GEOPOLÍTICA

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Re: GEOPOLÍTICA

#3886 Mensagem por FOXTROT » Dom Mai 22, 2011 12:38 pm

Sterrius escreveu:Bem flash, se formos olhar pelo nosso lado muita gente quer mais que essa base exista.

No local onde está (Extremo norte da venezuela) ela nao ameaça o brasil e mal ameaça a colombia tb, (So roraima e a area que nao tem nada do amazonas, nada que os aviões venezuelanos ja nao ameacem), com apenas 2000km de alcance.

Ainda sim é a desculpa perfeita que muitos querem pra reativar o rearmamento de vez.
Perfeito amigo é bem isso!

O problema é dos yanques que terão uma ameaça crível bem pertinho, Chaves já deve ter comprado os S-300, ou sua base de mísseis não passa de um grande alvo.

Saudações




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Re: GEOPOLÍTICA

#3887 Mensagem por Quiron » Dom Mai 22, 2011 1:30 pm

Paquistão dando mais um passo em direção aos chineses:
Pakistan asks Beijing to help build naval base

by Staff Writers
Islamabad (AFP) May 22, 2011

Pakistan wants China to build a naval base at a deep-sea port in southwestern Baluchistan province, its defence minister said Sunday, while also inferring that Washington was a fair weather friend.
Ahmad Mukhtar, who accompanied Prime Minister Yousuf Raza Gilani during a recent visit to China, said the request was made during the trip, when Pakistan thanked Beijing for constructing Gwader Port, on the Arabian Sea.

"However, we would be more grateful to the Chinese government if a naval base was being constructed at the site of Gwader for Pakistan," Mukhtar said in a statement.

The deep-sea port was around 75 percent financed by China, which Pakistan has been trying to draw in as a strategic partner, especially since the discovery and US killing on May 2 of Osama bin Laden north of Islamabad.

The commando raid rattled US-Pakistan relations, with American politicians angered at how the Al-Qaeda leader had managed to conceal that he was living barely two hours drive from the Pakistani capital.

Gilani and his Chinese counterpart Wen Jiabao have both made a point of lauding mutual ties, just as Pakistan finds itself under pressure about whether its security services knew where bin Laden was.

"China is an all-weather friend and the closest ally of Pakistan, and it could be judged from the fact that in which ever sectors Pakistan requested assistance during P.M's recent visit to China, they immediately agreed with Pakistan," the defence minister's statement said.

India, however, has voiced "serious concern" about defence ties between China and Pakistan and said it would need to bolster its own military capabilities in response.

New Delhi's comments follow reports that China plans to accelerate supply of 50 new JF-17 Thunder multi-role combat jets to Pakistan.

Pakistan also last week opened a nuclear power plant in central Punjab province with Chinese help and said Beijing had been contracted to construct two more reactors.

http://www.spacewar.com/reports/Pakista ... e_999.html
Pelo jeito a China está se tornando uma alternativa concreta de apoio político/militar para nações ao redor do globo que não queiram rezar a cartilha escrita por nossos delirantes líderes ocidentais. Quando o poderio militar chinês for razoável, a coisa vai começar a pegar.




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Re: GEOPOLÍTICA

#3888 Mensagem por Rock n Roll » Dom Mai 22, 2011 11:41 pm

FOXTROT escreveu:
Sterrius escreveu:Bem flash, se formos olhar pelo nosso lado muita gente quer mais que essa base exista.

No local onde está (Extremo norte da venezuela) ela nao ameaça o brasil e mal ameaça a colombia tb, (So roraima e a area que nao tem nada do amazonas, nada que os aviões venezuelanos ja nao ameacem), com apenas 2000km de alcance.

Ainda sim é a desculpa perfeita que muitos querem pra reativar o rearmamento de vez.
Perfeito amigo é bem isso!

O problema é dos yanques que terão uma ameaça crível bem pertinho, Chaves já deve ter comprado os S-300, ou sua base de mísseis não passa de um grande alvo.

