Eurofighter

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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AlbertoRJ
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Re: Eurofighter

#511 Mensagem por AlbertoRJ » Qua Jun 01, 2011 6:59 pm

Penguin escreveu:
AlbertoRJ escreveu: Santiago, você há pouco tempo duvidava que existisse antenas AESA no Spectra e chamava de anteninha de maço de cigarro. Você e o Carlos Mathias, lembra? :twisted:

A questão não é ter antena aparente ou não, pode-se embutir as antenas em carenagens realmente.
Mas é que o Spectra possui a mesma capacidade que você destacou em vermelho no texto do Praetorion há muitos anos, desde que este foi criado, e sempre divulgou isso:
Muito mais antigo: Claro que todo o sistema EW tem antena mas a grande vantagem de ter uma antega AESA AsGa é fazer jamming direcional e em várias frequências quase simultâneas.

Mas agora que vai sair para Typhoon isso virou a coisa mais banal do mundo, que todo mundo tem, só que não fala.

Era tão comum ter jammer com antenas AESA nas suites EW que tirei essa do Strategic Pages:
[]'s
Alberto,

Vc não quer compreender que esses sistemas são envoltos em segredo. As vezes sai alguma coisa aqui e outra ali e se vai juntando os pontos.

Os sistemas EW americanos que usam active phased array que citei agora, já havia citado antes e foi ignorado na época. Existiam muito antes do Spectra.

Uma característica das active phased array é justo a capacidade de direcionar as emissões (múltiplas) com mais precisão. Os franceses que gostam de um nome marketeiro, chama essa capacidade inerente às antenas AESA de omni-direcional :lol:

Minhas discussões naquela época eram que as antenas AESA de sistemas EW como o Spectra tinha a função de EMISSOR de ECM (jamming) como está descrito no site da Dassault/Thales. Aliás, no caso do Rafale, os RECEPTORES estão na entrada de ar do motor e na traseira.

[]s
Santiago, os norte-americanos têm sim sistemas EW com antenas AESA, mas estão nos aviões TOP, de primeira linha, não no SH, por exemplo.
Claro que os sistemas EW mais recentes como o Praetorion ou Virgilus ( :roll: ) e outros contarão com esse recurso, mas os que estão operacionais atualmente são muito poucos.

[]'s




Alberto -
PRick

Re: Eurofighter

#512 Mensagem por PRick » Qua Jun 01, 2011 8:27 pm

Penguin escreveu:
PRick escreveu:
Se você voltar as antepassados, verá que os Alemães foram os responsáveis pelo desenho básico do Typhoon, não só os desenvolvimentos da DASA, fruto da parceria com os EUA, eles modificaram um F-104 para fazer testes de FBW, CCV em caças. Porém, existe uma diferença fundamental entre o protótipo da DASA e o Typhoon. A altura onde o canard está colocado.

A crítica da Dassault é que a configuração escolhida teria problemas. Uma das causas da Dassault ter saido do projeto, porque tinha grande experiência em caças canard´s delta, sobretudo do M-4000. Em resumo, os canhard´s não devem ser colocados no mesmo nível da asa delta. Apesar de melhorar a capacidade de manobra, torna aerodinâmica e a configuração muito instável, o resultado geral é que no papel o Typhoon deveria até ser mais manobrável que o Rafale, porém, devido aos perigos da configuração, o FBW/CCV teve que ser colocado de modo mais conservador que o Rafale, não havendo como "desligar" ele, diferentemente, do que ocorre com o Rafale.

Uma análise mais detida, veremos que o J-37, Gripen, M-2000, M-4000 e Rafale usam os canard´s em nível diferente da asa delta, não causando turbulência na mesma, quando acionados em altos ângulos. Não é preciso dizer que isso ocasiona perda de eficiência da asa delta.

[]´s
Prick,

A Dassault saiu do EFA por que ela queria deter 50% da carga de trabalho de desenvolvimento no novo caça. Coisa que os parceiros não aceitaram. Além disso,a França queria priorizar naqueles tempos um caça leve e que pudesse operar em porta aviões. Quanto a um caça leve isso acabou não se concretizando. A Europa perdeu uma chance de ouro de ter apenas um único caça e com grande escala de produção. Provavelmente não haveria espaço para o F-35 no continente Europa.


Vc quer dizer que o FBW e FCS do Typhoon o torna menos manobrável do que o Rafale? Mal te pergunte, onde vc leu tal coisa? Qual a explicação para o que vc escreveu (em azul)?

Os caças de 4a geração costumam ter "estabilidade relaxada". Sem FBW e FCS são virtualmente impossíveis de controlar. Como isso seria possível no Rafale?

[]s
Santiago,

Eu diria que aqui é tudo a mesma coisa, a Dassault queria o controle para definir a configuração final, menor e mais flexível que a configuração proposta. Como vc mesmo observou o Rafale apesar de mais leve que o Typhoon, não é de modo nenhum uma aeronave leve.

Algumas de suas perguntas já foram muito respondidas aqui no fórum, o Rafale, como o M-2000 tem um sistema no manche, que quando o piloto força o batente são desarmados as limitações do CCV, ou FCS em inglês. Algo que não existe no Typhoon, F-16, Gripen por exemplo. Existem fotos desse sistema em funcionamento aqui, quando o Rafale chega a 11 g´s, ele faz isso e alerta o piloto que ele está excedendo o limite do FCS. O piloto é quem decide quando deve arriscar. Todos os caças de 4 geração tem estabilidade relaxada, porém, isso é feito em graus, alguns são mais instáveis naturalmente que outros. Infelizmente não tenho a fonte desse texto aqui, apenas que era uma Revista Francesa.
Like many other aircraft makers, Dassault has selected a delta-canard configuration for its latest design. “As we were working with the other Europeans, we started to diverge significantly on the design” explains Bruno Revellin-Falcoz [Director of Dassault’s Technical Department]. “Ultimately, we made some radically different choices. They wanted fuselage-mounted canards while we preferred to locate the canards almost above the wing-root. The key advantage of this configuration was that it would channel the air flow over the wing apex, which is where lift-generating vortices are formed. The Eurofighter Typhoon uses its canards as simple control surfaces. Although this creates a significant lever effect, it loses the positive impact on lift and therefore aerodynamic efficiency. That’s why we are certain that the Rafale can handle much better than the Typhoon at high angles of attack, such as during the crucial phases of dogfighting and low-speed flight. While they were groping around in the dark, we benefited from the know-how accumulated through the Mirage III Milan, Mirage III NG and Mirage 4000 programmes.
Disadvantages of a closed coupled Canard is

• Possibility for adverse flow disturbances over the wing from the canard.
• High canard CLmax leads to low efficiency e, and high e leads to low CLmax.
• Generally have a small moment arm to VT, close coupled canard requiring a larger area as a long coupled canard.

