Síria x Israel

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Síria x Israel

#1 Mensagem por FOXTROT » Dom Mai 15, 2011 10:46 am

Considerando que não há um tópico específico para debater as conflituosas relações entre esses países, crio esse espaço no momento que a tensão se agrava na região.

Saudações

Palestinos entram nas Colinas de Golã e Israel responde com tiros
15 de maio de 2011

Centenas de palestinos provenientes da Síria atravessaram neste domingo a fronteira do país com as Colinas de Golã, ocupadas por Israel desde 1967, o que provocou a reação armada das forças de segurança israelenses no local, deixando quatro mortos e 30 feridos, informaram as emissoras locais de televisão.<.

O incidente ocorreu perto do povoado druso de Majdal Shams, nas Colinas de Golã. "Segundo a informação inicial que dispomos, forças do Exército israelense identificaram vários cidadãos sírios que tentavam cortar a cerca de segurança na fronteira entre Israel e Síria, e responderam com tiros de advertência", disse um porta-voz militar de Israel.

A emissora árabe Al Arabiya indica que quatro pessoas morreram pelos tiros dos militares israelenses, um número que, por enquanto, não foi confirmado por fontes oficiais de Israel. Os serviços de emergência da Estrela de Davi Vermelha (equivalente em Israel à Cruz Vermelha) informaram que entre dez e 20 pessoas ficaram feridas, entre elas três cidadãos israelenses que sofreram ferimentos leves, informou o serviço de notícias israelense Ynet.<

Testemunhas citadas pela rádio pública israelense mencionaram a presença de helicópteros de combate israelenses e disseram também que havia fumaça no local. A imprensa israelense informa que o incidente começou quando centenas de pessoas, supostamente refugiados palestinos residentes na Síria, cruzaram em dois pontos a cerca que divide o território sírio com as Colinas do Golã.

Essas pessoas teriam se reunido para uma manifestação por ocasião do Dia da Nakba (Catástrofe), quando os palestinos lembram o exílio e o trauma que representou para eles a criação do Estado de Israel em 1948. Moradores de Majdal Shams afirmam que centenas de pessoas conseguiram entrar em território controlado por Israel, embora outras digam que só algumas dezenas o fizeram, informa a edição digital do jornal "Haaretz".

Centenas de milhares de pessoas realizam manifestações neste domingo em Israel, na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, além de países vizinhos como Síria, Egito, Líbano e Jordânia, para exigir o direito de retorno dos refugiados palestinos e o fim da ocupação israelense.




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Re: Síria x Israel

#2 Mensagem por FOXTROT » Dom Mai 15, 2011 7:22 pm

terra.com.br

Violência no Golã é provocação iraniana, diz Israel
15 de maio de 2011 • 14h54

Um porta-voz das Forças Armadas de Israel qualificou de "provocação iraniana" a tentativa de manifestantes árabes provenientes da Síria de entrar no território do Estado judaico nas Colinas do Golã.

"Milhares de pessoas chegaram à fronteira e alguns cruzaram a Majdel Shams. Os soldados mantêm um confronto com os manifestantes, que estão atirando pedras", declarou o porta-voz militar, general Yoav Mordejai, para quem a situação decorre de "uma provocação iraniana", informou o serviço de notícias israelense Ynet.

Segundo essa fonte, quatro manifestantes, aparentemente refugiados palestinos residentes na Síria, morreram por disparos israelenses e dois dos corpos foram entregues às autoridades sírias, enquanto os outros dois seguem em território israelense.

O Exército indicou em comunicado que dezenas de pessoas ficaram feridas nos distúrbios e foram levados a um hospital próximo. Os distúrbios ocorrem em meio às manifestações por ocasião do Dia da Nakba (Catástrofe), data em que os palestinos lembram o exílio e o trauma que representou para eles a criação do Estado de Israel em 1948.




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Re: Síria x Israel

#3 Mensagem por FOXTROT » Ter Mai 24, 2011 2:43 pm

terra.com.br

AIEA: instalação síria atacada por Israel poderia ser reator nuclear
24 de maio de 2011

VIENA, 24 Mai 2011 (AFP) -Uma instalação isolada no deserto da Síria, que foi bombardeada pela aviação israelense em setembro de 2007, era "muito provavelmente" um reator nuclear, informou esta terça-feira a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
"Com base em toda informação disponível e na avaliação técnica desta informação, a agência estima que o edifício destruído neste local de Dair Alzour é, muito provavelmente, um reator nuclear que tinha que te sido declarado à agência", declarou a AIEA em um relatório confidencial, do qual a AFP obteve cópia.

