Mundo Árabe em Ebulição

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romeo
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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#1096 Mensagem por romeo » Sex Mar 18, 2011 5:25 pm

Pagina dos rebeldes da Libia:

www.libyafeb17.com

Romeo




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Clermont
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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#1097 Mensagem por Clermont » Sex Mar 18, 2011 8:08 pm

Os atiradores teriam disparado de cima de prédios contra os manifestantes que realizavam o protesto no centro de Sanaa, depois das orações da sexta-feira, enquanto forças de segurança tentavam retirar os ativistas do local.

"Isto é um massacre. A maior parte dos tiros miraram cabeças e ombros, então eram atiradores treinados que estavam tentando matar as pessoas, e não (somente) feri-las", disse à BBC o jornalista iemenita Hakim Almasmari, que testemunhou o protesto.
Alguém pode me informar quando o CS da ONU vai autorizar os franceses a bombardearem o Iêmen com seus super-hiper "Rafales" para preservar as vidas de civis inocentes?




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Penguin
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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#1098 Mensagem por Penguin » Sex Mar 18, 2011 8:12 pm

Ares
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Operational Planning for Libya's No-Fly Zone Continues
Posted by David A. Fulghum at 3/18/2011 12:51 PM CDT

The UN approved a no-fly zone, the Libyan government declared a ceasefire and the fighting continued. As a result, planning and preparations for setting up the aerial screen over Libya continue.

While aircraft and helicopters in flight will be considered legitimate targets, airfields, aircraft on the ground or military vehicles such as tanks will not be attacked as long as they are not firing at or electronically tracking coalition aircraft.

“The operation will be reactive, not proactive and involve many of the same forces as the first Gulf War [1991],” says a retired U.S. Air Force chief of staff. “The no-fly operation will not be conducted as an offensive against airfields and surface-to-air missile sites. It will be strictly air-to-air unless a SAM radar starts tracking coalition aircraft. There may be some cyberoperations and a Global Hawk involved.”

U.S., British and French officials have demanded that Arab League and NATO provide forces for what is now planned as an all-air force operation. The United Arab Emirates flying block 60 F-16Cs and Oman with block 50 F-16C are considered likely participants. They would supplement British and French aircraft perhaps as many as two squadrons of U.S. F-22s, says the former chief of staff.

The U.K. says it is readying Typhoon and Tornado fighters for a quick deployment. The RAF’s Typhoons, like the F-22s, have been operational for some time but this would be the first deployment to a combat zone for both.

Support aircraft would include U.S. tankers, 2-3 E-8C Joint-Stars radar surveillance aircraft, 2 EC-130 Compass Call standoff electronic attack platforms and enough E-3 AWACS to establish two round-the-clock orbits in Libya – one in the east and the other in the north. RAF Nimrod R1 signals intelligence aircraft have be reprieved from retirement to participate.

Sigonella AB and Aviano AB in Italy are likely basing sites for the intervention force. Egypt may also offer basing for coalition aircraft.

France already has a fighter force in place in Corsica for the twice yearly Serpentex exercise. Although its primary purpose is to train for coalition close air support operations in Afghanistan, the operation includes three Rafales, 13 Mirage 2000s and three Mirage F1CRs, working in an English-speaking coalition environment.

F-22s at Langley AFB, Va. have been undergoing stealth treatment, avionics and engine upgrades over the last week. U.S. and British electronic surveillance of the Libyan military over the last three weeks will have provided the latest communications and control data to update the stealth fighter’s sensors for both offensive and defensive actions.

Lockheed Martin officials added some insight into the pace of operations at Langley, noting “a deployment-intensive pace.” It noted the F-22s deployed to the UAE last year. When these 5th generation fighters shift locations, company employees specializing in avionics, systems engineering, low observables maintenance and mission planning go with the force.

Also contributing were Bill Sweetman in Washington and Robert Wall in London.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#1099 Mensagem por FOXTROT » Sex Mar 18, 2011 8:20 pm

terra.com.br

Para analistas, Brics se articularam em voto sobre líbia na ONU
18 de março de 2011

Brics citaram risco para civis líbios ao se abter em votação na ONU
A abstenção de Brasil, Rússia, Índia e China (que juntos formam o grupo conhecido como Bric) na votação no Conselho de Segurança da ONU na quinta-feira, que autorizou ações militares na Líbia, refletiu uma articulação desses países no órgão, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil.

