Mundo Árabe em Ebulição
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
No meio dessa rosca toda, há o risco não desprezível de alguns desses países com revoltas em andamento virarem novas Somálias, onde o poder político é dividido por entre vários senhores da guerra e sem um governo central forte e reconhecido.
Acho que é muito difícil saber o que vem pela frente com exatidão.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Então as SF estrangeiras deixam de dar apoio, abrindo caminho e eliminando posições (ou julgam que este avanço fulminante e com a eliminação quase total de defensores era só com JDAM's e Tomahawks e fogem logo aos primeiros tiros a sério?!!!!!!!
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Bradam aos quatro ventos que vencerão Kadafi até sem apoio externoFoxTroop escreveu:Então as SF estrangeiras deixam de dar apoio, abrindo caminho e eliminando posições (ou julgam que este avanço fulminante e com a eliminação quase total de defensores era só com JDAM's e Tomahawks e fogem logo aos primeiros tiros a sério?!!!!!!!
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Torna-se compreensível a ajuda francesa, seus aliados africanos fogem tal qual o exército Frances, quando em perigo
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Saudações
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Não sejas mauzinho Foxtrot. Olha que de todas as forças com quem trabalhei, os franceses foram os que melhor impressão deixaram.FOXTROT escreveu:Bradam aos quatro ventos que vencerão Kadafi até sem apoio externoFoxTroop escreveu:Então as SF estrangeiras deixam de dar apoio, abrindo caminho e eliminando posições (ou julgam que este avanço fulminante e com a eliminação quase total de defensores era só com JDAM's e Tomahawks e fogem logo aos primeiros tiros a sério?!!!!!!!![]()
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Torna-se compreensível a ajuda francesa, seus aliados africanos fogem tal qual o exército Frances, quando em perigo![]()
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Saudações
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Dizes bem, Foxtroop. A resolução fala de tropas de ocupação mas não impede tropas no terreno. Obviamente que já estarão forças especiais no terreno, e bem antes de começarem os bombardeamentos.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Amigo Fox, não sou eu que digo, é a história....Não sejas mauzinho Foxtrot
No Brasil foram várias tentativas de estabelecer uma colônia, com animus de ocupar em definitivo o território, porém, costumam render-se para forças menores, sendo subjugados em todas as colônias, do Rio de Janeiro a São Luiz, isso para ficar em termos de Brasil.
Saudações
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Desde o inicio do intervento na Libia, na Itália se manifestou um fenomeno curioso , principalmente na imprensa: um forte sentimento anti francês. "A eles (franceses) o petrolio libico, a nós os refugiados!" Era o titulo de um jornal italiano.
As televisões de Berlusca assim que possivel cutucam o sarkò, como o chamam. Um dos amigos do cavaliere, Bruno Vespa, no seu programa disse "A frança quer comandar a aliança e com ela a Itália, sem considerar a importancia (histórica) da Italia com a Libia. " em seguida " Aproveito da ocasião para perguntar ao ministro La russa (min. da defesa italiano que estava presente ao programa) se è aceitavel o comando francês a um italiano, prefiro ser comandado por um americano que sabe o que faz do que os "primos" franceses."
Fiquei pasmo, me lembrei do famoso e eterno topico sobre o FX2.
Bem escrevo isso agora porque esta passando o programa do dito cujo, e estão ainda mais putos agoras, e com toda a otan, porque a Italia não foi convidada a reunião dos "grandes" sobre a Libia (http://www.expatica.com/fr/news/french- ... 138821.html).
Me pergunto, que raios fizeram os franceses para ser tão "amados" assim??
As televisões de Berlusca assim que possivel cutucam o sarkò, como o chamam. Um dos amigos do cavaliere, Bruno Vespa, no seu programa disse "A frança quer comandar a aliança e com ela a Itália, sem considerar a importancia (histórica) da Italia com a Libia. " em seguida " Aproveito da ocasião para perguntar ao ministro La russa (min. da defesa italiano que estava presente ao programa) se è aceitavel o comando francês a um italiano, prefiro ser comandado por um americano que sabe o que faz do que os "primos" franceses."