Esta é a primeira vez que a AIEA emite oficialmente esta avaliação desde o início de sua investigação sobre o tema, em 2008.




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Re: Síria x Israel

#4 Mensagem por FoxTroop » Ter Mai 24, 2011 3:08 pm

VIENNA – The International Atomic Energy Agency is setting the stage for potential U.N. Security Council action against Syria as the organization prepares a report assessing that a Syrian target bombed by Israeli warplanes was likely a secretly built nuclear reactor meant to produce plutonium, diplomats say.

Such a conclusion would back intelligence produced by Israel and the United States. Syria says the nearly finished building had no nuclear uses. It has repeatedly turned down IAEA requests to revisit the site after allowing an initial 2008 inspection that found evidence of possible nuclear activities.

In interviews over the past week, three diplomats and a senior U.N. official said such an assessment — drawn up by IAEA chief Yukiya Amano — would be the basis of a Western-sponsored resolution at a meeting of the 35-nation IAEA board that condemns Syria's refusal to cooperate with the agency and kicks the issue to the U.N. Security Council. They said reporting Syria to the council would likely come as early as a June board meeting and no later than in November.

All asked for anonymity in exchange for discussing confidential information.

In an apparent slip of the tongue that could have opened a window on his plans, Amano said for the first time Thursday that the bombed site was a nearly finished nuclear reactor. He spoke in taped comments at a news conference and later to The Associated Press.

Suggesting that Amano had erred in making such comments publicly, the IAEA later put out a statement that "he did not say that the IAEA had reached the conclusion that the site was definitely a nuclear reactor."

The rollback reflected previous, more circumspect, IAEA language. In a February report, Amano said only that features of the bombed structure were "similar to what may be found at nuclear reactor sites."

Once formally involved, the council has options ranging from doing nothing to passing its own resolutions demanding compliance with the IAEA, followed by sanctions to enforce such demands. This has been the scenario for Iran, under four sets of U.N. sanctions for ignoring council demands to stop activities that could be used to build nuclear arms and to cooperate with an IAEA probe of experiments that could be used to develop such weapons.

The greatest uncertainty, said one of the diplomats, is Syria's current unrest, which could delay or change Western plans to force a resolution and referral to the U.N. Security Council. Since the public uprising in Syria began in mid-March, inspired by revolts across the Arab world, hundreds of people have been killed nationwide, activists say.

Syria sanctions are unlikely. While Tehran continues with its nuclear program, intelligence services believe that the Israeli bombing of the Al Kibar site effectively ended Syria's covert activities. Also, the diplomats said, forcing the issue with Syria would detract council attention from Iran, the main focus of nuclear concern, and could muddy efforts to focus on an end of Syria's bloody crackdown on its grass-roots pro-democracy movement.

Still, Security Council involvement carries both symbolic weight and opens the path for concrete action later, should new evidence be found.

A U.S. official called any referral to the council significant, while the diplomats — all from IAEA board member nations — said that beyond sending a signal to Syria, reporting it to the council also would be a rehearsal for action against Iran further down the road.

They said that after more than four years of gridlock in IAEA attempts to investigate Iran's alleged experiments geared toward developing nuclear arms, Amano also was planning to draw up an assessment saying that such experiments were likely conducted, perhaps by the end of the year.

That, in turn, would open the path for renewed IAEA referral of Iran to the Security Council and lead to potential tightening of existing sanctions or a new set of U.N. penalties, the diplomat said.

One said assessments such as ones for Syria and Iran were rare, if not unprecedented, in the IAEA's history and reflected the agency's frustration with both nation's refusal to cooperate.

Beyond Iran, only four other countries — Saddam Hussein's Iraq, North Korea, Libya and post-communist Romania — have been reported to the Security Council by the IAEA in its 54-year history.

Like Iran, Syria denies allegations of any interest in developing nuclear arms. But its refusal to allow IAEA inspectors new access to the bombed desert site has heightened suspicions that it had something to hide along with its decision to level the structure that was destroyed by Israel and later to build over it.