The 'bravest' way to use canards is the the Typhoon way. Much mounted well forward of the wing which greatly increases the moment arm and minimises the effects of downwash on the inner main wing. The Typhoon is the only fighter to use this form as the Rafale, Flanker, J-10, Gripen et al use the safer, less destabilising 'close coupled' arrangement. Computer testing is said to demonstrate that adding TVC to the Typhoon would not enhance agility, despite test engines have been bench run already.
Imagem

Imagem

Vejam a comparação com a localização dos canard´s do Rafale.

Imagem

O mais interessante é que os primeiros desenhos e esboços do Typhoon eram assim.

Imagem

Pelo que as pessoas falam, a configuração do Typhoon teria que ser completada com TVC para que as características ruins do posicionamento do Canard fossem compensadas, daí isso é citado para a possível versão naval.

O resultado geral é que até 1.6 Mach o Rafale tem melhor performance que o Typhoon, a velocidade mínima em voo controlado é 70 nós contra 100 nós por exemplo.

Disso decorre em dizer que o Typhoon tem melhor capacidade de Superioridade Aérea, dado que em velocidades acima de 1,6 Mach sua configuração apresenta vantagens segundo dizem[High Alpha Velocity Vector Roll (HAVVR)], mas fico pensando, algum caça manobra a essa velocidade ou apenas voa quase em linha reta? Creio que aqui a vantagem do Typhoon seja a relação empuxo x peso um pouco superior ao Rafale. Além de poder levar mais mísseis BVR de longo alcance em sua configuração normal de combate ar-ar.

[]´s




Editado pela última vez por PRick em Qua Jun 01, 2011 9:11 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Eurofighter

#513 Mensagem por Penguin » Qua Jun 01, 2011 9:04 pm

AlbertoRJ escreveu:[ quote="Penguin"]
AlbertoRJ escreveu: Santiago, você há pouco tempo duvidava que existisse antenas AESA no Spectra e chamava de anteninha de maço de cigarro. Você e o Carlos Mathias, lembra? :twisted:

A questão não é ter antena aparente ou não, pode-se embutir as antenas em carenagens realmente.
Mas é que o Spectra possui a mesma capacidade que você destacou em vermelho no texto do Praetorion há muitos anos, desde que este foi criado, e sempre divulgou isso:
Muito mais antigo: Claro que todo o sistema EW tem antena mas a grande vantagem de ter uma antega AESA AsGa é fazer jamming direcional e em várias frequências quase simultâneas.

Mas agora que vai sair para Typhoon isso virou a coisa mais banal do mundo, que todo mundo tem, só que não fala.

Era tão comum ter jammer com antenas AESA nas suites EW que tirei essa do Strategic Pages:
[]'s
Alberto,

Vc não quer compreender que esses sistemas são envoltos em segredo. As vezes sai alguma coisa aqui e outra ali e se vai juntando os pontos.

Os sistemas EW americanos que usam active phased array que citei agora, já havia citado antes e foi ignorado na época. Existiam muito antes do Spectra.

Uma característica das active phased array é justo a capacidade de direcionar as emissões (múltiplas) com mais precisão. Os franceses que gostam de um nome marketeiro, chama essa capacidade inerente às antenas AESA de omni-direcional :lol:

Minhas discussões naquela época eram que as antenas AESA de sistemas EW como o Spectra tinha a função de EMISSOR de ECM (jamming) como está descrito no site da Dassault/Thales. Aliás, no caso do Rafale, os RECEPTORES estão na entrada de ar do motor e na traseira.

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Santiago, os norte-americanos têm sim sistemas EW com antenas AESA, mas estão nos aviões TOP, de primeira linha, não no SH, por exemplo.
Claro que os sistemas EW mais recentes como o Praetorion ou Virgilus ( :roll: ) e outros contarão com esse recurso, mas os que estão operacionais atualmente são muito poucos.

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Infelizmente para vc, o AN/ALQ-214 IDECM do SH é mais recente do que o Spectra e o Praetorian. Entrou em operação 2004.

O AN/ALQ-214 é o sistema de EW escolhido para a modernização do B-1B, cujo sistema de EW atual (AN/ALQ-161) utiliza antenas active phased array.

Nem eu e nem vc sabemos os tipos de antenas usadas neste sistema, pois os fabricantes e os usuários não divulgam.

http://www.deagel.com/Aircraft-Protecti ... 82001.aspx
http://www.baesystems.com/BAEProd/group ... _idecm.pdf
http://iews.es.itt.com/datasheets/214.pdf

[]s




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Re: Eurofighter

#514 Mensagem por AlbertoRJ » Qua Jun 01, 2011 9:27 pm

Entrou em operação no SH em 2004 por dificuldades técnicas mas é coisa velha:
DECM was intended for the first F/A-18E/F operational deployments in 2002. USAF requirements for a common FOTD and techniques generator were included in the IDECM RFCM engineering and manufacturing (EMD) contract. USAF has selected components of IDECM RFCM for the B-1B Defensive System Upgrade Program, and is planning integration into the F-15 ALQ-135 Tactical Electronic Warfare System architecture. In 1998, IDECM was re-baselined to fund an 87 percent development cost overrun and extend the development six months. In April 1999, technical difficulties and cost overruns resulted in a second restructuring by the Program Executive Officer (PEO(T)). The resultant strategy is a three-phased, sequential approach intended to meet early operational deployment requirements and reduce the development risk of the final IDECM suite.

