INDÚSTRIA BÉLICA NACIONAL: NACIONAL???
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Re: INDÚSTRIA BÉLICA NACIONAL: NACIONAL???
Politização e verba escassa freiam renovação militar
Vulnerável, país busca defesa compatível com suas pretensões internacionais
Cortes e falta de diálogo entre as Forças fazem país pôr na geladeira projetos como compra de caças e de fragatas
IGOR GIELOW
De um lado, 36 caças modernos e uma conta que não sai por menos de R$ 10 bilhões. Do outro, oito carcaças estocadas no deserto do Arizona de um avião dos anos 1960, arrematadas por R$ 390 mil. Incomparáveis, os dois negócios ajudam a resumir problemas da modernização militar do Brasil.
Desde que começou a buscar espaço internacional comparável à sua crescente estatura econômica, e principalmente após descobrir um mar de petróleo sob a camada do pré-sal em 2007, o Brasil colocou em sua agenda a necessidade de ter Forças Armadas compatíveis às suas pretensões.
Hoje, o país não enfrenta ameaças, mas é vulnerável -e modernização militar é um processo de vários anos.
Aí entra o primeiro negócio, a concorrência para a compra dos novos aviões de combate da FAB, que já se arrastava havia dez anos, afetada por pressões políticas e falta de verba.
Depois de idas e vindas e de ter fechado com franceses e seu caro Rafale, contra a preferência da Aeronáutica pelo sueco Gripen, o governo Lula deixou a questão para Dilma Rousseff. Pesou na decisão a contrariedade com a falta de apoio francês à posição brasileira sobre o programa nuclear do Irã.
Os EUA reforçaram então o lobby de seu F-18. Mas nada será gasto este ano, já que o governo está decidindo o corte de R$ 50 bilhões do Orçamento. Mesmo sendo uma conta a ser paga em vários anos, não há clima para um anúncio desses -estão na geladeira caças, novas fragatas e controle de fronteiras.
"POLITIZAÇÃO"
"É o maior exemplo de politização de um contrato de compra militar no Brasil. Isso causa preocupação para as empresas internacionais de defesa que buscam explorar oportunidades no país. E, claro, isso causa impacto nas capacidades militares brasileiras", resumiu à Folha Guy Anderson, analista-chefe da Jane's Defence Industry, unidade da principal consultoria de defesa do mundo.
Ele assina um detalhado estudo sobre o Brasil, publicado no dia 27 passado, no qual prevê um aumento de 35% nas encomendas militares do país até 2015.
O relatório aponta questões como corrupção e burocracia, e um ponto central: "A modernização só será bem-sucedida se houver uma mudança nos processos de compra. Hoje elas são feitas pelas três Forças, em vez de um órgão central no Ministério da Defesa".
Aí entram os aviões estocados desde 1985 no deserto do Arizona. A Marinha decidiu que tinha de colocar um aparelho de apoio em seu porta-aviões, o São Paulo, para adquirir capacidade de operação. O navio acaba de passar cinco anos parado para reparos, e seus caças A-4 servem só para treino.
Assim, a Força comprou em agosto as carcaças do americano C-1A Trader. Quer colocar quatro deles voando até 2014, e canibalizar o resto. Segundo estimativas, a modernização pode custar até R$ 6,5 milhões a unidade.
"A Marinha terá o status orgulhoso de possuir o mais antigo porta-aviões e os mais velhos aviões em atividade nele", ironizou a publicação russa "Periskop".
Na Marinha, argumenta-se que ou é isso ou é esperar o governo dispor de dezenas de bilhões para um porta-aviões que use os caças que serão comprados pela FAB.
O jeitinho parece funcionar para os almirantes, que modernizaram navios antigos com recheio eletrônico novo. "A Marinha é a mais equipada das Forças", diz Felipe Salles, editor da "Base Militar Web Magazine".
A Defesa, que não respondeu à Folha sobre o tema, criou em 2010 um órgão centralizado de compras. Mas só este ano ele será implantado.
Nem tudo é má notícia. A compra em 2009 de 50 helicópteros franceses para Aeronáutica, Marinha e Exército é um divisor de águas. Na rigorosa Copac, órgão da FAB que seleciona aeronaves, as três Forças discutem juntas pontos do programa.
A compra não impediu a FAB de ter adquirido, a conta-gotas, modelos de transporte Black Hawk americanos, com logística diversa. Mas é um começo.
A falta de dinheiro é outra questão. O orçamento militar brasileiro vem crescendo na década, saindo do patamar regional de 1,5% do PIB para 2,3% para 2011. Só que os números enganam: dos R$ 60,2 bilhões previstos para defesa neste ano, 73% são para pagamento de pessoal, 45% só para pensões. Para comprar equipamento, apenas R$ 2,5 bilhões. Isso se não caírem nos cortes.
Vulnerável, país busca defesa compatível com suas pretensões internacionais
Cortes e falta de diálogo entre as Forças fazem país pôr na geladeira projetos como compra de caças e de fragatas
IGOR GIELOW
De um lado, 36 caças modernos e uma conta que não sai por menos de R$ 10 bilhões. Do outro, oito carcaças estocadas no deserto do Arizona de um avião dos anos 1960, arrematadas por R$ 390 mil. Incomparáveis, os dois negócios ajudam a resumir problemas da modernização militar do Brasil.
