Costa do Marfim - Rebeldes avançam

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Costa do Marfim - Rebeldes avançam

#16 Mensagem por FOXTROT » Seg Mar 14, 2011 11:01 pm

Quando vão chegar os yanques e seus PAs, destróiers, fragatas e submarinos atômicos? Esqueci aqui o petróleo é escasso.

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Re: Costa do Marfim - Rebeldes avançam

#17 Mensagem por tflash » Seg Mar 14, 2011 11:21 pm

Bem, se faltasse o chocolate era válido :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




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Re: Costa do Marfim - Rebeldes avançam

#18 Mensagem por Enlil » Seg Mar 14, 2011 11:36 pm

Seu chocólotra :!: :lol:...




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Re: Costa do Marfim - Rebeldes avançam

#19 Mensagem por Enlil » Sáb Abr 02, 2011 10:58 am

Combates pesados se espalham por maior cidade da Costa do Marfim
sexta-feira, 1 de abril de 2011 19:39

Por Loucoumane Coulibaly e Ange Aboa

ABIDJAN (Reuters) - Combates ferozes ocorreram na sexta-feira em toda a cidade de Abidjan, a maior da Costa do Marfim, onde as tropas leais ao presidente Laurent Gbagbo enfrentavam ataques das forças que apoiam o oposicionista Alassane Ouattara, que reivindica a Presidência.

Os confrontos mais pesados se concentraram ao redor da sede da televisão estatal. A emissora saiu do ar depois de atacada pelos partidários de Ouattara ao longo da noite de quinta-feira, mas retomou a transmissão de imagens pró-Gbagbo no fim da sexta-feira.

O estrondo de armas pesadas era ouvido constantemente perto da residência de Gbagbo e do palácio presidencial, ambos sob ataque, bem como de duas grandes bases militares. Com isso, a principal cidade marfinense se tornou uma zona de guerra.

"Nós podemos ouvir tiros e ver soldados se deslocando, mas há também civis armadas correndo pelas ruas", disse Camara Arnold, morador do bairro de Cocody, próximo da TV estatal e da casa de Gbagbo.

Dois helicópteros de ataque MI-24, pertencentes à missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), circularam sobre a lagoa na região central de Abidjan, mas não intervieram.

Gbagbo se recusou a entregar o poder depois da eleição de 28 de novembro, na qual foi derrotado por Ouattara, segundo o resultado da apuração, que teve o aval da ONU.

As potências ocidentais e a União Africana também reconheceram a vitória de Ouattara. No entanto, seu governo vem sendo afetado por um grande número de deserções militares.

A União Africana, a França (a ex-metrópole), os Estados Unidos e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediram que ele renunciasse imediatamente.

Mas os partidários de Gbagbo se entrincheiraram em Abidjan e um assessor dele que vive em Paris disse que a sua rendição "está fora de questão."

As forças que apoiam Ouattara foram para Abidjan na quinta-feira, depois de uma rápida arrancada em direção ao sul, que encontrou pouca resistência inicial.

Mas agora elas enfrentam os combatentes mais leais a Gbagbo, os cerca e 2.500 integrantes da Guarda Republicana, espalhados por Abidjan, além dos militares do Exército regular que permaneceram fiéis ao presidente.

FORÇA DA ONU

As forças de paz da ONU na Costa do Marfim mataram pelo menos cinco soldados leais a Gbagbo durante um confronto em Abidjan. Três membros do contingente da ONU foram mortos em um incidente separado, segundo um documento interno da organização visto na sexta-feira pela Reuters.

A ONU acusa o campo de Gbagbo de cometer abusos contra civis e instigar sentimentos contra a organização. Nesta sexta-feira, a ONU também pediu a Ouattara que controle as forças rebeldes e citou relatos não confirmados de que os insurgentes haviam sequestrado e maltratado civis.

Não há dados sobre mortos e feridos, mas a ONG Médicos sem Fronteira informou ter tratado pelo menos 80 pessoas nos últimos dois dias, na maioria feridos a tiros.

