Inicialmente, peço desculpas ao Clermont por usar apenas trechos de seu post, que podem não representar, dessa forma isolada, sua opinião, mas o faço como gancho, por considerar que a essência da questão está contida nestas duas frases.Uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa.
Uma coisa é a justa reinvidicação por melhores condições de trabalho e de salários ...
Outra coisa é a arruaça, a baderna e o motim ...
Esses homens e mulheres, bombeiros militares (queiram ou não), são verdadeiros heróis do dia-a-dia da população do Estado do Rio de Janeiro.
Posso testemunhar que por diversas vezes acionei o 193, e em poucos minutos obtive a ajuda que precisava, e alguém, obteve o socorro que necessitava. Sou um verdadeiro fã desses homens e mulheres que formam os quadros do CBMERJ.
Torço muito ( pois convivo diariamente com seus problemas pessoais) que o salário pago pelo nosso governo e as condições de trabalho venham a corresponder à dedicação e comprometimento que eles diariamente entregam ao nosso povo.
Falar sobre o heroísmo dos bombeiros em momentos de catástrofes é "chorver no molhado". Eles dão a própria vida em socorro de outras. São heróis, e nós, povo do Estado do Rio de Janeiro, orgulhosamente, os reconhecemos como tal.
Mas, queiram ou não, concordem ou não, e até que essa condição seja legalmente alterada, são militares e ponto.
Portanto, partindo dessa condição, e na minha opinião, nada justifica o que foi feito por pouco mais de quatrocentos militares dessa Corporação.
Nada justifica invadir o próprio quartel (salvo para preservá-lo, viisto, que imagino ser para eles local sagrado).
Nada justifica a quebra da hierarquia.
Nada justifica a afronta a ordem.
Nada justifica macular o bom nome da Corporação.
Enfim, nada justifica esse verdadeiro motim.
Ninguém pode se colocar acima das leis e da ordem, da sociedade e do poder legalmente constituído.
Como militares, que reividiquem de outra forma, e dentro do que a eles seja permito por suas leis. Se não concordarem, que joguem fora o boné, as insígnias, as armas, os tribunais e condições especiais, etc e busquem outra coisa prá fazer de suas vidas.
Aos pedidos de alguns amigos que fazem parte da corporação para que colocasse em meu carro a fitinha vermelha representativa de apoio e solidariedade ao movimento, disse não. Não coloquei e nem vou colocar.
Apesar de concordar com o pleiteado, (quero para os militares da CBMERJ melhores salários e condições de trabalho), como cidadão não posso admitir a forma que os detidos conduziram o pleito, e espero que tenham um julgamento justo, dentro da ótica militar.
É isso que penso.
Um fraternal abraço,