Saudações

Prezados
Trocentas páginas atrás, quando postei que os laptops apreendidos na operação que livrou o mundo de Reyes dentro do Equador, deixaram muitos defensores da democracia ( a deles que é stalinista é claro) e financiadores de campanha com as calças na mão, me chamaram de tudo e mais alguma coisa. Tem muita gente da Situação que parte pro tarja preta quando se lembram que estes computadores foram decodificados pelos "primos do norte", com uma lambuja de informação para a Colômbia. Não podemos esquecer que era época de campanha deslanchando, e Chavez de boquirroto virou moita de repente.
Alguns pratos são comidos gelados.
Na hora propícia a conexão FARC/Chavez/Iran vai pro ventilador... Junto com financiamentos de campanha por aí...
Mais tempo menos tempo...
Sinto falta do Raul Seixas... Dizia ele "queria ter nascido burro, só assim não sofria tanto...".
Pois é...
Estou aqui dando vazão às minhas elucubrações delirantes no más...


Estou meio sumido, mas não desaparecido...




Santa é a guerra, e sagradas são as armas para aqueles que somente nelas podem confiar.
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Re: GEOPOLÍTICA

#3889 Mensagem por Junker » Qua Mai 25, 2011 1:14 pm

Emergentes não ameaçam liderança de EUA e Europa, diz Obama
25 de maio de 2011 13h02


O presidente americano, Barack Obama, rejeitou nesta quarta-feira em Londres a ideia de que as potências emergentes como China, Índia ou Brasil causarão "um declínio" inevitável da influência da Europa e dos Estados Unidos. Destacando o crescimento econômico de países "como China, Índia e Brasil", Obama ressaltou que virou "moda perguntar se o crescimento destes países será acompanhado por um declínio da influência americana e europeia no mundo".

"Algumas vezes, com este argumento dizem que estes países representam o futuro e que nossa liderança acabou. Este argumento é errôneo", disse Obama em um discurso pronunciado ante as duas câmaras do Parlamento britânico, reunidas excepcionalmente e pela primeira vez para um presidente americano.

AFP




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Re: GEOPOLÍTICA

#3890 Mensagem por Penguin » Qua Mai 25, 2011 5:07 pm

InfoRel
25/05

TRATADO CONSTITUTIVO
UNASUL celebra três anos sem ratificação do Brasil

Nesta terça-feira, 24, a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL), completou três anos
desde que o Brasil apresentou proposta para a sua criação. O Tratado Constitutivo entrou em vigor no
dia 11 de março depois que nove dos 12 países membros ratificaram o acordo. Curiosamente, o Brasil é
um dos países que sequer concluiu a apreciação do Tratado na Câmara dos Deputados.
Apesar da maioria que possui no Congresso, o governo não parece sensibilizado e não trata a
UNASUL como prioridade. O Paraguai é outro que não ratificou o documento. Na semana passada, a
Secretária-Geral da UNASUL, a colombiana María Emma Mejía, tomou posse formalmente no cargo.
No entanto, nenhuma dessas duas datas mereceu sequer uma manifestação do bloco. Em
Brasília, o Itamaraty ignorou completamente as datas. Já em Buenos Aires, foi inaugurado nesta terçafeira, o Centro de Estudos Estratégicos de Defesa. Em Paris, foi realizada homenagem ao ex-SecretarioGeral Nestor Kirchner, num evento que contou com a presença de vários embaixadores sul-americanos.
María Emma Mejía prefere valorizar o bloco e garante que em 2022, a América do Sul será outra,
com vias inter-oceânicas, comunicações por satélites e intercâmbio energético. No dia 23 de maio de
2008, representantes de 12 países assinaram o documento que dava início a criação do bloco. O objetivo
era construir um espaço de integração e união cultural, social, econômica e política.
O bloco é presidido atualmente pela Guiana e além dos países da região, tem México e Panamá
como observadores. Desde então, foram criados o Conselho de Defesa Sul-Americano e o Conselho de
Saúde. O bloco também condenou o Golpe de Estado em Honduras e participou nas esferas diplomática
e econômica, com o auxílio ao Haiti e Chile, vítimas de dois terremotos.