Desde que começou a buscar espaço internacional comparável à sua crescente estatura econômica, e principalmente após descobrir um mar de petróleo sob a camada do pré-sal em 2007, o Brasil colocou em sua agenda a necessidade de ter Forças Armadas compatíveis às suas pretensões.
Hoje, o país não enfrenta ameaças, mas é vulnerável -e modernização militar é um processo de vários anos.
Aí entra o primeiro negócio, a concorrência para a compra dos novos aviões de combate da FAB, que já se arrastava havia dez anos, afetada por pressões políticas e falta de verba.
Depois de idas e vindas e de ter fechado com franceses e seu caro Rafale, contra a preferência da Aeronáutica pelo sueco Gripen, o governo Lula deixou a questão para Dilma Rousseff. Pesou na decisão a contrariedade com a falta de apoio francês à posição brasileira sobre o programa nuclear do Irã.
Os EUA reforçaram então o lobby de seu F-18. Mas nada será gasto este ano, já que o governo está decidindo o corte de R$ 50 bilhões do Orçamento. Mesmo sendo uma conta a ser paga em vários anos, não há clima para um anúncio desses -estão na geladeira caças, novas fragatas e controle de fronteiras.
"POLITIZAÇÃO"
"É o maior exemplo de politização de um contrato de compra militar no Brasil. Isso causa preocupação para as empresas internacionais de defesa que buscam explorar oportunidades no país. E, claro, isso causa impacto nas capacidades militares brasileiras", resumiu à Folha Guy Anderson, analista-chefe da Jane's Defence Industry, unidade da principal consultoria de defesa do mundo.
Ele assina um detalhado estudo sobre o Brasil, publicado no dia 27 passado, no qual prevê um aumento de 35% nas encomendas militares do país até 2015.
O relatório aponta questões como corrupção e burocracia, e um ponto central: "A modernização só será bem-sucedida se houver uma mudança nos processos de compra. Hoje elas são feitas pelas três Forças, em vez de um órgão central no Ministério da Defesa".
Aí entram os aviões estocados desde 1985 no deserto do Arizona. A Marinha decidiu que tinha de colocar um aparelho de apoio em seu porta-aviões, o São Paulo, para adquirir capacidade de operação. O navio acaba de passar cinco anos parado para reparos, e seus caças A-4 servem só para treino.
Assim, a Força comprou em agosto as carcaças do americano C-1A Trader. Quer colocar quatro deles voando até 2014, e canibalizar o resto. Segundo estimativas, a modernização pode custar até R$ 6,5 milhões a unidade.
"A Marinha terá o status orgulhoso de possuir o mais antigo porta-aviões e os mais velhos aviões em atividade nele", ironizou a publicação russa "Periskop".
Na Marinha, argumenta-se que ou é isso ou é esperar o governo dispor de dezenas de bilhões para um porta-aviões que use os caças que serão comprados pela FAB.
O jeitinho parece funcionar para os almirantes, que modernizaram navios antigos com recheio eletrônico novo. "A Marinha é a mais equipada das Forças", diz Felipe Salles, editor da "Base Militar Web Magazine".
A Defesa, que não respondeu à Folha sobre o tema, criou em 2010 um órgão centralizado de compras. Mas só este ano ele será implantado.
Nem tudo é má notícia. A compra em 2009 de 50 helicópteros franceses para Aeronáutica, Marinha e Exército é um divisor de águas. Na rigorosa Copac, órgão da FAB que seleciona aeronaves, as três Forças discutem juntas pontos do programa.
A compra não impediu a FAB de ter adquirido, a conta-gotas, modelos de transporte Black Hawk americanos, com logística diversa. Mas é um começo.
A falta de dinheiro é outra questão. O orçamento militar brasileiro vem crescendo na década, saindo do patamar regional de 1,5% do PIB para 2,3% para 2011. Só que os números enganam: dos R$ 60,2 bilhões previstos para defesa neste ano, 73% são para pagamento de pessoal, 45% só para pensões. Para comprar equipamento, apenas R$ 2,5 bilhões. Isso se não caírem nos cortes.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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Re: INDÚSTRIA BÉLICA NACIONAL: NACIONAL???
que as coisas iam pra geladeira em 2011 creio que maioria ja sabia, so existiam 2 duvidas.
QUal o nivel, geladeira normal ou freezer. E se isso ficará apenas em 2011 ja que pra 2012 a coisa deverá estar normalizada ou proxima disso podendo ja retomar os projetos.
1 ano de estagnação nao é problema, é a falta de um final neste tunel que ferra tudo.
QUal o nivel, geladeira normal ou freezer. E se isso ficará apenas em 2011 ja que pra 2012 a coisa deverá estar normalizada ou proxima disso podendo ja retomar os projetos.
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Re: INDÚSTRIA BÉLICA NACIONAL: NACIONAL???
Embraer abre fábrica nos Estados Unidos
Embraer abre primeira fábrica nos EUA
Unidade no Estado da Flórida fará inicialmente a montagem de jatos executivos Phenom 100, que são os menores produzidos pela empresa; fabricante pode ter uma segunda fábrica no país se vencer uma licitação para aviões militares
Luciana Antonello Xavier
A Embraer inaugurou ontem sua primeira fábrica nos Estados Unidos, na cidade de Melbourne, na Flórida, onde vai montar, inicialmente, jatos executivos Phenom 100 - quer têm capacidade para seis ocupantes, incluindo o piloto. Segundo o presidente da Embraer, Frederico Curado, com a unidade, a fabricante brasileira cumpre o objetivo de levar as operações para perto dos clientes e do maior mercado da companhia.