A resolução, proposta pela Grã-Bretanha, França e Líbano, foi aprovada com dez votos a favor, nenhum contra e cinco abstenções. A medida estabeleceu uma zona de exclusão aérea na Líbia e autorizou "todas as medidas necessárias" para "proteger civis e áreas habitadas por civis" de ataques das forças do coronel Muamar Khadafi.

Para Paulo Sotero, diretor do Instituto Brasil do Centro Woodrow Wilson, em Washington, "não devemos menosprezar o grau de articulações que há entre esses países (membros do Bric) (...) sobretudo às vésperas de um encontro (do grupo) na China".

Segundo Sotero, o voto da resolução sobre a Líbia pode ser visto como um teste do futuro Conselho de Segurança.

"O dia em que o Conselho for reformado, esses quatro países estarão lá", diz o analista. Rússia e China são membros permanentes do órgão e têm o poder de veto; Índia e Brasil ocupam vagas rotativas no Conselho, mas pleiteiam o mesmo status dos primeiros.

''Voto do Bric''

Segundo Riordan Roett, diretor do programa de estudos de América Latina da Universidade Johns Hopkins, também de Washington, "não há dúvidas de que foi um voto do Bric".

"Acho que veremos mais solidariedade no futuro em questões relacionadas. As prioridades da política internacional do Bric vão se diferenciar cada vez mais do G7 (grupo que integra as sete economias mais desenvolvidas do globo). Na minha opinião, o voto foi mais um desejo de se diferenciar dos países industrializados."

Apesar da articulação e do interesse de Índia e Brasil em integrar permanentemente o Conselho, Roett diz que se trata de uma "questão de política muito complicada" e que levará tempo até que um acordo seja alcançado.

"Será interessante ver se o voto terá qualquer impacto na viagem de (Barack) Obama ao Brasil."

Para Thomas Trebat, ex-diretor da divisão de América Latina do Citigroup, professor e atual diretor-executivo do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Columbia, em Nova York, "é possível que tenha havido um tipo de acordo prévio dos quatro países, mas, do ponto de vista do Brasil, que conheço melhor, essa ação de abstinência de voto é completamente consistente com a linha do Brasil na ONU".

"A intervenção brasileira tradicionalmente tenta evitar ações militares", diz Trebat.

Justificativas

Ao justificar a abstenção na votação, os países usaram argumentos semelhantes. A embaixadora brasileira na ONU, Maria Luisa Viotti, disse que o Brasil teme que ações militares exacerbem tensões e façam "mais mal do que bem aos próprios civis com cuja proteção estamos comprometidos".

O representante da Índia no Conselho, Hardeep Singh Puri, afirmou que não havia clareza sobre detalhes da intervenção e como ela seria executada. Puri também expressou preocupação com possíveis vítimas civis das ações militares.

O Ministério de Relações Exteriores da China afirmou que o país se opõe "ao uso de força em relações internacionais e tem sérias reservas com parte da resolução".

Um representante do governo da Rússia, por sua vez, disse à agência russa Interfax que um ataque ao território líbio poderia desencadear uma guerra entre o Ocidente e o mundo árabe.

O conceito dos Brics, acrônimo que agrupa os três maiores países em desenvolvimento (China, Índia e Brasil) mais a Rússia, foi formulado em 2001 por Jim O''Neil, economista-chefe do banco americano de investimentos Goldman Sachs.

Em 2006, segundo texto no site do Itamaraty, chanceleres dos quatro países se reuniram durante a 61ª Assembleia Geral da ONU. A partir de então, os países começaram a atuar coletivamente em alguns foros mundiais, embora o grupo tenha um caráter informal, sem possuir um documento constitutivo nem fundos destinados a financiar suas atividades.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#1100 Mensagem por FOXTROT » Sex Mar 18, 2011 10:20 pm

terra.com.br

França: ataque à Libia começa após reunião em Paris
18 de março de 2011 • 21h59

LONDRES, 18 Mar 2011 (AFP) -O embaixador francês nas Nações Unidas, Gerard Araud, declarou nesta sexta-feira à TV britânica BBC que a intervenção militar na Líbia deve começar "horas após" a reunião internacional em Paris, no sábado.
"Teremos uma cúpula em Paris com todos os participantes importantes nas operações e nos esforços diplomáticos" envolvendo a Líbia. "Acredito que será um bom momento para enviar um último aviso".