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Re: GEOPOLÍTICA

#3891 Mensagem por Penguin » Qua Mai 25, 2011 5:19 pm

Junker escreveu:
Emergentes não ameaçam liderança de EUA e Europa, diz Obama
25 de maio de 2011 13h02


O presidente americano, Barack Obama, rejeitou nesta quarta-feira em Londres a ideia de que as potências emergentes como China, Índia ou Brasil causarão "um declínio" inevitável da influência da Europa e dos Estados Unidos. Destacando o crescimento econômico de países "como China, Índia e Brasil", Obama ressaltou que virou "moda perguntar se o crescimento destes países será acompanhado por um declínio da influência americana e europeia no mundo".

"Algumas vezes, com este argumento dizem que estes países representam o futuro e que nossa liderança acabou. Este argumento é errôneo", disse Obama em um discurso pronunciado ante as duas câmaras do Parlamento britânico, reunidas excepcionalmente e pela primeira vez para um presidente americano.

AFP
O fator demográfico é muitas vezes ignorado. No longo prazo, seus efeitos tem conseqüências.
Demography
...isn't destiny, one hopes
Good and bad news from the UN’s population projections
May 12th 2011 | from the print edition
http://www.economist.com/node/18681806? ... d=18681806

IT IS spring and 100 censuses are in bloom. China, India and America all reported their 2010 results recently. Census-takers are in the field in Germany and Britain. These provide snapshots of current populations. Just as useful are demographic forecasts. These, too, have just appeared, from the United Nations’ population division. Every two years, it updates its projections. For the first time, it has projected them as far ahead as 2100.

According to the UN, the world’s population will surpass 7 billion at the end of October, a few months earlier than had been expected. The global total will continue to rise slowly until 2100, when it will flatten out at 10.1 billion. During the period of fastest growth, in the late 1980s, the world’s population was rising by over 88m a year. Now annual growth is down to 75m and by 2050 it will be only 40m.

The engine of demographic change is fertility—the number of children a woman can expect to have, on average, during her lifetime. Fertility rates have been declining everywhere. This is why in previous projections the UN assumed fertility rates in all countries would eventually fall to 1.85. In 2008 it forecast that, by 2050, 111 nations would have rates between 1.85 and 2.1, the so-called “replacement rate” at which the population exactly reproduces itself.

Imagem

The new projection uses a different method of calculating future rates, which takes better account of local trends. The UN now assumes more countries than before will be stuck either with high or persistently low fertility, reflecting, in part, the so-called “pause” in declining fertility taking place in Africa. As a result, the UN now says only 51 countries will have fertility rates between 1.85 and 2.1 by 2050.

This change does not affect global figures but has big implications for national ones. Today Nigeria is the world’s seventh most populous country, with 158m people. If its fertility declines by no more than the UN assumes, by 2100 it will be the world’s third-largest nation, with 730m people—the current population of Europe (see table). Rwanda’s population would rise fourfold, to 42m, giving it a density five times that of Japan. China’s population would fall by a staggering 450m from its peak in 2025, to 941m.

Some of these projections are incredible: they are warnings as much as predictions. Still, the general picture is probably right. Sub-Saharan Africa is by far the fastest-growing part of the world. Little larger than Europe or Latin America today, it will be bigger than either by the end of the century, and much more than half the size of Asia (it is now only a fifth). The consequences could be severe. The Sahel would be turned into a desert by the soaring population of west Africa. China’s dependency ratio—the number of children and old people as a share of working-age adults—is rising faster than Europe’s, which will surely require scrapping the one-child policy. And China and India will be riven by conflict if the sexual discrepancies the UN projects come to pass. In 2025 China will have 96m men in their 20s but only 80m women. India will have 126m men in that age group and just 115m women.

Overall, the world’s population is increasingly stable. Below the surface, strains are growing.




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Re: GEOPOLÍTICA

#3892 Mensagem por Sterrius » Qua Mai 25, 2011 8:48 pm

Esse grafico leva em conta que nada será feito pra aumentar a fertilidade. (Campanhas para ter filho etc). E pelo visto tb ignora imigração.