On a parallel schedule, the Navy conducted the F/A-18E/F OPEVAL from 3QFY99-1QFY00. Since this OPEVAL was conducted before any of the IDECM blocks were available, aircraft were equipped with the ALE-50 Launch Controller/Dispenser portion of IDECM Block I, including AAED. This (effectively Block 0) configuration fulfilled the initial self-defense requirement in support of the overall F/A-18E/F survivability requirement.

IDECM Block I DT, Sep 99 through Feb 00, tested ASPJ installation, effectiveness and suitability on the F-18 E/F to include compatibility with other self-protection systems (ALE-50, ALE-47, and ALR-67 (V)3). The successful initial DT of IDECM Block I led to a combined DT/OT test conducted in March to April 2000, and an independent OT, conducted May to August 2000. The operational effectiveness criteria was a measurable reduction in lethality for the Block I equipped F/A-18 E/F as compared to an ALQ-126B equipped F/A-18 C/D. DT and OT included hardware-in-the-loop simulations and flights involving actual threat systems. Block 1 was found to be effective and suitable. Of particular note was that there were no ASPJ failures in 152 hours of flight testing and the BIT false alarm rate was zero.

IDECM Block II completed a limited DT Assist by operational test personnel in 4QFY00. The results indicated positive progress towards a Block II fielding in the fourth F/A-18E/F deployment in August 2003. Technical delays and budgetary shortfalls have delayed the test and procurement of the Block III configuration, originally scheduled to occur concurrently with the Block II configuration.

Block III completed a limited (no on board transmitters) Operational Assessment (OA) in March 2000, in which it was assessed to be potentially operationally effective and suitable. The IDECM Block III RFCM OA was conducted in two phases. A hardware-in-the-loop (HITL) test versus a realistic threat system was conducted in November 1999. The aircraft, missile flight path, and environmental effects were modeled using an uninstalled RFCM and FOTD to counter a missile in a radar anechoic chamber. The second OA phase was flight testing at NAWC-WD China Lake's Electronic Combat Range, carried out February-March 2000. This test phase provided an early look at the potential operational effectiveness and suitability of IDECM. By design, the test was limited to a non-production representative installation on a test bed aircraft using a reel-out, reel-in external pod to conserve decoys.




Alberto -
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Re: Eurofighter

#515 Mensagem por Penguin » Qua Jun 01, 2011 9:52 pm

AlbertoRJ escreveu:Entrou em operação no SH em 2004 por dificuldades técnicas mas é coisa velha:
DECM was intended for the first F/A-18E/F operational deployments in 2002. USAF requirements for a common FOTD and techniques generator were included in the IDECM RFCM engineering and manufacturing (EMD) contract. USAF has selected components of IDECM RFCM for the B-1B Defensive System Upgrade Program, and is planning integration into the F-15 ALQ-135 Tactical Electronic Warfare System architecture. In 1998, IDECM was re-baselined to fund an 87 percent development cost overrun and extend the development six months. In April 1999, technical difficulties and cost overruns resulted in a second restructuring by the Program Executive Officer (PEO(T)). The resultant strategy is a three-phased, sequential approach intended to meet early operational deployment requirements and reduce the development risk of the final IDECM suite.

On a parallel schedule, the Navy conducted the F/A-18E/F OPEVAL from 3QFY99-1QFY00. Since this OPEVAL was conducted before any of the IDECM blocks were available, aircraft were equipped with the ALE-50 Launch Controller/Dispenser portion of IDECM Block I, including AAED. This (effectively Block 0) configuration fulfilled the initial self-defense requirement in support of the overall F/A-18E/F survivability requirement.

IDECM Block I DT, Sep 99 through Feb 00, tested ASPJ installation, effectiveness and suitability on the F-18 E/F to include compatibility with other self-protection systems (ALE-50, ALE-47, and ALR-67 (V)3). The successful initial DT of IDECM Block I led to a combined DT/OT test conducted in March to April 2000, and an independent OT, conducted May to August 2000. The operational effectiveness criteria was a measurable reduction in lethality for the Block I equipped F/A-18 E/F as compared to an ALQ-126B equipped F/A-18 C/D. DT and OT included hardware-in-the-loop simulations and flights involving actual threat systems. Block 1 was found to be effective and suitable. Of particular note was that there were no ASPJ failures in 152 hours of flight testing and the BIT false alarm rate was zero.

IDECM Block II completed a limited DT Assist by operational test personnel in 4QFY00. The results indicated positive progress towards a Block II fielding in the fourth F/A-18E/F deployment in August 2003. Technical delays and budgetary shortfalls have delayed the test and procurement of the Block III configuration, originally scheduled to occur concurrently with the Block II configuration.

Block III completed a limited (no on board transmitters) Operational Assessment (OA) in March 2000, in which it was assessed to be potentially operationally effective and suitable. The IDECM Block III RFCM OA was conducted in two phases. A hardware-in-the-loop (HITL) test versus a realistic threat system was conducted in November 1999. The aircraft, missile flight path, and environmental effects were modeled using an uninstalled RFCM and FOTD to counter a missile in a radar anechoic chamber. The second OA phase was flight testing at NAWC-WD China Lake's Electronic Combat Range, carried out February-March 2000. This test phase provided an early look at the potential operational effectiveness and suitability of IDECM. By design, the test was limited to a non-production representative installation on a test bed aircraft using a reel-out, reel-in external pod to conserve decoys.
Mesmo assim mais recente do que o Spectra e Praetorian.

[]s




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Eurofighter

#516 Mensagem por Carlos Lima » Qua Jun 01, 2011 10:59 pm

AlbertoRJ escreveu:
cb_lima escreveu: Leia-se os parceiros não achavam importante os requerimentos para um caça que pudesse operar em PAviões e a França colocava isso como um dos requisitos principais. Acabou que hoje o Rafale da F Aérea francesa em muito se beneficia dos requisitos originais para PA, principalmente no que se refere a manutenção, suporte e automação de diagnósticos.