"Estados Unidos, Grã-Bretanha e França lançaram um ultimato sobre o cessar-fogo (...) e fixamos as condições. Por isto acredito que a cúpula, nas próximas horas, deflagará uma intervenção militar", concluiu Araud.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#1101 Mensagem por DELTA22 » Sex Mar 18, 2011 10:40 pm

FOXTROT escreveu:terra.com.br

Para analistas, Brics se articularam em voto sobre líbia na ONU
18 de março de 2011

Brics citaram risco para civis líbios ao se abter em votação na ONU
A abstenção de Brasil, Rússia, Índia e China (que juntos formam o grupo conhecido como Bric) na votação no Conselho de Segurança da ONU na quinta-feira, que autorizou ações militares na Líbia, refletiu uma articulação desses países no órgão, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil.

A resolução, proposta pela Grã-Bretanha, França e Líbano, foi aprovada com dez votos a favor, nenhum contra e cinco abstenções. A medida estabeleceu uma zona de exclusão aérea na Líbia e autorizou "todas as medidas necessárias" para "proteger civis e áreas habitadas por civis" de ataques das forças do coronel Muamar Khadafi.

Para Paulo Sotero, diretor do Instituto Brasil do Centro Woodrow Wilson, em Washington, "não devemos menosprezar o grau de articulações que há entre esses países (membros do Bric) (...) sobretudo às vésperas de um encontro (do grupo) na China".

Segundo Sotero, o voto da resolução sobre a Líbia pode ser visto como um teste do futuro Conselho de Segurança.

"O dia em que o Conselho for reformado, esses quatro países estarão lá", diz o analista. Rússia e China são membros permanentes do órgão e têm o poder de veto; Índia e Brasil ocupam vagas rotativas no Conselho, mas pleiteiam o mesmo status dos primeiros.

''Voto do Bric''

Segundo Riordan Roett, diretor do programa de estudos de América Latina da Universidade Johns Hopkins, também de Washington, "não há dúvidas de que foi um voto do Bric".

"Acho que veremos mais solidariedade no futuro em questões relacionadas. As prioridades da política internacional do Bric vão se diferenciar cada vez mais do G7 (grupo que integra as sete economias mais desenvolvidas do globo). Na minha opinião, o voto foi mais um desejo de se diferenciar dos países industrializados."

Apesar da articulação e do interesse de Índia e Brasil em integrar permanentemente o Conselho, Roett diz que se trata de uma "questão de política muito complicada" e que levará tempo até que um acordo seja alcançado.

"Será interessante ver se o voto terá qualquer impacto na viagem de (Barack) Obama ao Brasil."

Para Thomas Trebat, ex-diretor da divisão de América Latina do Citigroup, professor e atual diretor-executivo do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Columbia, em Nova York, "é possível que tenha havido um tipo de acordo prévio dos quatro países, mas, do ponto de vista do Brasil, que conheço melhor, essa ação de abstinência de voto é completamente consistente com a linha do Brasil na ONU".

"A intervenção brasileira tradicionalmente tenta evitar ações militares", diz Trebat.

Justificativas

Ao justificar a abstenção na votação, os países usaram argumentos semelhantes. A embaixadora brasileira na ONU, Maria Luisa Viotti, disse que o Brasil teme que ações militares exacerbem tensões e façam "mais mal do que bem aos próprios civis com cuja proteção estamos comprometidos".

O representante da Índia no Conselho, Hardeep Singh Puri, afirmou que não havia clareza sobre detalhes da intervenção e como ela seria executada. Puri também expressou preocupação com possíveis vítimas civis das ações militares.

O Ministério de Relações Exteriores da China afirmou que o país se opõe "ao uso de força em relações internacionais e tem sérias reservas com parte da resolução".

Um representante do governo da Rússia, por sua vez, disse à agência russa Interfax que um ataque ao território líbio poderia desencadear uma guerra entre o Ocidente e o mundo árabe.

O conceito dos Brics, acrônimo que agrupa os três maiores países em desenvolvimento (China, Índia e Brasil) mais a Rússia, foi formulado em 2001 por Jim O''Neil, economista-chefe do banco americano de investimentos Goldman Sachs.