(Reportagem adicional de Tim Cocks, em Abidjan; e de George Fominyen e David Lewis)

http://br.reuters.com/article/worldNews ... O820110401




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Re: Costa do Marfim - Rebeldes avançam

#20 Mensagem por AlbertoRJ » Dom Abr 03, 2011 10:29 am

Costa do Marfim: tropas francesas tomam aeroporto de Abidjan
Intensificação dos confrontos nos últimos dias terá estado na origem da ida de tropas francesa


O aeroporto de Abidjan foi tomado este domingo por tropas francesas, segundo autoridades militares francesas citadas pela BBC.

França reforçou com 300 militares a sua presença na maior cidade da Costa do Marfim, que tem sido palco de violentos confrontos desde a semana passada. Pelo menos 1500 estrangeiros estão sob protecção das forças francesas num acampamento militar próximo ao aeroporto, refere a televisão britânica.

As tropas leais ao presidente eleito e reconhecido pelas Nações Unidas, Alassane Ouattara, confrontam-se com as do presidente Laurent Gbagbo, que se recusa a entregar o poder apesar dos diversos apelos da comunidade internacional.

Acredita-se que as forças de Outtara dominem 80 por cento do país. Gbagbo, por seu turno, ainda teria o apoio da Guarda Republicana, das forças especiais e de milícias armadas.

No sábado, quatro soldados das Nações Unidas ficaram gravemente feridos em um ataque dos homens de Gbagbo.
http://www.tvi24.iol.pt/internacional/c ... -4073.html




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Re: Costa do Marfim - Rebeldes avançam

#21 Mensagem por FOXTROT » Dom Abr 03, 2011 1:12 pm

Os franceses estão procurando encrenca, quem procura um dia encontra.....

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Re: Costa do Marfim - Rebeldes avançam

#22 Mensagem por tflash » Dom Abr 03, 2011 1:17 pm

Eu não sei se vocês sabiam mas os Franceses tem uma presença permanente em África. Isto é normalíssimo nos milhentos conflitos que aparecem por lá. Quase todos os anos há uma intervenção assim. Aeroportos, portos e embaixadas. É uma coisa pequena e tolerada por lá.




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Re: Costa do Marfim - Rebeldes avançam

#23 Mensagem por Enlil » Dom Abr 03, 2011 7:12 pm

Atualizado em 3 de abril, 2011 - 15:41 (Brasília) 18:41 GMT

ONU pede investigação de massacre na Costa do Marfim

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu a Alassane Ouattara, reconhecido internacionalmente como o vencedor das eleições presidenciais da Costa do Marfim em novembro passado, que investigue as centenas de mortes atribuídas a seus partidários.

Ban se disse “preocupado e alarmado” com os relatos de que partidários de Ouattara, que combatem forças leais ao presidente Laurent Gbagbo, que se recusa a deixar o poder, participaram de um massacre na cidade de Duekoue, no oeste do país. Ouattara nega a responsabilidade de seus soldados.

O correspondente da BBC Andrew Harding diz que funcionários da ONU encontraram centenas de corpos na cidade, onde a situação permanece muito instável. Segundo Harding, a Cruz Vermelha está enterrando dezenas de cadáveres em valas comuns.

Soldados da ONU estão tentando proteger milhares de civis que se abrigaram numa igreja.

Batalha em Abidjan

Enquanto isso, na maior cidade marfinense, Abidjan, uma dura batalha prossegue. No sábado, as forças de Ouattara assumiram o controle da maior parte dos prédios públicos.

O porta-voz da ONU Hamadoun Toure disse à BBC que ouviu tiros perto do palácio presidencial, atualmente dominado por Gbagbo, e que a situação é muito tensa na cidade.

O aeroporto, que vinha sendo dominado por forças da ONU desde sexta-feira, está agora sob controle de soldados franceses, que permitiram sua reabertura.

Segundo relatos, a ONU está evacuando cerca de 200 funcionários de Abidjan.

Mas uma TV pró-Gbagbo pediu aos moradores que se mobilizem contra o que chamou de “ocupação” francesa.