Basta que o país mantenha 1.85 filhos que a imigração da conta do aumento populacional.

Bem, como a noticia fala. È apenas um alerta do que pode acontecer.

Me pergunto se a india tem espaço pra 1.5 bilhões de pessoas...... O país é grande mas o numero tb.




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Re: GEOPOLÍTICA

#3893 Mensagem por Penguin » Qua Mai 25, 2011 9:18 pm

Sterrius escreveu:Esse grafico leva em conta que nada será feito pra aumentar a fertilidade. (Campanhas para ter filho etc). E pelo visto tb ignora imigração.

Basta que o país mantenha 1.85 filhos que a imigração da conta do aumento populacional.

Bem, como a noticia fala. È apenas um alerta do que pode acontecer.

Me pergunto se a india tem espaço pra 1.5 bilhões de pessoas...... O país é grande mas o numero tb.
Há países mais abertos a imigração e outros menos.

Como toda projeção, ela é o que é.

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Re: GEOPOLÍTICA

#3894 Mensagem por Oziris » Qui Mai 26, 2011 9:17 am

Penguin escreveu:
Junker escreveu:
O fator demográfico é muitas vezes ignorado. No longo prazo, seus efeitos tem conseqüências.
Demography
...isn't destiny, one hopes
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http://www.economist.com/node/18681806? ... d=18681806

IT IS spring and 100 censuses are in bloom. China, India and America all reported their 2010 results recently. Census-takers are in the field in Germany and Britain. These provide snapshots of current populations. Just as useful are demographic forecasts. These, too, have just appeared, from the United Nations’ population division. Every two years, it updates its projections. For the first time, it has projected them as far ahead as 2100.

According to the UN, the world’s population will surpass 7 billion at the end of October, a few months earlier than had been expected. The global total will continue to rise slowly until 2100, when it will flatten out at 10.1 billion. During the period of fastest growth, in the late 1980s, the world’s population was rising by over 88m a year. Now annual growth is down to 75m and by 2050 it will be only 40m.

The engine of demographic change is fertility—the number of children a woman can expect to have, on average, during her lifetime. Fertility rates have been declining everywhere. This is why in previous projections the UN assumed fertility rates in all countries would eventually fall to 1.85. In 2008 it forecast that, by 2050, 111 nations would have rates between 1.85 and 2.1, the so-called “replacement rate” at which the population exactly reproduces itself.

Imagem

The new projection uses a different method of calculating future rates, which takes better account of local trends. The UN now assumes more countries than before will be stuck either with high or persistently low fertility, reflecting, in part, the so-called “pause” in declining fertility taking place in Africa. As a result, the UN now says only 51 countries will have fertility rates between 1.85 and 2.1 by 2050.

This change does not affect global figures but has big implications for national ones. Today Nigeria is the world’s seventh most populous country, with 158m people. If its fertility declines by no more than the UN assumes, by 2100 it will be the world’s third-largest nation, with 730m people—the current population of Europe (see table). Rwanda’s population would rise fourfold, to 42m, giving it a density five times that of Japan. China’s population would fall by a staggering 450m from its peak in 2025, to 941m.

Some of these projections are incredible: they are warnings as much as predictions. Still, the general picture is probably right. Sub-Saharan Africa is by far the fastest-growing part of the world. Little larger than Europe or Latin America today, it will be bigger than either by the end of the century, and much more than half the size of Asia (it is now only a fifth). The consequences could be severe. The Sahel would be turned into a desert by the soaring population of west Africa. China’s dependency ratio—the number of children and old people as a share of working-age adults—is rising faster than Europe’s, which will surely require scrapping the one-child policy. And China and India will be riven by conflict if the sexual discrepancies the UN projects come to pass. In 2025 China will have 96m men in their 20s but only 80m women. India will have 126m men in that age group and just 115m women.

Overall, the world’s population is increasingly stable. Below the surface, strains are growing.