Em 2006, segundo texto no site do Itamaraty, chanceleres dos quatro países se reuniram durante a 61ª Assembleia Geral da ONU. A partir de então, os países começaram a atuar coletivamente em alguns foros mundiais, embora o grupo tenha um caráter informal, sem possuir um documento constitutivo nem fundos destinados a financiar suas atividades.
Disse ontem isso aqui e fui criticado. Nada como um dia após o outro... :wink:

[]'s a todos.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#1102 Mensagem por Rodrigoiano » Sáb Mar 19, 2011 4:43 am

Breaking News:

Fighter plane shot down in eastern Libyan rebel stronghold of Benghazi: Reuters witness

www.reuters.com




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#1103 Mensagem por Rodrigoiano » Sáb Mar 19, 2011 4:45 am

Gaddafi forces push into rebel city of Benghazi

BENGHAZI, Libya | Sat Mar 19, 2011 3:38am EDT

BENGHAZI, Libya (Reuters) - Libyan leader Muammar Gaddafi's forces pushed into the rebel-held city of Benghazi on Saturday, defying world demands for an immediate ceasefire and after France's U.N. envoy predicted an imminent military action.

Explosions shook Benghazi while a fighter jet was heard flying overhead, and residents said the eastern rebel stronghold was under attack from Gaddafi's forces.

"The explosions started about 2 a.m. Gaddafi's forces are advancing, we hear they're 20 km (12 miles) from Benghazi," Faraj Ali, a resident, said.

"It's land-based fire. We saw one aircraft," he added.

(...)

http://www.reuters.com/article/2011/03/ ... JP20110319




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#1104 Mensagem por Enlil » Sáb Mar 19, 2011 6:51 am

:shock:

Mikoyan-Gurevich MiG-23 (Libya-AF, Benghazi_Libya, 19-March-2011)

http://i.imgur.com/KAJYS.jpg

http://i.imgur.com/ITmUG.jpg

http://i.imgur.com/CAYyP.jpg

Derrubado pelos rebeldes hoje. Parece haver dois para-quedas, logo, seria um MiG-23UB.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#1105 Mensagem por Enlil » Sáb Mar 19, 2011 7:14 am

Aparentemente foi derrubado por artilharia anti-aérea. Vídeo:

Fighter jet 'shot down' over Benghazi

http://www.bbc.co.uk/news/world-africa-12794589


Pelo vídeo não parece haver um segundo para-quedas, mas há a segunda mancha escura q talvez seja um pedaço da fuselagem do caça.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#1106 Mensagem por P44 » Sáb Mar 19, 2011 7:40 am

Novas explosões
Líbia: Forças de Khadafi bombardeiam Bengasi

19.03.2011 - 07:39 Por AFP

Bombardeamentos sacudiram hoje de manhã o sudoeste da cidade líbia de Bengasi, o grande bastião dos rebeldes, e um avião militar sobrevoou a cidade antes de uma série de novas explosões, constataram jornalistas da AFP, no terreno.


Uma série de quatro explosões, num curto espaço de tempo, foram ouvidas a partir do centro da cidade, depois de o Conselho de Segurança da ONU ter decidido anteontem uma interdição do espaço aéreo. Várias colunas de fumo negro elevaram-se numa zona que poderá ser uma zona de habitações.

Após estes bombardeamentos, um avião militar sobrevoou a cidade a baixa altitude, às 06h40 de hoje, antes de uma nova série de explosões potentes, indica ainda a AFP.

A mesma agência noticiosa constatou, por outro lado, que um avião militar foi abatido hoje de manhã a sul de Bengasi, tendo-se despenhado no solo.

Há igualmente relatos de ataques às cidades de Misurata e Ajdabiya.

Antes destes ataques, o governo de Khadafi tinha acusado as forças rebeldes de violarem as tréguas de cessar-fogo ao se terem mobilizado para defenderem o bastião de Bengasi.

O governo líbio negou, porém, quaisquer ataques. “Não há nenhum ataque em Benghazi. Tal como dissemos, estamos a respeitar o cessar-fogo”, disse à Reuters Mussa Ibrahim, um porta-voz do governo, citado pela Reuters.

Ontem, o regime de Khadafi tinha anunciado um cessar-fogo. O anúncio foi feito pelo ministro líbio dos Negócios Estrangeiros, Moussa Koussa, em conferência de imprensa, quando a comunidade internacional – mandatada pelo Conselho de Segurança – se preparava para lançar raides aéreos sobre as forças do contestado líder líbio Muammar Khadafi, precisamente com o propósito de as impedir de continuarem a bombardear as cidades “libertadas” pela rebelião ao longo do último mês.

