FOXTROT escreveu:Pois é, que novidade os Yanques promovendo a divisão dos "amigos" para conquistá-los, invenção européia se voltando contra os próprios .
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GEOPOLÍTICA
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Re: GEOPOLÍTICA
Re: GEOPOLÍTICA
Penguin escreveu:Há muitos países ricos que dão vantagens financeiras para estimular os casais a terem filhos. Não têm dado muito resultado.Boss escreveu: Pois é.
Na Rússia, que não é tão rica (em termos per capita), o governo concede alguns incentivos financeiros para os casais terem filhos, mas assim mesmo a população encolhe 0,5% ao ano, além de envelhecer.
Aqui no Brasil segundo o PNAD, a população atingirá o ápice de 225 milhões nas próximas duas ou três décadas e depois começará a cair.
Esse comportamentos têm a ver com fortes mudanças sociais, tais como a emancipação da mulher, valorização da vida profissional, alto custo de vida, etc.
[]s
Se o Governo Russo pagar-me as despesas, garanto que numa volta por lá deixarei umas 15 loiras eslavas grávidas, como contribuição pessoal para o engrandecimento da Mãe Rússia.
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Re: GEOPOLÍTICA
P.K. ...P. K. Liulba escreveu: Se o Governo Russo pagar-me as despesas, garanto que numa volta por lá deixarei umas 15 loiras eslavas grávidas, como contribuição pessoal para o engrandecimento da Mãe Rússia.
O camarada mais bem empregado que já soube até hoje, foi um negro que era escravo do Rei, aqui no Brasil.
Sua função : Reprodutor Oficial... O sujeito só gerava filhos homens.
Dizia a reportagem, que o Rei o emprestava para "prestar serviços" nas fazendas dos Duques e Barões, onde ao chegar já haviam diversas moçoilas esperando-o.
Com certeza foi o negro que mais raiva tinha da Princesa Isabel, que acabou com a "profissão" dele.
À época da reportagem, vivia em Maricá-RJ, mais que centenário, na companhia de 3 esposas.
Antes de sua viagem a Rússia, recomendo uma passagem em Maricá para saber a receita da "garrafada" que ele tomava.
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Re: GEOPOLÍTICA
Ares
A Defense Technology Blog
U.K. Trident Renewal: Maintaining West's Nuclear Parity With China
Posted by Robert Wall at 5/19/2011 4:03 AM CDT
http://www.aviationweek.com/aw/blogs/de ... d=blogDest
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Posted by Robert Wall at 5/19/2011 4:03 AM CDT
http://www.aviationweek.com/aw/blogs/de ... d=blogDest
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: GEOPOLÍTICA
Crise familiar afeta demografia russaSterrius escreveu:A Russia se nao me engano nos ultimos anos voltou sim a ter crescimento penguim.
26/05/2011
Elena Novikova, Gazeta Russa
Número de casamentos diminui, uniões terminam mais rápido e casais decidem não ter filhos. O governo cogita até a aplicação de multa por falta de filhos.
Durante a era soviética, famílias grandes eram consideradas uma anomalia. E essa hostilidade às famílias grandes se mantém mesmo com os incentivos do governo para enfrentar a queda de natalidade na Rússia.
Maria Ipátova, 25, tem dois filhos, um de dois anos e outro de seis meses, e planeja um terceiro. Mas ela é uma exceção. Somente 3% de todos os casais têm mais de dois filhos e 48% não têm nenhum, segundo o serviço federal de estatísticas Rosstat. “Ter apenas uma criança a torna egoísta, enquanto duas se tornam rivais. Três, contudo, formam uma família”, crê Ipátova.
Psicólogos e sociologistas já anunciam a “crise” e até mesmo a “extinção” da instituição familiar. Estatísticas do Rosstat mostram que, enquanto cerca de um milhão de casamentos são registrados na Rússia todos os anos, 700 mil casais de separam. Isso significa que quase três a cada quatro casamentos simplesmente não dão certo.
Não se trata apenas do número de divórcios. Mais e mais casais vivem juntos em vez de se casarem, e preferem isso ao registro de matrimônio, algo que era impensável durante os anos soviéticos.
Mais de 30% das crianças russas nascem de mães solteiras, segundo estudos do Ministério da Saúde e do Desenvolvimento Social. Além disso, há uma queda preocupante na taxa de natalidade. O número médio de filhos por família russa é 1,59, comparado ao índice de 1,9 em 1990.
A Rússia ainda está entre os líderes mundiais no número de abortos, com 60% de gestações interrompidas, de acordo com o Rosstat.
Pesquisas do VTsIOM, o órgão de estatísticas oficial do governo, mostram que aproximadamente 30% dos russos não querem ter filhos por causa das dificuldades financeiras e pela falta de apoio do governo às famílias.
Uma a cada cinco mulheres entre 24 e 35 não está preparada para casar e ter filhos porque quer antes seguir uma carreira, índice agravado pela escassez de creches e os altos custos das babás.
Estímulo estatal
O Estado está tentando incentivar famílias jovens a ter mais filhos, sobretudo oferecendo um bônus de 365 mil rublos (R$ 21 mil) concedido no nascimento do segundo e do terceiro filho. Enquanto as medidas levaram ao aumento de 22% na taxa de natalidade desde 2006, segundo mostra o VTsIOM, elas não são suficientes para resolver por completo a crise demográfica.