Também há relatos de que as forças de Ouattara planejam atacar o palácio presidencial e estão impondo um toque de recolher na cidade.

Duekoue

A violência em Duekoue ocorreu na semana passada, quando forças leais a Ouattara se moveram para o sul, expulsando tropas de Gbagbo. Ambos os lados acusam o outro pelo massacre.

A ONU disse no sábado que mais de 330 pessoas foram mortas quando as forças de Ouattara assumiram o controle de Duekoue, a maioria nas mãos dos combatentes. No entanto, a organização diz que mais de cem foram mortas por soldados de Gbagbo.

“O secretário-geral expressou preocupação e alarme com os relatos de que as forças pro-Ouattara podem ter matado muitos civis na cidade de Duekoue, no oeste do país”, disse o porta-voz da ONU Martin Nesirky.

Funcionários da ONU ainda estão investigando o caso e dizem que a quantidade de mortos pode ser maior. A agência humanitária Caritas estima que mil pessoas tenham morrido na cidade.

Segundo Nesirky, Ouattara disse que seus partidários não estavam envolvidos, mas afirmou a Ban que ordenou uma investigação sobre as mortes e que aceitaria uma apuração internacional.

Forças francesas

O porta-voz das Forças Armadas francesas Thierry Burkhard disse que o país enviou mais 300 soldados à Costa do Marfim, elevando o total das forças francesas para 1.400.

O objetivo do reforço é “assumir o controle do aeroporto, o que também foi feito em coordenação com a missão da ONU, para permitir a reabertura desse aeroporto para empresas aéreas civis e voos militares”, disse ele à BBC.

Burkhard acrescentou que a missão principal da força permanecia proteger cidadãos franceses, que vinham sendo ameaçados por pilhadores.

“Estamos atualmente vivenciando em Abidjan um vácuo de segurança porque as forças de segurança marfinenses, que até agora seguiam ordens de Gbagbo, responderam em grande medida a convocação do presidente Ouattara”, disse ele.

Não havia planos imediatos para evacuar estrangeiros, disse ele, embora cerca de 1.600 estejam abrigados num campo militar francês.

Eles incluem cerca de 700 franceses, 600 libaneses e 60 europeus de várias nacionalidades, segundo a imprensa francesa.

Acredita-se que as forças de Outtara dominem 80% do país. Muitos militares trocaram de lado e passaram a apoiar o presidente reconhecido.

Gbagbo, porém, ainda teria o apoio da Guarda Republicana, das forças especiais e de milícias armadas.

Vários organismos internacionais já pediram que Gbagbo deixe poder, incluindo a ONU, a Ecowas (bloco das nações do oeste da África) e a França.

Desde que a crise começou na Costa do Marfim, a violência forçou o deslocamento de 1 milhão de pessoas, segundo a ONU.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... u_jf.shtml




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Re: Costa do Marfim - Rebeldes avançam

#24 Mensagem por marcelo l. » Seg Abr 04, 2011 9:26 am

http://todososfogos.blogspot.com/

A Costa do Marfim já foi a jóia da coroa da África pós-colonial, mas na semana passada tornou-se cenário de mais uma guerra civil no continente – ela se junta aos conflitos existentes na Líbia, Congo e Somália. O cerne da disputa é a recusa do presidente Laurente Gbagbo (à esquerda, na foto acima) em reconhecer a derrota eleitoral para seu oponente Alassane Ouattara (à direita), que representa grupos étnicos e religiosos tradicionalmente discriminados no país. Tropas leais a Ouattara dominam quase todo o país, mas o presidente Gbagbo resiste em Abidjan, a cidade mais importante.

Crises semelhantes ocorreram nos últimos anos no Quênia e no Zimbábue, onde a oposição ganhou nas ruas mas acabou aceitando governos de “unidade nacional”. Em termos práticos, resignou-se ao controle de alguns ministérios e órgãos públicos, temerosa de um conflito armado amplo. Na Costa do Marfim, a instransigência é maior, quando mais não seja porque Ouattara tenta ser presidente há 10 anos, sendo constantemente impedido por manobras jurídicas ou políticas de caráter duvidoso. Por ironia, Gbagbo ascendeu à presidência pela primeira vez, em 2000, liderando uma revolta provocada pelas mesmas razões.

