entendi como interessante e necessária a abertura deste tópico para termos concetrados aqui as discussões sobre os referidos planos de articulação e reequipamento das forças armadas brsileiras, que mau ou bem, estão espalhados pelo forum em diversos tópicos.
é meu entendimento que a função primária também deste tópico é chamar a atenção de todos para a discussão, em bons termos, para o planejamento de logo prazo da defesa. cito esta questão pois é mister no Brasil o planejamento de longo prazo ser fato raro no que depender da politica de plantão.
e como a última experiência de planejamento estratégico do país se deu a mais de 40 anos atrás, ainda no periodo militar, desejo retomar agora, em pleno seculo vinte e um, essa questão, posto que o cerne da PND/END com todas as suas qualidades e defeitos é querer ser justamente a base para este pensar o país no longo prazo. sem as mesquinharias do pensamento ideológico/partidário.
deixo aqui para inicio de discussão esta noticia do site http://www.inest.uff.br/ que, também fato raro, é um espaço de informação sobre defesa de uma universidade federal.
uma boa leitura a todos.
Defesa de Longo Prazo para o Brasil.
Artigo de Claudio Dantas Sequeira, publicado na Isto é, em 17/01/2011
Forças Armadas entregam ao governo um plano detalhado para triplicar a capacidade militar do País em 20 anos. O custo pode chegar a R$60 bilhões.
No Brasil, planos de expansão e modernização das Forças Armadas costumam ser tão grandiloquentes quanto vagos. Não foi diferente há dois anos, quando o governo Lula lançou a ambiciosa Estratégia Nacional de Defesa. Tratava-se de um projeto cheio de metas ousadas, mas que não explicava como as Forças Armadas poderiam alcançá-las na prática. Agora, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, acredita que pode resolver a parada com seu chamado Plano de Articulação e Equipamento da Defesa (Paed), que entregará à presidente Dilma Rousseff até o final do mês. O documento propõe triplicar a capacidade militar do País nos próximos 20 anos, a um custo estimado em R$ 60 bilhões. Além de comprar mais equipamentos e veículos, Jobim diz que pretende elevar o nível tecnológico das operações militares ao “estado da arte”. Assim, acredita que o Brasil teria condições de proteger seus recursos naturais, como o pré-sal, e assumir um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. “Não há como agir em crises internacionais sem ter poder militar”, avalia o ministro.
Entre as medidas previstas está a criação de um sistema de controle espacial, a compra de dezenas de veículos aéreos não tripulados (Vant), além de fragatas e tanques de guerra. Esses equipamentos seriam posicionados em áreas estratégicas do País com a criação de novas bases militares conjuntas do Exército, da Marinha e da Força Aérea. O plano, que está na mesa de Jobim, sugere ainda a aprovação de uma legislação especial para garantir os investimentos da Defesa. “A ideia é ter uma lei que torne o investimento no setor insuscetível de contingenciamento”, disse ele à ISTOÉ. Também será proposta a ampliação dos contingentes militares para cerca de 400 mil – hoje são 288 mil – e mudanças na carreira militar, com novas regras de promoção e reforma da previdência da área.
Para a Marinha, os principais investimentos se destinam à criação de uma segunda esquadra, além de uma rede de satélites-radares e de torres de controle para proteger as plataformas de petróleo e rotas marítimas. Esta rede seria conectada a uma outra, do Exército: o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfrom), também composto por satélites e radares. Para aumentar a presença física na Amazônia, o Exército quer aumentar de 21 para 49 os Pelotões Especiais de Fronteira. A Aeronáutica, por sua vez, deseja um novo Sistema de Controle do Espaço Aéreo que, segundo Jobim, “não será mais desmilitarizado”.