No ano passado, o partido governante Rússia Unida tomou uma medida desesperada. Os deputados do governo regional de Tcheliabinsk propuseram a introdução de um imposto para famílias sem filhos - o qual existiu na URSS entre 1942 e 1992.
Os homens entre 20 e 50 anos que não possuíssem filhos e fossem casados com mulheres entre 20 e 45 anos deveriam pagar 6% do salário em impostos até que tivessem um filho ou decidissem adotar uma criança.
Os membros da Duma (a câmara dos deputados na Rússia) cogitaram multar os pais que não tivessem filhos há alguns anos, mas uma revolta pública em relação à iniciativa forçou os deputados a desistir da ideia e procurar métodos mais racionais para combater o problema.
Victória Iakovleva, 34, foi casada por cinco anos. “Não é que eu seja uma partidária de um movimento de famílias sem filhos. Pelo contrário, eu sei que as crianças trazem muita felicidade e incorporam o sentido pleno da vida. Mas eu simplesmente não tenho tempo para elas”, diz.
“Temos um financiamento imobiliário para pagar e trabalhamos muito. Eu não quero ter um filho para que ele seja criado por uma babá. Quero criá-lo eu mesma, mas, infelizmente, é muito difícil ser mãe em nossa sociedade”, afirma. Como os números deixam claro, ela está longe de ser a única a pensar assim.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: GEOPOLÍTICA
romeo escreveu:P.K. ...P. K. Liulba escreveu: Se o Governo Russo pagar-me as despesas, garanto que numa volta por lá deixarei umas 15 loiras eslavas grávidas, como contribuição pessoal para o engrandecimento da Mãe Rússia.
O camarada mais bem empregado que já soube até hoje, foi um negro que era escravo do Rei, aqui no Brasil.
Sua função : Reprodutor Oficial... O sujeito só gerava filhos homens.
Dizia a reportagem, que o Rei o emprestava para "prestar serviços" nas fazendas dos Duques e Barões, onde ao chegar já haviam diversas moçoilas esperando-o.
Com certeza foi o negro que mais raiva tinha da Princesa Isabel, que acabou com a "profissão" dele.
À época da reportagem, vivia em Maricá-RJ, mais que centenário, na companhia de 3 esposas.
Antes de sua viagem a Rússia, recomendo uma passagem em Maricá para saber a receita da "garrafada" que ele tomava.
Se bem que com aquelas loiras, não se precisa de garrafadas.
Re: GEOPOLÍTICA
Samuel Pinheiro Guimarães: Brasil não quer repetir os erros dos impérios
Samuel Pinheiro Guimarães
Contra o estereótipo que vê o Brasil atual como um império, o ex-ministro de Lula e alto representante do Mercosul, Samuel Pinheiro Guimarães, disse ao jornal argentino Página/12 que a realidade é outra: o país pensa em associar-se e cooperar com seus dez vizinhos e com outros países em desenvolvimento. “Temos interesses em comum com os países mais pobres, os países em desenvolvimento, para mudar as regras do mundo. A crise que vivemos mostrou a falência dos modelos neoliberais tanto em nossos países como nos desenvolvidos. As regras financeiras devem permitir espaço para os desenvolvimentos nacionais”.
Martin Granovsky – Página/12
Quando Brasil e Argentina começaram a cooperar com força, no início do processo de redemocratização, Samuel Pinheiro Guimarães já figurava entre os mais ativos. Em novembro passado, os presidentes dos quatro países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) criaram o cargo de alto representante do bloco, deram-lhe funções de construção e negociação e as atribuíram a ele por unanimidade.
Pinheiro Guimarães exibiu seu perfeito espanhol na primeira viagem a Buenos Aires como alto representante. Prometeu visitar cada país seguidamente. Oucpado em ampliar o Mercosul para além do que chamou com ironia “uma burocracia cartesiana”, conversou com o chanceler Héctor Timerman e até teve tempo para reunir-se com um colega: Carlos Piñeiro Iñiguez, ex-embaixador no Equador que acaba de assumir o Instituto do Serviço Exterior da Nação. Por convite de Piñeiro, Pinheiro inclusive de uma aula de uma hora para os futuros diplomatas que cursam o Instituto.
Página/12: É verdade que o Brasil tem uma ideia imperial de diplomacia ou isso é um mito?
Samuel Pinheiro Guimarães: (Ri.) Não. O Brasil tem um interesse muito forte no desenvolvimento de toda a região apesar das assimetrias entre os distintos países. Não é um império, não quer sê-lo nem quer repetir os erros dos impérios. Ao contrário. Acredita em associar-se, em cooperar, em reformar um sistema internacional que se caracteriza, a meu juízo, pela convivência de potências centrais e de ex-colônias, como nós. Temos interesses em comum com os países mais pobres, os países em desenvolvimento, para mudar as regras do mundo.
Página/12: O que seria preciso mudar?
Samuel Pinheiro Guimarães: A crise que vivemos mostrou a falência dos modelos neoliberais tanto em nossos países como nos desenvolvidos. As regras financeiras devem permitir espaço para os desenvolvimentos nacionais, e o mesmo deve acontecer com as regras sobre comércio e meio ambiente. Na Rodada de Doha, foi a primeira vez que os países em desenvolvimento tiveram uma posição firme e não aceitaram o cardápio tal como lhes foi apresentado.