Após a independência, a Costa do Marfim foi governada por mais de trinta anos por Félix Houphouët-Boigny, habilidoso fazendeiro de cacau com laços familiares com a aristocracia local. Estabeleceu um regime autoritário, mas que nos anos 60 e 70 teve bem-sucedidas políticas econômicas, baseadas no incentivo à agricultura comercial privada no cacau, café e frutas, e em cooperação internacional com a França. Na época, a Costa do Marfim crescia a 7% por ao ano, uma das taxas mais elevadas do mundo. Mas com o tempo, os vícios comuns às ditaduras triunfaram, com muita corrupção e gastos inúteis e dispendiosos, como a transformação em capital do vilarejo natal do presidente, Yamoussoukro, que virou uma espécie de Versalhes africana.

Após a morte de Houphouët-Boigny, seus sucessores exploraram as rivalidades étnicas e religiosas entre o norte islâmico e o sul cristão para conquistarem e manterem o poder, mesmo que às custas de guerra civil e conflito armado, que ocorreram entre 2002-7, sob o governo de Gbagbo. Ouattara tem interessante biografia: é um tecnocrata que trabalhou muitos anos no FMI e tem fortes ligações com os EUA com a União Européia, mas simultaneamente é um muçulmano nortista, representante dos grupos tradicionalmente excluídos da elite da Costa do Marfim. Sua mãe é de Burkina Faso, e até recentemente isso o qualificava como "estrangeiro" nas leis eleitorais, mas é um dado importante num país no qual 25% da população é imigrante ou filha deles. Iniciou a carreira política como assessor de Houphouët-Boigny, quando o velho ditador tentou reformar as combalidas finanças públicas nacionais.

A guerra civil era iminente desde novembro, quando o presidente Gbagbo recusou-se a aceitar a derrota eleitoral. Os conflitos têm sido ferozes, com atrocidades cometidas por ambos os lados. A maior até agora foi o massacre de 800 pessoas na cidade de Douékué. Ainda não está claro quem foi o responsável, mas as suspeitas iniciais caem sobre as tropas de Ouattara. Estima-se que um milhão de pessoas tenham fugido da Costa do Marfim, indo para os países vizinhos, que em geral são muito pobres e enfrentam, eles mesmos, o desafio de reconstrução pós-bélica, como na Libéria.

Houve reação internacional ao impasse na Costa do Marfim, porém mais tíbia do que o que ocorre na Líbia. Há uma força de paz da ONU no país, apoiada por um contingente francês, mas ambas fizeram pouco mais do que garantir enclaves seguros para os ocidentais em Abidjan. EUA e União Européia implementaram sanções econômicas contra o regime de Gbagbo, bastante dependente dos mercados externos para o agronegócio. Mas a União Africana tem relutado em intervenções mais expressivas, seja pelas boas relações que muitos de seus membros mantém com o governo da Costa do Marfim, seja pelo medo de que no futuro esse tipo de instrumento possa ser usado contra eles. A situação é especialmente sensível na Nigéria, que no próximo sábado terá eleições.




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Re: Costa do Marfim - Rebeldes avançam

#25 Mensagem por FOXTROT » Seg Abr 04, 2011 3:35 pm

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Helicópteros franceses disparam contra acampamento militar de Gbagbo (AFP)
04 de abril de 2011 • 15h20

ABIDJAN, 4 Abr 2011 (AFP) -Helicópteros da força francesa Licorne dispararam nesta segunda-feira em Abidjan contra o acampamento militar de Agban, nas mãos do exército marfilense leal ao presidente em fim de mandato Laurent Gbagbo, constatou um jornalista da AFP.




