NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Silêncios que falam.
Fernando Henrique Cardoso - O GLOBO, 6-03-11.
Desde quando vivi de muito perto a experiência da "revolta dos estudantes" de maio de 1968 em Paris, comecei a duvidar das teorias que aprendera sobre as mudanças sociais no mundo capitalista. Estas estavam baseadas na visão da História como uma sucessão de lutas entre as classes sociais visando ao controle do Estado para, por intermédio dele, seja manter a dominação de classes, seja destruir todas elas e construir a "sociedade do futuro" sem classes e, portanto, sem que os partidos tivessem função relevante. A qual seria crucial, na visão dos revolucionários do século 20 de inspiração leninista, apenas na "transição", quando se justificaria até mesmo a ditadura do proletariado, exercida pelo partido.
Pois bem, nas greves estudantis da Universidade de Paris, em Nanterre e na Sorbonne (assim como nos câmpus universitários americanos, com outras motivações), que acabaram por contaminar a França inteira e repercutiram pelo mundo afora, vi, perplexo, que as palavras de ordem não falavam em "anti-imperialismo" e só remotamente mencionavam os trabalhadores, mesmo quando estes, atônitos, entravam nos auditórios estudantis "ocupados" pelos ativistas jovens. Falava-se em liberdade, em ser proibido proibir, em amor livre, em valorizar o indivíduo contra o peso das instituições burocratizadas, e assim por diante. É verdade que nas passeatas havia bandeiras negras (dos velhos anarquistas) e vermelhas (dos bolcheviques). Faltavam os símbolos do novo e mais, na confusão ideológica geral, pouco se sabia sobre o que seria novo nas sociedades, isto é, nas estruturas sociais, do futuro. Por outro lado, o estopim da revolta não foram as greves trabalhistas, que ocorreram depois, nem choques no plano institucional, mas pequenos-grandes anseios de jovens universitários que, como num curto-circuito, incendiaram o conjunto do país.
Só que, logo depois, De Gaulle, vendo seu poder posto à prova, foi buscar apoio nos paraquedistas franceses sediados na Alemanha e, com a cumplicidade do Partido Comunista, restabeleceu a antiga e "boa" norma. Por que escrevo essas reminiscências? Porque desde então o mundo mudou muito, principalmente com a revolução informática. Crescentemente as "ordens estabelecidas" desmoronam sem que se perceba a luta entre as classes. Foi assim com o desmoronamento do mundo soviético, simbolizado pela queda do Muro de Berlim. Está sendo assim hoje no norte da África e no Oriente Médio. Cada vez mais, em silêncio, as pessoas se comunicam, murmuram e, de repente, se mobilizam para "mudar as coisas". Neste processo, as novas tecnologias da comunicação desempenham papel essencial.
Até agora, ficaram duas lições. Uma delas é que as ordens sociais no mundo moderno se podem desfazer por meios surpreendentes para quem olha as coisas pelo prisma antigo. A palavra, transmitida a distância, a partir da soma de impulsos que parecem ser individuais, ganha uma força sem precedentes. Não se trata do panfleto ou do discurso revolucionário antigo nem mesmo de consignas, mas de reações racionais-emocionais de indivíduos.
Aparentemente isolados, estão na verdade "conectados" com o clima do mundo circundante e ligados entre si por intermédio de redes de comunicação que se fazem, desfazem e refazem ao sabor dos momentos, das motivações e das circunstâncias. Um mundo que parecia ser basicamente individualista e regulado pela força dos poderosos ou do mercado de repente mostra que há valores de coesão e solidariedade social que ultrapassam as fronteiras do permitido.
Mas ficou também a outra lição: a reconstrução da ordem depende de formas organizacionais, de lideranças e de vontades políticas que se expressem de modo a apontar um caminho. Na ausência delas, volta-se ao antigo - caso De Gaulle - ou, na iminência da desordem generalizada, há sempre a possibilidade de um grupo coeso e nem sempre democrático prevalecer sobre o impulso libertário inicial. Noutros termos: recoloca-se a importância da pregação democrática, da aceitação da diversidade, do direito "do outro".
Talvez seja este o enigma a ser decifrado pelas correntes que desejem ser "progressistas" ou "de esquerda". Enquanto não atinarem ao "novo" nas circunstâncias atuais - que supõe, entre outras coisas, a reconstrução do ideal democrático à base da participação ampliada nos circuitos de comunicação para forçar maior igualdade -, não contribuirão para que a cada surto de vitalidade em sociedades tradicionais e autocráticas surjam de fato formas novas de convivência política.
Agora mesmo, com as transformações no mundo islâmico, é hora de apoiar em alto e bom som os germens de modernização, em vez de guardar um silêncio comprometedor. Ou, pior, quebrá-lo para defender o indefensável, como Hugo Chávez ao dizer "que me conste, Kadafi não é assassino". Ou como Lula, que antes o chamou de "líder e irmão"! Para não falar dos intelectuais "de esquerda" que ainda ontem, quando eu estava no governo, viam em tudo o que era modernização ou integração às regras internacionais da economia um ato neoliberal de vende-pátria. Exigiam apoio a Cuba, apoio que não neguei contra o injusto embargo à ilha, mas que não me levou a defender a violação de direitos humanos. Será que não se dão conta de que é graças ao maior intercâmbio com o mundo - e principalmente com o mundo ocidental - que hoje as populações do norte da África e do Oriente Médio passam a ver nos valores da democracia caminhos para se libertarem da opressão? Será que vão continuar fingindo que "o Sul", nacional-autoritário, é o maior aliado de nosso desenvolvimento, quando o governo petista busca, também, maior e melhor integração do Brasil à economia global e ao sistema internacional, sem sacrifício dos nossos valores mais caros?
Há silêncios que falam, murmuram, contra a opressão. Mas há também silêncios que não falam porque estão comprometidos com uma visão que aceita a opressão. Não vejo como alguém se possa imaginar "de esquerda" ou "progressista" calando no momento em que se deve gritar pela liberdade.
Fernando Henrique Cardoso - O GLOBO, 6-03-11.
Desde quando vivi de muito perto a experiência da "revolta dos estudantes" de maio de 1968 em Paris, comecei a duvidar das teorias que aprendera sobre as mudanças sociais no mundo capitalista. Estas estavam baseadas na visão da História como uma sucessão de lutas entre as classes sociais visando ao controle do Estado para, por intermédio dele, seja manter a dominação de classes, seja destruir todas elas e construir a "sociedade do futuro" sem classes e, portanto, sem que os partidos tivessem função relevante. A qual seria crucial, na visão dos revolucionários do século 20 de inspiração leninista, apenas na "transição", quando se justificaria até mesmo a ditadura do proletariado, exercida pelo partido.