Drawing on the 2008 visit to Syria by its inspectors, the IAEA determined that the destroyed building's size and structure fit specifications that a reactor would have had. It also found graphite and natural uranium particles that could be linked to nuclear use of the structure.
Caro Foxtrot, já tinha colocado uma antecipação dessa noticia na pag. 147 do tópico Mundo Árabe em Ebulição. Pelos visto confirmou-se, contudo veja a ressalva que sublinhei e que passo a traduzir:

Uma conclusão que validará os relatórios de inteligência produzidos por Israel e os USA

Atendendo ao que se passa tenho mais razões para acreditar que o relatório se apoia mais nas tais "provas" recolhidas/fabricadas pelos USA/Israel do que em pesquisa independente, mas isso sou eu que sou comuna/fascista/anti-semita/nazista (riscar o que não se aplica)




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Re: Síria x Israel

#5 Mensagem por FOXTROT » Ter Mai 24, 2011 4:20 pm

Pois é FoxTroop mais uma vez "provas" são apresentadas para justificar os atos de agressão.

Mas claro isso tudo são coisas, que nós (galera comuna/fascista/anti-semita/nazista) produzimos para manipular a opinião pública contra os povos pacíficos da América e da terra santa.

Saudações




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Re: Síria x Israel

#6 Mensagem por FOXTROT » Seg Jun 06, 2011 11:25 am

terra.com.br

Israel acusa síria de orquestrar conflito em Golã; 23 mortos
06 de junho de 2011

Israel acusou nesta segunda-feira a Síria de ter orquestrado os confrontos letais na linha de cessar-fogo entre os dois países, até então pacífica, como um meio de desviar a atenção da sangrenta repressão do governo sírio à revolta interna que já dura 11 semanas.
A Síria informou que morreram 23 pessoas, incluindo uma mulher e uma criança, e outras 350 ficaram feridas no domingo, quando soldados israelenses dispararam contra manifestantes pró-palestinos que surgiram na fronteira fortificada nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o uso de munição real por parte de Israel causou vítimas e que observadores da ONU estão "buscando confirmar os fatos".

Israel contestou o relato sírio e acusou o presidente da Síria, Bashar al-Assad, de tentar desviar a atenção mundial da morte de pelo menos 1.100 pessoas em protestos antigovernamentais no país.

"Não é possível chegar à fronteira sírio-israelenses, do lado sírio, sem clara instrução e aprovação do governo de Damasco", disse o ministro da Defesa Civil de Israel, Matan Vilnai.

"Para Assad, existe o interesse supremo de que esses protestos mudem o foco e a atenção que estão sobre ele para ouras direções", afirmou Vilnai à rádio militar israelense. "Ele usa (os palestinos). Ele simplesmente os usa."

O protesto de domingo foi realizado para marcar os 44 anos da guerra de 1967, quando Israel capturou as Colinas de Golã — bem como a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, territórios onde os palestinos querem fundar seu Estado.

Embora Israel e Síria estejam tecnicamente em guerra e a Síria abrigue centenas de milhares de refugiados palestinos da guerra de fundação de Israel, em 1948, a região de Golã se mantinha calma.

Isso mudou em 15 de maio, quando milhares de ativistas pró-palestinos derrubaram uma cerca na fronteira e entraram brevemente em território sob controle israelense.

Israel reforçou suas defesas e advertiu que poderia usar força letal.

Um repórter da Reuters que estava na área no domingo viu franco-atiradores israelenses dispararem contra os manifestantes e dez pessoas serem carregadas em macas por seus companheiros.




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Re: Síria x Israel

#7 Mensagem por FOXTROT » Seg Jun 06, 2011 12:50 pm

terra.com.br

Exército israelense em alerta após protestos na fronteira
06 de junho de 2011

O Exército israelense está em alerta nesta segunda-feira na linha de cessar-fogo com a Síria nas Colinas de Golã um dia após a morte de 23 pessoas, segundo o governo sírio, entre eles vários palestinos que tentavam cruzar a fronteira.

Damasco denunciou nesta segunda-feira a "agressão flagrante israelense" de domingo, quando soldados dispararam contra manifestantes sírios e palestinos que tentavam entrar em Golã.

Os Estados Unidos e a ONU lamentaram as mortes e pediram a Síria e Israel "moderação" e que se abstenham de qualquer tipo de "provocação".

O Exército de Israel, por sua vez, negou as informações das autoridades sírias sobr um balanço de 23 vítimas fatais e 350 feridos, afirmando que só teve conhecimento de "10 mortos por explosões de minas sírias".