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Re: Costa do Marfim - Rebeldes avançam

#26 Mensagem por Sd Young Guns 2 » Seg Abr 04, 2011 6:34 pm

WalterGaudério escreveu:Taí, esse é um vácuo estratégico que deveria ser preenchido pelo Brasil. Deveria ser nossa área de influência. Mas como não estamos equipados nem para uma missão de pacificação no sítio do Michael Jackson(never land...) então nós vamos ver(+ 1 vez) os Ingleses, franceses e etc.
Não tão de longe Walter... Temos 1 Destacamento Operacional misto de Forças Especiais e Comandos por lá já faz anos ( Embaixadas...) Por sinal estou em transito pra África agora




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Re: Costa do Marfim - Rebeldes avançam

#27 Mensagem por Enlil » Seg Abr 04, 2011 6:36 pm

Atualizado em 4 de abril, 2011 - 17:55 (Brasília) 20:55 GMT

Helicópteros da ONU atacam complexo presidencial em Abidjan

Helicópteros da ONU e da França lançaram nesta segunda-feira ataques na maior cidade da Costa do Marfim, Abidjan, contra o complexo presidencial que tem sido usado como base por Laurent Gbagbo - que se recusa a deixar a Presidência desde a derrota nas eleições do ano passado.

O porta-voz da ONU Hamadoun Touré diz que dois acampamentos militares na área foram atingidos, além do próprio palácio e da residência presidencial.

Antes, a ONU já ameaçara promover ataques aéreos contra as forças leais Gbagbo, após 11 soldados de uma missão de paz da instituição terem sido atacados no país nos últimos dias.

Desde a semana passada, Abidjan vem sendo palco de confrontos entre as forças leiais a Gbagbo e as fieis a Alassane Ouattara, reconhecido internacionalmente como o vencedor das eleições presidenciais, ocorridas em novembro.

O ataque contra o complexo presidencial ocupado por Gbagbo ocorre enquanto as forças francesas se preparam para evacuar estrangeiros antes de uma grande ofensiva prevista pelas forças pró-Ouattara.

Atiradores

O ataque ao complexo ocorreu depois que a França autorizou suas forças no país a participar das operações da ONU contra as forças pró-Gbagbo.

Antes do ataque, Choi Young-jin, representante especial do secretário-geral da ONU na Costa do Marfim, disse à BBC que a situação no país está se aproximando rapidamente de um ponto crítico.

“Estamos planejando ações, não podemos mais aceitar os ataques impiedosos e insensatos (das forças de Gbagbo) contra civis e os capacetes azuis da ONU com armas pesadas.”

“Nos últimos dias tivemos 11 (soldados) feridos por suas armas. Eles estão atacando a sede (da ONU), cortaram a água (...) e agora estamos no bunker.”

O representante especial disse que 9 mil soldados que integram uma missão da ONU na Costa do Marfim (Unoci) não têm um mandado para derrubar Gbagbo e não tiveram poder de fogo para responder aos ataques de armas pesadas contra a alvos da própria ONU e civis.

“Nós usaremos nossos recursos aéreos”, disse ele.

A organização diz que 20 de seus soldados se feriram desde o início da crise no país africano.

Ofensiva

O correspondente da BBC Andrew Harding diz que soldados pró-Ouattara têm se concentrado fora de Abidjan.

As forças de Ouattara já capturaram a maior parte do país, mas a batalha por Abidjan tem sido bem mais dura. Desde o domingo, porém, os confrontos na cidade parecem ter diminuído em intensidade.

Antiga metrópole da Costa do Marfim, a França assumiu o controle do aeroporto de Abidjan e está adicionando 150 soldados aos 1.650 já presentes no país.

A França, que tem cerca de 12 mil cidadãos na Costa do Marfim, mantém uma força de paz no país desde o fim da guerra civil marfinense, há uma década.O governo do país europeu disse na segunda-feira que começou a reunir seus cidadãos em três locais de Abidjan para um possível resgate.

O correspondente da BBC diz que muitos moradores da cidade, que tem 5 milhões de habitantes, estão presos em suas casas sem comida, água e eletricidade.