Pois bem, nas greves estudantis da Universidade de Paris, em Nanterre e na Sorbonne (assim como nos câmpus universitários americanos, com outras motivações), que acabaram por contaminar a França inteira e repercutiram pelo mundo afora, vi, perplexo, que as palavras de ordem não falavam em "anti-imperialismo" e só remotamente mencionavam os trabalhadores, mesmo quando estes, atônitos, entravam nos auditórios estudantis "ocupados" pelos ativistas jovens. Falava-se em liberdade, em ser proibido proibir, em amor livre, em valorizar o indivíduo contra o peso das instituições burocratizadas, e assim por diante. É verdade que nas passeatas havia bandeiras negras (dos velhos anarquistas) e vermelhas (dos bolcheviques). Faltavam os símbolos do novo e mais, na confusão ideológica geral, pouco se sabia sobre o que seria novo nas sociedades, isto é, nas estruturas sociais, do futuro. Por outro lado, o estopim da revolta não foram as greves trabalhistas, que ocorreram depois, nem choques no plano institucional, mas pequenos-grandes anseios de jovens universitários que, como num curto-circuito, incendiaram o conjunto do país.
Só que, logo depois, De Gaulle, vendo seu poder posto à prova, foi buscar apoio nos paraquedistas franceses sediados na Alemanha e, com a cumplicidade do Partido Comunista, restabeleceu a antiga e "boa" norma. Por que escrevo essas reminiscências? Porque desde então o mundo mudou muito, principalmente com a revolução informática. Crescentemente as "ordens estabelecidas" desmoronam sem que se perceba a luta entre as classes. Foi assim com o desmoronamento do mundo soviético, simbolizado pela queda do Muro de Berlim. Está sendo assim hoje no norte da África e no Oriente Médio. Cada vez mais, em silêncio, as pessoas se comunicam, murmuram e, de repente, se mobilizam para "mudar as coisas". Neste processo, as novas tecnologias da comunicação desempenham papel essencial.
Até agora, ficaram duas lições. Uma delas é que as ordens sociais no mundo moderno se podem desfazer por meios surpreendentes para quem olha as coisas pelo prisma antigo. A palavra, transmitida a distância, a partir da soma de impulsos que parecem ser individuais, ganha uma força sem precedentes. Não se trata do panfleto ou do discurso revolucionário antigo nem mesmo de consignas, mas de reações racionais-emocionais de indivíduos.
Aparentemente isolados, estão na verdade "conectados" com o clima do mundo circundante e ligados entre si por intermédio de redes de comunicação que se fazem, desfazem e refazem ao sabor dos momentos, das motivações e das circunstâncias. Um mundo que parecia ser basicamente individualista e regulado pela força dos poderosos ou do mercado de repente mostra que há valores de coesão e solidariedade social que ultrapassam as fronteiras do permitido.
Mas ficou também a outra lição: a reconstrução da ordem depende de formas organizacionais, de lideranças e de vontades políticas que se expressem de modo a apontar um caminho. Na ausência delas, volta-se ao antigo - caso De Gaulle - ou, na iminência da desordem generalizada, há sempre a possibilidade de um grupo coeso e nem sempre democrático prevalecer sobre o impulso libertário inicial. Noutros termos: recoloca-se a importância da pregação democrática, da aceitação da diversidade, do direito "do outro".
Talvez seja este o enigma a ser decifrado pelas correntes que desejem ser "progressistas" ou "de esquerda". Enquanto não atinarem ao "novo" nas circunstâncias atuais - que supõe, entre outras coisas, a reconstrução do ideal democrático à base da participação ampliada nos circuitos de comunicação para forçar maior igualdade -, não contribuirão para que a cada surto de vitalidade em sociedades tradicionais e autocráticas surjam de fato formas novas de convivência política.
Agora mesmo, com as transformações no mundo islâmico, é hora de apoiar em alto e bom som os germens de modernização, em vez de guardar um silêncio comprometedor. Ou, pior, quebrá-lo para defender o indefensável, como Hugo Chávez ao dizer "que me conste, Kadafi não é assassino". Ou como Lula, que antes o chamou de "líder e irmão"! Para não falar dos intelectuais "de esquerda" que ainda ontem, quando eu estava no governo, viam em tudo o que era modernização ou integração às regras internacionais da economia um ato neoliberal de vende-pátria. Exigiam apoio a Cuba, apoio que não neguei contra o injusto embargo à ilha, mas que não me levou a defender a violação de direitos humanos. Será que não se dão conta de que é graças ao maior intercâmbio com o mundo - e principalmente com o mundo ocidental - que hoje as populações do norte da África e do Oriente Médio passam a ver nos valores da democracia caminhos para se libertarem da opressão? Será que vão continuar fingindo que "o Sul", nacional-autoritário, é o maior aliado de nosso desenvolvimento, quando o governo petista busca, também, maior e melhor integração do Brasil à economia global e ao sistema internacional, sem sacrifício dos nossos valores mais caros?
Há silêncios que falam, murmuram, contra a opressão. Mas há também silêncios que não falam porque estão comprometidos com uma visão que aceita a opressão. Não vejo como alguém se possa imaginar "de esquerda" ou "progressista" calando no momento em que se deve gritar pela liberdade.
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Fechar as escolas de Economia e abrir escolas de Engenharia
No ponto mais agudo da crise de 2008, quando a urubóloga disse que um tsunami ia afundar o Nunca Dantes, naquele momento dramático, Paul Volcker, ex-presidente do Banco Central americano, deu entrevista a um programa de domingo de manhã na CNN.
O entrevistador neoliberal, um urubólogo, perguntou a Volcker se ele não estava preocupado com o déficit. Assim como o Cerra tem um problema com o “câmbio”, os neoliberais têm um problema com o “déficit”.
Volcker disse que não. Disse que estava preocupado com o metrô de Nova York.
O que?, perguntou o neoliberal aturdido. Com o metrô?
Sim, ele explicou. Houve uma concorrência para ampliar as linhas do metrô de Nova York e nenhuma empresa americana se apresentou.
Mas, e daí ?, se perguntava o neoliberal perplexo.
Volcker explicou: é que os Estados Unidos não formam mais engenheiros. As melhores cabeças da América foram trabalhar nos bancos. Produzem derivativos e não vagão de trem.
