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terra.com.br
Filho de vítima de Cesare Battisti pede boicote da Itália à Copa 2014
09 de junho de 2011
Na madrugada desta quinta-feira, o Superior Tribunal Federal ratificou a decisão do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e decidiu libertar o ativista de esquerda Cesare Battisti do presídio de Papuda, em Brasília (DF). A medida do STF irritou muito os italianos, cujas críticas chegaram até a esfera esportiva.
Battisti foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas entre 1977 e 1979, quando militava no grupo Proletários Armados pelo Comunismo. Uma dessas pessoas foi o marechal Rosário Berardi, pai de Bruno Berardi. O filho da vítima pediu que a Itália não envie uma delegação à Copa do Mundo de 2014, marcada para ser realizada no Brasil.
"O governo italiano deve retirar a participação da seleção italiana da Copa do Mundo de 2014 e de outros eventos semelhantes. A Itália também deve interromper relações comerciais com aquela nação", afirmou o italiano, cuja opinião é dividida pelo secretário-geral do Sindicato de Policiais, Franco Maccari.
O jornal Corrierre della Sera fez uma enquete nesta quinta-feira, perguntando aos torcedores se a Itália deveria, de fato, boicotar a Copa do Mundo do Brasil. Cerca de 80% dos votantes concordaram.
Outros parentes da vítima também criticaram a decisão brasileira e foram amparados pela solidariedade do primeiro-ministro Silvio Berlusconi. O dono do Milan (ITA) prometeu recorrer à Corte Internacional de Justiça de Haia, na Holanda. A permanência do ativista no Brasil incomodou até a esquerda italiana.
Battisti foi solto pelo presidente do STF, Cezar Peluso, após uma votação que durou cerca de sete horas e terminou 6 a 3 contra a extradição. Seus advogados já entraram com um pedido no Ministério da Justiça para conseguir o visto definitivo de permanência no Brasil. O italiano planeja continuar a ser escritor.