Santiago, sabe o que é engraçado?
O maior inimigo da Russia será sua taixa demográfica.
Eles não são aberto ha imigração.

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Re: GEOPOLÍTICA

#3895 Mensagem por Boss » Qui Mai 26, 2011 11:22 am

Sterrius escreveu:Esse grafico leva em conta que nada será feito pra aumentar a fertilidade. (Campanhas para ter filho etc).
Pois é.




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Re: GEOPOLÍTICA

#3896 Mensagem por marcelo l. » Qui Mai 26, 2011 2:32 pm

http://textosquegostariadeterescrito.wo ... que-moisi/

Os ideais do Ocidente

Nós, no Ocidente, devemos repensar a maneira como nos relacionamos com os outros povos
A QUEDA do Lehman Brothers, quase dois anos atrás, e o quase colapso do euro, mais recentemente, marcam um novo capítulo na história, que levará como título “o mundo pós-ocidental”.
Para compreender o que significa viver em um mundo como esse, precisamos primeiro contemplar o mundo pré-ocidental, anterior à conquista da Índia pelo Reino Unido e ao início do declínio da China. Foi um período seguido por mais de dois séculos nos quais o Ocidente viveu ao lado de um “outro” que considerava inferior. E isso agora acabou.
Demógrafos preveem que os Estados Unidos e a Europa responderão por apenas 12% da população do planeta em 2050. Para resumir, o “outro” agora é nosso igual. Na verdade, é superior em muitos campos, de seu apetite pelo sucesso à sua confiança determinada no futuro.
Houve, é claro, outros períodos em que civilizações se encontraram em igualdade de condições.
Considere, por exemplo, a república de Veneza em seu relacionamento com os otomanos no século 16. Ou leia as memórias de viagem de Matteo Ricci, um jesuíta que percorreu o império chinês no século 16.
Ou pense sobre os britânicos na Índia, nos anos iniciais da Companhia das Índias Orientais, antes que esta explorasse a fraqueza do império Mughal para estabelecer o seu.
Em cada um desses casos, o respeito mútuo que existia entre as duas potências se baseava em uma mistura de empatia e curiosidade.
Mas foi esse senso de equilíbrio entre civilizações diferentes que desapareceu, primeiro com a ascensão do imperialismo europeu e depois com o início do século de predomínio norte-americano.
Agora, nós, no Ocidente, precisamos voltar a repensar a maneira pela qual nos relacionamos com os outros povos. Não podemos ignorar o fato de que a Ásia e o Ocidente vivem momentos diferentes de desenvolvimento. China e Índia podem estar agora desfrutando do momento de pico em seu crescimento acelerado, antes que problemas estruturais limitem sua ascensão.
A mudança no balanço do poder não deveria ser recebida com negação (ao modo norte-americano) ou com introspecção (ao modo europeu). Pois o momento que vivemos constitui não só um desafio considerável como uma oportunidade única para o mundo ocidental.
Nossas vantagens comparativas nesse novo mundo não são demográficas, militares, financeiras ou econômicas. Encontram-se no reino de ideias e ideais; na democracia, no Estado de Direito e no respeito aos direitos humanos.
Isso é afortunado, porque, pela primeira vez na história recente, uma nova potência mundial, a China, chegou a uma posição de destaque na política do planeta sem uma mensagem universal, e ao mesmo tempo negando claramente as responsabilidades universais que acompanham sua nova situação.
Em contraste, nossa mensagem universal pode servir como vantagem competitiva para o mundo ocidental. Para que isso aconteça, no entanto, nossa variante maculada de capitalismo tem de reconquistar a superioridade moral.
No final do século 18, o início da supremacia ocidental coincidiu com o Iluminismo, movimento baseado na ideia de progresso e emancipação dos seres humanos agrilhoados por preconceito, superstição e assertivas das religiões estabelecidas.
Hoje, esse modelo de excelência está mais visível na Escandinávia, onde o poder é modesto e honesto, as mulheres desempenham papel importante na sociedade, uma variedade humana de capitalismo é praticada e o respeito aos imigrantes é a norma.
Esse claramente não é o modelo seguido pelos Estados Unidos. E tampouco é o modelo de Nicolas Sarkozy ou Silvio Berlusconi.
Chegou o momento de perceber que estamos vivendo além de nossas posses em termos materiais, e muito abaixo de nossa capacidade em termos intelectuais e espirituais.
Por isso, as potências ocidentais precisam se reinventar, mas tendo em mente uma consideração: a de que, apesar de todos os temores surgidos com a ascensão da Ásia, seu futuro depende em última análise daquilo que trazem dentro de si.