Os líderes do Reino Unido, EUA, França e países árabes aliados deverão encontrar-se hoje em Paris para discutir as acções a serem levadas a cabo na Líbia à luz da resolução do Conselho da ONU.

A decisão de recorrer a "todas as medidas necessárias" - expressão que significa acção militar - foi aprovada por dez votos a favor, e cinco abstenções (Rússia, China, Alemanha, Brasil e Índia). Portugal esteve entre os dez membros a votar favoravelmente a resolução.

O Alto-Comissariado para os Refugiados já tinha pedido ontem aos países vizinhos da Líbia que mantenham as fronteiras abertas. Cada vez mais líbios têm saído do país nos últimos dias. Isto que quer dizer que o que foi até agora sobretudo um movimento de estrangeiros no território (a maioria das 300 mil pessoas que saíram eram migrantes) pode transformar-se num fluxo de líbios a procurar refúgio no estrangeiro.

O ACNUR e a Organização Internacional para as Migrações pediram mais financiamento para esta operação, "uma das maiores evacuações humanitárias da História".

Notícia actualizada às 10h17

http://www.publico.pt/Mundo/libia-forca ... si_1485658




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#1107 Mensagem por Enlil » Sáb Mar 19, 2011 8:32 am

Enquanto isso, onde não há petróleo:


http://www.bbc.co.uk/mundo/noticias/201 ... s_rg.shtml


Onde está a "no-fly zone" do Yemen :roll:...




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#1108 Mensagem por kurgan » Sáb Mar 19, 2011 9:42 am

19/03/2011 - 09h30
Líbia: avião rebelde que sobrevoava Benghazi é derrubado

BENGHAZI, Líbia, 19 Mar 2011 (AFP) -Um avião de guerra caiu em chamas neste sábado na cidade de Benghazi, reduto dos rebeldes líbios, informou um repórter da AFP, enquanto um líder insurgente informou que as forças de Muamar Kadhafi derrubaram a aeronave.

O avião, que foi visto sobrevoando a cidade por diversos minutos, foi subitamente atingido por chamas na parte traseira direita, antes de cair em uma área residencial no sul da cidade.

O piloto conseguiu ejetar-se da aeronave enquanto o avião caía.

"Sim, era um avião dos insurgentes. Foi derrubado pelas forças de Kadhafi", disse um representante dos rebeldes à AFP.

"Ouvi que o piloto está morto, mas não posso confirmar essa informação", completou, acrescentando que o avião era um Mirage, de origem francesa.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... ubado.jhtm




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#1109 Mensagem por kurgan » Sáb Mar 19, 2011 9:43 am

19/03/2011 - 08h59
Líbia: ministro do Interior que tinha desertado volta ao cargo

TRÍPOLE, 19 Mar 2011 (AFP) -A emissora estatal líbia informou neste sábado que o ministro do Interior, Abdel Fatah Yunes, que tinha desertado para apoiar os rebeldes no início de março, voltou ao cargo no regime de Kadhafi.

Contudo, ainda não havia confirmação imediata sobre o retorno do general Yunes ao regime de Muamar Kadhafi.

Depois de sua saída, Yunes foi substituído por Massud Abdel Hafiz.

Vários altos funcionários do governo líbio - ministros, diplomatas e militares - pediram demissão e se distanciaram do regime de Kadhafi, denunciando os ataques sangrentos do regime ao movimento de oposição.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... cargo.jhtm




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#1110 Mensagem por kurgan » Sáb Mar 19, 2011 9:44 am

19/03/2011 - 08h38
Líbia: intervenção externa desataria reação regional

LONDRES, 19 Mar 2011 (AFP) -Uma intervenção externa na Líbia conduziria seus vizinhos a se unirem às forças do coronel Muamar Kadhafi, afirmou neste sábado o vice-ministro de Relações Exteriores líbio, Khaled Kaaim, em declarações à rádio BBC 4.

"Se um ataque estrangeiro ocorrer, ou uma intervenção externa, não seriam apenas os líbios que lutariam, mas também argelinos, tunisianos, egípcios... todos participariam dos combates em solo líbio", afirmou Kaaim.

"O cessar-fogo está em vigor. As forças aéreas líbias em sua totalidade estão inativas, já que respeitamos a resolução 1973 da ONU e o cessar-fogo é real, crível e sólido", afirmou o vice-ministro.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... ional.jhtm




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