáb Jun 18, 2011 3:22 pm

Centurião escreveu:
Penguin escreveu:Enquanto lá documentos históricos são liberados, do lado de cá...

FSP, 18/06
Itamaraty e Defesa temem vazamento de plano nuclear

Ministérios articulam manutenção de sigilo eterno para papéis ultrassecretos Exercícios militares com países vizinhos e possíveis atos ilegais na definição de fronteiras também preocupam

Elaine Cantanhêde

Um dos principais temores do Itamaraty e da Defesa, que capitaneiam no Executivo o movimento a favor do sigilo eterno de determinados documentos de governo, é com o vazamento de detalhes técnicos e ultrassecretos sobre o programa nuclear brasileiro.

Eles também alegam que é importante impedir a divulgação e a abertura ao público de dois outros grupos de documentos: os referentes aos exercícios militares com simulação de guerra contra os vizinhos e os que relatam práticas ilegais e até imorais do país na definição das fronteiras, especialmente na compra do Acre à Bolívia.

Os ministérios deram pareceres a favor de manter o sigilo eterno para casos específicos, mas ressalvam que não são irredutíveis e que cabe à presidente Dilma decidir.

PROJETO INICIAL

Para o ministro Nelson Jobim (Defesa), o ideal seria que o Senado recompusesse o texto original do governo Lula, que reduzia o sigilo dos papéis ultrassecretos de 30 para 25 anos, com renovações indefinidas. A Câmara passou para uma única prorrogação, limitando a 50 anos o prazo máximo de sigilo.

Dilma, que na elaboração do projeto defendia o fim do sigilo eterno, recuou. Agora, compartilha a opinião dos ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor, contrários à abertura total.

Conforme a Folha apurou, militares e diplomatas defendem manter sempre como ultrassecretos todos os dados, estudos e métodos usados para desenvolver centrífugas e a tecnologia nuclear.

Tanto que não dá acesso a eles nem mesmo para a Argentina, com quem tem um acordo bilateral de transparência nessa área.

Em relação às simulações de guerra, há duas questões envolvidas: a de segurança, para não expor as estratégias militares brasileiras, e o constrangimento que a divulgação pode causar.
No treino, as três Forças Armadas definem um teatro de guerra, com tropas "do Brasil" atacando "inimigas".

No Itamaraty, os interesses são a Guerra do Paraguai (1864-70), quando a população masculina paraguaia foi praticamente dizimada, e principalmente a compra do Acre à Bolívia (1903).

Enquanto a questão com o Paraguai é explorada por historiadores, a compra do Acre poderia expor o Brasil internacionalmente sob dois aspectos: afetar a imagem do Barão do Rio Branco, o ícone das Relações Exteriores, e até gerar questionamentos jurídicos sobre as fronteiras.

Quem conhece a papelada diz que há documentos do barão oferecendo propina ao governo da Bolívia na época.


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OESP, 18/06

Acesso a papéis da ditadura não é garantido

Projeto prevê proteção de documentos que possam expor planos e operações militares

Leonencio Nossa

Ao contrário do que disse ontem a presidente Dilma Rousseff, os documentos sobre violações dos direitos humanos podem permanecer sob sigilo eterno. O projeto de acesso a informações enviado pelo governo ao Congresso e o texto substitutivo da Câmara não dão garantias de abertura dos documentos históricos de mais interesse de pesquisadores e entidades, como os relatórios e dossiês produzidos no regime militar (1964-1985).

Em seu artigo 21, o substitutivo ressalta em parágrafo único que as informações ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violação dos direitos humanos "não poderão ser objeto de restrição de acesso". Foi esse ponto que deu base ao discurso de Dilma e a entrevistas da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Técnicos jurídicos do próprio Planalto, porém, observam que nenhuma versão do texto fixa regras para classificar se o documento se enquadra nessa categoria.

O texto original, no artigo 19 - trecho preservado no substituto da Câmara -, estabelece que o sigilo vale para documentos cuja divulgação exponham planos e operações das Forças Armadas. Esse sempre foi um argumento usado pelos militares ao negar a outros órgãos do Estado informações do período da ditadura. O texto impede, ainda, a abertura de documentos que prejudiquem o trabalho de inteligência.