Página/12: Se tomamos como dado o afeto e a irmandade, por que convém ao Brasil uma relação de cooperação com os vizinhos?
Samuel Pinheiro Guimarães: Temos muitos vizinhos. Se não contamos os Estados Unidos, que acreditam ter 191 vizinhos, estamos logo depois da China e da Rússia. Eles têm 14. Nós temos 10. Com esse número tão grande, está claro que é melhor ter vizinhos estáveis, em boas condições e em paz. Ninguém quer vizinhos turbulentos e pobres, não?
Integrações
Pinheiro Guimarães ficou à vontade no ISEN. Vice-chanceler e depois ministro de Assuntos Estratégicos de Lula, foi o modernizador do Instituto Rio Branco, do Itamaraty. Em sua conversa com os alunos do ISEN, argumentou que é ingênuo querer integrar-se ao mundo sem fazer parte de um bloco. Disse que, em termos comerciais, uma parte da América Latina já optou por acordos de livre comércio com os Estados Unidos: países da América Central, Chile, Peru, Colômbia. “Nós não quisemos a ALCA, em 2005, não somente por razões comerciais”, observou. “A ALCA era uma política econômica completa, que envolvia comércio, investimentos, negócios e propriedade intelectual”.
Indagado sobre a existência de choques entre o Mercosul e a Unasul, negou. “A Unasul é um modo de manter próximos países que, comercialmente, optaram por outras políticas. É bom que todos integremos o Conselho Sulamericano de Defesa. Para mim é motivo de suspeitas quando alguém recomenda que não devemos nos preocupar com nossa defesa, que outro país vai se ocupar disso. Somos pacíficos, mas não temos por que ficar desarmados enquanto outros têm armas e as desenvolvem e quando sabemos também que a indústria militar é chave para o desenvolvimento tecnológico.
Também foi taxativo quando um aluno perguntou-lhe se o Brasil, como parte dos Estados em desenvolvimento intermediário do mundo, não teria subido de posição. “Os que dizem isso querem que abandonemos nossas políticas”, analisou. “Avançamos extraordinariamente, mas no Brasil ainda há 60 milhões de pessoas em situação de pobreza. Uma Argentina e meia. Não, não subimos de posição. Seguimos trabalhando para isso”, disse o diplomata que sempre se sentiu confortável com Lula.
Lula, síntese
Página/12: Como foi ter Lula como chefe?
Samuel Pinheiro Guimarães: Uma experiência extraordinária. O próprio Lula é uma síntese da maioria dos brasileiros. Ele vem do Nordeste. Seu pai era uma pessoa muito violenta. Abandonou a família. Lula saiu do Nordeste para a periferia de São Paulo, com sua mãe e irmãos. Foi vítima de um acidente de trabalho. Sua primeira mulher perdeu a vida em um hospital. É trabalhador. Passou fome. Fez greve. Quando fala de uma inundação sabe do que fala. Viveu isso. Quando fala de greves ou desemprego, sabe do que se trata. Quando fala de discriminação, também. Por isso sua preocupação não é acadêmica. Ele viveu tudo isso.
Página/12: E como enfocava os temas internacionais?
Samuel Pinheiro Guimarães: Lula tinha uma enorme experiência diplomática anterior ao governo. Tinha feito mais de 120 viagens e o primeiro chefe de governo estrangeiro que conheceu, o alemão Helmut Schmidt, pediu para vê-lo em sua casa. Conhecia vários deles antes que fossem líderes. Muitas vezes disse que era extraordinário a América do Sul ter chegado ao ponto de ter um operário presidente do Brasil e um indígena na Bolívia. Ao mesmo tempo, no início de seu governo, posicionou-se contra a guerra do Iraque.
Página/12: O cargo de Alto Representante do Mercosul não existia.
Samuel Pinheiro Guimarães: Não, e agradeço não só ao meu país que me propôs esse posto, mas a todos aqueles que aprovaram minha nomeação, entre eles a Argentina.
Página/12: As funções de Alto Representante são novas.
Samuel Pinheiro Guimarães: Sim. Tenho amplas funções dentro do bloco e também fora, certamente que seguindo as decisões políticas dos presidentes.
Página/12: O Mercosul goza de boa saúde?
Samuel Pinheiro Guimarães: O comércio se ampliou de maneira muito significativa. As taxas de crescimento são altas. Cresceram os investimentos. Ao mesmo tempo, a cooperação política se traduz em reuniões periódicas dos presidentes. Em certos países, há muitas críticas. No Brasil mais que na Argentina, sobretudo se há alguma diferença comercial. Há muito que melhorar do ponto de vista da imagem do Mercosul.
Página/12: Em que isso melhora a vida do cidadão comum?
Samuel Pinheiro Guimarães: A primeira coisa é o emprego. Se há exportação é porque se produziu antes e se criaram postos de trabalho. Nossos países exportam muitos produtos manufaturados aos países sócios do Mercosul. Isso aumenta a escala produtiva e reduz os custos de produção. Os empresários ganham mais e os trabalhadores têm mais e melhores empregos. E a competitividade é maior, comparada a de outros países. Politicamente, aumenta a compreensão mútua entre os países.
Página/12: O ingresso da Venezuela depende só da ratificação do Senado paraguaio.