"Tomamos conhecimento de uma dezena de vítimas ontem que morreram por minas da Síria e coquetéis Molotov utilizados na região de Kunietra", na parte não ocupada de Golã, disse à AFP a porta-voz militar israelense Avital Leibovitz.

"Há boas razões para acreditar que o balanço seja exagerado", afirmou, sem revelar a quantidade de feridos nem quais são as fontes das estimativas de Israel.

Leibovitz nem mesmo se pronunciou sobre as eventuais vítimas dos disparos israelenses, dizendo que "os disparos com munições de verdade foram feitos contra pessoas que tetavam atravessar a fronteira".

Centenas de manifestantes, com bandeiras palestinas e sírias, tentaram passar e derrubar uma primeira linha da fronteira de arame farpado, antes de um campo minado próximo da cidade de Majdal Chams, na parte ocupada de Golã.

Os manifestantes queriam comemorar o aniversário da "Naksa", a derrota árabe na Guerra dos Seis Dias em 1967.

Nesta segunda-feira, o secretário-geral da ONU, o sul-coreano Ban Ki-moon, pediu a "todas as partes o máximo de moderação e que se respeite estritamente as leis humanitárias internacionais para assegurar a proteção dos civis".

Ban Ki-moon "condena o uso da violência e de todas as ações que provocam violência", afirma um comunicado divulgado por seu porta-voz.

"Estamos muito preocupados com os acontecimentos nas Colinas de Golã e que deixaram mortos e feridos", afirmou o Departamento de Estado americano em um comunicado divulgado no domingo.

"Pedimos moderação a todas as partes. Atos de provocação como estes devem ser evitados", acrescenta o texto, antes de afirmar que "Israel, como todos os Estados soberanos, tem o direito de se defender", embora não tenham ocorrido incidentes em seu território.

Por outro lado, a Síria denunciou "energicamente o flagrante ataque de ontem (domingo) contra civis desarmados sírios e palestinos que estavam reunidos na fronteira de Golã", em uma nota do ministério das Relações Exteriores.

Em junho de 1967, após a Guerra dos Seis Dias, Israel conquistou o Sinai egípcio, restituído em 1982, as Colinas de Golã, Cisjordânia, incluindo Jerusalém, e a Faixa de Gaza (desocupada em 2005, mas sujeita a um bloqueio israelense).

Anos despois Israel decidiu tomar Golã e Jerusalém Oriental, anexações não reconhecidas pela comunidade internacional.

A comunidade internacional considera Golã e Jerusalém como territórios ocupados, assim como a Cisjordânia.

Ao contrário do que aconteceu no último dia 15 de maio na recordação da "Nakba" (catástrofe) - como é chamado o êxodo de centenas de milhares dos palestinos após a fundação de Israel em 1948 - nenhum manifestante cruzou a linha do cessar-fogo.

No dia 15 de maio, os disparos do Exército israelense mataram quatro palestinos em Golã e 10 na fronteira com o Líbano.




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Re: Síria x Israel

#8 Mensagem por tflash » Seg Jun 06, 2011 1:28 pm

Mas os Sírios estão a tentar conseguir a pé o que não conseguiram com carros de combate? Com o governo actual de Israel, o que eles fizeram foi suicídio.




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Re: Síria x Israel

#9 Mensagem por Mestre Bat » Ter Jun 07, 2011 11:42 pm

Israel ganhou na bala até o canal de Suez, e devolveu tudo em negociações, ou seja, na diplomacia, na busca pela paz, a verdade é que ali, não tem nenhum anjo, eles se merecem.




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Re: Síria x Israel

#10 Mensagem por rodrigo » Sex Jun 10, 2011 12:36 pm

Após fuga em massa, Exército sírio se desloca para fronteira

O Exército sírio deslocou tropas para uma cidade da fronteira turca nesta sexta-feira para capturar "inimigos armados", segundo a TV estatal. A movimentação ocorreu depois que 2.800 moradores fugiram para a Turquia por medo de um ataque militar, após protestos contra o regime do ditador Bashar al Assad.

Os milhares de sírios fugiram para a Turquia por medo de uma represália após manifestações contra Al Assad em Jisr al Shughour, cidade de 50 mil habitantes na fronteira noroeste da Síria.