E deu no que deu.
Este ansioso blogueiro deu para ler o Plano Quinquenal da China, em lugar de perder tempo com o artigo do Farol de Alexandria, hoje, na página 2 do Estadão – um exercício inútil sobre o que a “esquerda” deve fazer. (como se a esquerda ou a direita precisasse de conselho dele.)
(Na verdade é um artigo chic para demonstrar que, em 1968, durante os protestos estudantis, ele estava em Paris. Gente fina …)
Mas, vamos ao Plano chinês.
Leitura mais útil a um habitante de um país membro dos BRICs e do Grupo dos 20.
(Aliás, no capítulo das relações externas, o Plano enfatiza que a China pretende afirmar-se em fóruns internacionais e o Grupo dos 20 está em primeiro lugar.)
O Governo chinês abriu um centro de pesquisas em nanotecnologia, constrói neste momento 50 centros de engenharia, 32 laboratórios nacionais de engenharia, e 56 laboratórios focados em televisão digital e internet de alta velocidade.
Antes que os profetas do Apocalipse se manifestem, vamos a artigo que o Ministro Fernando Haddad publicou na pág. 2 da Folha (*), em 23 de fevereiro:
“Educação superior, banda larga de acesso”
(Esta expressão, na verdade, é de autoria deste ansioso blogueiro, noutro contexto, quando o PiG (**) queria destruir o ENEM para impedir o acesso do pobre à Universidade: “o ENEM é a banda larga do acesso do pobre à Universidade”.)
Diz o Haddad:
“Na ultima década, o Brasil foi, segundo o Banco Mundial, o país que mais avançou em aumento da escolaridade e, segundo dados da OCDE, o terceiro país que mais evoluiu em qualidade da educação básica”.
“Superamos a China no primeiro caso, e ficamos atrás apenas de Chile e Luxemburgo, no segundo.”
“Reuni – a expansão e a interiorização das universidades federais dobrou o número de ingressantes entre 2003 e 2020 (olha o Nunca Dantes aí ! – PHA), levando educação superior de qualidade a 126 cidades do interior do país.”
ProUni – mais de 800 mil estudantes de escola pública que passaram no ENEM estudam em faculdades.
“ … em dez anos, a matrícula do ensino superior teve aumento de 151% e o número de formandos cresceu 195% !”
Que horror !
Porém, segundo o jornal Brasil Econômico, de 2 de março, na pág. 14, mostra: “demanda alta por engenheiros deixa construção em alerta”.
“Registro de novos profissionais não acompanha a abertura de vagas no setor; grupos falam em importar mão de obra.”
No ano passado, a construção civil criou 12 mil postos de trabalhos para engenheiros.
No ano passado, 7 mil engenheiros se registraram nos CREAs de todo o país, mostra a reportagem.
Acontece que apenas 30% dos engenheiros do Brasil trabalham em engenharia: estão a produzir os derivativos do Paulo Volcker, em boa parte.
Qual é a saída ?
Uma delas sugeriu o Ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante: acelerar a formação de tecnólogos em engenharia, de formação mais curta, para suprir a demanda que está aí, agora.
É uma emergência.
Outra, é importar engenheiro.
Com um engenheiro búlgaro que veio trabalhar na Usiminas, no Governo Vargas, de nome Rousseff.
Outra é fechar as escolas de Economia – fábrica de neoliberais que só pensam em trabalhar em banco – e abrir escolas de Engenharia.
Paulo Henrique Amorim
No ponto mais agudo da crise de 2008, quando a urubóloga disse que um tsunami ia afundar o Nunca Dantes, naquele momento dramático, Paul Volcker, ex-presidente do Banco Central americano, deu entrevista a um programa de domingo de manhã na CNN.
O entrevistador neoliberal, um urubólogo, perguntou a Volcker se ele não estava preocupado com o déficit. Assim como o Cerra tem um problema com o “câmbio”, os neoliberais têm um problema com o “déficit”.
Volcker disse que não. Disse que estava preocupado com o metrô de Nova York.
O que?, perguntou o neoliberal aturdido. Com o metrô?
Sim, ele explicou. Houve uma concorrência para ampliar as linhas do metrô de Nova York e nenhuma empresa americana se apresentou.
Mas, e daí ?, se perguntava o neoliberal perplexo.
Volcker explicou: é que os Estados Unidos não formam mais engenheiros. As melhores cabeças da América foram trabalhar nos bancos. Produzem derivativos e não vagão de trem.
E deu no que deu.
Este ansioso blogueiro deu para ler o Plano Quinquenal da China, em lugar de perder tempo com o artigo do Farol de Alexandria, hoje, na página 2 do Estadão – um exercício inútil sobre o que a “esquerda” deve fazer. (como se a esquerda ou a direita precisasse de conselho dele.)
(Na verdade é um artigo chic para demonstrar que, em 1968, durante os protestos estudantis, ele estava em Paris. Gente fina …)
Mas, vamos ao Plano chinês.
Leitura mais útil a um habitante de um país membro dos BRICs e do Grupo dos 20.
(Aliás, no capítulo das relações externas, o Plano enfatiza que a China pretende afirmar-se em fóruns internacionais e o Grupo dos 20 está em primeiro lugar.)
O Governo chinês abriu um centro de pesquisas em nanotecnologia, constrói neste momento 50 centros de engenharia, 32 laboratórios nacionais de engenharia, e 56 laboratórios focados em televisão digital e internet de alta velocidade.
Antes que os profetas do Apocalipse se manifestem, vamos a artigo que o Ministro Fernando Haddad publicou na pág. 2 da Folha (*), em 23 de fevereiro:
“Educação superior, banda larga de acesso”
(Esta expressão, na verdade, é de autoria deste ansioso blogueiro, noutro contexto, quando o PiG (**) queria destruir o ENEM para impedir o acesso do pobre à Universidade: “o ENEM é a banda larga do acesso do pobre à Universidade”.)
Diz o Haddad:
“Na ultima década, o Brasil foi, segundo o Banco Mundial, o país que mais avançou em aumento da escolaridade e, segundo dados da OCDE, o terceiro país que mais evoluiu em qualidade da educação básica”.
“Superamos a China no primeiro caso, e ficamos atrás apenas de Chile e Luxemburgo, no segundo.”
“Reuni – a expansão e a interiorização das universidades federais dobrou o número de ingressantes entre 2003 e 2020 (olha o Nunca Dantes aí ! – PHA), levando educação superior de qualidade a 126 cidades do interior do país.”