Fiquei pasmo, me lembrei do famoso e eterno topico sobre o FX2.
Bem escrevo isso agora porque esta passando o programa do dito cujo, e estão ainda mais putos agoras, e com toda a otan, porque a Italia não foi convidada a reunião dos "grandes" sobre a Libia (http://www.expatica.com/fr/news/french- ... 138821.html).
Me pergunto, que raios fizeram os franceses para ser tão "amados" assim??
"Gutta cavat lapidem"
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
terra.com.br
Forças pró-Khadafi reagem e impedem avanço de rebeldes
28 de março de 2011 • 19h31
Os rebeldes enfrentaram ataques no caminho para Sirte
Avançando rumo a Sirte, um dos principais redutos do líder da Líbia, Muamar Khadafi, rebeldes da Líbia enfrentaram nesta segunda-feira forte resistência de forças pró-Khadafi a oeste da cidade costeira de Bin Jawad (centro do país).
Os opositores, que controlam Bin Jawad, disseram que as tropas do governo estavam lançando um pesado contra-ataque e fugiram, de acordo com o correspondente da BBC na Líbia Ben Brown.
A Otan, que comanda a ofensiva militar que visa proteger civis dos ataques das forças pró-Khadafi, refutou acusações de que seus ataques estariam apenas fornecendo cobertura para os rebeldes e não evitando mortes de inocentes.
O ministro do Exterior da Rússia, Sergei Lavrov, disse que parte dos ataques aéreos equivale a uma interferência em uma guerra civil.
''Tarde demais''
No início do dia, os governos da França e da Grã-Bretanha emitiram um comunicado conjunto em que pedem a saída imediata de Khadafi.
Os dois governos também pediram que aliados de Khadafi se entreguem "antes que seja tarde demais".
Em outro front, continua intenso o confronto em Misrata, cidade no oeste da Líbia controlada pelos rebeldes.
As informações sobre a situação na localidade são conflitantes. Há relatos de que as forças de Khadafi teriam bombardeado o local na segunda-feira.
A chancelaria do país afirmou que um cessar-fogo havia sido implementado e que Misrata estava calma novamente.
No entanto, o correspondente da BBC John Simpson foi levado, por funcionários do governo, para uma visita à cidade. Segundo ele, o fato de o grupo de jornalistas não ter sido levado para o centro da cidade indica que os confrontos continuam.
Forças pró-Khadafi reagem e impedem avanço de rebeldes
28 de março de 2011 • 19h31
Os rebeldes enfrentaram ataques no caminho para Sirte
Avançando rumo a Sirte, um dos principais redutos do líder da Líbia, Muamar Khadafi, rebeldes da Líbia enfrentaram nesta segunda-feira forte resistência de forças pró-Khadafi a oeste da cidade costeira de Bin Jawad (centro do país).
Os opositores, que controlam Bin Jawad, disseram que as tropas do governo estavam lançando um pesado contra-ataque e fugiram, de acordo com o correspondente da BBC na Líbia Ben Brown.
A Otan, que comanda a ofensiva militar que visa proteger civis dos ataques das forças pró-Khadafi, refutou acusações de que seus ataques estariam apenas fornecendo cobertura para os rebeldes e não evitando mortes de inocentes.
O ministro do Exterior da Rússia, Sergei Lavrov, disse que parte dos ataques aéreos equivale a uma interferência em uma guerra civil.
''Tarde demais''
No início do dia, os governos da França e da Grã-Bretanha emitiram um comunicado conjunto em que pedem a saída imediata de Khadafi.
Os dois governos também pediram que aliados de Khadafi se entreguem "antes que seja tarde demais".
Em outro front, continua intenso o confronto em Misrata, cidade no oeste da Líbia controlada pelos rebeldes.
As informações sobre a situação na localidade são conflitantes. Há relatos de que as forças de Khadafi teriam bombardeado o local na segunda-feira.
A chancelaria do país afirmou que um cessar-fogo havia sido implementado e que Misrata estava calma novamente.