De acordo com Curado, muitos dos equipamentos usados na fabricação das aeronaves são dos EUA.
"Faz todo sentido ter uma fábrica aqui", explicou. Parte dos materiais serão enviados do Brasil para a montagem dos aviões. Os investimentos da nova unidade somaram cerca de US$ 50 milhões. A unidade também abrigará o centro mundial de atendimento ao consumidor.
Segundo o presidente da Embraer, a fábrica deve atender o mercado dos Estados Unidos, mas também exportações. Curado disse que o local foi construído ainda para produzir a linha Phenom 300 - jatos executivos maiores, com capacidade para nove ocupantes. "Vamos introduzir a linha Phenom 300 dependendo da evolução dos investimentos, e também vamos ouvir nossos clientes", disse.
A nova fábrica tem capacidade para produzir até 80 jatos por ano. A produção deve começar em meados deste ano e o primeiro jato deve ser entregue até o final de 2011. A estimativa é de produzir 30 jatos em 2012 e 60 em 2013. A fábrica deve empregar cerca de 200 empregados, 18 deles ex-funcionários altamente qualificados da Nasa. Todo o processo até a inauguração da planta levou três anos.
Concorrência. Os planos da Embraer para os EUA não param aí. Se vencer uma licitação para fornecer aviões leves de combate para o Departamento de Defesa do país, o que deve ser decidido por volta de junho, a companhia terá também outra unidade em Jacksonville, na Flórida. "Nossos planos para os EUA não são de curto prazo, são de longo prazo", disse Curado.
Mas o executivo reconhece que essa é uma disputa difícil, uma vez que seu principal concorrente é uma empresa americana, a Hawker Beechcraft. "Achamos que temos o avião (o modelo Super Tucano) perfeito para a missão que eles querem. Mas temos de entender que também é uma decisão política."
Se vencer a disputa, a Embraer vai fornecer até 200 aviões leves de combate ao Departamento de Defesa, num contrato de cerca de US$ 950 milhões, com início da produção prevista para 2012.
Curado disse também que ainda não há uma definição sobre o fechamento da fábrica da empresa na China - uma joint venture com a chinesa Avic. "A vontade dos dois sócios é continuar, mas quem vai decidir é o governo chinês", disse.
Embraer abre primeira fábrica nos EUA
Unidade no Estado da Flórida fará inicialmente a montagem de jatos executivos Phenom 100, que são os menores produzidos pela empresa; fabricante pode ter uma segunda fábrica no país se vencer uma licitação para aviões militares
Luciana Antonello Xavier
A Embraer inaugurou ontem sua primeira fábrica nos Estados Unidos, na cidade de Melbourne, na Flórida, onde vai montar, inicialmente, jatos executivos Phenom 100 - quer têm capacidade para seis ocupantes, incluindo o piloto. Segundo o presidente da Embraer, Frederico Curado, com a unidade, a fabricante brasileira cumpre o objetivo de levar as operações para perto dos clientes e do maior mercado da companhia.
De acordo com Curado, muitos dos equipamentos usados na fabricação das aeronaves são dos EUA.
"Faz todo sentido ter uma fábrica aqui", explicou. Parte dos materiais serão enviados do Brasil para a montagem dos aviões. Os investimentos da nova unidade somaram cerca de US$ 50 milhões. A unidade também abrigará o centro mundial de atendimento ao consumidor.
Segundo o presidente da Embraer, a fábrica deve atender o mercado dos Estados Unidos, mas também exportações. Curado disse que o local foi construído ainda para produzir a linha Phenom 300 - jatos executivos maiores, com capacidade para nove ocupantes. "Vamos introduzir a linha Phenom 300 dependendo da evolução dos investimentos, e também vamos ouvir nossos clientes", disse.
A nova fábrica tem capacidade para produzir até 80 jatos por ano. A produção deve começar em meados deste ano e o primeiro jato deve ser entregue até o final de 2011. A estimativa é de produzir 30 jatos em 2012 e 60 em 2013. A fábrica deve empregar cerca de 200 empregados, 18 deles ex-funcionários altamente qualificados da Nasa. Todo o processo até a inauguração da planta levou três anos.
Concorrência. Os planos da Embraer para os EUA não param aí. Se vencer uma licitação para fornecer aviões leves de combate para o Departamento de Defesa do país, o que deve ser decidido por volta de junho, a companhia terá também outra unidade em Jacksonville, na Flórida. "Nossos planos para os EUA não são de curto prazo, são de longo prazo", disse Curado.
Mas o executivo reconhece que essa é uma disputa difícil, uma vez que seu principal concorrente é uma empresa americana, a Hawker Beechcraft. "Achamos que temos o avião (o modelo Super Tucano) perfeito para a missão que eles querem. Mas temos de entender que também é uma decisão política."
Se vencer a disputa, a Embraer vai fornecer até 200 aviões leves de combate ao Departamento de Defesa, num contrato de cerca de US$ 950 milhões, com início da produção prevista para 2012.
Curado disse também que ainda não há uma definição sobre o fechamento da fábrica da empresa na China - uma joint venture com a chinesa Avic. "A vontade dos dois sócios é continuar, mas quem vai decidir é o governo chinês", disse.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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Re: INDÚSTRIA BÉLICA NACIONAL: NACIONAL???