ProUni – mais de 800 mil estudantes de escola pública que passaram no ENEM estudam em faculdades.
“ … em dez anos, a matrícula do ensino superior teve aumento de 151% e o número de formandos cresceu 195% !”
Que horror !
Porém, segundo o jornal Brasil Econômico, de 2 de março, na pág. 14, mostra: “demanda alta por engenheiros deixa construção em alerta”.
“Registro de novos profissionais não acompanha a abertura de vagas no setor; grupos falam em importar mão de obra.”
No ano passado, a construção civil criou 12 mil postos de trabalhos para engenheiros.
No ano passado, 7 mil engenheiros se registraram nos CREAs de todo o país, mostra a reportagem.
Acontece que apenas 30% dos engenheiros do Brasil trabalham em engenharia: estão a produzir os derivativos do Paulo Volcker, em boa parte.
Qual é a saída ?
Uma delas sugeriu o Ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante: acelerar a formação de tecnólogos em engenharia, de formação mais curta, para suprir a demanda que está aí, agora.
É uma emergência.
Outra, é importar engenheiro.
Com um engenheiro búlgaro que veio trabalhar na Usiminas, no Governo Vargas, de nome Rousseff.
Outra é fechar as escolas de Economia – fábrica de neoliberais que só pensam em trabalhar em banco – e abrir escolas de Engenharia.
Paulo Henrique Amorim
- irlan
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O Bourne vai reclamar hein ...
Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
- Clermont
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Em petição de miséria.
Dora Kramer - O Estado de S.Paulo - 15.03.11.
O partido já foi influente e essencial: dividiu o poder com todos os governos da ditadura até a eleição de Lula e teve papel decisivo para a redemocratização, quando abandonou a candidatura presidencial apoiada pelo regime militar e se aliou à oposição para eleger Tancredo Neves no colégio eleitoral de 1985.
De Arena mudou para PDS, tornando-se Frente Liberal (PFL) ao se juntar com o MDB de Ulysses Guimarães. Virou Democratas em 2007 com o plano de se modernizar e livrar-se do estigma da ditadura, mas deu errado. Hoje o partido se reúne em convenção extraordinária para juntar os cacos e tentar sobreviver à derrocada total.
O DEM que nesta terça-feira elege presidente o senador José Agripino Maia é um partido em petição de miséria: bancada minguante no Congresso, quantidade decrescente de interessados em se candidatar pela legenda, destituído de base social, sem perspectiva eleitoral para 2012, desprovido de seu tradicional combustível (o poder) e com a imagem marcada pela cena de sua última aposta política de fôlego - José Roberto Arruda - recebendo dinheiro ilícito exibida em rede nacional.
Uma trajetória ladeira abaixo para adversário nenhum pôr defeito. Uma situação que não encontra semelhança em nenhuma outra agremiação do atual quadro partidário: o PMDB reinventou-se depois da Nova República e sobreviveu; o PSDB manteve presença nos grandes centros e mal ou bem sobreviveu à perda da Presidência da República.
Mesmo o PT, que em determinado momento pareceu soçobrar sob os escombros de um escândalo mais detalhado e abrangente que o vídeo que detonou Arruda, sobreviveu, reelegeu um presidente e elegeu a sucessora.
O que houve, então, com o DEM? Uma série de coisas. Um partido não tem morte súbita, definha.
No segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, o ainda PFL rompeu com o governo. Na eleição presidencial seguinte lançou candidatura própria, fulminada pela exibição de fotos do dinheiro de origem (até hoje) não explicada encontrado pela Polícia Federal na empresa Lunus, de propriedade da candidata Roseana Sarney.
O partido, sempre exímio na arte de compor e articular, brigou feio com o ex-parceiro PSDB. Afastou-se de seu eixo habitual.
Antes disso havia sofrido o revés da morte do deputado Luís Eduardo Magalhães, a aposta do PFL para o futuro.
Em 2001, começa a derrocada de Antonio Carlos Magalhães, o grande morubixaba do pefelê. Em 2002, Lula se elege e a partir daí o partido inicia um processo de perda dos grotões para o PT. O PFL sempre atuou com força em Estados mais dependentes dos instrumentos de governo.
Ao passar a ser oposição, perdeu os meios. Com eles, o eleitorado e um público até então relativamente cativo, o grande empresariado, que se associa ao governo do PT.
Sem poder, com as lideranças abaladas e carente de sustentação social, em 2007 o partido tenta se reinventar.
O então presidente, Jorge Bornhausen, escolheu para substituí-lo o deputado Rodrigo Maia: jovem, filho do prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, representaria a renovação e ainda poderia reforçar a posição do partido, já de nome novo (Democratas), no Sudeste.
Além disso, Rodrigo nascera no Chile durante o exílio do pai - ninguém poderia jamais associá-lo à ditadura, um fator que segundo o entendimento de Bornhausen pesava de forma crucial contra o partido.
Na concepção dele, Gilberto Kassab em São Paulo poderia representar a consolidação nas duas maiores cidades do País.
Para não nos alongarmos em detalhes, o resumo do fim da ópera: o PMDB tomou conta do Rio, por meio de Sérgio Cabral, Kassab foge da massa falida preocupado com o próprio futuro e Rodrigo Maia revelou-se um dirigente imaturo.
Arrumou mais brigas que alianças, tirando o partido de vez de seu eixo original. Além disso, sua principal aposta no cenário nacional era José Roberto Arruda, o responsável pelo golpe fatal e a perda total do rumo e do prumo.
A entrega do DEM a Agripino Maia, representante da antiga geração, significa que o partido dá um passo atrás para tentar retomar a caminhada e, sobretudo, o senso de direção.
Dora Kramer - O Estado de S.Paulo - 15.03.11.
O partido já foi influente e essencial: dividiu o poder com todos os governos da ditadura até a eleição de Lula e teve papel decisivo para a redemocratização, quando abandonou a candidatura presidencial apoiada pelo regime militar e se aliou à oposição para eleger Tancredo Neves no colégio eleitoral de 1985.
De Arena mudou para PDS, tornando-se Frente Liberal (PFL) ao se juntar com o MDB de Ulysses Guimarães. Virou Democratas em 2007 com o plano de se modernizar e livrar-se do estigma da ditadura, mas deu errado. Hoje o partido se reúne em convenção extraordinária para juntar os cacos e tentar sobreviver à derrocada total.