Autoridades sírias tinham dito que no começo da semana "gangues armadas" haviam matado mais de 120 membros das forças de segurança em Jisr al Shughoura. Mas entidades de defesa dos direitos humanos dizem que dezenas de civis foram mortos depois que alguns integrantes das forças de segurança se recusaram a disparar contra os manifestantes, o que deu início a confrontos entre soldados.

"Nosso correspondente em Jisr al Shughour nos disse que, em resposta aos apelos do povo, unidades do Exército Arábe-Sírio começaram a cumprir sua obrigação e (...) a prender alguns membros armados", disse o apresentador da TV estatal.

Moradores disseram que veículos blindados e soldados invadiram o vilarejo de Sarmaniya, situado 10 quilômetros ao sul de Jisr al Shughour, e cortaram as comunicações da região.

"Como sempre, eles começaram a atirar com metralhadoras pesadas no vilarejo. Mas a maioria dos moradores de Sarmaniya havia partido. Centenas de soldados e forças de segurança haviam desertado nos últimos dias. Eles (as forças pró-Assad), podem ter pensado que iriam encontrar alguns deles em Sarmaniya", afirmou uma testemunha, falando por telefone de uma área nas imediações de Jisr al-Shughour.

Grupos de direitos humanos afirmam que mais de 1.100 civis foram mortos desde março nos protestos contra o regime da família Assad, que está há 41 anos no poder.

FUGA EM MASSA

Depois de receber cerca de 150 refugiados em apenas 24 horas entre terça e quarta-feira, o governo da Turquia garantiu que não fechará sua fronteira aos sírios que fogem da repressão em seu país.

"Neste momento, não há dúvidas de que a fronteira ficará aberta para os refugiados da Síria", afirmou o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, que pediu ainda ao ditador sírio, Bashar al Assad, que cumpra com as reformas esperadas pela população.

"Nossa inquietude só aumenta", disse Erdogan à imprensa, ao referir-se à situação no país vizinho. "Espero que o regime sírio dê passos urgentes a favor das reformas que tanto pede a população civil."

O ministro turco de Relações Exteriores expressou, no entanto, preocupação com o fato do país ser invadido por um grande fluxo de refugiados sírios --o que "não seria desejável".

Kemal Dagistanli, prefeito de Yayladagi, disse que a cidade já tem 250 sírios em um acampamento para refugiados, "e seguem chegando grupos". "Nosso maior temor é que vá chegando mais gente se não houver uma reconciliação na Síria", disse.

Ativistas em defesa dos direitos humanos postaram um vídeo no YouTube no qual um homem que seria o coronel Hussein Armoush diz ter desertado com vários soldados "para unir-se às fileiras das massas exigindo liberdade e democracia".

"Nós juramos nas Forças Armadas direcionar o fogo contra o inimigo, e não contra nosso povo indefeso. Nossa obrigação é proteger os cidadãos, e não matá-los", disse ele no vídeo, cuja autenticidade não pôde ser comprovada de imediato.

MAIS MORTES

Forças de segurança sírias mataram ao menos dois manifestantes a tiros e deixaram outras dezenas feridos após uma ofensiva nesta sexta-feira, intensificando a violenta repressão que já forçou milhares de civis a buscar refúgio na Turquia.

Segundo moradores, duas pessoas morreram na vila de Busra al Harir, na área de Hauran --uma região agrícola na fronteira com a Jordânia.

"Havia uma manifestação de cerca de mil pessoas, quando policiais começaram a atirar de dentro de carros", disse um morador de Busra al Harir. Segundo ele, os dois mortos são Adnan al Hariri e Abdelmuttaleb al Hariri.

No entanto, a TV estatal informou que um grupo não-identificado de homens armados matou um policial e um civil em Busra al Harir.

O governo da Síria expulsou jornalistas estrangeiros do país, dificultando a confirmação independente dos atos de violência.

Também hoje, milhares de manifestantes também foram alvejados por desafiar a presença das forças de segurança e ir às ruas em protesto contra Al Assad em Deraa (sul).




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Re: Síria x Israel

#11 Mensagem por rodrigo » Seg Jun 13, 2011 5:26 pm

Mais de 10 mil sírios fogem para a Turquia e o Líbano, segundo a ONU
France Presse


NOVA YORK - Mais de 10 mil sírios fugiram da violência no país, em busca de refúgio na Turquia e no Líbano, em meio à repressão brutal a manifestações civis por parte do regime do presidente Bachar Al-Assad, destacou nesta segunda-feira (13/6) a encarregada das operações humanitárias da ONU, Valerie Amos.