Krauss Maffei Wegmann abre escritório no Brasil
Fábrica alemã de manutenção de blindados pretende iniciar operações em um ano
A fábrica alemã de blindados e de manutenção de equipamentos pesados Krauss-Maffei-Wegmann (KMW) terá sua sede em Santa Maria a partir de hoje, quando a empresa vai assinar o contrato de locação de uma sala comercial no último andar de uma das torres de escritórios do Santa Maria Shopping. Na cidade, funcionará o escritório central no Brasil, que será transferido de São Paulo para cá e representará a empresa na América do Sul. Além disso, daqui a um ano, já deve estar em funcionamento a unidade de manutenção dos blindados Leopard, comprados pelo Exército Brasileiro. Porém, a KMW tem planos bem mais ousados para Santa Maria. Aqui, também serão feitos serviços especializados de manutenção de veículos e equipamentos pesados para empresas privadas. No futuro, a empresa pretende ainda construir uma fábrica de blindados ou outros equipamentos na cidade.
Quem disse isso foi o gerente geral da KMW do Brasil Sistemas Militares, Christian Böge, um alemão que fala português fluente e que foi apresentado ontem ao prefeito Cezar Schirmer. Christian já está morando na cidade para definir os detalhes da instalação da empresa – sua família virá de São Paulo dentro de seis meses. A KMW ainda não definiu o terreno onde será erguido o prédio e a pista de testes de blindados, pois depende de novos estudos de resistência do solo das duas áreas em vista.
O gerente da KMW anunciou que a empresa pretende trazer equipamentos de última geração, que ainda não existem no Brasil, para colocar à disposição de laboratórios da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e também para treinar pessoas em conjunto com a UFSM. A empresa também já está em busca de empresas de engenharia e arquitetura locais para auxiliar no andamento da construção de seu prédio na cidade. A KMW quer contratar um escritório de contabilidade local, com profissionais que falem inglês. Interessados podem falar com o gabinete do prefeito.
Para Schirmer, a instalação da fábrica em Santa Maria será um grande salto de qualidade do ponto de vista tecnológico, pois os serviços de última geração oferecidos pela KMW na área de metal-mecânica devem fortalecer indústrias locais e atrair novas fábricas do setor para a cidade.
– A partir da instalação da KMW, Santa Maria se tornará uma referência no setor metal-mecânico do país. A KMW é uma referência mundial. Esse não é um projeto do nosso governo, mas, sim, um projeto estratégico para, no mínimo, 10 anos – disse Schirmer.
O gerente da empresa disse que o plano da KMW para Santa Maria é a longo prazo e que prevê investimentos pesados.
– Não é um projeto para seis meses, um ano. É um projeto da KMW para 10, 20 anos ou mais. A fábrica na Alemanha disse: “Nós queremos fazer uma parceria com a cidade” – contou Christian Böge.
Também está em Santa Maria o representante legal da KMW no Brasil, Sönke Böge, que ficará responsável pelas assinaturas de contratos e também conversou com o Diário ontem.
‘Vamos treinar as pessoas’
Diário de Santa Maria – Por que a KMW escolheu Santa Maria para instalar sua unidade no Brasil?
Christian Böge – Nós escolhemos Santa Maria por ser um polo na parte industrial, pelos blindados estarem aqui, por fornece uma mão de obra muito especializada, muito específica na parte de engenharia.
Diário – A empresa pretende contratar mão de obra da cidade?
Christian – A mão de obra, pretendemos que seja de Santa Maria mesmo. Eles vão ser treinados aqui na cidade e, futuramente, serão enviados para a Alemanha para um aprendizado mais aprofundado. Para isso, o idioma alemão é também imprescindível. Não precisa ser fluente. Mas seria um fator positivo se já tivesse alemão. E se não tiver fluente, vamos dar treinamento e contratar empresas que tenham curso de idiomas.
Diário – Já existe um prazo para começar as obras?
Christian – Estamos definindo isso. Não posso dizer agora as datas. Nós precisamos ainda fazer alguns estudos referentes ao solo (nos terrenos que estão sendo analisados). As datas exatas, eu poderia dar em, aproximadamente, três semanas.
Diário – Quais seriam os planos futuros da KMW para Santa Maria? Será uma fábrica?
Sönke Böge – Vamos construir aqui um galpão, e dentro, vai ser uma fábrica. Além de cumprir o contrato com o Exército, queremos ser um centro de excelência de manutenção, para fazer serviços de manutenção e outras coisas sobre qualquer tipo de equipamento pesado. Pode ser uma colheitadeira, pode ser um caminhão pesado. Nós vamos trazer a tecnologia para fazer a manutenção preventiva e também, posterior, para todo o tipo de equipamento pesado. Teremos o nosso escritório e vamos ter tecnologia em soldagem, hidráulica e eletromecânica para oferecer para quem quiser. Aqui vai ter um centro de excelência para fazer aquilo que não se consegue fazer hoje no Brasil. Nós vamos trazer alguns tipos de equipamentos que ainda não existem no Brasil e que estarão à disposição também dos laboratórios das faculdades. E máquinas de soldagem que não existem aqui e que estarão à disposição das indústrias.
