Só alguns comentários:
Lord Nauta escreveu:Prezados Amigos,
Postei anteriormente o que penso a respeito do PAEMB e de sua realização. Também acredito que uma forma de preencher o ''gap'' até a chegada das fragatas de 6.000 ton seriam navios escolta de segunda-mão. As Type 22/III seriam neste momento a melhor alternativa. Penso que elas poderiam receber o Sea RAM, Exocet Block III e operar com os SH 70.
Estes navios já possuem dois lançadores de Seawolf, será que a instalação de RAM seria realmente necessária?
Ouso até a propalar a construção de uma segunda Barroso no AMRJ com a justificativa ''política'' de manter e qualificar mão de obra para os navios de 6.000 ton. Com estes cinco navios então seria possível retirar de serviço, por exemplo, duas Niterói e uma Type 22/I, as com as piores condições operacionais.
Esta medida de manter o AMRJ operando continuamente é fundamental, deveria ser o centro da estratégia de renovação de meios da MB. E por isso talvez pudesse ser completada com uma outra classe maior de uns dois navios com o casco baseado no das Niterói e incorporando uma arquitetura mais moderna. Só não sei se existe alguém no Brasil capaz de realizar este tipo de projeto.
A decisão do PROSUB poderia então acontecer até no segundo semestre de 2012, digo além poderia ser revisto quanto as quantidades.Defendo que este primeiro lote ( talvez o único ) deveria ser composto de 8 fragatas ( 2 AAW e 6 ASW/ASuW), 6 NaPaOc e 2 NApLo. A ampliação de 11 para 16 navios sinalizaria que existe de fato vontade do GF em realizar o PAEMB e que a elite política entende a importância do pré-sal para o país e a importância de um Poder Naval com credibilidade para garantir a posse destes recursos em beneficio da nação brasileira.
Bom, já coloquei minha opinião contrária ao formato do PROSUPER e à encomenda de classes numerosas, por motivos técnicos. E também não acredito na vontade do GF em realizar PEAMB nenhum, o que não impediria que ele fosse realizado por pressão de uma articulação entre a MB , empresários e políticos locais, usando a defesa dos empregos, da indústria e da ciência/tecnologia locais como argumentos. Mas aí já estamos falando de outro programa, com outra concepção.
Três fragatas, um NaPaOc e um NAplo a mais no PROSUB, a serem pagos em longo prazo, não afetaria as contas públicas.. O que afeta as contas públicas todos nós sabemos, por não ser tema deste tópico me abstenho de comentar. Estes 16 navios junto com o PROSUB, que deveria ser ampliando em pelo menos mais 2 SSK e 1SNA nesta primeira etapa, constituiriam o núcleo duro do Poder Naval brasileiro
Aqui concordo em gênero, número e grau.
Mas eu pessoalmente espero mais da MB do que simplesmente prover um poder naval adequado, principalmente considerando que não temos hoje nenhuma ameaça potencial discernível. O que eu gostaria mesmo de ver seria a MB (e na verdade todas as nossas FA’s) engajadas no desenvolvimento da tecnologia e base industrial nacionais, e ajudando realmente mostrar a bandeira de um Brasil muito mais competente e independente do que outros países que se limitam a comprar plataformas e equipamentos desenvolvidos por outros. e aí o número de navios importa pouco. Uma Espanha impressiona muito mais com suas 5 Álvaro de Bazan do que o Brasil jamais irá impressionar com 16 ou mais FREMM, e isso nada tem a ver com a qualidade dos navios em si, mas com a capacidade da Espanha de desenvolver seus próprios meios de acordo com sua própria doutrina.
Um grande abraço,
Leandro G. Card