Hoje o interessante é que temos até 'proposta' de Typhoon Naval o que no fim das contas acabaria sendo um "Rafale".

[]s
CB_Lima
Lima, além disso, a França precisava de um caça que contasse desde o início com capacidade de ataque e por isso optou por um radar PESA, que permitia modos de mapeamento de terreno e relevo e permitia a navegação auxiliada em altitudes muito baixas, além de modos ar-terra e ar-ar quase simultâneos. Também desenvolveu um motor com um regime mais econômico e, digamos, bem mais elástico. O desenvolvimento do Typhoon seguiu um caminho diferente onde se buscava o melhor desempenho ar-ar possível.

[]'s
Verdade! [100]

Voltamos aquilo que o Soul dizia outro dia... a Europa não precisava de dois caças. :(

[]s
CB_Lima




CB_Lima = Carlos Lima :)
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Re: Eurofighter

#517 Mensagem por Penguin » Qua Jun 01, 2011 11:04 pm

PRick escreveu:[ quote="Penguin"]
PRick escreveu:
Se você voltar as antepassados, verá que os Alemães foram os responsáveis pelo desenho básico do Typhoon, não só os desenvolvimentos da DASA, fruto da parceria com os EUA, eles modificaram um F-104 para fazer testes de FBW, CCV em caças. Porém, existe uma diferença fundamental entre o protótipo da DASA e o Typhoon. A altura onde o canard está colocado.

A crítica da Dassault é que a configuração escolhida teria problemas. Uma das causas da Dassault ter saido do projeto, porque tinha grande experiência em caças canard´s delta, sobretudo do M-4000. Em resumo, os canhard´s não devem ser colocados no mesmo nível da asa delta. Apesar de melhorar a capacidade de manobra, torna aerodinâmica e a configuração muito instável, o resultado geral é que no papel o Typhoon deveria até ser mais manobrável que o Rafale, porém, devido aos perigos da configuração, o FBW/CCV teve que ser colocado de modo mais conservador que o Rafale, não havendo como "desligar" ele, diferentemente, do que ocorre com o Rafale.

Uma análise mais detida, veremos que o J-37, Gripen, M-2000, M-4000 e Rafale usam os canard´s em nível diferente da asa delta, não causando turbulência na mesma, quando acionados em altos ângulos. Não é preciso dizer que isso ocasiona perda de eficiência da asa delta.

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Prick,

A Dassault saiu do EFA por que ela queria deter 50% da carga de trabalho de desenvolvimento no novo caça. Coisa que os parceiros não aceitaram. Além disso,a França queria priorizar naqueles tempos um caça leve e que pudesse operar em porta aviões. Quanto a um caça leve isso acabou não se concretizando. A Europa perdeu uma chance de ouro de ter apenas um único caça e com grande escala de produção. Provavelmente não haveria espaço para o F-35 no continente Europa.


Vc quer dizer que o FBW e FCS do Typhoon o torna menos manobrável do que o Rafale? Mal te pergunte, onde vc leu tal coisa? Qual a explicação para o que vc escreveu (em azul)?

Os caças de 4a geração costumam ter "estabilidade relaxada". Sem FBW e FCS são virtualmente impossíveis de controlar. Como isso seria possível no Rafale?

[]s
Santiago,

Eu diria que aqui é tudo a mesma coisa, a Dassault queria o controle para definir a configuração final, menor e mais flexível que a configuração proposta. Como vc mesmo observou o Rafale apesar de mais leve que o Typhoon, não é de modo nenhum uma aeronave leve.

Algumas de suas perguntas já foram muito respondidas aqui no fórum, o Rafale, como o M-2000 tem um sistema no manche, que quando o piloto força o batente são desarmados as limitações do CCV, ou FCS em inglês. Algo que não existe no Typhoon, F-16, Gripen por exemplo. Existem fotos desse sistema em funcionamento aqui, quando o Rafale chega a 11 g´s, ele faz isso e alerta o piloto que ele está excedendo o limite do FCS. O piloto é quem decide quando deve arriscar. Todos os caças de 4 geração tem estabilidade relaxada, porém, isso é feito em graus, alguns são mais instáveis naturalmente que outros. Infelizmente não tenho a fonte desse texto aqui, apenas que era uma Revista Francesa.
Like many other aircraft makers, Dassault has selected a delta-canard configuration for its latest design. “As we were working with the other Europeans, we started to diverge significantly on the design” explains Bruno Revellin-Falcoz [Director of Dassault’s Technical Department]. “Ultimately, we made some radically different choices. They wanted fuselage-mounted canards while we preferred to locate the canards almost above the wing-root. The key advantage of this configuration was that it would channel the air flow over the wing apex, which is where lift-generating vortices are formed. The Eurofighter Typhoon uses its canards as simple control surfaces. Although this creates a significant lever effect, it loses the positive impact on lift and therefore aerodynamic efficiency. That’s why we are certain that the Rafale can handle much better than the Typhoon at high angles of attack, such as during the crucial phases of dogfighting and low-speed flight. While they were groping around in the dark, we benefited from the know-how accumulated through the Mirage III Milan, Mirage III NG and Mirage 4000 programmes.
Disadvantages of a closed coupled Canard is

• Possibility for adverse flow disturbances over the wing from the canard.
• High canard CLmax leads to low efficiency e, and high e leads to low CLmax.
• Generally have a small moment arm to VT, close coupled canard requiring a larger area as a long coupled canard.

The 'bravest' way to use canards is the the Typhoon way. Much mounted well forward of the wing which greatly increases the moment arm and minimises the effects of downwash on the inner main wing. The Typhoon is the only fighter to use this form as the Rafale, Flanker, J-10, Gripen et al use the safer, less destabilising 'close coupled' arrangement. Computer testing is said to demonstrate that adding TVC to the Typhoon would not enhance agility, despite test engines have been bench run already.
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Vejam a comparação com a localização dos canard´s do Rafale.

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O mais interessante é que os primeiros desenhos e esboços do Typhoon eram assim.