FONTE: Diário de Santa Maria
Fábrica alemã de manutenção de blindados pretende iniciar operações em um ano
A fábrica alemã de blindados e de manutenção de equipamentos pesados Krauss-Maffei-Wegmann (KMW) terá sua sede em Santa Maria a partir de hoje, quando a empresa vai assinar o contrato de locação de uma sala comercial no último andar de uma das torres de escritórios do Santa Maria Shopping. Na cidade, funcionará o escritório central no Brasil, que será transferido de São Paulo para cá e representará a empresa na América do Sul. Além disso, daqui a um ano, já deve estar em funcionamento a unidade de manutenção dos blindados Leopard, comprados pelo Exército Brasileiro. Porém, a KMW tem planos bem mais ousados para Santa Maria. Aqui, também serão feitos serviços especializados de manutenção de veículos e equipamentos pesados para empresas privadas. No futuro, a empresa pretende ainda construir uma fábrica de blindados ou outros equipamentos na cidade.
Quem disse isso foi o gerente geral da KMW do Brasil Sistemas Militares, Christian Böge, um alemão que fala português fluente e que foi apresentado ontem ao prefeito Cezar Schirmer. Christian já está morando na cidade para definir os detalhes da instalação da empresa – sua família virá de São Paulo dentro de seis meses. A KMW ainda não definiu o terreno onde será erguido o prédio e a pista de testes de blindados, pois depende de novos estudos de resistência do solo das duas áreas em vista.
O gerente da KMW anunciou que a empresa pretende trazer equipamentos de última geração, que ainda não existem no Brasil, para colocar à disposição de laboratórios da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e também para treinar pessoas em conjunto com a UFSM. A empresa também já está em busca de empresas de engenharia e arquitetura locais para auxiliar no andamento da construção de seu prédio na cidade. A KMW quer contratar um escritório de contabilidade local, com profissionais que falem inglês. Interessados podem falar com o gabinete do prefeito.
Para Schirmer, a instalação da fábrica em Santa Maria será um grande salto de qualidade do ponto de vista tecnológico, pois os serviços de última geração oferecidos pela KMW na área de metal-mecânica devem fortalecer indústrias locais e atrair novas fábricas do setor para a cidade.
– A partir da instalação da KMW, Santa Maria se tornará uma referência no setor metal-mecânico do país. A KMW é uma referência mundial. Esse não é um projeto do nosso governo, mas, sim, um projeto estratégico para, no mínimo, 10 anos – disse Schirmer.
O gerente da empresa disse que o plano da KMW para Santa Maria é a longo prazo e que prevê investimentos pesados.
– Não é um projeto para seis meses, um ano. É um projeto da KMW para 10, 20 anos ou mais. A fábrica na Alemanha disse: “Nós queremos fazer uma parceria com a cidade” – contou Christian Böge.
Também está em Santa Maria o representante legal da KMW no Brasil, Sönke Böge, que ficará responsável pelas assinaturas de contratos e também conversou com o Diário ontem.
‘Vamos treinar as pessoas’
Diário de Santa Maria – Por que a KMW escolheu Santa Maria para instalar sua unidade no Brasil?
Christian Böge – Nós escolhemos Santa Maria por ser um polo na parte industrial, pelos blindados estarem aqui, por fornece uma mão de obra muito especializada, muito específica na parte de engenharia.
Diário – A empresa pretende contratar mão de obra da cidade?
Christian – A mão de obra, pretendemos que seja de Santa Maria mesmo. Eles vão ser treinados aqui na cidade e, futuramente, serão enviados para a Alemanha para um aprendizado mais aprofundado. Para isso, o idioma alemão é também imprescindível. Não precisa ser fluente. Mas seria um fator positivo se já tivesse alemão. E se não tiver fluente, vamos dar treinamento e contratar empresas que tenham curso de idiomas.
Diário – Já existe um prazo para começar as obras?
Christian – Estamos definindo isso. Não posso dizer agora as datas. Nós precisamos ainda fazer alguns estudos referentes ao solo (nos terrenos que estão sendo analisados). As datas exatas, eu poderia dar em, aproximadamente, três semanas.
Diário – Quais seriam os planos futuros da KMW para Santa Maria? Será uma fábrica?
Sönke Böge – Vamos construir aqui um galpão, e dentro, vai ser uma fábrica. Além de cumprir o contrato com o Exército, queremos ser um centro de excelência de manutenção, para fazer serviços de manutenção e outras coisas sobre qualquer tipo de equipamento pesado. Pode ser uma colheitadeira, pode ser um caminhão pesado. Nós vamos trazer a tecnologia para fazer a manutenção preventiva e também, posterior, para todo o tipo de equipamento pesado. Teremos o nosso escritório e vamos ter tecnologia em soldagem, hidráulica e eletromecânica para oferecer para quem quiser. Aqui vai ter um centro de excelência para fazer aquilo que não se consegue fazer hoje no Brasil. Nós vamos trazer alguns tipos de equipamentos que ainda não existem no Brasil e que estarão à disposição também dos laboratórios das faculdades. E máquinas de soldagem que não existem aqui e que estarão à disposição das indústrias.
FONTE: Diário de Santa Maria
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Re: INDÚSTRIA BÉLICA NACIONAL: NACIONAL???
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Re: INDÚSTRIA BÉLICA NACIONAL: NACIONAL???