Samuel Pinheiro Guimarães: Sim. Essa é uma questão política interna do Paraguai. É uma questão de tempo. Antes, a Venezuela era um país que não tinha sequer agricultura. Dependia de uma única matéria prima, o petróleo, que, além disso, era explorado pelos Estados Unidos para os Estados Unidos. É um país riquíssimo, com minerais e energia. Decide reorientar sua política para o Sul com o objetivo de incrementar o desenvolvimento do país. Assim, converteu-se em um mercado potencial importante.
Página/12: Em energia?
Samuel Pinheiro Guimarães: Depois da Arábia Saudita, que é o primeiro produtor, a Venezuela está entre os cinco ou seis principais produtores de petróleo do mundo. Quer diversificar suas exportações.
Página/12: O ingresso da Venezuela no Mercosul traz alguma dificuldade?
Samuel Pinheiro Guimarães: Pelo contrário. O país já vem participando do bloco e traz uma vocação integracionista forte.
Página/12: Como se administra o equilíbrio entre o desenvolvimento e a competição entre as empresas dos quatro países?
Samuel Pinheiro Guimarães: Vivemos em um sistema capitalista. Isso implica a competição entre as empresas que, às vezes, significa baixa de custos e maior tecnologia. Mas não falamos de regimes capitalistas puros e sim de capitalismos reais. Quer maior intervenção que o salvamento que os países centrais fizeram com seus bancos? Ou por acaso os bancos quebraram e o Bank of America se converteu no Bank of Shangai?
Página/12: Como avalia as relações entre a América do Sul e os Estados Unidos?
Samuel Pinheiro Guimarães: Ela varia de país para país.
Página/12: Então restrinjamos a pergunta e falemos de Mercosul.
Samuel Pinheiro Guimarães: Não resolve, mas facilita. Não vejo conflitos. Claro, levemos em conta que os Estados Unidos são, por enquanto, a primeira economia mundial, mas a diferença militar é enorme: cinco mil ogivas nucleares contra 200 da China.
Página/12: Como devemos nos posicionar frente a essa influência?
Samuel Pinheiro Guimarães: A influência das multinacionais estadunidenses no Brasil e na Argentina é um fato. E não há restrições. No passado, o Brasil, por exemplo, aplicou normas para que os investidores tivessem que usar insumos nacionais, peças de automóveis por exemplo. A influência estadunidense em termos de livros, televisão, cinema é acachapante. É um tema industrial, cultural e ideológico. Por isso, os Estados não têm que restringir a empresa estrangeira, mas sim estimular os conteúdos locais, sobretudo na área audiovisual, que é o terreno da divulgação. Inclusive da divulgação do Mercosul e da cultura de cada país. Ao invés de hegemonia cultural, diversificação.
Página/12: Ninguém deve ser dominante?
Samuel Pinheiro Guimarães: Não.
Página/12: Qual a vantagem de diversificar?
Samuel Pinheiro Guimarães: Como é a vida? Diretamente sabemos pouco. O restante conhecemos por meio de algum relato. Bem: diversifiquemos os relatos.
Tradução: Katarina Peixoto/Carta Maior
http://planobrasil.com/2011/05/29/samue ... -imperios/
Samuel Pinheiro Guimarães
Contra o estereótipo que vê o Brasil atual como um império, o ex-ministro de Lula e alto representante do Mercosul, Samuel Pinheiro Guimarães, disse ao jornal argentino Página/12 que a realidade é outra: o país pensa em associar-se e cooperar com seus dez vizinhos e com outros países em desenvolvimento. “Temos interesses em comum com os países mais pobres, os países em desenvolvimento, para mudar as regras do mundo. A crise que vivemos mostrou a falência dos modelos neoliberais tanto em nossos países como nos desenvolvidos. As regras financeiras devem permitir espaço para os desenvolvimentos nacionais”.
Martin Granovsky – Página/12
Quando Brasil e Argentina começaram a cooperar com força, no início do processo de redemocratização, Samuel Pinheiro Guimarães já figurava entre os mais ativos. Em novembro passado, os presidentes dos quatro países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) criaram o cargo de alto representante do bloco, deram-lhe funções de construção e negociação e as atribuíram a ele por unanimidade.
Pinheiro Guimarães exibiu seu perfeito espanhol na primeira viagem a Buenos Aires como alto representante. Prometeu visitar cada país seguidamente. Oucpado em ampliar o Mercosul para além do que chamou com ironia “uma burocracia cartesiana”, conversou com o chanceler Héctor Timerman e até teve tempo para reunir-se com um colega: Carlos Piñeiro Iñiguez, ex-embaixador no Equador que acaba de assumir o Instituto do Serviço Exterior da Nação. Por convite de Piñeiro, Pinheiro inclusive de uma aula de uma hora para os futuros diplomatas que cursam o Instituto.
Página/12: É verdade que o Brasil tem uma ideia imperial de diplomacia ou isso é um mito?
Samuel Pinheiro Guimarães: (Ri.) Não. O Brasil tem um interesse muito forte no desenvolvimento de toda a região apesar das assimetrias entre os distintos países. Não é um império, não quer sê-lo nem quer repetir os erros dos impérios. Ao contrário. Acredita em associar-se, em cooperar, em reformar um sistema internacional que se caracteriza, a meu juízo, pela convivência de potências centrais e de ex-colônias, como nós. Temos interesses em comum com os países mais pobres, os países em desenvolvimento, para mudar as regras do mundo.