Na região do Araguaia, observam representantes da área dos direitos humanos, a atual Agência Brasileira de Inteligência (Abin) utiliza quadros do tempo em que se chamava Serviço Nacional de Informações (SNI).

O projeto de acesso a informações estipula uma classificação para determinar prazo de abertura dos dados. Os documentos são ultrassecretos, secretos ou reservados. A abertura dos ultrassecretos ocorrerá em 25 anos, podendo ser prorrogada por igual período. Na prática, no entanto, renovações sucessivas tornariam o sigilo "eterno".

Segundo Dilma, isso só vale para documentos que põem em risco à soberania nacional, a integridade nacional e as relações internacionais. Logo, os papéis relativos a direitos humanos não podem entrar nessa lista.

Até agora não se definiu se haverá uma reclassificação especialmente dos papéis da ditadura. Esses papéis, que abordam casos considerados hoje como violações claras dos direitos humanos, à época foram relacionados a temas sensíveis de segurança, o que dificultaria a divulgação.

Esplanada sigilosa. Desde a última quinta-feira, o Estado pediu a assessorias de órgãos públicos da área civil e militar informações sobre o número de documentos sigilosos produzidos no último ano. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que em 2010 foram produzidos pela pasta dez processos classificados como confidenciais - a maioria casos envolvendo pleitos brasileiros na Organização Mundial do Comércio (OMC).

O Itamaraty divulgou que, no mesmo período, seus postos no exterior enviaram para Brasília 292 documentos ultrassecretos. A sede da pasta na capital produziu outros 134 documentos dessa categoria. Em nota, o Ministério da Fazenda observou que o sigilo na área é mais amplo, pois envolve questões fiscais.

Já órgãos militares como o Ministério da Defesa e o Comando do Exército alegaram que números de documentos sigilosos não podem ser divulgados por questão de segurança.

Comissão da verdade. No final da tarde de ontem, Dilma recebeu os ministros Nelson Jobim (Defesa), Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Ideli Salvatti para discutir a proposta de instalação da Comissão da Verdade, para apurar crimes ocorridos durante o regime militar. A divulgação de notícias sobre o grupo poderá tirar o foco político da polêmica sobre os arquivos, avaliam assessores do governo.
Confesso que não entendi essa afirmação sua.

Ninguém, nem os americanos revelam documentos importantes que venham ter algum tipo de consequência nos dias de hoje. Estamos certos em segurar alguns dos documentos que possam prejudicar o país.
Concordo.
Mas nem todo documento histórico se encaixa neste perfil.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: EUA: Documentos militares confirmam mentiras sobre Vietname

#41 Mensagem por rodrigo » Sex Jul 01, 2011 4:01 pm

Série de fotos da guerra do Vietnã:

http://blogs.denverpost.com/captured/20 ... igon/1781/




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: EUA: Documentos militares confirmam mentiras sobre Vietn

#42 Mensagem por Enlil » Dom Jul 24, 2011 12:51 am

Guerra escreveu:O dia que for anunciado algum documento da antiga URSS que contradiga a "verdade" do governo da epoca eu como todos eles com farinha.
:?:

Documentos de Estado, da data de sua confecção, quando caracterizados como secretos, por tempo determinado (ou até indeterminado), muitas vezes prorrogados, são assim caracterizados pelo potencial interno ou externo de gerarem contravérsias que podem levar a uma crise política ou mesmo um incidente internacional, de caráter diplomático ou até mesmo um conflito. E na URSS isso não era diferente. Ou seja, documentos de Estado (material documental burocrático, seja do "modus operandi" das n instituições de um governo ou estratégicos, de circulação restrita e interna) não tem nada a ver com propaganda ou ideologia. Não é por acaso que quando em desgraça muitos regimes (e quiçá até democracias) tentam queimar a maioria de seus arquivos :wink:.


[].




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Re: EUA: Documentos militares confirmam mentiras sobre Vietn

#43 Mensagem por pt » Dom Jul 24, 2011 3:54 pm

Clermont escreveu:Pois é, aí eu fico pensando: como deve se sentir um ex-combatente que perdeu alguma parte do corpo (ou da mente) naquela guerra, ao relembrar os "especialistas", os "patriotas", os seus líderes políticos, dizendo que era preciso lutar no Vietnam, "senão, amanhã estaremos lutando nas praias da Califórnia".