Sob pressão de concorrente, Embraer mira área de defesa Tue, 15 Mar 2011 07:58:43 -0300
Empresa paulista anuncia hoje a compra da divisão de radares da Orbisat
Objetivo é expandir sua atuação nesse setor bilionário, que assiste à maior movimentação desde a ditadura
IGOR GIELOW
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pressionada pela movimentação de concorrentes, a Embraer inicia hoje a expansão de sua área de defesa. A empresa paulista anunciará a compra da divisão de radares da Orbisat, a primeira aquisição desde que criou a subsidiária Embraer Defesa e Segurança, no fim de 2010.
As vendas de equipamento de defesa, concentradas em aviões, somaram R$ 1,2 bilhão na carteira da Embraer no ano passado. Com a compra da Orbisat e a negociação pelo controle da empresa de eletrônica Atech, a Embraer visa diversificar seu portfólio de produtos militares e de segurança.
A Orbisat fabrica radares de vigilância aérea e sistemas de sensoriamento remoto. Sua linha de produtos como receptores de TV por satélite seguirá com os antigos donos. Segundo a Folha apurou, a Embraer pagou cerca de R$ 30 milhões.
A empresa já trabalha para as Forças Armadas e tem pronto um radar de vigilância, o Saber, que foi desenvolvido em conjunto com o Exército, com o objetivo de equipar o sistema de controle de fronteiras.
O projeto de R$ 10 bilhões deve ser implementado nos próximos anos, e, assim, a Embraer se posiciona para disputá-lo. A Marinha também tem plano semelhante.
Além disso, a Embraer pretende usar o radar como parte de um sistema de defesa antiaérea a ser oferecido também ao Exército. Na Copa-2014 e na Olimpíada-2016, estádios precisam, por normas internacionais, ser protegidos por baterias de mísseis contra eventuais ameaças terroristas.
EXPANSÃO DO SETOR
A jogada da Embraer, cujos planos de diversificação incluem estudos até para construir trem-bala, tem razão de ser. Desde o ano passado, quando novas leis promoveram o arcabouço jurídico para a indústria bélica nacional, o setor assiste a sua maior movimentação desde a ditadura militar.
A gigante aeroespacial europeia EADS, por meio de seu braço de defesa chamado Cassidian, associou-se à empreiteira brasileira Odebrecht, e o primeiro alvo da dupla é a aquisição da fabricante de mísseis Mectron.
A Odebrecht já tem um bilionário subcontrato do programa de submarinos da Marinha, tendo sido escolhida pela francesa DCNS para construir um novo estaleiro.
O novo submarino convencional terá quatro unidades montadas no Brasil e servirá de base para um modelo de propulsão nuclear.
Empresa paulista anuncia hoje a compra da divisão de radares da Orbisat
Objetivo é expandir sua atuação nesse setor bilionário, que assiste à maior movimentação desde a ditadura
IGOR GIELOW
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pressionada pela movimentação de concorrentes, a Embraer inicia hoje a expansão de sua área de defesa. A empresa paulista anunciará a compra da divisão de radares da Orbisat, a primeira aquisição desde que criou a subsidiária Embraer Defesa e Segurança, no fim de 2010.
As vendas de equipamento de defesa, concentradas em aviões, somaram R$ 1,2 bilhão na carteira da Embraer no ano passado. Com a compra da Orbisat e a negociação pelo controle da empresa de eletrônica Atech, a Embraer visa diversificar seu portfólio de produtos militares e de segurança.
A Orbisat fabrica radares de vigilância aérea e sistemas de sensoriamento remoto. Sua linha de produtos como receptores de TV por satélite seguirá com os antigos donos. Segundo a Folha apurou, a Embraer pagou cerca de R$ 30 milhões.
A empresa já trabalha para as Forças Armadas e tem pronto um radar de vigilância, o Saber, que foi desenvolvido em conjunto com o Exército, com o objetivo de equipar o sistema de controle de fronteiras.
O projeto de R$ 10 bilhões deve ser implementado nos próximos anos, e, assim, a Embraer se posiciona para disputá-lo. A Marinha também tem plano semelhante.
Além disso, a Embraer pretende usar o radar como parte de um sistema de defesa antiaérea a ser oferecido também ao Exército. Na Copa-2014 e na Olimpíada-2016, estádios precisam, por normas internacionais, ser protegidos por baterias de mísseis contra eventuais ameaças terroristas.
EXPANSÃO DO SETOR
A jogada da Embraer, cujos planos de diversificação incluem estudos até para construir trem-bala, tem razão de ser. Desde o ano passado, quando novas leis promoveram o arcabouço jurídico para a indústria bélica nacional, o setor assiste a sua maior movimentação desde a ditadura militar.
A gigante aeroespacial europeia EADS, por meio de seu braço de defesa chamado Cassidian, associou-se à empreiteira brasileira Odebrecht, e o primeiro alvo da dupla é a aquisição da fabricante de mísseis Mectron.
A Odebrecht já tem um bilionário subcontrato do programa de submarinos da Marinha, tendo sido escolhida pela francesa DCNS para construir um novo estaleiro.
O novo submarino convencional terá quatro unidades montadas no Brasil e servirá de base para um modelo de propulsão nuclear.
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Re: INDÚSTRIA BÉLICA NACIONAL: NACIONAL???
CARGUEIRO É A MAIOR APOSTA DA EMBRAER Tue, 15 Mar 2011 07:58:54 -0300
PRODUTO DE DEFESA
Os cortes orçamentários da Defesa, que chegam a R$ 4 bilhões, até aqui não ameaçaram o principal projeto da Embraer no setor: o avião de transporte militar e reabastecimento KC-390. Para este ano, serão investidos cerca de R$ 100 milhões (de um total de R$ 3 bilhões). O primeiro avião deve voar em 2014.