Também nesta segunda-feira, o primeiro-ministro nomeado por Ouattara afirmou que é hora de realizar uma "rápida ofensiva" contra a principal cidade do país, Abidjan.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... n_jf.shtml




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Re: Costa do Marfim - Rebeldes avançam

#28 Mensagem por Anton » Ter Abr 05, 2011 4:00 pm

Dá uma boa noção para entender a confusão lá...
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"Quien controla el cacao controla la política y la guerra"

Jean Arsène Yao, marfileño de 41 años, es doctor en Historia y profesor de la Universidad de Abiyán. Vive en Madrid, aunque se desplaza con frecuencia a la ciudad que está a punto de ceder a las fuerzas de Alassane Ouattara, el presidente electo.

Pregunta. El detonante de la violencia es electoral. Laurent Gbagbo se niega a abandonar el poder aunque perdió las elecciones de 2010. ¿Cuándo situaría el origen del conflicto?

Respuesta. Todo empieza en 1993, al morir el primer presidente, Félix Houphouët-Boigny. Su primer ministro, Alassane Ouattara, y el presidente del Parlamento, Henri Konan Bédié (el sucesor según la Constitución), se disputan la presidencia. Gana Bédié y un año después, inspirado por un grupo de intelectuales marfileños, crea el concepto de ivoirité (marfileñidad), que fue desvirtuándose para convertirse en arma arrojadiza contra parte de la población, principalmente los del norte (malinké y senufo), zona de origen de Ouattara. En esta región Ouattara obtuvo entre el 70% y el 90% de los votos.

P. Ouattara fue vetado para presentarse a las elecciones en dos ocasiones porque su padre procedía de Burkina Faso. ¿Hay un trasfondo xenófobo?

R. Antes de 1960, cuando Costa de Marfil era una colonia, los franceses trajeron mucha mano de obra a las plantaciones de cacao. Un tercio de la población son extranjeros. Proceden de Níger, Malí, Senegal y Guinea-Conakry, pero sobre todo de Burkina Faso. Los inmigrantes llegaron de países mucho más pobres y de mayoría musulmana atraídos por el "milagro marfileño" de los setenta, y se identificaron más con los pueblos del norte. Ouattara, en su lucha por llegar a ser presidente, se convirtió en un símbolo para ellos. El problema con Ouattara era el origen de su padre, quien, aunque vivió en Costa de Marfil, fue enterrado en Burkina.

P. Costa de Marfil es el principal productor de cacao mundial. ¿Cómo condiciona el conflicto?

R. El cacao representa el 40% de los ingresos de exportación del país. Ha servido para financiar grandes proyectos y también la guerra. Quien controla el cacao controla la guerra, la política y la economía, de ahí el interés de las fuerzas de Ouattara de tomar el puerto de San Pedro, desde donde se exporta el cacao. El comercio y el transporte están controlados por los malinké, etnia de Ouattara. Económicamente fuertes, solo les faltaba el poder político, y Ouattara encarnaba esta opción. También están los intereses de las multinacionales. Costa de Marfil es un importante mercado que siempre controló Francia. Con la llegada de Gbagbo las cosas empezaron a cambiar. China, Rusia, Sudáfrica y Brasil han ganado mercado y restado poder a Francia, que ve en Ouattara a quien podría defender sus intereses.




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Re: Costa do Marfim - Rebeldes avançam

#29 Mensagem por crubens » Ter Abr 05, 2011 4:36 pm

Alguém sabe dizer se as tropas francesas lá são da legião estrageira ?




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Re: Costa do Marfim - Rebeldes avançam

#30 Mensagem por FOXTROT » Qua Abr 06, 2011 2:44 pm

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Angola considera Gbagbo o presidente eleito da Costa do Marfim
06 de abril de 2011 • 14h38

LUANDA, 6 Abr 2011 (AFP) -Angola continua considerando Laurent Gbagbo como o presidente eleito da Costa do Marfim, apesar dos esforços para que ele abandone o poder e o entregue a Alassane Ouattara - apoiado pela comunidade internacional -, declarou o porta-voz da chancelaria.
Presidida por José Eduardo dos Santos, até agora Angola havia se mostrado prudente em relação a Gbagbo, sem chegar a conhecer sua vitória na eleição presidencial de final de novembro.




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