O DEM que nesta terça-feira elege presidente o senador José Agripino Maia é um partido em petição de miséria: bancada minguante no Congresso, quantidade decrescente de interessados em se candidatar pela legenda, destituído de base social, sem perspectiva eleitoral para 2012, desprovido de seu tradicional combustível (o poder) e com a imagem marcada pela cena de sua última aposta política de fôlego - José Roberto Arruda - recebendo dinheiro ilícito exibida em rede nacional.
Uma trajetória ladeira abaixo para adversário nenhum pôr defeito. Uma situação que não encontra semelhança em nenhuma outra agremiação do atual quadro partidário: o PMDB reinventou-se depois da Nova República e sobreviveu; o PSDB manteve presença nos grandes centros e mal ou bem sobreviveu à perda da Presidência da República.
Mesmo o PT, que em determinado momento pareceu soçobrar sob os escombros de um escândalo mais detalhado e abrangente que o vídeo que detonou Arruda, sobreviveu, reelegeu um presidente e elegeu a sucessora.
O que houve, então, com o DEM? Uma série de coisas. Um partido não tem morte súbita, definha.
No segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, o ainda PFL rompeu com o governo. Na eleição presidencial seguinte lançou candidatura própria, fulminada pela exibição de fotos do dinheiro de origem (até hoje) não explicada encontrado pela Polícia Federal na empresa Lunus, de propriedade da candidata Roseana Sarney.
O partido, sempre exímio na arte de compor e articular, brigou feio com o ex-parceiro PSDB. Afastou-se de seu eixo habitual.
Antes disso havia sofrido o revés da morte do deputado Luís Eduardo Magalhães, a aposta do PFL para o futuro.
Em 2001, começa a derrocada de Antonio Carlos Magalhães, o grande morubixaba do pefelê. Em 2002, Lula se elege e a partir daí o partido inicia um processo de perda dos grotões para o PT. O PFL sempre atuou com força em Estados mais dependentes dos instrumentos de governo.
Ao passar a ser oposição, perdeu os meios. Com eles, o eleitorado e um público até então relativamente cativo, o grande empresariado, que se associa ao governo do PT.
Sem poder, com as lideranças abaladas e carente de sustentação social, em 2007 o partido tenta se reinventar.
O então presidente, Jorge Bornhausen, escolheu para substituí-lo o deputado Rodrigo Maia: jovem, filho do prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, representaria a renovação e ainda poderia reforçar a posição do partido, já de nome novo (Democratas), no Sudeste.
Além disso, Rodrigo nascera no Chile durante o exílio do pai - ninguém poderia jamais associá-lo à ditadura, um fator que segundo o entendimento de Bornhausen pesava de forma crucial contra o partido.
Na concepção dele, Gilberto Kassab em São Paulo poderia representar a consolidação nas duas maiores cidades do País.
Para não nos alongarmos em detalhes, o resumo do fim da ópera: o PMDB tomou conta do Rio, por meio de Sérgio Cabral, Kassab foge da massa falida preocupado com o próprio futuro e Rodrigo Maia revelou-se um dirigente imaturo.
Arrumou mais brigas que alianças, tirando o partido de vez de seu eixo original. Além disso, sua principal aposta no cenário nacional era José Roberto Arruda, o responsável pelo golpe fatal e a perda total do rumo e do prumo.
A entrega do DEM a Agripino Maia, representante da antiga geração, significa que o partido dá um passo atrás para tentar retomar a caminhada e, sobretudo, o senso de direção.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Se este partido, tive-se compromisso com o interesse publico. Não estaria a beira da falência.
- rodrigo
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Ex-ministros de Lula ainda mantêm cargos em estatais
Fora da Esplanada, Celso Amorim e Luiz Dulci recebem salários para fazer parte de conselhos administrativos. Ex-titulares de pasta das Relações Exteriores e da Secretaria-Geral da Presidência não veem conflito ético em prática
Folha de S. Paulo
Mesmo fora do governo, os ex-ministros Celso Amorim (Relações Exteriores) e Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência) continuam a receber salário para integrar conselhos de estatais.
Eles deixaram a Esplanada em 1º de janeiro, após oito anos no primeiro escalão do governo Lula. No entanto, ainda ocupam vagas nos conselhos de administração da Itaipu Binacional e da Eletrobras, respectivamente.
Os dois afirmaram à Folha não ver conflito ético na prática, mas disseram que os cargos estão à disposição do governo Dilma Rousseff.
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/
Fora da Esplanada, Celso Amorim e Luiz Dulci recebem salários para fazer parte de conselhos administrativos. Ex-titulares de pasta das Relações Exteriores e da Secretaria-Geral da Presidência não veem conflito ético em prática
Folha de S. Paulo
Mesmo fora do governo, os ex-ministros Celso Amorim (Relações Exteriores) e Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência) continuam a receber salário para integrar conselhos de estatais.
Eles deixaram a Esplanada em 1º de janeiro, após oito anos no primeiro escalão do governo Lula. No entanto, ainda ocupam vagas nos conselhos de administração da Itaipu Binacional e da Eletrobras, respectivamente.
Os dois afirmaram à Folha não ver conflito ético na prática, mas disseram que os cargos estão à disposição do governo Dilma Rousseff.
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
- Clermont
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Nem carne nem peixe.
Dora Kramer, O Estado de S.Paulo.
O PSD, partido cuja criação foi anunciada oficialmente ontem pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, é uma síntese do quadro partidário brasileiro.
Não tem ideário específico nem posição nítida, se propõe a transitar do governo à oposição, não faz exigências de natureza doutrinária a quem se dispuser a aderir, não apresenta um plano de voo além da oportunidade de disputa de eleições e exibe um programa adaptável a gregos e troianos.
A declaração do deputado Protógenes Queiróz, presente ao ato de lançamento, é emblemática: não está pensando em se filiar ao partido, mas disse que se Kassab convidá-lo para ser candidato à Prefeitura de São Paulo, em 2012, aceita de bom grado trocar o PC do B pelo PSD.
Não vai acontecer, mas bem que poderia se Protógenes tivesse credenciais melhores que ter sido eleito na esteira dos votos de outrem graças às artes do coeficiente eleitoral, a julgar pelos primeiros movimentos PSD e manifestações de seu fundador.
O partido é dito liberal, mas até outro dia havia a firme intenção de se fundir à legenda socialista presidida pelo governador Eduardo Campos. Mudou de nome antes do batismo, para não dar margem a piadas como PDB (Partido da Boquinha) e alterou também seus planos de fusão.