No entanto, o correspondente da BBC John Simpson foi levado, por funcionários do governo, para uma visita à cidade. Segundo ele, o fato de o grupo de jornalistas não ter sido levado para o centro da cidade indica que os confrontos continuam.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
A França começou a colaborar com os americanos no Afeganistão. Além disso, enquanto andava tudo a pensar se apoiava um lado ou apoiava outro, a França tomou uma decisão e agiu.
A Itália andava a fazer jogo duplo e acaba por ficar sem nada. dai a raiva.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
A Itália também se faz, mas foi a primeira a "abrir" suas bases para os aliados atacarem, agora diz que ficou só com refugiados e tal........Pasquale Catozzo escreveu:Desde o inicio do intervento na Libia, na Itália se manifestou um fenomeno curioso , principalmente na imprensa: um forte sentimento anti francês. "A eles (franceses) o petrolio libico, a nós os refugiados!" Era o titulo de um jornal italiano.
As televisões de Berlusca assim que possivel cutucam o sarkò, como o chamam. Um dos amigos do cavaliere, Bruno Vespa, no seu programa disse "A frança quer comandar a aliança e com ela a Itália, sem considerar a importancia (histórica) da Italia com a Libia. " em seguida " Aproveito da ocasião para perguntar ao ministro La russa (min. da defesa italiano que estava presente ao programa) se è aceitavel o comando francês a um italiano, prefiro ser comandado por um americano que sabe o que faz do que os "primos" franceses."
Fiquei pasmo, me lembrei do famoso e eterno topico sobre o FX2.
Bem escrevo isso agora porque esta passando o programa do dito cujo, e estão ainda mais putos agoras, e com toda a otan, porque a Italia não foi convidada a reunião dos "grandes" sobre a Libia (http://www.expatica.com/fr/news/french- ... 138821.html).
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
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EUA mobilizam aviação tática contra tropas de Kadafi
28 de março de 2011 • 19h34 • atualizado às 20h14
Os Estados Unidos colocaram em prática novos meios de ataque na Líbia, destinados especificamente às forças em terra do coronel Kadafi, anunciou nesta segunda-feira o Pentágono, que se defendeu de agir em apoio direto aos rebeldes. "Utilizamos os aparelhos A-10 e os AC-130 no final de semana", admitiu à imprensa um alto dirigente do Pentágono, o vice-almirante Bill Gortney, que preferiu não detalhar o tipo de alvos visados.
O A-10 é um avião concebido para o apoio aéreo a curta distância, principalmente contra carros e blindados. O AC-130 "Spooky" é um aparelho de transporte modificado para o combate, adaptado com canhões de 105 mm para atingir alvos táticos em terra. Ao contrário de outros aviões empregados desde o início dos ataques, não carregam bombas teleguiadas a laser, suscetíveis de destruir centros de comando ou posições de defesa antiaérea.
A contra-ofensiva rebelde vem sendo muito facilitada pelos ataques da coalizão contra as forças do coronel Muamar Kadafi. No entanto, segundo o representante do Estado-Maior das Forças Armadas americano, "não agimos em apoio direto à oposição, o que não faz parte de nosso mandato, não estando coordenados com os rebeldes".
"Com tropas não muito bem organizadas e pouco sólidas", os rebeldes "beneficiam-se das ações que realizamos", admitiu porém. A resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU autoriza "todas as medidas necessárias para proteger a população", com exceção de uma ocupação do país".
No plano operacional, a responsabilidade pela zona de exclusão aérea foi transmitida à Otan, mas os Estados Unidos continuam por enquanto a coordenar as missões "de ataques", ditas de proteção à população. No total, os aviões aliados efetuaram 1.602 saídas desde 19 de março e 60% delas são realizadas por aparelhos americanos.
Seis mísseis Tomahawk já foram lançados contra o quartel-general da 32ª brigada líbia, a mais potente das forças pró-Kadafi; 199 mísseis cruzeiro também foram lançados, essencialmente nas primeiras horas da operação. Um dos submarinos americanos que participam da ação, o Providence, já deixou a zona de guerra, segundo o vice-almirante Gortney.