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Pelo que as pessoas falam, a configuração do Typhoon teria que ser completada com TVC para que as características ruins do posicionamento do Canard fossem compensadas, daí isso é citado para a possível versão naval.

O resultado geral é que até 1.6 Mach o Rafale tem melhor performance que o Typhoon, a velocidade mínima em voo controlado é 70 nós contra 100 nós por exemplo.

Disso decorre em dizer que o Typhoon tem melhor capacidade de Superioridade Aérea, dado que em velocidades acima de 1,6 Mach sua configuração apresenta vantagens segundo dizem[High Alpha Velocity Vector Roll (HAVVR)], mas fico pensando, algum caça manobra a essa velocidade ou apenas voa quase em linha reta? Creio que aqui a vantagem do Typhoon seja a relação empuxo x peso um pouco superior ao Rafale. Além de poder levar mais mísseis BVR de longo alcance em sua configuração normal de combate ar-ar.

[]´s[/quote]


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O que vc descreve acima (em vermelho) parece estar equivocado.

Segundo relato postado neste Forum, recentemente o Gripen da Africa do Sul lançou um A-Darter em uma manobra a 12G durante ensaios deste míssil.

O site oficial do Typhoon diz que seu FCS permite que os limites pre-estabelecidos sejam ultrapassados em caso de necessidade/emergência (o F-18A/C/E também possui sistema similar. O F-16 não sei. O Gripen parece possuir sistema similar):
Flight Control Systems

The FCS is a full-authority, quadruplex digital

Fly-By-Wire system providing:

- Stability and control augmentation
- High agility
- Full carefree handling and manoeuvring

It is designed to enable the pilot to concentrate on the tactical tasks and to fly the aircraft 'head-up' in combination with the HOTAS (Hand-on-Throttle-and-Stick) concept applied to cockpit design. Emergency features have also been embodied in the system design to ensure maximum safety of operation.

These include:
- Low speed auto recovery
- Emergency 'g' override
- 'g' onset limitation
- Dis-Orientation Recovery Capability (DORC)
- Automatic reversion

The system is designed to provide the necessary measurement (Air Data System) computation and surface actuation needed to perform all required manoeuvres ensuring carefree handling and manoeuvring capabilities.

The system is also designed to provide higher mode functionalities including:
- Autopilot
- Auto-throttle
- Flight Director Modes

The system is controlled by four Flight Control Computers and features primary and secondary actuation to ensure control along all axis (pitch, roll and yaw). The aerodynamic configuration is automatically trimmed to achieve an optimum compromise between performance and manoeuvrability.

Pitch control is provided by symmetric operation of foreplanes and wing flaperons, while roll control is primarily achieved through differential operation of wing flaperons. Yaw control is primarily provided by the fin mounted rudder. Cross feeds among the various actuation systems are also implemented to optimise aircraft performance and handling qualities. The slats and flaperons automatically optimise the wing camber at all Angles of Attack (AOA).

The FCS also features automatic reversion through various back-up modes. It is integrated with other systems through the avionics (STANAG 3910) and utility control (STANAG 3838) data buses.

http://www.eurofighter.com/capabilities ... ystem.html


Aerodynamic Characteristics

Perfection in airframe performance can give the pilot battle-winning edge, providing that airframe is part of the Eurofighter Typhoon Weapon System.

Eurofighter Typhoon has a foreplane/delta configuration which is, by nature, aerodynamically unstable.

The instability of the aircraft is derived from the position of a theoretical “pressure point” on the longitudinal axis of the aircraft. This is calculated from the contribution to lift from each of the aircraft components (the wings, the canards, fuselage etc). If the pressure point is in front of the centre of gravity on the longitudinal axis, the aircraft is aerodynamically unstable and it is impossible for a human to control it.

With the Eurofighter Typhoon, in subsonic flight the pressure point lies in front of the centre of gravity, therefore making the aircraft aerodynamically unstable, and is why Eurofighter Typhoon has such a complex Flight Control System – computers react quicker than a pilot.

When Eurofighter Typhoon crosses into supersonic flight, the pressure point moves behind the centre of gravity, giving a stable aircraft.

The advantages of an intentionally unstable design over that of a stable arrangement include greater agility – particularly at subsonic speeds - reduced drag, and an overall increase in lift (also enhancing STOL performance).

http://www.eurofighter.com/capabilities ... stics.html
Com relação ao porque da posição do canard do Typhoon...

(...) Unusually the canards are mounted much nearer the nose than is typically found in similar aircraft. This increases the maximum achievable Angle of Attack (AoA). The drawback to this is a decreased view to the left and right of the pilot. Automatic slats are present on the main wing leading edges which ensure the correct wing camber is maintained across the flight envelope. A hydraulically operated air-brake is integrated behind the cockpit, moving into a near-vertical position to maximise drag when required.(...)

http://typhoon.starstreak.net/Eurofight ... cture.html


Adicionalmente há dois pequenos strakes (superficies) acima e atrás no canard:

http://1.bp.blogspot.com/-DWWc8flytDg/TeOhCEU_BwI/AAAAAAAANLo/oCmYSNiLp_Q/s1600/soeren-kern-eurofighter-1.jpg
http://www.google.com.br/url?source=imgres&ct=img&q=http://www.flightglobal.com/blogs/aircraft-pictures/2008/07/03/AustEuroLarge.jpg&sa=X&ei=gO7mTc6uMefL0QHBgtWTCw&ved=0CAQQ8wc4OA&usg=AFQjCNH4G9JTTkSYA_-cZRB7YXdloUNjMQ
There are small strakes on the fuselage below the cockpit and above and behind the canard fins to make sure that airflow over the wing remains effective at high angles of attack.

[]s




Editado pela última vez por Penguin em Qua Jun 01, 2011 11:28 pm, em um total de 1 vez.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Eurofighter

#518 Mensagem por Carlos Lima » Qua Jun 01, 2011 11:25 pm

:lol: Acho que vocês estão discutindo o sexo dos anjos.

As 2 aeronaves são bem capazes e por motivos diferentes e prioridades distintas além da crise economica estão em estágios operacionais diferentes.