"Estou profundamente preocupada com a violência dos últimos meses na Síria, que teria matado 1.200 pessoas e levado outras 10 mil a fugir do país", declarou Amos. "Faço um apelo ao governo (sírio) para que respeite os civis e se abstenha de empregar a força contra manifestantes pacíficos", disse ela.

Segundo Valerie Amos, cerca de 5 mil sírios se refugiaram na Turquia e 5 mil, no Líbano.

http://www.correiobraziliense.com.br/ap ... -onu.shtml




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Re: Síria x Israel

#12 Mensagem por rodrigo » Ter Jun 14, 2011 2:40 pm

Tropas sírias avançam sobre mais uma cidade no norte do país

Depois de ocupar Jisr al-Shughur, Exército avança sobre a cidade de Maarat al-Numan, outro reduto da oposição. ONU diz que 10 mil pessoas já fugiram do país. França pede apoio do Brasil à resolução contra o regime sírio.

No norte da Síria, as Forças Armadas avançam sobre mais uma cidade que foi palco de protestos contra o governo nos últimos dias. Nesta segunda-feira (14/06), soldados chegaram ao vilarejo de Ahtam, a 14 quilômetros da cidade de Maarat al-Numan, onde manifestantes saíram às ruas contra Bashar al-Assad.

Segundo testemunhas, tropas e veículos blindados intimidaram moradores do vilarejo. As ações do Exército sírio fizeram com que milhares de residentes deixassem o país. Relatos contam que soldados teriam queimado plantações e exterminado criações de animais.

Milhares de cidadãos fugiram de Jisr al-Shughur, já ocupada pelo Exército, em direção à Turquia. Segundo a agência de notícias turca Anatolia, o número de refugiados sírios no país vizinho já ultrapasse os 7 mil. Pelos cálculos das Nações Unidas, 10 mil pessoas já fugiram dos confrontos na Síria, sendo que 5 mil foram para a Turquia e outras 5 mil para o Líbano.

Violência

O governo alega que os protestos, que começaram há três meses, fazem parte de uma conspiração apoiada por forças internacionais com o objetivo de provocar conflitos sectários. A Síria impediu o trabalho de correspondentes internacionais, o que dificulta que os fatos sejam reportados.

Segundo as autoridades, 120 seguranças teriam sido mortos nas últimas semanas por "grupos armados". No entanto, moradores e soldados que desertaram afirmam que as vítimas seriam civis e seguranças que foram assassinados por terem se recusado a atirar contra manifestantes.

Grupos de Direitos Humanos dizem que 1.300 civis já foram mortos desde o início dos confrontos. O Observatório dos Direitos Humanos afirmou ainda que 300 soldados e policiais foram mortos em protestos.

Contra Bashar al-Assad

O atual presidente sírio está há 11 anos no poder, desde que herdou o cargo após a morte de seu pai. Em visita à Argentina, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon pediu que Assad autorizasse a entrada de ajuda humanitária na Síria, além do trabalho de avaliação de uma missão de Direitos Humanos da ONU.

Em Nova York, o embaixador francês pediu que o Brasil, membro não permanente do Conselho de Segurança, apoie a resolução do órgão, ainda em discussão, que condenaria a Síria por reagir de forma violenta contra manifestantes.

"O governo brasileiro denunciou o uso da força na Síria e exigiu que um processo político respondesse às aspirações do povo sírio", afirmou o embaixador francês Gerard Araud ao jornal O Estado de S.Paulo.

"Esperamos sinceramente que o voto do Brasil reflita esse apoio às aspirações democráticas do povo árabe", disse ele, de acordo com trechos da entrevista divulgados pela missão da França na ONU e citados pela agência de notícias Reuters.

O governo brasileiro, assim como a Índia e África do Sul, demonstrou não concordar com a resolução rascunhada por Reino Unido, França, Alemanha e Portugal. Rússia e China também deram indicação que vetariam o texto.

Diplomatas afirmam que há uma indefinição entre os 15 países que compõem o Conselho. Por isso, ainda não se sabe se os europeus colocarão o texto em votação.

http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... te-do-pais




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Re: Síria x Israel

#13 Mensagem por FOXTROT » Sáb Jun 25, 2011 1:21 pm

www.portugues.rfi.fr

Exercício militar mobiliza população israelense

Quase 8 milhões de israelenses participarão do treinamento militar na quarta-feira

O exercício realizado pelo Comando de Defesa Civil do Exército israelense tem duração de cinco dias e reúne representantes militares e civis. Este é o quinto exercício do tipo realizado no país.