EUA mobilizam aviação tática contra tropas de Kadafi
28 de março de 2011 • 19h34 • atualizado às 20h14
Os Estados Unidos colocaram em prática novos meios de ataque na Líbia, destinados especificamente às forças em terra do coronel Kadafi, anunciou nesta segunda-feira o Pentágono, que se defendeu de agir em apoio direto aos rebeldes. "Utilizamos os aparelhos A-10 e os AC-130 no final de semana", admitiu à imprensa um alto dirigente do Pentágono, o vice-almirante Bill Gortney, que preferiu não detalhar o tipo de alvos visados.
O A-10 é um avião concebido para o apoio aéreo a curta distância, principalmente contra carros e blindados. O AC-130 "Spooky" é um aparelho de transporte modificado para o combate, adaptado com canhões de 105 mm para atingir alvos táticos em terra. Ao contrário de outros aviões empregados desde o início dos ataques, não carregam bombas teleguiadas a laser, suscetíveis de destruir centros de comando ou posições de defesa antiaérea.
A contra-ofensiva rebelde vem sendo muito facilitada pelos ataques da coalizão contra as forças do coronel Muamar Kadafi. No entanto, segundo o representante do Estado-Maior das Forças Armadas americano, "não agimos em apoio direto à oposição, o que não faz parte de nosso mandato, não estando coordenados com os rebeldes".
"Com tropas não muito bem organizadas e pouco sólidas", os rebeldes "beneficiam-se das ações que realizamos", admitiu porém. A resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU autoriza "todas as medidas necessárias para proteger a população", com exceção de uma ocupação do país".
No plano operacional, a responsabilidade pela zona de exclusão aérea foi transmitida à Otan, mas os Estados Unidos continuam por enquanto a coordenar as missões "de ataques", ditas de proteção à população. No total, os aviões aliados efetuaram 1.602 saídas desde 19 de março e 60% delas são realizadas por aparelhos americanos.
Seis mísseis Tomahawk já foram lançados contra o quartel-general da 32ª brigada líbia, a mais potente das forças pró-Kadafi; 199 mísseis cruzeiro também foram lançados, essencialmente nas primeiras horas da operação. Um dos submarinos americanos que participam da ação, o Providence, já deixou a zona de guerra, segundo o vice-almirante Gortney.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Isso não é necessariamente ruim. Menos puxa-saquismo já que não tem um governo federal onde todos comem na mão, governos locais se adaptam melhor as suas respectivas regiões.wagnerm25 escreveu:No meio dessa rosca toda, há o risco não desprezível de alguns desses países com revoltas em andamento virarem novas Somálias, onde o poder político é dividido por entre vários senhores da guerra e sem um governo central forte e reconhecido.
Acho que é muito difícil saber o que vem pela frente com exatidão.
NÃO À DROGA! NÃO AO CRIME LEGALIZADO! HOJE ÁLCOOL, AMANHÃ COGUMELO, DEPOIS NECROFILIA! QUANDO E ONDE IREMOS PARAR?
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Penso que nada é assim tão linear. Se observarmos tudo isto, as coisas e acontecimentos parecem estar desfasados e em contradição e temo bem que o "renascido" eixo Franco-Britânico tenha dado um tiro no pé e acelerado a sua decadência. Penso também que na Líbia, se está a definir uma nova partição dos interesses das potência mundiais.
Primeiro a reacção da Alemanha a uma intervenção na Líbia, que levou o governo alemão a retirar as suas forças NATO do Mediterrâneo. A Alemanha era o principal comprador do petróleo e gás líbio, algo que não é de estranhar visto que já algum tempo que tenta diversificar os seus fornecedores para se salvaguardar da excessiva dependência russa e da interferência que esse fornecimento sofre de vez em quando (ainda não há muito, por causa de problemas na Ucrânia, a Europa congelou ao ser cortado o gás russo), tentado sempre manter e fortalecer as relações com o Kremlin. Um rude golpe nas aspirações alemãs de maior independência energética.