Kassab, que há menos de um mês dizia que numa escala de 0 a 10 não passava de 1 a chance de seu partido seguir viagem sozinho sem se juntar a uma outra agremiação, ontem descartou completamente a hipótese. Para fugir da acusação de que criou um partido "trampolim" apenas para livrar a si e seus novos correligionários dos rigores da fidelidade partidária.
Segundo o prefeito de São Paulo, o PSD é independente, fará "uma espécie" de oposição responsável ao governo Dilma Rousseff mas, ao mesmo tempo, se propõe a ajudá-la a ser "uma grande presidente".
Ao mesmo tempo que adula Dilma, faz da fidelidade ao tucano José Serra profissão de fé, já anunciando que não se oporá a Geraldo Alckmin em São Paulo.
Ante tanto ecletismo, é de se perguntar: afinal de contas, que apito tocará o PSD?
Dora Kramer, O Estado de S.Paulo.
O PSD, partido cuja criação foi anunciada oficialmente ontem pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, é uma síntese do quadro partidário brasileiro.
Não tem ideário específico nem posição nítida, se propõe a transitar do governo à oposição, não faz exigências de natureza doutrinária a quem se dispuser a aderir, não apresenta um plano de voo além da oportunidade de disputa de eleições e exibe um programa adaptável a gregos e troianos.
A declaração do deputado Protógenes Queiróz, presente ao ato de lançamento, é emblemática: não está pensando em se filiar ao partido, mas disse que se Kassab convidá-lo para ser candidato à Prefeitura de São Paulo, em 2012, aceita de bom grado trocar o PC do B pelo PSD.
Não vai acontecer, mas bem que poderia se Protógenes tivesse credenciais melhores que ter sido eleito na esteira dos votos de outrem graças às artes do coeficiente eleitoral, a julgar pelos primeiros movimentos PSD e manifestações de seu fundador.
O partido é dito liberal, mas até outro dia havia a firme intenção de se fundir à legenda socialista presidida pelo governador Eduardo Campos. Mudou de nome antes do batismo, para não dar margem a piadas como PDB (Partido da Boquinha) e alterou também seus planos de fusão.
Kassab, que há menos de um mês dizia que numa escala de 0 a 10 não passava de 1 a chance de seu partido seguir viagem sozinho sem se juntar a uma outra agremiação, ontem descartou completamente a hipótese. Para fugir da acusação de que criou um partido "trampolim" apenas para livrar a si e seus novos correligionários dos rigores da fidelidade partidária.
Segundo o prefeito de São Paulo, o PSD é independente, fará "uma espécie" de oposição responsável ao governo Dilma Rousseff mas, ao mesmo tempo, se propõe a ajudá-la a ser "uma grande presidente".
Ao mesmo tempo que adula Dilma, faz da fidelidade ao tucano José Serra profissão de fé, já anunciando que não se oporá a Geraldo Alckmin em São Paulo.
Ante tanto ecletismo, é de se perguntar: afinal de contas, que apito tocará o PSD?
- xatoux
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
A NOVA ESTRATÉGIA PARA OS TUCANOS VOLTAREM AO PODER
O poder dos sentimentos
25 de março de 2011 | 0h 00
Nelson Motta - O Estado de S.Paulo
A relação de amor e ódio entre Lula e Fernando Henrique já foi estudada em um livro de Paulo Markun com o sugestivo título de O sapo e o príncipe. Mas, além de um estudo psicanalítico, esse caso passional daria um romance.
Sim, os políticos também amam, também sofrem com rejeição e abandono, com ciúmes e traições. Eles tem paixão pelo poder, mas também outros amores, ambições e frustrações, da carne e do espírito. Lula e Fernando não são exceção.
Nem Dilma. Com todo respeito.
Mesmo na solidão do Planalto, ou por isso mesmo, quem sabe o seu coração não bate mais forte por alguém? Por um amor impossível e platônico? Ou por alguma fantasia, afinal, ela é presidente mas é mulher. E por que não uma relação amorosa plena? Ela teria todo direito. Marta Suplicy trocou de marido quando era prefeita e, de novo, como senadora. Por que a presidenta seria diferenta? Se Itamar namorava, por que ela não poderia?
Ao contrário de Lula, Dilma tem sido gentil, generosa e simpática com Fernando. Já fez reconhecimentos públicos de méritos de seu governo e cada vez faz menos criticas à sua administração. Conversou animadamente com ele em uma solenidade e o convidou a visitá-la, não só com o seu partido, mas também sozinho. Depois, no banquete de Obama, todo mundo viu o clima que rolou entre eles, brindando entre sorrisos e charmes. O velho professor continua em forma, a nova presidenta parecia encantada. Depois, ele falou maravilhas dela para a imprensa.
Dilma está mais segura, emagrecendo, melhorando o visual, tentando adoçar seu estilo duro e discreto. Mas as duronas também amam. E como! É um clássico de Hollywood. Dilma é, tem que ser para ter chegado aonde chegou, uma mulher forte e intensa, que pode ser muito atraente para senhores maduros apaixonados pelo poder.
Não seria nenhum absurdo se Dilma e Fernando quisessem se conhecer melhor. Ela poderia trocar ideias e afetos com um homem inteligente, culto e charmoso e não ficaria restrita às opiniões do círculo intimo palaciano. E de Lula, que morreria de ciúmes. Seria uma espécie de Romeu e Julieta maduro - mas com final feliz.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 7003,0.php
O poder dos sentimentos
25 de março de 2011 | 0h 00
Nelson Motta - O Estado de S.Paulo
A relação de amor e ódio entre Lula e Fernando Henrique já foi estudada em um livro de Paulo Markun com o sugestivo título de O sapo e o príncipe. Mas, além de um estudo psicanalítico, esse caso passional daria um romance.
Sim, os políticos também amam, também sofrem com rejeição e abandono, com ciúmes e traições. Eles tem paixão pelo poder, mas também outros amores, ambições e frustrações, da carne e do espírito. Lula e Fernando não são exceção.
Nem Dilma. Com todo respeito.
Mesmo na solidão do Planalto, ou por isso mesmo, quem sabe o seu coração não bate mais forte por alguém? Por um amor impossível e platônico? Ou por alguma fantasia, afinal, ela é presidente mas é mulher. E por que não uma relação amorosa plena? Ela teria todo direito. Marta Suplicy trocou de marido quando era prefeita e, de novo, como senadora. Por que a presidenta seria diferenta? Se Itamar namorava, por que ela não poderia?
