tanques e blindados

[Túlio]

O que o nosso véio Aiatolá está fazendo aí? Tem jogo do Nacional da M'daira?

[Paisano]

O que o nosso véio Aiatolá está fazendo aí? Tem jogo do Nacional da M'daira?

Nacional da M'daira é o cace#$&!!!

[Túlio]

PUTZ! Acabei de ler que a Holanda acabou de vez com seus MBTs! Agora só CV-90 com canhão de 35mm e heli Apache. Por melhor que seja essa combinação, não vale muito contra um ataque massivo de MBTs de verdade e/ou gente motivada e bem treinada com ATGMs e MANPADS. A ver no que dá...

[gribel]

Que nada cupincha. Se o bicho pegar e eles perderem tudo...é só subir no alto dos moinhos e esperar as tropas invasoras ocuparem o terreno. Daí eles abrem os diques.
Manobra conhecida como tsunami holandês : )

[SantaCatarinaBR]

SantaCatarinaBR - Restauração de um blindado ENGESA EET4 OGUM ( caio3112 | 01/06/2011 )

Apos 2 anos de restauraçao, finalmente, os primeiros passos do ENGESA EET4 OGUM

[Clermont]

Mas que pena que o "Ogum" nunca entrou em serviço! Talvez ele pudesse ter sido muito útil ao Exército.

[Reginaldo Bacchi]

Mas que pena que o "Ogum" nunca entrou em serviço! Talvez ele pudesse ter sido muito útil ao Exército.

O "Ogum" foi o projeto mais sem nexo feito pela ENGESA.

Bacchi

[JL]

Bacchi

Curiosidade, deve ter alguns estudos ou idéias que nem chegaram ao estágio de projeto pela Engesa, que são desconhecidas pelo público. Poderia compartilhar alguma? Obrigado.

[felipexion]

Mas que pena que o "Ogum" nunca entrou em serviço! Talvez ele pudesse ter sido muito útil ao Exército.

O "Ogum" foi o projeto mais sem nexo feito pela ENGESA.

Bacchi

Bacchi, poderia expor os motivos? É que apenas ouço elogios em TODOS os produtos da extinta ENGESA.

[Túlio]

Felipe, deve ter bastante ufanismo no meio disso. De qualquer modo, não deixei de ficar curioso com a - para mim - surpreendente invectiva do nosso amigo Bacchi: tenho lido elogios ao Ogum precisamente em função de sua semelhança com o Wiesel Alemão...

[Clermont]

Mas que pena que o "Ogum" nunca entrou em serviço! Talvez ele pudesse ter sido muito útil ao Exército.

O "Ogum" foi o projeto mais sem nexo feito pela ENGESA.

Bacchi

Bem, partindo do pressuposto de que o "Ogum" funcionasse como era descrito nas revistinhas de assuntos militares da década de 1980 (aliás, a única forma para nós, os leigos, tomarmos conhecimento das coisas) ele parecia um brinquedinho interessante para as prováveis missões de que fosse encarregado. Evidente que as revistas podiam estar, totalmente, erradas. Uma vez, um editor de uma famosa revistinha perguntou ao ministro do Exército se este adotaria o "Tamoyo", o general virou-se para seu oficial ordenança e não conseguiu segurar uma gargalhada. Mas as revistas garantiam que o "Tamoyo" era uma maravilhosa máquina de combate.

Então, seria preciso mesmo saber - como bem perguntou o Túlio - como seria uma comparação real entre o desempenho do "Ogum" e do "Wiesel". Este último, parece bem útil para o Exército alemão que o tem usado no Afeganistão embora, não em combate (tirando as forças especiais, os alemães tem evitado combater ofensivamente nesta guerra).

Na prática - que é o verdadeiramente importante - não há como nós, os civis entusiastas, sabermos se tal ou qual material funciona ou não. Somente militares - e militares combatentes - é que podem dar respostas para isso. E eu friso "respostas" porque mesmo entre militares que participaram de combates reais, às vezes, a gente não encontra consenso sobre qualquer que seja a matéria (calibres de fuzil, uso de metralhadoras nos pelotões de fuzileiros ou dentro de um pelotão de metralhadoras de batalhão etc, etc e tal). Portanto, fiquemos na teoria.

Uma viatura como o "Ogum" - repetindo, se funcionar de acordo com o anúncio comercial das revistinhas dos anos 1980 - não poderia ser útil para a cavalaria brasileira? Estas viaturas "Ogum", não poderiam ter tido algum lugar dentro, por exemplo, das patrulhas de reconhecimento de um pelotão de cavalaria mecanizada, substituindo os jipes com metralhadoras? Ou, dentro de uma fração de reconhecimento orgânica de um regimento de carros de combate, ou de um batalhão de infantaria blindada?

E, por exemplo, uma viatura "Ogum" adaptada como morteiro autopropulsado de 120 mm? Um batalhão de infantaria não ficaria mais poderoso se dispusesse de um tal equipamento?