Página/12: O que seria preciso mudar?
Samuel Pinheiro Guimarães: A crise que vivemos mostrou a falência dos modelos neoliberais tanto em nossos países como nos desenvolvidos. As regras financeiras devem permitir espaço para os desenvolvimentos nacionais, e o mesmo deve acontecer com as regras sobre comércio e meio ambiente. Na Rodada de Doha, foi a primeira vez que os países em desenvolvimento tiveram uma posição firme e não aceitaram o cardápio tal como lhes foi apresentado.
Página/12: Se tomamos como dado o afeto e a irmandade, por que convém ao Brasil uma relação de cooperação com os vizinhos?
Samuel Pinheiro Guimarães: Temos muitos vizinhos. Se não contamos os Estados Unidos, que acreditam ter 191 vizinhos, estamos logo depois da China e da Rússia. Eles têm 14. Nós temos 10. Com esse número tão grande, está claro que é melhor ter vizinhos estáveis, em boas condições e em paz. Ninguém quer vizinhos turbulentos e pobres, não?
Integrações
Pinheiro Guimarães ficou à vontade no ISEN. Vice-chanceler e depois ministro de Assuntos Estratégicos de Lula, foi o modernizador do Instituto Rio Branco, do Itamaraty. Em sua conversa com os alunos do ISEN, argumentou que é ingênuo querer integrar-se ao mundo sem fazer parte de um bloco. Disse que, em termos comerciais, uma parte da América Latina já optou por acordos de livre comércio com os Estados Unidos: países da América Central, Chile, Peru, Colômbia. “Nós não quisemos a ALCA, em 2005, não somente por razões comerciais”, observou. “A ALCA era uma política econômica completa, que envolvia comércio, investimentos, negócios e propriedade intelectual”.
Indagado sobre a existência de choques entre o Mercosul e a Unasul, negou. “A Unasul é um modo de manter próximos países que, comercialmente, optaram por outras políticas. É bom que todos integremos o Conselho Sulamericano de Defesa. Para mim é motivo de suspeitas quando alguém recomenda que não devemos nos preocupar com nossa defesa, que outro país vai se ocupar disso. Somos pacíficos, mas não temos por que ficar desarmados enquanto outros têm armas e as desenvolvem e quando sabemos também que a indústria militar é chave para o desenvolvimento tecnológico.
Também foi taxativo quando um aluno perguntou-lhe se o Brasil, como parte dos Estados em desenvolvimento intermediário do mundo, não teria subido de posição. “Os que dizem isso querem que abandonemos nossas políticas”, analisou. “Avançamos extraordinariamente, mas no Brasil ainda há 60 milhões de pessoas em situação de pobreza. Uma Argentina e meia. Não, não subimos de posição. Seguimos trabalhando para isso”, disse o diplomata que sempre se sentiu confortável com Lula.
Lula, síntese
Página/12: Como foi ter Lula como chefe?
Samuel Pinheiro Guimarães: Uma experiência extraordinária. O próprio Lula é uma síntese da maioria dos brasileiros. Ele vem do Nordeste. Seu pai era uma pessoa muito violenta. Abandonou a família. Lula saiu do Nordeste para a periferia de São Paulo, com sua mãe e irmãos. Foi vítima de um acidente de trabalho. Sua primeira mulher perdeu a vida em um hospital. É trabalhador. Passou fome. Fez greve. Quando fala de uma inundação sabe do que fala. Viveu isso. Quando fala de greves ou desemprego, sabe do que se trata. Quando fala de discriminação, também. Por isso sua preocupação não é acadêmica. Ele viveu tudo isso.
Página/12: E como enfocava os temas internacionais?
Samuel Pinheiro Guimarães: Lula tinha uma enorme experiência diplomática anterior ao governo. Tinha feito mais de 120 viagens e o primeiro chefe de governo estrangeiro que conheceu, o alemão Helmut Schmidt, pediu para vê-lo em sua casa. Conhecia vários deles antes que fossem líderes. Muitas vezes disse que era extraordinário a América do Sul ter chegado ao ponto de ter um operário presidente do Brasil e um indígena na Bolívia. Ao mesmo tempo, no início de seu governo, posicionou-se contra a guerra do Iraque.
Página/12: O cargo de Alto Representante do Mercosul não existia.
Samuel Pinheiro Guimarães: Não, e agradeço não só ao meu país que me propôs esse posto, mas a todos aqueles que aprovaram minha nomeação, entre eles a Argentina.
Página/12: As funções de Alto Representante são novas.
Samuel Pinheiro Guimarães: Sim. Tenho amplas funções dentro do bloco e também fora, certamente que seguindo as decisões políticas dos presidentes.
Página/12: O Mercosul goza de boa saúde?
Samuel Pinheiro Guimarães: O comércio se ampliou de maneira muito significativa. As taxas de crescimento são altas. Cresceram os investimentos. Ao mesmo tempo, a cooperação política se traduz em reuniões periódicas dos presidentes. Em certos países, há muitas críticas. No Brasil mais que na Argentina, sobretudo se há alguma diferença comercial. Há muito que melhorar do ponto de vista da imagem do Mercosul.
Página/12: Em que isso melhora a vida do cidadão comum?