Ao contrário de Lula, Dilma tem sido gentil, generosa e simpática com Fernando. Já fez reconhecimentos públicos de méritos de seu governo e cada vez faz menos criticas à sua administração. Conversou animadamente com ele em uma solenidade e o convidou a visitá-la, não só com o seu partido, mas também sozinho. Depois, no banquete de Obama, todo mundo viu o clima que rolou entre eles, brindando entre sorrisos e charmes. O velho professor continua em forma, a nova presidenta parecia encantada. Depois, ele falou maravilhas dela para a imprensa.
Dilma está mais segura, emagrecendo, melhorando o visual, tentando adoçar seu estilo duro e discreto. Mas as duronas também amam. E como! É um clássico de Hollywood. Dilma é, tem que ser para ter chegado aonde chegou, uma mulher forte e intensa, que pode ser muito atraente para senhores maduros apaixonados pelo poder.
Não seria nenhum absurdo se Dilma e Fernando quisessem se conhecer melhor. Ela poderia trocar ideias e afetos com um homem inteligente, culto e charmoso e não ficaria restrita às opiniões do círculo intimo palaciano. E de Lula, que morreria de ciúmes. Seria uma espécie de Romeu e Julieta maduro - mas com final feliz.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 7003,0.php
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- J.Ricardo
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Rapaz... seria fantástico esse romance!!!
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
- faterra
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 25/3/2011 14:59
ESPECIAL-Acusações de abusos podem derrubar 7 governadores
Por Hugo Bachega
BRASÍLIA (Reuters) - Eles derrotaram adversários na eleição em outubro, mas um terceiro turno pelo cargo pode estar diante de sete governadores acusados de irregularidades na campanha de 2010 e que podem ter seus mandatos cassados.
A movimentação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) envolve denúncias de abuso de poder econômico e político, compra de votos e uso indevido de meios de comunicação, acusações que custaram o mandato de três governadores somente nos últimos quatro anos.
A ameaça existe mas, apesar das recentes cassações, o risco da perda de mandato é considerado mínimo por lideranças políticas ouvidas pela Reuters.
Sob suspeita, estão os governadores do Acre, Tião Viana (PT); do Amazonas, Omar Aziz (PMN); de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB); do Piauí, Wilson Martins (PSB); do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM); de Roraima, Anchieta Júnior (PSDB), e do Tocantins, Siqueira Campos (PSDB).
'Eu conheço a maioria dos casos e acredito que não vão prosperar', disse o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE). 'O importante é não deixar esse tipo de questionamento vivo.'
A tranquilidade em relação à perda do mandato, no entanto, pode esbarrar no histórico recente do TSE.
Desde 2006, três governadores foram cassados pelo tribunal, todos acusados de abuso de poder econômico e político, entre outras irregularidades. As denúncias derrubaram os governantes de Paraíba, Maranhão e Tocantins, cassados dois anos após serem empossados.
'A cassação de três governadores é efetivamente grande no Brasil. Cria-se uma jurisprudência', disse o advogado Maurício Oliveira Campos, especialista em direito eleitoral. 'Nos processos atuais, o acirramento do período eleitoral se despejou no período pós-eleitoral.'
Caso as cassações se confirmem, os vices também perdem seus cargos, já que a chapa eleita é invalidada, segundo o TSE.
A lei prevê nova eleição no caso de definição em primeiro turno e a posse do segundo colocado para vitórias ocorridas em segundo turno. Se a duração dos últimos processos serve como um indicativo, os julgamentos podem levar tempo para serem concluídos.
'Não vejo iminente a perda de mandato em nenhum dos casos (atuais)', afirmou o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza.
'A lei não é clara, tem muitos furos. Eu sou a favor de que, uma vez diplomado, uma vez tomado posse, só com fato novo possa se pedir a cassação, senão você fica instigando uma discussão que não faz sentido', disse o deputado.
CHORO DE PERDEDOR
A sensação de um 'terceiro turno' do período eleitoral não se restringe à arena política. Especialistas veem as representações como um movimento natural dos derrotados nas urnas e adotam cautela sobre o fato de sete governadores serem acusados de crimes eleitorais.
'Tudo isso diz respeito a fatos ocorridos na campanha eleitoral. Eu não vejo nenhuma gravidade... é plenamente previsível', explicou Fernando Neves, advogado especialista em direito político e ex-ministro do TSE. 'Hoje é muito normal, quem perde a eleição propõe uma ação contra quem ganha.'
Dos outros processos em trâmite, quatro são de autoria de rivais derrotados, que acusam os governantes eleitos em Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins de compra de votos e abuso de poder econômico e político.
'Naturalmente existe um fator político, no sentido de desestabilizar o governo do adversário', disse o advogado Campos. 'Algumas vezes é choro de perdedor.'
Em Roraima, o governador Anchieta Júnior já perdeu seu mandato, cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ele recorreu ao TSE, que concedeu mandado de segurança suspendendo a decisão.
No Acre e no Amazonas, as ações foram iniciadas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).
Um abraço!
Fernando Augusto Terra
- Paisano
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O Brasil que o México inveja
Fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... nveja#more
Fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... nveja#more
Por Monier
Esse texto foi repassado por um advogado mexicano. Mostra um pouco da mudança de imagem que se faz do Brasil, e complementa bem a coluna econômica.
Mejor aprendamos portugués Los brasileños hicieron lo que tenían que hacer.
*Víctor Beltri
Hace unos cuantos años, Brasil era un país tercermundista, lleno de problemas y desigualdad. Una economía sin grandes perspectivas, para una nación que era más conocida por su futbol y sus carnavales que por su planta productiva e industrial. Hoy, las cosas son bien distintas.Los brasileños tienen muy claro cuál es el secreto de su éxito: se dieron cuenta de lo que tenían, y se decidieron a ser pragmáticos. Sin tratar de revivir viejas glorias, ni estar atados a instituciones que nunca habían funcionado. Hicieron lo que tenían que hacer.
Primero, hicieron un análisis de la situación en la que se encontraban, y marcaron un objetivo. Posteriormente hicieron un balance de lo que tenían, y desecharon todo aquello que les estorbaba para llegar a su meta, mientras que fortalecieron lo que ya tenían. El resultado es evidente.
Las comparaciones son odiosas. Pero nosotros seguimos, desde hace décadas, con los mismos atavismos que no nos permiten crecer. México debería de ocupar un lugar preponderante por su situación geopolítica, por sus recursos naturales, por la juventud de su población. ¿Qué estamos haciendo mal?