E digamos, por exemplo, um grupo de combate não ficaria satisfeito em ser apoiado por uma viatura "Ogum" armada com um canhão de 20 mm e uma metralhadora coaxial 7,62? Evidente que o sargento se pudesse, pediria pelo apoio de um "Osório", mas talvez se contentasse mesmo com um "Ogum" para pegar algum ninho de metralhadoras particularmente incômodo.

Tudo, dúvidas de paisano leigo, repito.

(mais uma coisa: sempre partindo do pressuposto que existisse dinheiro a rodo, não tivéssemos crise inflacionária e que houvesse preocupação, por parte da sociedade, com o estabelecimento de um exército plenamente capacitado a enfrentar ameaças externas. Nenhuma de tais premissas sendo real nos anos 1980.)

[rcolistete]

Mas que pena que o "Ogum" nunca entrou em serviço! Talvez ele pudesse ter sido muito útil ao Exército.

O "Ogum" foi o projeto mais sem nexo feito pela ENGESA.

Bacchi

Caro Bacchi,

Não seja injusto, foi um projeto 20 anos à frente da sua época : se hoje fosse vendido seria um sucesso em SP e RJ capital, ótimo para enfrentar a violência nas ruas, para estacionar, etc.

Abraços,

Roberto

[Wingate]

Clermont escreveu: "Estas viaturas "Ogum", não poderiam ter tido algum lugar dentro, por exemplo, das patrulhas de reconhecimento de um pelotão de cavalaria mecanizada, substituindo os jipes com metralhadoras? Ou, dentro de uma fração de reconhecimento orgânica de um regimento de carros de combate, ou de um batalhão de infantaria blindada?

Talvez alguém na ENGESA era fã do antigo Bren Carrier britânico - o Ogum seria uma versão tupiniquim mais moderna....

Wingate

[Reginaldo Bacchi]

O "Ogum" foi o projeto mais sem nexo feito pela ENGESA.
Bacchi

Meus caros felipexion e Túlio
Eu não quis dizer que o Ogum foi um mau projeto de engenharia.
Muito pelo contrario, foi um dos melhores trabalhos da engenharia da ENGESA!
Não só um bom trabalho como um trabalho extremamente rápido. O protótipo ficou pronto 3 meses após o começo do projeto!!!
O que eu sempre senti, foi que, no fundo ninguém sabia para o que servia o Ogum!
O pessoal que fazia o projeto muitas vezes trabalhava sem uma definição exata da finalidade do produto final.
A ideia do Ogum foi trazida pelo pessoal de vendas afirmando que o exército iraquiano queria um produto para substituir o Wiesel (que eles não tinham).
Quando o projeto começou, eu não tinha nenhum conhecimento do que era o Wiesel dentro da estrutura do exército alemão.
Com o tempo descobri uma série de coisas:
1. O Wiesel foi desenvolvido para mobiliar as tropas aero terrestres alemãs, servindo como veículo de reconhecimento e tembém como transporte do míssil anti carro guiado TOW;
2. Até aí morreu Neves. Podemos dizer que o Ogum poderia se encaixar nisto sem nenhum problema.
3. Mas, eu descobri mais coisas. Um dos principais requisitos era dele caber dentro de um helicóptero médio de transporte, cujas dimensões eram muito reduzidas.
A questão de ser sobre rodas ou sobre lagartas foi decidido por isto. Sobre rodas foi impossível se chegar às dimensões desejadas, ao passo que sobre lagartas o foi.
Ou seja, o que decidiu a questão foi a restrição a largura do veículo e não as melhores qualidades da roda sobre a lagarta ou vice versa.
Em suma, foi feito o projeto inicialmente com motor nacional Perkins e depois refinado com adoção de motor BMW turbo.
Fizemos várias demonstrações ao pessoal do Irak. Demonstrações empolgantes - só faltava o Ogum subir pelas paredes!!!
Depois de algum tempo acabaram declarando que não tinham serventia nenhuma para o Ogum, encerrando assim a tragi cômica carreira deste malfadado produto.
Este foi um dos muitos casos grotescos que eu assisti durante meus muitos anos de ENGESA.
Projetos que eram trazidos aos engenheiros de produtos da maneira mais leviana possível, sem nenhum documento que explicasse claramente o que se devia fazer, sem estabelecimento de metas, sem compromissos da parte do comprador - tudo na base do papo furado.
Eu vi vários casos grotescos semelhantes: o shrapnell, o Cascavel anti helicópteros, o Urutu lança chamas, o Cascavel meia lagarta etc etc etc.
Bacchi

[eligioep]

Eu vi vários casos grotescos semelhantes: o shrapnell, o Cascavel anti helicópteros, o Urutu lança chamas, o Cascavel meia lagarta etc etc etc.
Bacchi

Bacchi,
realmente existiu isto??....
Poderia comentar?