PRODUTO DE DEFESA
Os cortes orçamentários da Defesa, que chegam a R$ 4 bilhões, até aqui não ameaçaram o principal projeto da Embraer no setor: o avião de transporte militar e reabastecimento KC-390. Para este ano, serão investidos cerca de R$ 100 milhões (de um total de R$ 3 bilhões). O primeiro avião deve voar em 2014.
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Re: INDÚSTRIA BÉLICA NACIONAL: NACIONAL???
Já tinha postado nas Aéreas, enfim...
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Re: INDÚSTRIA BÉLICA NACIONAL: NACIONAL???
Grupo paga R$ 28,5 mi por empresa de radares
João Carlos de Faria
A Embraer Defesa e Segurança, unidade de negócios autônoma criada pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) em dezembro do ano passado para cuidar de projetos e negócios da área militar, anunciou ontem a compra do controle de uma operação de radares para aeronaves.
A Embraer pagou R$ 28,5 milhões por 64,7% do capital social da divisão de radares da Orbisat da Amazônia S.A., também sediada em São José dos Campos. O negócio tem previsão de faturamento superior a R$ 50 milhões neste ano, segundo comunicado divulgado pela Embraer.
Fundada ha 13 anos, a Orbisat criou a divisão de radares em 2002 com o objetivo de fornecer tecnologia de sensoriamento para companhias dos setores aéreo, marítimo e terrestre.
Divisão. Com a aquisição, a Orbisat será dividida em duas empresas. João Moreira Neto, um dos fundadores da companhia, passará a ser sócio minoritário da Embraer Defesa e Segurança, carregando consigo toda a operação de radares.
Outros dois fundadores da Orbisat - o atual presidente, Rogério Ferraz, e o diretor Benedicto Nogueira - continuarão com o controle acionário do negócio de equipamentos eletrônicos, que hoje representa cerca de 60% das receitas da Orbisat, que continuará a funcionar sob o mesmo nome.
Para Ferraz, mesmo a parte não adquirida pela Embraer será beneficiada, uma vez que a companhia sai do acordo mais capitalizada. "Com a divisão (do negócio), o segmento de eletrônicos ganhará fôlego, pois daremos uma nova injeção de recursos para a área, que já representa a maior parte do faturamento."
Para o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, a Orbisat detém uma tecnologia que poucos países do mundo dominam. "A sinergia proveniente desta aquisição trará soluções importantes para o desenvolvimento e a fabricação de sistemas de monitoramento e de defesa antiaérea a nível internacional", afirmou.
A empresa informou que a maior parte da equipe, composta por cerca de 250 funcionários, deverá ser absorvida pela nova empresa de eletrônicos, que continuará operando com suas equipes administrativa e de vendas, na unidade de São José dos Campos, e com a linha de produção, em Manaus.
João Carlos de Faria
A Embraer Defesa e Segurança, unidade de negócios autônoma criada pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) em dezembro do ano passado para cuidar de projetos e negócios da área militar, anunciou ontem a compra do controle de uma operação de radares para aeronaves.
A Embraer pagou R$ 28,5 milhões por 64,7% do capital social da divisão de radares da Orbisat da Amazônia S.A., também sediada em São José dos Campos. O negócio tem previsão de faturamento superior a R$ 50 milhões neste ano, segundo comunicado divulgado pela Embraer.
Fundada ha 13 anos, a Orbisat criou a divisão de radares em 2002 com o objetivo de fornecer tecnologia de sensoriamento para companhias dos setores aéreo, marítimo e terrestre.
Divisão. Com a aquisição, a Orbisat será dividida em duas empresas. João Moreira Neto, um dos fundadores da companhia, passará a ser sócio minoritário da Embraer Defesa e Segurança, carregando consigo toda a operação de radares.
Outros dois fundadores da Orbisat - o atual presidente, Rogério Ferraz, e o diretor Benedicto Nogueira - continuarão com o controle acionário do negócio de equipamentos eletrônicos, que hoje representa cerca de 60% das receitas da Orbisat, que continuará a funcionar sob o mesmo nome.
Para Ferraz, mesmo a parte não adquirida pela Embraer será beneficiada, uma vez que a companhia sai do acordo mais capitalizada. "Com a divisão (do negócio), o segmento de eletrônicos ganhará fôlego, pois daremos uma nova injeção de recursos para a área, que já representa a maior parte do faturamento."
Para o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, a Orbisat detém uma tecnologia que poucos países do mundo dominam. "A sinergia proveniente desta aquisição trará soluções importantes para o desenvolvimento e a fabricação de sistemas de monitoramento e de defesa antiaérea a nível internacional", afirmou.
A empresa informou que a maior parte da equipe, composta por cerca de 250 funcionários, deverá ser absorvida pela nova empresa de eletrônicos, que continuará operando com suas equipes administrativa e de vendas, na unidade de São José dos Campos, e com a linha de produção, em Manaus.
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Re: INDÚSTRIA BÉLICA NACIONAL: NACIONAL???
Já foi postada em outros tópicos, mas nesse não poderia faltar
25/03/2011 - 07h00
Odebrecht adquire controle da fabricante de mísseis Mectron
CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO
Depois de negociar por cerca de quatro meses, o grupo Odebrecht assumiu o controle acionário da Mectron, uma das mais importantes empresas do setor de defesa brasileiro, fabricante de mísseis e produtos de alta tecnologia para o mercado aeroespacial. As negociações envolveram valores em torno de R$ 100 milhões, segundo a Folha apurou.