Ambas ainda estão começando a vida operacional e sendo testadas em combate... daí mudanças certamente ocorrerão além de ajustes aqui e ali. No contexto indiano eles tem uma decisão díficil a ser tomada pois são ótimas aeronaves.

[]s
CB_Lima




CB_Lima = Carlos Lima :)
PRick

Re: Eurofighter

#519 Mensagem por PRick » Qua Jun 01, 2011 11:40 pm

Penguin escreveu:

O que vc descreve acima (em vermelho) parece estar equivocado.

Segundo relato postado neste Forum, recentemente o Gripen da Africa do Sul lançou um A-Darter em uma manobra a 12G durante ensaios deste míssil.

O site oficial do Typhoon diz que seu FCS permite que os limites pre-estabelecidos sejam ultrapassados em caso de necessidade/emergência (o F-18A/C/E também possui sistema similar. O F-16 não sei. O Gripen parece possuir sistema similar):
Flight Control Systems

The FCS is a full-authority, quadruplex digital

Fly-By-Wire system providing:

- Stability and control augmentation
- High agility
- Full carefree handling and manoeuvring

It is designed to enable the pilot to concentrate on the tactical tasks and to fly the aircraft 'head-up' in combination with the HOTAS (Hand-on-Throttle-and-Stick) concept applied to cockpit design. Emergency features have also been embodied in the system design to ensure maximum safety of operation.

These include:
- Low speed auto recovery
- Emergency 'g' override
- 'g' onset limitation
- Dis-Orientation Recovery Capability (DORC)
- Automatic reversion

The system is designed to provide the necessary measurement (Air Data System) computation and surface actuation needed to perform all required manoeuvres ensuring carefree handling and manoeuvring capabilities.

The system is also designed to provide higher mode functionalities including:
- Autopilot
- Auto-throttle
- Flight Director Modes

The system is controlled by four Flight Control Computers and features primary and secondary actuation to ensure control along all axis (pitch, roll and yaw). The aerodynamic configuration is automatically trimmed to achieve an optimum compromise between performance and manoeuvrability.

Pitch control is provided by symmetric operation of foreplanes and wing flaperons, while roll control is primarily achieved through differential operation of wing flaperons. Yaw control is primarily provided by the fin mounted rudder. Cross feeds among the various actuation systems are also implemented to optimise aircraft performance and handling qualities. The slats and flaperons automatically optimise the wing camber at all Angles of Attack (AOA).

The FCS also features automatic reversion through various back-up modes. It is integrated with other systems through the avionics (STANAG 3910) and utility control (STANAG 3838) data buses.

http://www.eurofighter.com/capabilities ... ystem.html


Aerodynamic Characteristics

Perfection in airframe performance can give the pilot battle-winning edge, providing that airframe is part of the Eurofighter Typhoon Weapon System.

Eurofighter Typhoon has a foreplane/delta configuration which is, by nature, aerodynamically unstable.

The instability of the aircraft is derived from the position of a theoretical “pressure point” on the longitudinal axis of the aircraft. This is calculated from the contribution to lift from each of the aircraft components (the wings, the canards, fuselage etc). If the pressure point is in front of the centre of gravity on the longitudinal axis, the aircraft is aerodynamically unstable and it is impossible for a human to control it.

With the Eurofighter Typhoon, in subsonic flight the pressure point lies in front of the centre of gravity, therefore making the aircraft aerodynamically unstable, and is why Eurofighter Typhoon has such a complex Flight Control System – computers react quicker than a pilot.

When Eurofighter Typhoon crosses into supersonic flight, the pressure point moves behind the centre of gravity, giving a stable aircraft.

The advantages of an intentionally unstable design over that of a stable arrangement include greater agility – particularly at subsonic speeds - reduced drag, and an overall increase in lift (also enhancing STOL performance).

http://www.eurofighter.com/capabilities ... stics.html
Com relação ao porque da posição do canard do Typhoon...

(...) Unusually the canards are mounted much nearer the nose than is typically found in similar aircraft. This increases the maximum achievable Angle of Attack (AoA). The drawback to this is a decreased view to the left and right of the pilot. Automatic slats are present on the main wing leading edges which ensure the correct wing camber is maintained across the flight envelope. A hydraulically operated air-brake is integrated behind the cockpit, moving into a near-vertical position to maximise drag when required.(...)

http://typhoon.starstreak.net/Eurofight ... cture.html


Adicionalmente há dois pequenos strakes (superficies) acima e atrás no canard:

http://1.bp.blogspot.com/-DWWc8flytDg/TeOhCEU_BwI/AAAAAAAANLo/oCmYSNiLp_Q/s1600/soeren-kern-eurofighter-1.jpg
http://www.google.com.br/url?source=imgres&ct=img&q=http://www.flightglobal.com/blogs/aircraft-pictures/2008/07/03/AustEuroLarge.jpg&sa=X&ei=gO7mTc6uMefL0QHBgtWTCw&ved=0CAQQ8wc4OA&usg=AFQjCNH4G9JTTkSYA_-cZRB7YXdloUNjMQ
There are small strakes on the fuselage below the cockpit and above and behind the canard fins to make sure that airflow over the wing remains effective at high angles of attack.

[]s
Não estou falando em apenas limites de forças G´s, mas tirar inteiramente o sistema de proteção, o Gripen, F-18, F-16, Typhoon não podem fazer isso. A quebra do limite de força G´s pode ser conseguido até mesmo sem o comando, afinal, a força g´s não dependem somente do comando do caça. Porém, comandar o caça como se não tivesse CCV, apenas as conexões elétricas implica em riscos.

A queda do primeiro Rafale com G-Loc do Piloto é atribuída a esse fato, o piloto foi muito além dos limites existentes de AOA, força G´s, isso é perigoso. Como o voo em velocidades muito reduzidas, AOA muito altos. Isso está dentro da previsão da arquitetura do Mirage e Rafale.

Sobre o canards do Typhoon, o próprio texto que você postou entrega as limitações, em uma série de manobras e atitudes de voo, algumas superfícies são acionadas obrigatoriamente para manter o controle do caça, reduzindo a performance aerodinâmica. Por isso, o Typhoon é o único caça que usa essa configuração, todos os outros, fizeram como o Rafale.