O não veto russo, insere-se em parte na questão alemã. O maior consumidor de energia da Europa volta a ter de lidar quase em exclusivo, de forma submissa com a Rússia. Ao mesmo tempo a Rússia ganha a face para um hipotético "apoio humanitário" a uma revolta por exemplo, na Geórgia. Será muito difícil diplomaticamente a uns USA, vetar uma NFZ exercida pela Rússia sobre uma Geórgia em caso de uma "revolta popular" contra o ditador "Sakanaville", tudo por "carácter humanitário"
A Itália é o corno nisto tudo e a raiva mal contida por os franceses e ingleses terem tomado mão num sitio que os italianos consideravam sua estrita área de influência. O seu arrastamento para esta operação vem na tentativa de poder ter algum peso e voto na decisão dos acontecimentos, mas duvido que os italianos esqueçam os estragos que isto causou na sua economia devido ao congelamento dos activos do fundo LIA, fortemente investido em Milão.
Também a forma como os USA foram "empurrados" para uma intervenção que não queriam me parece curiosa. Os USA não tinham como dizer não, sem queimarem ainda mais a relações com o Egipto (que tem fornecido armas e apoio logístico aos revoltosos nas costas dos USA) mas ao mesmo tempo mandaram uma poderosa mensagem diplomática, especialmente para a França. Ao dar o seu apoio à operação e as ordens de ataque em solo brasileiro, deixou bem claro ao governo francês que ali era o seu "quintal", de forma inequívoca, traçando assim uma linha na areia. Creio que em França o recado foi entendido claramente.
França e Inglaterra, acho um casamento interessante. A França passou de um eixo franco-alemão para uma aproximação cada vez maior com a Inglaterra, ao mesmo tempo que as relações com Berlim esfriavam fortemente. Com uma Alemanha cada vez mais forte e o alargamento a leste da UE, a França deixou, cada vez mais, de ser central nos desígnios da UE. O horror francês a uma relação de submissão, perante uma Alemanha em crescendo e esticando a sua influência para os países de leste, na qual a França seria um apêndice entre vários, levou a uma aproximação com a Inglaterra de modo a contrariar o peso crescente alemão. Uma Inglaterra que se arma em isolacionista, mas que está em falência social e económica e que para manter o seu status aceitou a contra-gosto, a aproximação francesa.
Com a liderança na intervenção na Líbia, dois governos em claras dificuldades internas, tentam demonstrar que ainda jogam forte nas relações internacionais, dão um claro aviso à Alemanha que são parceiros a levar em conta nos desígnios da UE e que não toleraram uma Alemanha excessivamente forte, lembrado o calcanhar de Aquiles germânico (a energia), além de demonstrarem a quem quer ver, que interesses serão mantidos até às últimas consequências.
Isto é o que eu penso sobre a salganhada líbia, tendo Portugal errado ao não salvaguardar os seus interesses e indo em lirismos que todos os portugueses sentem na carteira ao atestar o carro.
Primeiro a reacção da Alemanha a uma intervenção na Líbia, que levou o governo alemão a retirar as suas forças NATO do Mediterrâneo. A Alemanha era o principal comprador do petróleo e gás líbio, algo que não é de estranhar visto que já algum tempo que tenta diversificar os seus fornecedores para se salvaguardar da excessiva dependência russa e da interferência que esse fornecimento sofre de vez em quando (ainda não há muito, por causa de problemas na Ucrânia, a Europa congelou ao ser cortado o gás russo), tentado sempre manter e fortalecer as relações com o Kremlin. Um rude golpe nas aspirações alemãs de maior independência energética.
O não veto russo, insere-se em parte na questão alemã. O maior consumidor de energia da Europa volta a ter de lidar quase em exclusivo, de forma submissa com a Rússia. Ao mesmo tempo a Rússia ganha a face para um hipotético "apoio humanitário" a uma revolta por exemplo, na Geórgia. Será muito difícil diplomaticamente a uns USA, vetar uma NFZ exercida pela Rússia sobre uma Geórgia em caso de uma "revolta popular" contra o ditador "Sakanaville", tudo por "carácter humanitário"
A Itália é o corno nisto tudo e a raiva mal contida por os franceses e ingleses terem tomado mão num sitio que os italianos consideravam sua estrita área de influência. O seu arrastamento para esta operação vem na tentativa de poder ter algum peso e voto na decisão dos acontecimentos, mas duvido que os italianos esqueçam os estragos que isto causou na sua economia devido ao congelamento dos activos do fundo LIA, fortemente investido em Milão.