Com 27,2% do capital total da empresa, o BNDES permanece como acionista da Mectron. Os quatro fundadores da companhia --Antonio Rogerio Salvador, Azhaury da Cunha, Carlos Alberto de Paiva Carvalho e Wagner Campos do Amaral-- também vão manter participação significativa de ações da empresa, situada em São José dos Campos (SP).
O acordo com a Mectron representa uma ação estratégica importante para o grupo Odebrecht, que busca ampliar sua atuação no mercado nacional e internacional de equipamentos e serviços militares.
"Esta aquisição é um passo importante pela atuação relevante e estratégica da Mectron no mercado de defesa do Brasil. Nosso objetivo é fortalecer a empresa e transformá-la em base de exportação de produtos e serviços impulsionando a indústria nacional, em alinhamento com um dos princípios da
Estratégia Nacional de Defesa", disse Roberto Simões, diretor-superintendente da Odebrecht Engenharia Industrial.
"Estamos confiantes em ter a Odebrecht como parceira por sua contribuição na abertura de novas oportunidades para a Mectron", afirmou Antonio Rogerio Salvador, sócio-fundador e atual presidente, da Mectron, que atua no mercado de alta tecnologia, em especial o de defesa, desde 1991.
O negócio entre a Mectron e a Odebrecht foi acompanhado de perto pelo governo brasileiro, que tem interesse em reestruturar o setor e incentiva a criação de blocos de empresas de defesa, com capacidade para fazer investimentos de risco no desenvolvimento de produtos estratégicos de interesse nacional.
Procurado pelo Folha pouco antes de Mectron e a Odebrecht anunciarem o acordo firmado, o Ministério da Defesa informou que observa "com grande interesse o desenvolvimento da indústria nacional de defesa e as soluções que as empresas encontram para crescer e descobrir novos mercados".
Ainda segundo o ministério, a Estratégia Nacional de Defesa, aprovada há três anos, fixa como ações prioritárias do governo incentivar a indústria e buscar possíveis soluções na área fiscal que permitam superar embaraços ao crescimento da indústria de defesa.
Em breve, o ministério deve enviar ao Congresso Nacional, por exemplo, um projeto de lei de cria normas especiais para compras, contratações de produtos e sistemas de defesa, além de estabelecer regras para desenvolvê-los no país.
QUEM É A EMPRESA
A Mectron é uma empresa brasileira, formada após engenheiros formados pelo ITA ( Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e vindos de outras empresas do setor em São José dos Campos decidirem se associar. Fabrica desde radares, equipamentos de aplicação em satélites e mísseis até softwares de simulação, além de outros produtos de alta tecnologia e alto valor agregado para uso civil como militar. Há cinco anos, a empresa recebeu aporte de R$ 15 milhões do BNDES e se tornou uma companhia estratégica para as Forças Armadas brasileirass
Com a entrada do grupo Odebrecht, a empresa tem agora perspectiva de se expandir para outras regiões.
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Re: INDÚSTRIA BÉLICA NACIONAL: NACIONAL???
Embraer pode anunciar em semanas aquisição em defesa
DA REUTERS, EM SÃO PAULO
A Embraer negocia uma aquisição na área de defesa que pode ser anunciada "nas próximas semanas", afirmou nesta quinta-feira o presidente-executivo da empresa, Frederico Curado.
Em 15 de março, a Embraer Segurança e Defesa, divisão da fabricante brasileira de aviões, anunciou a compra de 64,7% da divisão de radares da Orbisat da Amazônia por R$ 28,5 milhões.
"Existe um segundo processo em andamento que temos uma expectativa positiva para as próximas semanas", disse Curado em entrevista durante o Reuters Latin American Investment Summit.
O executivo não forneceu mais detalhes, já que a negociação ainda está em curso.
"Estamos procurando ficar um pouco mais abertos a oportunidades de aquisição. É uma forma de crescer sem ser aquele monólogo do desenvolvimento de novos produtos sempre", acrescentou.
"Na área de defesa há uma série de pequenas e médias empresas... Queremos ser vistos como uma empresa central para o Brasil na área de defesa e segurança", destacou.
DA REUTERS, EM SÃO PAULO
A Embraer negocia uma aquisição na área de defesa que pode ser anunciada "nas próximas semanas", afirmou nesta quinta-feira o presidente-executivo da empresa, Frederico Curado.
Em 15 de março, a Embraer Segurança e Defesa, divisão da fabricante brasileira de aviões, anunciou a compra de 64,7% da divisão de radares da Orbisat da Amazônia por R$ 28,5 milhões.
"Existe um segundo processo em andamento que temos uma expectativa positiva para as próximas semanas", disse Curado em entrevista durante o Reuters Latin American Investment Summit.
O executivo não forneceu mais detalhes, já que a negociação ainda está em curso.
"Estamos procurando ficar um pouco mais abertos a oportunidades de aquisição. É uma forma de crescer sem ser aquele monólogo do desenvolvimento de novos produtos sempre", acrescentou.
"Na área de defesa há uma série de pequenas e médias empresas... Queremos ser vistos como uma empresa central para o Brasil na área de defesa e segurança", destacou.
unanimidade só existe no cemitério