Samuel Pinheiro Guimarães: A primeira coisa é o emprego. Se há exportação é porque se produziu antes e se criaram postos de trabalho. Nossos países exportam muitos produtos manufaturados aos países sócios do Mercosul. Isso aumenta a escala produtiva e reduz os custos de produção. Os empresários ganham mais e os trabalhadores têm mais e melhores empregos. E a competitividade é maior, comparada a de outros países. Politicamente, aumenta a compreensão mútua entre os países.
Página/12: O ingresso da Venezuela depende só da ratificação do Senado paraguaio.
Samuel Pinheiro Guimarães: Sim. Essa é uma questão política interna do Paraguai. É uma questão de tempo. Antes, a Venezuela era um país que não tinha sequer agricultura. Dependia de uma única matéria prima, o petróleo, que, além disso, era explorado pelos Estados Unidos para os Estados Unidos. É um país riquíssimo, com minerais e energia. Decide reorientar sua política para o Sul com o objetivo de incrementar o desenvolvimento do país. Assim, converteu-se em um mercado potencial importante.
Página/12: Em energia?
Samuel Pinheiro Guimarães: Depois da Arábia Saudita, que é o primeiro produtor, a Venezuela está entre os cinco ou seis principais produtores de petróleo do mundo. Quer diversificar suas exportações.
Página/12: O ingresso da Venezuela no Mercosul traz alguma dificuldade?
Samuel Pinheiro Guimarães: Pelo contrário. O país já vem participando do bloco e traz uma vocação integracionista forte.
Página/12: Como se administra o equilíbrio entre o desenvolvimento e a competição entre as empresas dos quatro países?
Samuel Pinheiro Guimarães: Vivemos em um sistema capitalista. Isso implica a competição entre as empresas que, às vezes, significa baixa de custos e maior tecnologia. Mas não falamos de regimes capitalistas puros e sim de capitalismos reais. Quer maior intervenção que o salvamento que os países centrais fizeram com seus bancos? Ou por acaso os bancos quebraram e o Bank of America se converteu no Bank of Shangai?
Página/12: Como avalia as relações entre a América do Sul e os Estados Unidos?
Samuel Pinheiro Guimarães: Ela varia de país para país.
Página/12: Então restrinjamos a pergunta e falemos de Mercosul.
Samuel Pinheiro Guimarães: Não resolve, mas facilita. Não vejo conflitos. Claro, levemos em conta que os Estados Unidos são, por enquanto, a primeira economia mundial, mas a diferença militar é enorme: cinco mil ogivas nucleares contra 200 da China.
Página/12: Como devemos nos posicionar frente a essa influência?
Samuel Pinheiro Guimarães: A influência das multinacionais estadunidenses no Brasil e na Argentina é um fato. E não há restrições. No passado, o Brasil, por exemplo, aplicou normas para que os investidores tivessem que usar insumos nacionais, peças de automóveis por exemplo. A influência estadunidense em termos de livros, televisão, cinema é acachapante. É um tema industrial, cultural e ideológico. Por isso, os Estados não têm que restringir a empresa estrangeira, mas sim estimular os conteúdos locais, sobretudo na área audiovisual, que é o terreno da divulgação. Inclusive da divulgação do Mercosul e da cultura de cada país. Ao invés de hegemonia cultural, diversificação.
Página/12: Ninguém deve ser dominante?
Samuel Pinheiro Guimarães: Não.
Página/12: Qual a vantagem de diversificar?
Samuel Pinheiro Guimarães: Como é a vida? Diretamente sabemos pouco. O restante conhecemos por meio de algum relato. Bem: diversifiquemos os relatos.
Tradução: Katarina Peixoto/Carta Maior
http://planobrasil.com/2011/05/29/samue ... -imperios/
Re: GEOPOLÍTICA
A África tem sede de Brasil
Celso Amorim
28 de maio de 2011 às 9:39h
Escrevo este artigo no dia dedicado à celebração do continente africano. E faço isso com muita alegria, por constatar, pela leitura do discurso pronunciado pelo ministro Antonio Patriota na cerimônia com que o Itamaraty marcou a efeméride, que os conceitos e princípios que se desenvolveram durante o governo do presidente Lula continuam a presidir a política africana de Dilma Rousseff. Patriota deu, ele próprio, os dados que ilustram o vertiginoso crescimento das nossas relações com o continente africano durante os últimos oito anos.
A África sempre esteve no imaginário da política externa brasileira, embora nem sempre de forma coerente ou consequente. Durante a ditadura, o Brasil foi lento em dar apoio aos movimentos de libertação das antigas colônias portuguesas. Graças à visão de dois homens, Ovídio Melo e Italo Zappa, nos redimimos em parte desse pecado ao agirmos de forma pioneira e corajosa reconhecendo o governo do MPLA em Angola.
Na primeira viagem que fiz à Africa durante o governo Lula, visitei sete países, seguindo a orientação do presidente, mas instigado também por uma cobrança de minha mulher, que, ao me ouvir relatar iniciativas quanto à Venezuela, Mercosul etc., me interpelou: “E pela África vocês não estão fazendo nada?” Isso foi em abril de 2003, quando decidíamos nossas prioridades e refazíamos nossas agendas, dominadas então por temas impostos de fora, como a Alca.
