Alta de impostos para milionários trava negociações nos EUA
Washington, 30 jun (Prensa Latina) A alta dos impostos aos milionários e às empresas petrolíferas para reduzir o déficit do país é hoje a principal trava que enfrentam negociadores democratas e o presidente Barack Obama em suas conversas com os republicanos.
Depois de sua viagem a Iowa, na terça-feira, como parte de seu plano de reeleição e de insistir que a recuperação econômica dos Estados Unidos é um problema "a longo prazo", Obama dedicou suas declarações ontem na Casa Branca ao tema dos impostos.
O assunto torna-se controverso, pois líderes republicanos insistem em que não aceitarão nenhum acordo de redução de déficit que passe pelo aumento de impostos.
O presidente pronunciou-se por terminar com as vantagens desfrutadas pelos multimilionários, companhias petrolíferas, gestores de fundos de alto risco e proprietários de aviões corporativos.
Sustentou que seria difícil para a oposição dizer que as vantagens fiscais para os que desfrutam de aviões corporativos são tão importantes que não vão se sentar à mesa e buscar um acordo.
O presidente considera que caso não se consiga um ponto de contato nas negociações sobre o déficit e a alta da dívida pública, o país enfrentará uma situação crítica e imprevisível.
Esta situação unida ao tema do emprego mantém em alerta a Casa Branca, envolvida em uma séria disputa com os republicanos.
A respeito, a Clinton Global Initiative assinalou, nesta quarta-feira, que se os bancos emprestassem os dois trilhões de dólares que guardam em numerário, se poderiam intensificar os programas de capacitação e se apoiaria a criação de três milhões de empregos, com o que a recuperação econômica seria bem mais forte.
O próprio ex-presidente William Clinton considera que o país tem potencial para criar três milhões de empregos, com o que se reduziria a atual taxa de 9,1 por cento quase a metade.
Os desencontros entre democratas e republicanos sobre o tema coincidem com a publicação de um relatório do Fundo Monetário Internacional alertando sobre "graves consequências" dentro e fora dos Estados Unidos se o Congresso não aumentar o limite da dívida federal.
Espera-se que na semana prossigam as aproximações sobre o problema da dívida pública e do déficit fiscal, ainda que até agora nenhuma das partes parece disposta a ceder em suas posições.
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