Também a forma como os USA foram "empurrados" para uma intervenção que não queriam me parece curiosa. Os USA não tinham como dizer não, sem queimarem ainda mais a relações com o Egipto (que tem fornecido armas e apoio logístico aos revoltosos nas costas dos USA) mas ao mesmo tempo mandaram uma poderosa mensagem diplomática, especialmente para a França. Ao dar o seu apoio à operação e as ordens de ataque em solo brasileiro, deixou bem claro ao governo francês que ali era o seu "quintal", de forma inequívoca, traçando assim uma linha na areia. Creio que em França o recado foi entendido claramente.
França e Inglaterra, acho um casamento interessante. A França passou de um eixo franco-alemão para uma aproximação cada vez maior com a Inglaterra, ao mesmo tempo que as relações com Berlim esfriavam fortemente. Com uma Alemanha cada vez mais forte e o alargamento a leste da UE, a França deixou, cada vez mais, de ser central nos desígnios da UE. O horror francês a uma relação de submissão, perante uma Alemanha em crescendo e esticando a sua influência para os países de leste, na qual a França seria um apêndice entre vários, levou a uma aproximação com a Inglaterra de modo a contrariar o peso crescente alemão. Uma Inglaterra que se arma em isolacionista, mas que está em falência social e económica e que para manter o seu status aceitou a contra-gosto, a aproximação francesa.
Com a liderança na intervenção na Líbia, dois governos em claras dificuldades internas, tentam demonstrar que ainda jogam forte nas relações internacionais, dão um claro aviso à Alemanha que são parceiros a levar em conta nos desígnios da UE e que não toleraram uma Alemanha excessivamente forte, lembrado o calcanhar de Aquiles germânico (a energia), além de demonstrarem a quem quer ver, que interesses serão mantidos até às últimas consequências.
Isto é o que eu penso sobre a salganhada líbia, tendo Portugal errado ao não salvaguardar os seus interesses e indo em lirismos que todos os portugueses sentem na carteira ao atestar o carro.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Definitivamente uma guerra estranha....
A Líbia deve ser o maior importador de pick-up branca, todas entregues em benghazi.
Toda a pick-up possui seu reparo antiaéreo, que arma é aquela, qual a sua procedência?
Os rebeldes avançam, só onde não há combates, sempre que a tv informa um combate, informa sobre a debandada dos revoltosos.
O JN noticiou que soldados leais ao regime em sitre teriam hasteado bandeira branca para depois metralhar os rebeldes que mais uma vez bateram em retirada......
Tudo muito estranho nessa guerra....
Saudações
A Líbia deve ser o maior importador de pick-up branca, todas entregues em benghazi.
Toda a pick-up possui seu reparo antiaéreo, que arma é aquela, qual a sua procedência?
Os rebeldes avançam, só onde não há combates, sempre que a tv informa um combate, informa sobre a debandada dos revoltosos.
O JN noticiou que soldados leais ao regime em sitre teriam hasteado bandeira branca para depois metralhar os rebeldes que mais uma vez bateram em retirada......
Tudo muito estranho nessa guerra....
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
FOXTROT escreveu:Definitivamente uma guerra estranha....
A Líbia deve ser o maior importador de pick-up branca, todas entregues em benghazi.
Toda a pick-up possui seu reparo antiaéreo, que arma é aquela, qual a sua procedência?
Os rebeldes avançam, só onde não há combates, sempre que a tv informa um combate, informa sobre a debandada dos revoltosos.
O JN noticiou que soldados leais ao regime em sitre teriam hasteado bandeira branca para depois metralhar os rebeldes que mais uma vez bateram em retirada......
Tudo muito estranho nessa guerra....
Saudações
Por acaso, mas só por acaso, em todas as operações da ONU em que estive, as viaturas de serviço do pessoal eram quase todas pick-ups, de marca japonesa e.......... brancas. E eram aos milhares......
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