DOMINIQUE MOÏSI é conselheiro do Instituto de Relações Internacionais da França. Este texto foi publicado originalmente no “Financial Times”.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: GEOPOLÍTICA

#3897 Mensagem por Penguin » Qui Mai 26, 2011 4:10 pm

Boss escreveu:
Sterrius escreveu:Esse grafico leva em conta que nada será feito pra aumentar a fertilidade. (Campanhas para ter filho etc).
Pois é.
Há muitos países ricos que dão vantagens financeiras para estimular os casais a terem filhos. Não têm dado muito resultado.

Na Rússia, que não é tão rica (em termos per capita), o governo concede alguns incentivos financeiros para os casais terem filhos, mas assim mesmo a população encolhe 0,5% ao ano, além de envelhecer.

Aqui no Brasil segundo o PNAD, a população atingirá o ápice de 225 milhões nas próximas duas ou três décadas e depois começará a cair.

Esse comportamentos têm a ver com fortes mudanças sociais, tais como a emancipação da mulher, valorização da vida profissional, alto custo de vida, etc.

[]s




Editado pela última vez por Penguin em Qui Mai 26, 2011 9:26 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: GEOPOLÍTICA

#3898 Mensagem por Sterrius » Qui Mai 26, 2011 5:58 pm

A Russia se nao me engano nos ultimos anos voltou sim a ter crescimento penguim.




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Re: GEOPOLÍTICA

#3899 Mensagem por thelmo rodrigues » Qui Mai 26, 2011 9:07 pm

EUA ajudou França com programa nuclear para dividir Europa
Tweet A A A
--------------------------------------------------------------------------------

Os Estados Unidos ajudaram secretamente a França a desenvolver seu arsenal nuclear na década de 1970, com o objetivo de dividir a Europa, revelam documentos liberados nesta quarta-feira sobre o governo do presidente Richard Nixon.

Henry Kissinger, a grande figura da política externa da administração Nixon, queria promover uma disputa entre França e Grã-Bretanha com o objetivo de minar a união europeia, segundo os documentos publicados pela Universidade George Washington e pelo Instituto Woodrow Wilson. "Não queremos que a unidade europeia avance e se volte contra nós. Se os franceses pensarem que podem superar os ingleses, então teremos atingido nosso objetivo", explica Kissinger em um dos documentos.

A França testou suas primeiras bombas atômicas no deserto do Saara, em 1960, tornando-se o quarto país com armas nucleares, após Estados Unidos, Rússia e Grã-Bretanha. A posição oficial dos Estados Unidos foi a de negar qualquer colaboração com a França em matéria nuclear militar, mas os documentos revelam que desde que chegou ao poder, em 1969, Richard Nixon compreendeu que não poderia impedir a ambição nuclear dos franceses.

A partir deste momento, os Estados Unidos começaram a fornecer em conta-gotas informações nucleares a Paris, por intermédio de Robert Galley, ministro francês da Defesa do governo de Georges Pompidou. Para drilhar a lei americana que impedia qualquer forma de cooperação nuclear direta com a França, os americanos se limitaram a apontar se os franceses estavam fazendo a coisa certa ou não.




"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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Re: GEOPOLÍTICA

#3900 Mensagem por FOXTROT » Sex Mai 27, 2011 9:41 am

Pois é, que novidade os Yanques promovendo a divisão dos "amigos" para conquistá-los, invenção européia se voltando contra os próprios :twisted:.

Saudações




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