La respuesta es evidente, también. Vivimos en una cultura que se nutre de las prerrogativas ganadas por unos cuantos y que nadie se atreve a desafiar. Desde los grandes sindicatos que tienen al país anclado, hasta los monopolios que son permitidos —y fomentados— por el Estado mismo. Vivimos en una cultura que explota continuamente sus mitos fundacionales en lugar de plantearse cuál es el país que necesitamos en el futuro. Vivimos en una cultura en la que nos es más cómodo sentirnos perpetuamente las víctimas de un destino cruel: nosotros los pobres y ustedes los ricos. El enemigo siempre es extraño y externo. El peligro que viene, un concepto que ha sido explotado hasta el hartazgo.
En la elección del 2006 se etiquetó a uno de los candidatos como “un peligro para México”. Tal vez lo era, pero también es muy probable que no, dado lo que hemos visto en este sexenio. El gran problema es que la herida nunca se cerró, y las diferencias se siguieron acentuando, cada vez en más campos. De tener diferencias electorales pasamos a tener visiones del mundo distintas, porque nunca nadie se preocupó de que superáramos el proceso y saliéramos fortalecidos.
Hay miles de ejemplos al respecto. Uno muy reciente es el del Acuerdo para la Cobertura Informativa de la Violencia, firmado esta semana. Las reacciones se dieron al momento, y dos bandos se formaron de inmediato. Los Seguidores Del Espurio contra los Apóstoles del Mesías Tropical. Los Entregados contra Los Mezquinos. Lo que podría ser el principio de un diálogo constructivo fue tomado como bandera política para algo que ocurrió hace años pero que sigue causando molestias. ¿Lo merecemos? Las brechas seguirán ensanchándose. Porque, ahora, de los creadores de “Un peligro para México” llega “El peligro es que regrese el PRI a Los Pinos”. Y bajo esa consigna, todo vale. Alianzas sin futuro, golpes bajo la mesa, polarización del país entero. Otra vez a llevarlo todo al límite. ¿Cuánto puede aguantar esta cuerda? De nuevo, ¿lo merecemos?
¿Merecemos que PAN y PRD nos propongan no al mejor, sino al que podría derrotar al PRI? ¿Esa es visión al futuro o al pasado? ¿No valdría más la pena hacer una propuesta seria, y convenir en una mayor vigilancia de quien resulte ganador? ¿O de qué se trata esto? ¿De obtener el poder, por el poder mismo? ¿Aún a costa de lo que hemos construido con tanto esfuerzo? El mundo no se detiene. Y mientras seguimos con nuestras divisiones, mezquindades, peleas intestinas, alianzas y gobiernos mediocres, sin atrevernos a cuestionar las instituciones que nos mantienen rezagados, otros actores ocupan la posición que nos debería de corresponder. ¿Qué hacemos mientras tanto? ¿Aprendemos portugués?
*Analista político; contacto@victorbeltri.com y twitter.com/vbeltri
http://excelsior.com.mx/index.php?m=nota&id_nota=725204
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Estou dizendo que Dilma e FHC tem muito em comum e ninguém acreditaxatoux escreveu:A NOVA ESTRATÉGIA PARA OS TUCANOS VOLTAREM AO PODER
O poder dos sentimentos
25 de março de 2011 | 0h 00
Nelson Motta - O Estado de S.Paulo
A relação de amor e ódio entre Lula e Fernando Henrique já foi estudada em um livro de Paulo Markun com o sugestivo título de O sapo e o príncipe. Mas, além de um estudo psicanalítico, esse caso passional daria um romance.
Sim, os políticos também amam, também sofrem com rejeição e abandono, com ciúmes e traições. Eles tem paixão pelo poder, mas também outros amores, ambições e frustrações, da carne e do espírito. Lula e Fernando não são exceção.
Nem Dilma. Com todo respeito.
Mesmo na solidão do Planalto, ou por isso mesmo, quem sabe o seu coração não bate mais forte por alguém? Por um amor impossível e platônico? Ou por alguma fantasia, afinal, ela é presidente mas é mulher. E por que não uma relação amorosa plena? Ela teria todo direito. Marta Suplicy trocou de marido quando era prefeita e, de novo, como senadora. Por que a presidenta seria diferenta? Se Itamar namorava, por que ela não poderia?
Ao contrário de Lula, Dilma tem sido gentil, generosa e simpática com Fernando. Já fez reconhecimentos públicos de méritos de seu governo e cada vez faz menos criticas à sua administração. Conversou animadamente com ele em uma solenidade e o convidou a visitá-la, não só com o seu partido, mas também sozinho. Depois, no banquete de Obama, todo mundo viu o clima que rolou entre eles, brindando entre sorrisos e charmes. O velho professor continua em forma, a nova presidenta parecia encantada. Depois, ele falou maravilhas dela para a imprensa.
Dilma está mais segura, emagrecendo, melhorando o visual, tentando adoçar seu estilo duro e discreto. Mas as duronas também amam. E como! É um clássico de Hollywood. Dilma é, tem que ser para ter chegado aonde chegou, uma mulher forte e intensa, que pode ser muito atraente para senhores maduros apaixonados pelo poder.
Não seria nenhum absurdo se Dilma e Fernando quisessem se conhecer melhor. Ela poderia trocar ideias e afetos com um homem inteligente, culto e charmoso e não ficaria restrita às opiniões do círculo intimo palaciano. E de Lula, que morreria de ciúmes. Seria uma espécie de Romeu e Julieta maduro - mas com final feliz.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 7003,0.php
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Por essas e outras que a imprensa brasileira é um saco de piadas prontas...
--x--
O texto do mexicano que o Paisano trouxe é interessante. Gostei.
[]'s a todos.
--x--
O texto do mexicano que o Paisano trouxe é interessante. Gostei.
[]'s a todos.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
- Luiz Bastos
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Dilma e FHC seria uma facada nas costas do apedeuta, pior que a que Obama aplicou quando da negociação no Irã. Eu, particularmente, cairia de quatro e pediria meu boné nunca mais votando em ninguém. Fui
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O que será que vai esse novo partido?
Maria vai com as outras ou quem dá mais leva.
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Kassab: Partido não será de direita, nem de esquerda, nem de centro
Em entrevista à Estadão ESPN, prefeito de São Paulo Gilberto Kassab explicou o posicionamento ideológico de seu futuro partido, o Partido Social Democrático.