PRick

Re: Eurofighter

#520 Mensagem por PRick » Qua Jun 01, 2011 11:43 pm

cb_lima escreveu::lol: Acho que vocês estão discutindo o sexo dos anjos.

As 2 aeronaves são bem capazes e por motivos diferentes e prioridades distintas além da crise economica estão em estágios operacionais diferentes.

Ambas ainda estão começando a vida operacional e sendo testadas em combate... daí mudanças certamente ocorrerão além de ajustes aqui e ali. No contexto indiano eles tem uma decisão díficil a ser tomada pois são ótimas aeronaves.

[]s
CB_Lima

Creio que não, a configuração do Typhoon derivou da falta de experiência da Alemanha e Inglaterra com delta carnard´s. Os que já tinham experiência nessa área sabiam das limitações propostas. O estudo realizados pela Dassault tinha configurações semelhantes ao Typhoon que foram descartadas.

[]´s




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Re: Eurofighter

#521 Mensagem por Andre Correa » Qui Jun 02, 2011 12:14 am

PRick escreveu:
Penguin escreveu:

O que vc descreve acima (em vermelho) parece estar equivocado.

Segundo relato postado neste Forum, recentemente o Gripen da Africa do Sul lançou um A-Darter em uma manobra a 12G durante ensaios deste míssil.

O site oficial do Typhoon diz que seu FCS permite que os limites pre-estabelecidos sejam ultrapassados em caso de necessidade/emergência (o F-18A/C/E também possui sistema similar. O F-16 não sei. O Gripen parece possuir sistema similar):


Com relação ao porque da posição do canard do Typhoon...

(...) Unusually the canards are mounted much nearer the nose than is typically found in similar aircraft. This increases the maximum achievable Angle of Attack (AoA). The drawback to this is a decreased view to the left and right of the pilot. Automatic slats are present on the main wing leading edges which ensure the correct wing camber is maintained across the flight envelope. A hydraulically operated air-brake is integrated behind the cockpit, moving into a near-vertical position to maximise drag when required.(...)

http://typhoon.starstreak.net/Eurofight ... cture.html


Adicionalmente há dois pequenos strakes (superficies) acima e atrás no canard:

http://1.bp.blogspot.com/-DWWc8flytDg/TeOhCEU_BwI/AAAAAAAANLo/oCmYSNiLp_Q/s1600/soeren-kern-eurofighter-1.jpg
http://www.google.com.br/url?source=imgres&ct=img&q=http://www.flightglobal.com/blogs/aircraft-pictures/2008/07/03/AustEuroLarge.jpg&sa=X&ei=gO7mTc6uMefL0QHBgtWTCw&ved=0CAQQ8wc4OA&usg=AFQjCNH4G9JTTkSYA_-cZRB7YXdloUNjMQ
There are small strakes on the fuselage below the cockpit and above and behind the canard fins to make sure that airflow over the wing remains effective at high angles of attack.

[]s
Não estou falando em apenas limites de forças G´s, mas tirar inteiramente o sistema de proteção, o Gripen, F-18, F-16, Typhoon não podem fazer isso. A quebra do limite de força G´s pode ser conseguido até mesmo sem o comando, afinal, a força g´s não dependem somente do comando do caça. Porém, comandar o caça como se não tivesse CCV, apenas as conexões elétricas implica em riscos.

A queda do primeiro Rafale com G-Loc do Piloto é atribuída a esse fato, o piloto foi muito além dos limites existentes de AOA, força G´s, isso é perigoso. Como o voo em velocidades muito reduzidas, AOA muito altos. Isso está dentro da previsão da arquitetura do Mirage e Rafale.

Sobre o canards do Typhoon, o próprio texto que você postou entrega as limitações, em uma série de manobras e atitudes de voo, algumas superfícies são acionadas obrigatoriamente para manter o controle do caça, reduzindo a performance aerodinâmica. Por isso, o Typhoon é o único caça que usa essa configuração, todos os outros, fizeram como o Rafale.
O texto exalta que o design propositalmente instável dá mais agilidade em velocidade subsonica, e o colega PRick insiste em falar que o texto afirma o contrário?! Tá com o inglês enferrujado? Assim não existe argumento nem caça que se compare ao mítico Rafale de sua imaginação




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PRick

Re: Eurofighter

#522 Mensagem por PRick » Qui Jun 02, 2011 12:49 am

alcluiz escreveu:
PRick escreveu:

Não estou falando em apenas limites de forças G´s, mas tirar inteiramente o sistema de proteção, o Gripen, F-18, F-16, Typhoon não podem fazer isso. A quebra do limite de força G´s pode ser conseguido até mesmo sem o comando, afinal, a força g´s não dependem somente do comando do caça. Porém, comandar o caça como se não tivesse CCV, apenas as conexões elétricas implica em riscos.

A queda do primeiro Rafale com G-Loc do Piloto é atribuída a esse fato, o piloto foi muito além dos limites existentes de AOA, força G´s, isso é perigoso. Como o voo em velocidades muito reduzidas, AOA muito altos. Isso está dentro da previsão da arquitetura do Mirage e Rafale.

Sobre o canards do Typhoon, o próprio texto que você postou entrega as limitações, em uma série de manobras e atitudes de voo, algumas superfícies são acionadas obrigatoriamente para manter o controle do caça, reduzindo a performance aerodinâmica. Por isso, o Typhoon é o único caça que usa essa configuração, todos os outros, fizeram como o Rafale.
O texto exalta que o design propositalmente instável dá mais agilidade em velocidade subsonica, e o colega PRick insiste em falar que o texto afirma o contrário?! Tá com o inglês enferrujado? Assim não existe argumento nem caça que se compare ao mítico Rafale de sua imaginação
Acho que sua interpretação sobre o que falei, é que não está correta, a instabilidade dá mais agilidade, até aí o texto não diz nada demais, em momento algum afirmei o contrário, o que foi afirmado é que a configuração do Typhoon é inferior ao ser comparada com a configuração do Rafale. Afinal, ambos os caças são instáveis. Uma das coisas é que a manobrabilidade é conseguida se sacrificando a aerodinâmica, quer dizer, perdendo energia.