Nathalia Watkins, correspondente da RFI em Israel.

Este ano, o treinamento está centrado em avaliar a preparação dos serviços de emergência para um ataque em massa com foguetes convencionais e químicos contra cidades israelenses. O pior cenário para o qual Israel se prepara é um ataque combinado de foguetes de diferentes tipos do Irã, Síria, Líbano e Gaza.

As prefeituras, escritórios governamentais, escolas e jardins de infância vão praticar a busca por abrigo em situação de emergência. Na quarta-feira, os quase 8 milhões de israelenses participarão do treinamento. Sirenes antiaéreas soarão duas vezes, uma de manhã e outra pela tarde, e a população será orientada a entrar em bunkers e permanecer por dez minutos.

Uma extensa campanha televisiva também reforça a importância do exercício. A população é orientada sobre como vestir as máscaras de gás, distribuídas gratuitamente para os cidadãos, e como transformar seu bunker doméstico convencional em um quarto protegido também contra ameaças químicas e biológicas.

Desde o ataque do Iraque contra Israel, em 1991, todas as casas construídas contam com um refúgio dentro da própria casa. Além do treinamento do Comando da Defesa Civil, o exército israelense tem se preparado para reagir a atentados e sequestros em Eilat, balneário situado na fronteira com o Egito.

A relação entre os países tornou-se ainda mais delicados após a queda do ex-presidente Hosni Mubarak e a abertura da passagem de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egito. Além disso, o país testa sua capacidade de reagir a invasão de hackers a seus sistemas e a desastres naturais, como terremotos e tsunamis.




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rodrigo
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Re: Síria x Israel

#14 Mensagem por rodrigo » Seg Ago 15, 2011 4:20 pm

The IDF has one eye on Hamas, one eye on Syria

While this has been a quiet summer in terms of security in the country, the army is tensely following developments in Syria, Sinai and the PA - and waiting to have its budget slashed.

While the Israeli public is focused on the tent protests, the Israel Defense Forces is worriedly keeping track of the growing tension between the military transition government in Egypt and the Muslim Brotherhood, counting the number of casualties in Syrian President Bashar Assad's ongoing massacre of his people, and preparing for the possibility of mass Palestinian demonstrations in September.

From the Israeli point of view, Sinai is now a no-man's-land that has been thrown into total anarchy, and the authorities in Cairo don't dare to confront the three main Bedouin tribes there. The IDF and the Shin Bet security services no longer talk in terms weapons being smuggled from Sinai to the Gaza Strip, but rather about orderly arms shipments. Hamas has begun to operate assembly lines for weapons in the heart of Sinai, figuring that they will be more secure there than in the Strip, because Israel will be afraid to bomb Egyptian territory.

After 30 years, during which Israel barely deployed units on the southern border and left operative plans related to it on the shelf, there is a need to address them again. One of the ideas likely to be considered is the establishment of a new military headquarters for that front.

In Syria, all signs point to a collapse of Assad's regime, which this week parted from its defense minister. Israeli Military Intelligence is saying that in spite of the excellent reconnaissance in the Syrian arena, it is unable to predict the precise date of the collapse, but developments are leading in only one direction. The recall of Arab ambassadors from Damascus, like Turkey's tough policy toward its southern neighbor, indicate that Assad is continuing his downhill slide. The fact that Egypt and Syria are preoccupied with their own problems ostensibly reduces the immediate security risk to Israel, but the instability increases uncertainty in the area, and is also liable to affect the situation in Lebanon.

In the line of fire

Although the Palestinian Authority has informed Israel that it intends to control the demonstrations likely to accompany a declaration of statehood at the United Nations in late September, the army is aware that nonviolent processions could quickly deteriorate into clashes at checkpoints and around the fences of the settlements. Nobody can predict how such a crisis will end.

The tent protest necessitates changes in the government's order of financial priorities, and the defense budget, more than ever before, is in the line of fire this time. One simple solution to the problem (sending the ultra-Orthodox to work ) is politically unfeasible. A second possible solution (less money for the settlements ) will not pass muster with the ideological right. It's no wonder that Prime Minister Benjamin Netanyahu, who only two months ago spoke publicly about increasing the defense budget because of the upheavals in the Arab world, is now interested in freezing it.