Ou, "temos de deter a expansão comunista no Vietnam, ou todo o Sudeste Asiático cairá como uma série de dominós enfileirados".
Eu também me pergunto mais ou menos a mesma coisa.

O que pensará um antigo combatente vietnamita, quantas vezes mutilado, quantas vezes com a sua vida destroçada pelas bombas, pelos sacrificios que os comunistas lhe pediam, em nome de um ideal.
O ideal pelo qual centenas de milhares de pessoas deram as vidas, para salvar o Vietname dos diabos capitalistas, das multinacionais malvadas que querem explorar o povo.

Como se sentirá um veterano vietnamita, quando entra num restaurante McDonalds em Hanoi, e lhe servem um Big Mac, acompanhado de Coca Cola ? ...




O que pensará a mulher que perdeu os pais e toda a família e ficou orfã, porque eles morreram por um futuro melhor, quando sabe que na Tailandia e na Malásia, países que eram tão pobres quanto o Vietname mas onde não houve guerra, e onde hoje se ganha três a quatro vezes mais pelo mesmo trabalho.

Essas são perguntas que também muitos devem fazer...





Nota: A questão do Golfo de Tonkim é um segredo de polinchinelo há décadas.
Desde o inicio dos anos 80 que a questão é conhecida, discutida e até já esquecida.
Há sempre um detonador de uma crise. Quando se sabe que a crise é inevitável, quem possui a capacidade para o detonar, ganha alguma vantagem táctica.

Todos os grandes países utilizaram os mesmos subterfugios para intervir em algum lugar. Directa ou indirectamente.
A URSS interviu pesadamente em África, alugando cubanos à peça (não é uma intervenção directa, é indirecta). Invadiram o Afeganistão (velho sonho imperial dos Czares), quando surgiu um detonador que justificasse a invasão.
Como é que eles justificaram a invasão da Finlandia e dos Estados Bálticos ?
Como é que eles justificaram perante os russos a ocupação da Polónia em 1939 ?

As democracias também utilizam este tipo de subterfugios.
Neste jogo, mata-se ou morre-se. Mas por mim, continuo a preferir que seja uma democracia a faze-lo que uma ditadura.
Uma coisa é mentir, para defender a liberdade, outra é mentir para a destruir.




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Re: EUA: Documentos militares confirmam mentiras sobre Vietn

#44 Mensagem por FoxTroop » Dom Jul 24, 2011 4:19 pm

pt escreveu:As democracias também utilizam este tipo de subterfugios.
Neste jogo, mata-se ou morre-se. Mas por mim, continuo a preferir que seja uma democracia a faze-lo que uma ditadura.
Uma coisa é mentir, para defender a liberdade, outra é mentir para a destruir
É nesta ultima frase que eu discordo em absoluto de si. A não ser que a liberdade seja medida pelo valor das acções de uma Shell ou Texaco.




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Re: EUA: Documentos militares confirmam mentiras sobre Vietn

#45 Mensagem por pt » Dom Jul 24, 2011 5:20 pm

A não ser que a liberdade seja medida pelo valor das acções de uma Shell ou Texaco
A liberdade, mede-se pelos direitos que tem um cidadão do Vietname, quer os direitos sociais dados pela Liberdade que o regime lhe permite, quer os direitos e a liberdade que lhe é concedida pelo dinheiro que tem na carteira.

Nixon, foi deposto, o partido dele perdeu as eleições, do outro lado, ninguém pagou por nada.

Qualquer comparação, que não passe por medir o direito de falar e dizer NÃO, sem sofrer ameaças, não é honesta.

E é aí que está um rio gigantesco de diferenças.
Nós estamos aqui, porque as pessoas que gerem o fórum, não têm que responder perante um comité central, um comité de bairro ou uma comissão qualquer de um qualquer Partido Comunista, ou Socialista, ou Bolivariano ou o que seja.


Com todos os problemas e com todas as contradições a Democracia resulta de a Liberdade ser um valor absoluto.

Há os países que têm e os que não têm.
Qualquer pessoa sabe quem eles são.

É por isso que você vê tantas tentativas por parte dos defensores da ditadura, para provar que afinal as democracias às vezes também mentem.




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