[]´s




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Re: Eurofighter

#523 Mensagem por Penguin » Qui Jun 02, 2011 1:21 am

PRick escreveu:
Penguin escreveu:

O que vc descreve acima (em vermelho) parece estar equivocado.

Segundo relato postado neste Forum, recentemente o Gripen da Africa do Sul lançou um A-Darter em uma manobra a 12G durante ensaios deste míssil.

O site oficial do Typhoon diz que seu FCS permite que os limites pre-estabelecidos sejam ultrapassados em caso de necessidade/emergência (o F-18A/C/E também possui sistema similar. O F-16 não sei. O Gripen parece possuir sistema similar):


Com relação ao porque da posição do canard do Typhoon...

(...) Unusually the canards are mounted much nearer the nose than is typically found in similar aircraft. This increases the maximum achievable Angle of Attack (AoA). The drawback to this is a decreased view to the left and right of the pilot. Automatic slats are present on the main wing leading edges which ensure the correct wing camber is maintained across the flight envelope. A hydraulically operated air-brake is integrated behind the cockpit, moving into a near-vertical position to maximise drag when required.(...)

http://typhoon.starstreak.net/Eurofight ... cture.html


Adicionalmente há dois pequenos strakes (superficies) acima e atrás no canard:

http://1.bp.blogspot.com/-DWWc8flytDg/TeOhCEU_BwI/AAAAAAAANLo/oCmYSNiLp_Q/s1600/soeren-kern-eurofighter-1.jpg
http://www.google.com.br/url?source=imgres&ct=img&q=http://www.flightglobal.com/blogs/aircraft-pictures/2008/07/03/AustEuroLarge.jpg&sa=X&ei=gO7mTc6uMefL0QHBgtWTCw&ved=0CAQQ8wc4OA&usg=AFQjCNH4G9JTTkSYA_-cZRB7YXdloUNjMQ
There are small strakes on the fuselage below the cockpit and above and behind the canard fins to make sure that airflow over the wing remains effective at high angles of attack.

[]s
Não estou falando em apenas limites de forças G´s, mas tirar inteiramente o sistema de proteção, o Gripen, F-18, F-16, Typhoon não podem fazer isso. A quebra do limite de força G´s pode ser conseguido até mesmo sem o comando, afinal, a força g´s não dependem somente do comando do caça. Porém, comandar o caça como se não tivesse CCV, apenas as conexões elétricas implica em riscos.

Se um caça sair do envelope para o qual ele foi projetado, provavelmente entrará em uma situação de risco, ocasionando a perda de controle do mesmo. Como os caças modernos são instáveis, voar sem o FCS é virualmente impossível. Os caças atuais deixam para os computadores controlarem os limites de vôo, permitindo que o piloto se dedique em combater e não a monitora diversos parâmetros, coisa que acontecia nos caças mais antigos.

Ultrapassar a carga G máxima também é possível até certo ponto. No entanto a vida da estrutura paga um preço.


A queda do primeiro Rafale com G-Loc do Piloto é atribuída a esse fato, o piloto foi muito além dos limites existentes de AOA, força G´s, isso é perigoso. Como o voo em velocidades muito reduzidas, AOA muito altos. Isso está dentro da previsão da arquitetura do Mirage e Rafale.

G-loc pode ocorrer em acelerações menores que 9G.
Os limites de AOA variam de caça para caça. Alguns possuem maior envelope que outros.


Sobre o canards do Typhoon, o próprio texto que você postou entrega as limitações, em uma série de manobras e atitudes de voo, algumas superfícies são acionadas obrigatoriamente para manter o controle do caça, reduzindo a performance aerodinâmica. Por isso, o Typhoon é o único caça que usa essa configuração, todos os outros, fizeram como o Rafale.
Não. O lado negativo foi:
The drawback to this is a decreased view to the left and right of the pilot.

Vc está repetindo os argumentos (textos e figuras) postados originalmente por um forista francês do Key Publishing Aviation Forum chamado Lord Assap que dedica 100% do tempo dele em provar que o Rafale é melhor do que tudo que não seja o Rafale. Sai dessa Prick! :lol:

http://forum.keypublishing.co.uk/showth ... 25&page=21

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Re: Eurofighter

#524 Mensagem por bcorreia » Qui Jun 02, 2011 2:36 am

Penguin escreveu: Vc está repetindo os argumentos (textos e figuras) postados originalmente por um forista francês do Key Publishing Aviation Forum chamado Lord Assap que dedica 100% do tempo dele em provar que o Rafale é melhor do que tudo que não seja o Rafale. Sai dessa Prick! :lol:
Junta ele a alguns foristas que tem como lema que qualquer coisa é melhor que o Rafale e teriamos uma discussão interessante, ou comica, sei lá :twisted: :mrgreen:




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Re: Eurofighter

#525 Mensagem por Tighrope » Qui Jun 02, 2011 4:40 am

Penguin escreveu:
Não. O lado negativo foi:
The drawback to this is a decreased view to the left and right of the pilot.

Vc está repetindo os argumentos (textos e figuras) postados originalmente por um forista francês do Key Publishing Aviation Forum chamado Lord Assap que dedica 100% do tempo dele em provar que o Rafale é melhor do que tudo que não seja o Rafale. Sai dessa Prick! :lol:

http://forum.keypublishing.co.uk/showth ... 25&page=21

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one thing left to you, Dokkie, basics aerodynamics knowledges ! http://en.wikipedia.org/wiki/Leading_edge_extension

wishes and fantasms from Typhoon fanboys websites against Facts! :lol: :lol:

Imagem



http://translate.google.com/translate?h ... %3D5837697




Jobim diz ter conseguido reduzir o preço para US$ 6 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões), mesmo preço da opção mais barata, o Gripen. http://www.band.com.br/jornalismo/brasi ... 0000391273
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