Desde aquela primeira visita, observei a realidade que inspirou o título deste artigo: “A África tem sede de Brasil”. De Moçambique a Namíbia, de Gana a São Tomé e Príncipe, cada um a seu modo e de acordo com suas características e dimensões, veem no Brasil um modelo a ser seguido. Lula revelou-se o mais africano dos presidentes. Pediu perdão pelos crimes da escravidão, visitou mais de duas dezenas de países e abriu caminho para ações de cooperação e negócios. Essa determinação em não deixar que a África escapasse do radar das nossas prioridades provocou muitas críticas da nossa mídia ocidentocêntrica (o leitor perdoará o barbarismo), que só arrefeceram quando o presidente chinês visitou sete ou oito países em mais ou menos 12 dias. Aí os nossos “especialistas” passaram a dizer que a nossa ação era insuficiente…
Uma agência de notícias publicou, a propósito, em fevereiro um excelente artigo comparativo entre as ações do Brasil e da China na África. Em suma, o Brasil ganha na empatia e no jeitinho (no bom sentido), mas perde de longe nos recursos investidos. E para quem nunca se deu ao trabalho de olhar, além do interesse comercial (a África seria hoje, tomada como país individual, o nosso quarto parceiro comercial, à frente do Japão e da Alemanha), o continente africano é um vizinho muito próximo com o qual temos interesses estratégicos. A distância do Recife ou de Natal a Dacar é menor que a dessas cidades a Porto Velho ou Rio Branco. Nossa zona marítima exclusiva praticamente toca aquela de Cabo Verde. Isso sem falar no enorme benefício que uma maior relação com o Brasil traria para a África, contribuindo para afastar a sombra do colonialismo renascente, agora movido não só por capitais, mas por tanques e helicópteros de combate.
Tive recentemente o privilégio de passar quatro semanas na Kennedy School of Government, em Harvard. Como já comentei em outro artigo, pude observar aí a preocupação (quase obsessão) com temas relacionados com a segurança, até certo ponto compreensível em um país envolvido em duas guerras (ou três, se incluirmos a Líbia, como devemos fazer) e perplexo diante das mudanças que têm ocorrido fora do script inicialmente traçado para a implantação da democracia de fora para dentro e por força das armas.
Houve também oportunidades para conversas sobre temas mais amenos, mas igualmente importantes, com professores provenientes dos mais diversos recantos do planeta. Uma delas foi com o queniano Calestou Juma, que ocupou cargos internacionais na área ambiental e que publicou há pouco um livro sobre agricultura africana. Juma completou seus estudos de doutorado no Brasil, em Piracicaba, atraído pela noção de que o nosso país é um modelo a ser seguido. Não sou técnico em temas agrícolas, mas pude relatar a Juma algumas de nossas iniciativas nesse campo, como o escritório da Embrapa, em Gana, e a experiência pioneira de uma fazenda-modelo de algodão no Mali, que visa a beneficiar alguns dos países mais pobres do mundo. Foi de Juma (a leitura de cujo CV na Wikipédia recomendo aos interessados em aprimorar nossa cooperação com os vizinhos de além-mar) que ouvi a melhor formulação do que o Brasil significa para as esperanças de desenvolvimento da África: “Para cada problema africano existe uma solução brasileira”. Se a nossa agência de cooperação estivesse em busca de um slogan, não haveria melhor. Pagando direito autoral, é claro.
http://www.cartacapital.com.br/politica ... -de-brasil
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Re: GEOPOLÍTICA
China age para vetar o Brasil no Conselho de Segurança da ONU
A China, o mais poderoso país do Brics, grupo que o Brasil integra, ampliou ofensiva diplomática contra tentativas de ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, uma das reivindicações da política externa brasileira. O Valor apurou que o governo chinês tenta agora torpedear um projeto de resolução que o G-4 – Brasil, Índia, Alemanha e Japão, todos candidatos a um assento permanente no Conselho de Segurança – planeja apresentar em breve à Assembleia Geral da ONU.
O projeto, que tem 71 apoios firmes, procura fazer com que a Assembleia sancione a necessidade de expandir as duas categorias de membros do Conselho de Segurança, os permanentes e os não permanentes. É uma tentativa de dar fôlego politico à discussão e obter o reconhecimento de que o mundo mudou e que as mudanças têm de ser incorporadas na estrutura das instituições de governança global.
O governo chinês mandou seus representantes advertirem as delegações diplomáticas africanas na sede da ONU, em Nova York, a não apoiarem nenhuma resolução por reforma do Conselho de Segurança. Para ter a certeza de que a mensagem foi bem recebida, Pequim também despachou emissários a capitais na África.
Nos círculos do G-8, dos países industrializados, fontes confirmaram também a existência de um telegrama diplomático atribuído à missão americana na ONU, que teria sido divulgado pelo Wikileaks, relatando antiga demanda da China para os Estados Unidos não levarem adiante uma reforma na organização.
No plano bilateral, Pequim tem dito ao Brasil que no momento adequado não vai complicar o pleito brasileiro. No entanto, o sentimento é de que os chineses fazem tudo para que esse momento nunca chegue.
A pressão chinesa visa bloquear a entrada do Japão e garantir para si a posição de único emergente com assento permanente no Conselho, o que lhe dá a aura de representante dos países em desenvolvimento. Se entram Brasil e Índia, os chineses tem reduzido seu poder.