In the past, the IDF knew how to bypass planned cutbacks with indirect arrangements. If even Shaul Mofaz, chairman of the Knesset Foreign Affairs and Defense Committee and a man at the very heart of the defense consensus, put a stop to such a maneuver this week - apparently that era is over. The series of budget cuts presented this week by the Defense Ministry included a number of old solutions, most of which have been floating in the pipeline for almost a decade. "It's clear to all of us that we're going to get clobbered," says a member of the General Staff.

In the background, there may be a decline in motivation to serve on the part of reservists, if the tent protest ends in nothing. This danger will become more acute if the reservists suspect that Netanyahu is deliberately igniting a clash with the Palestinians next month. But the prime minister, as opposed to his foreign minister, who is enthusiastically playing with fire, remains cautious when it comes to exercising military power. It is doubtful whether Netanyahu will choose to initiate a deliberate flare-up when he doesn't know how it will end.

http://www.haaretz.com/blogs/mess-repor ... a-1.378302




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Re: Síria x Israel

#15 Mensagem por FOXTROT » Qua Set 21, 2011 1:56 pm

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Síria e Israel trocam acusações em encontro de energia nuclear
21 de setembro de 2011


A Síria acusou Israel nesta quarta-feira de representar uma ameaça ao mundo com seu "gigantesco arsenal nuclear militar", um dia depois de o governo israelense ter criticado Damasco por dificultar uma investigação da ONU sobre as atividades atômicas sírias.
A troca de acusações entre os dois rivais, em um encontro anual de Estados membros da agência nuclear da ONU, destacou as profundas divisões entre os Estados árabes e Israel antes de negociações este ano sobre os esforços para livrar o mundo das bombas atômicas.

Estima-se que Israel detenha o único arsenal nuclear do Oriente Médio, o que provoca frequentes críticas iranianas e árabes.

Israel e os Estados Unidos veem o Irã - e a Síria - como as principais ameaças de proliferação do Oriente Médio, acusando Teerã de buscar desenvolver a capacidade de armas nucleares em segredo.

As nações árabes abandonaram o plano de apontar Israel por suas supostas armas nucleares na reunião desta semana de membros da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), descrevendo essa atitude como um gesto de boa-vontade antes das discussões de 21 e 22 de novembro.

Mas as declarações síria e israelense esta semana deixaram claro o alto nível de desconfiança antes do encontro, promovido pelo diretor geral da AIEA, Yukiya Amano, para debater a experiência de regiões em outras partes do mundo que baniram as armas nucleares.

As relações entre os dois são especialmente carregadas na arena nuclear. Israel bombardeou um local no deserto sírio em 2007 que a inteligência norte-americana disse ser um reator em construção, cujo objetivo seria produzir plutônio para armas nucleares. A Síria nega isso.

"No Oriente Médio há uma característica única: Israel é o único país que tem um arsenal nuclear militar, fora do alcance de qualquer controle internacional", disse o embaixador sírio Bassam Al-Sabbadh na conferência geral anual da AIEA.

Para que as negociações de novembro sejam bem-sucedidas, afirmou, "todos os participantes devem ser integrantes do TNP (Tratado de Não-Proliferação) e a agenda desse encontro deve dar atenção à questão de criar uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio".

Os Estados árabes, Israel e outros países deverão participar das negociações, que são vistas como um modo de iniciar um diálogo e ajudar a criar confiança.

Falando à conferência da AIEA na terça-feira, o chefe da Comissão de Energia Atômica de Israel, Shaul Chorev, criticou a Síria por ainda se recusar a permitir o acesso de inspetores nucleares da ONU a todas as suas áreas atômicas.

Falando também do Irã, Shaul Chorev disse: "Regimes que reprimem brutalmente seus cidadãos... não hesitam quanto a não cumprir suas obrigações legais sob a lei internacional.

"A comunidade internacional falhou em transmitir uma mensagem decisiva a tais governantes. (Eles) ainda consideram o não cumprimento como um risco baixo. A comunidade internacional deveria mostrar que estão enganados. Os violadores devem ser punidos", disse Chorev.

Israel nunca confirmou nem negou ter armas nucleares, seguindo uma política de ambiguidade para deter inimigos numericamente superiores. É o único país no Oriente Médio fora do TNP.




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