A China não tem sido especialmente solidária com os países em desenvolvimento na cena multilateral. Na reforma das quotas para dar mais poder aos emergentes no Fundo Monetário Internacional, em 2010, Pequim não ajudou o Brasil a lutar por um resultado mais amplo e equilibrado. Agora, tampouco quer brigar por um representante emergente para dirigir o Fundo, preferindo apostar na conquista para um chinês do cargo de número dois.
FONTE: Jornal Valor / Blog Forte
Re: GEOPOLÍTICA
A questão ai não tem relação com o Brasil (o nobre jornalista que produziu a nota tem visão obtusa sobre o assunto), a questão são Índia e Japão. Com isso, afeta-nos.
Elementar meu caro Watson!
[]'s a todos.
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Re: GEOPOLÍTICA
Muda o tempo, o comportamento dos países e de suas corporações tende a um padrão conhecido, seja explicito ou implícito: busca da hegemonia, domínio, monopólio.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: GEOPOLÍTICA
Acho que, culturalmente, a raiva chinesa aos japoneses quanto a Segunda Guerra vai perdurar por mais algumas décadas. Brasil no CS? Só quando ele perder importância pras potências.
Até lá, acho que temos que lutar pra aumentar nossa força econômica e tecnológica.
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Re: GEOPOLÍTICA
Petrovski escreveu:Acho que, culturalmente, a raiva chinesa aos japoneses quanto a Segunda Guerra vai perdurar por mais algumas décadas. Brasil no CS? Só quando ele perder importância pras potências.
Até lá, acho que temos que lutar pra aumentar nossa força econômica e tecnológica.
Concordo totalmente. O tempo que se perdeu (Governo) falando deste CS daria para desenvolver alguns itens estratégicos para nossa soberania. Fui
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Re: GEOPOLÍTICA
Duro recado chileno....
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terra.com.br
Chile alerta Bolívia que está pronto para defender soberania
31 de maio de 2011
O Chile advertiu à Bolívia na segunda-feira que suas Forças Armadas estão preparadas para defender a soberania do país, depois que o governo boliviano manifestou sua intenção de buscar uma entidade internacional para iniciar uma negociação para conseguir uma saída para o mar.
O ministro da Defesa chileno, Andrés Allamand, disse que seu país está de olho nas pretensões do presidente boliviano, Evo Morales, que citou recentemente diversas resoluções da Organização dos Estados Americanos (OEA) que afirmam, desde 1979, que a exigência marítima da Bolívia é de interesse continental.
"Quero mostrar que os cidadãos e os chilenos, em particular, devem encarar estas iniciativas bolivianas com total tranquilidade", assegurou o ministro de Defesa chileno.
Falando na capital chilena, Santiago, o ministro afirmou que essa discussão já foi resolvida por um tratado em 1904, que delimitou as fronteiras atuais entre os dois países, após uma guerra em 1879, na qual a Bolívia perdeu parte de seu território, incluindo seu acesso soberano ao mar.
"(O Chile) é um país que tem do seu lado todo o amparo do direito internacional e, por último, tem Forças Armadas prestigiadas, profissionais e preparadas, que estão em condições de defender os tratados internacionais e proteger adequadamente a soberania e a integridade territorial", afirmou Allamand.
Alguns dias atrás, Morales pediu para que o Chile apresente uma proposta concreta baseada nas resoluções da OEA para iniciar formalmente um processo de negociação, já que, pelo contrário, advertiu, apresentará "oportunamente" uma demanda no Tribunal de Haia.
Os dois países não têm relações diplomáticas desde 1978, quando uma negociação sobre a reivindicação boliviana pelo acesso marítimo fracassou.
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Chile alerta Bolívia que está pronto para defender soberania
31 de maio de 2011
O Chile advertiu à Bolívia na segunda-feira que suas Forças Armadas estão preparadas para defender a soberania do país, depois que o governo boliviano manifestou sua intenção de buscar uma entidade internacional para iniciar uma negociação para conseguir uma saída para o mar.
O ministro da Defesa chileno, Andrés Allamand, disse que seu país está de olho nas pretensões do presidente boliviano, Evo Morales, que citou recentemente diversas resoluções da Organização dos Estados Americanos (OEA) que afirmam, desde 1979, que a exigência marítima da Bolívia é de interesse continental.
"Quero mostrar que os cidadãos e os chilenos, em particular, devem encarar estas iniciativas bolivianas com total tranquilidade", assegurou o ministro de Defesa chileno.
Falando na capital chilena, Santiago, o ministro afirmou que essa discussão já foi resolvida por um tratado em 1904, que delimitou as fronteiras atuais entre os dois países, após uma guerra em 1879, na qual a Bolívia perdeu parte de seu território, incluindo seu acesso soberano ao mar.
"(O Chile) é um país que tem do seu lado todo o amparo do direito internacional e, por último, tem Forças Armadas prestigiadas, profissionais e preparadas, que estão em condições de defender os tratados internacionais e proteger adequadamente a soberania e a integridade territorial", afirmou Allamand.
Alguns dias atrás, Morales pediu para que o Chile apresente uma proposta concreta baseada nas resoluções da OEA para iniciar formalmente um processo de negociação, já que, pelo contrário, advertiu, apresentará "oportunamente" uma demanda no Tribunal de Haia.
Os dois países não têm relações diplomáticas desde 1978, quando uma negociação sobre a reivindicação boliviana pelo acesso marítimo fracassou.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.