Mundo Árabe em Ebulição
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Porra, atacar manifestantes com caças foi foda.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Re: Mundo Árabe em Ebulição
21/02/2011 17h35
Missão da Líbia na ONU abandona regime para apoiar revolta
Diplomatas tomaram decisão por 'agressões do regime ao povo líbio'.
Representante diz temer risco, mas afirma que famílias 'já estão em perigo'.
Da France Press
A missão líbia na ONU anunciou a ruptura da relação com o regime de seu país para apoiar os manifestantes, anunciou nesta segunda-feira (21) o jornal "Los Angeles Times".
Os diplomatas, com a exceção do embaixador, tomaram esta decisão para se distanciar do governo de Muammar Kadhafi "devido às agressões do regime contra o povo líbio", destacou Adam Tarbah, um dos representantes líbios consultados pelo jornal.
"Sabemos que isso colocará nossa família em perigo, mas de todo modo, já estão em perigo", completou Tarbah.
O diplomata fez alusão ao discurso feito na noite de domingo pelo filho de Kadhafi, Saif-al-Islam, que prometeu "combater até a última bala" para colocar fim às manifestações, explicou Tarbah.
"Ele incitou a guerra civil", afirmou o diplomata líbio. "Foi vergonhoso".
A violência na Líbia já afeta a capital, Trípoli, onde diversos edifícios públicos foram incendiados na noite de domingo para segunda-feira, quando o filho de Kadhafi ameaçou o país com derramamento de sangue.
Até agora, ao menos 233 pessoas morreram nos protestos, segundo uma contagem da organização Human Rights Watch, para quem 60 foram mortos no domingo em Benghazi, a segunda maior cidade do país e centro da revolta popular desde 15 de fevereiro.
Missão da Líbia na ONU abandona regime para apoiar revolta
Diplomatas tomaram decisão por 'agressões do regime ao povo líbio'.
Representante diz temer risco, mas afirma que famílias 'já estão em perigo'.
Da France Press
A missão líbia na ONU anunciou a ruptura da relação com o regime de seu país para apoiar os manifestantes, anunciou nesta segunda-feira (21) o jornal "Los Angeles Times".
Os diplomatas, com a exceção do embaixador, tomaram esta decisão para se distanciar do governo de Muammar Kadhafi "devido às agressões do regime contra o povo líbio", destacou Adam Tarbah, um dos representantes líbios consultados pelo jornal.
"Sabemos que isso colocará nossa família em perigo, mas de todo modo, já estão em perigo", completou Tarbah.
O diplomata fez alusão ao discurso feito na noite de domingo pelo filho de Kadhafi, Saif-al-Islam, que prometeu "combater até a última bala" para colocar fim às manifestações, explicou Tarbah.
"Ele incitou a guerra civil", afirmou o diplomata líbio. "Foi vergonhoso".
A violência na Líbia já afeta a capital, Trípoli, onde diversos edifícios públicos foram incendiados na noite de domingo para segunda-feira, quando o filho de Kadhafi ameaçou o país com derramamento de sangue.
Até agora, ao menos 233 pessoas morreram nos protestos, segundo uma contagem da organização Human Rights Watch, para quem 60 foram mortos no domingo em Benghazi, a segunda maior cidade do país e centro da revolta popular desde 15 de fevereiro.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Do blog da TV Al Jazeera:
10:32pm: Al Jazeera confirms Brazilian construction company Odebrecht ordering mandatory evacuation of all its 5,000 foreign staff - including 187 Brazilians - from Libya. the company has the main contract to build Tripoli airport, as well as the city's ring road - deals worth hundreds of millions of dollars. All projects are immediately halted, they annouce.
http://blogs.aljazeera.net/middle-east/ ... blog-libya
10:32pm: Al Jazeera confirms Brazilian construction company Odebrecht ordering mandatory evacuation of all its 5,000 foreign staff - including 187 Brazilians - from Libya. the company has the main contract to build Tripoli airport, as well as the city's ring road - deals worth hundreds of millions of dollars. All projects are immediately halted, they annouce.
http://blogs.aljazeera.net/middle-east/ ... blog-libya
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
No tópico "Notícias Aéreas" há uma reportagem q indica q pediram asilo.FOXTROT escreveu:Debandada?
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terra.com.br
Dois caças líbios aterrissam em Malta, segundo jornal local
21 de fevereiro de 2011
Dois caças da Força Aérea líbia aterrissaram hoje de modo "totalmente inesperado" no aeroporto internacional de Malta, informou o jornal "Times of Malta", que mostra uma foto das aeronaves em seu site.
Segundo a publicação, por enquanto não há informações sobre se os pilotos dos dois caças pediram permissão para reabastecer combustível ou se estão fugindo da Líbia, onde estão ocorrendo revoltas populares contra o regime do líder líbio, Muammar Kadafi.
É, parece q de fato agora, como diria uma amigo meu, a coisa "fede a tripa de ganso" na Líbia...
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Atualizado em 21 de fevereiro, 2011 - 15:30 (Brasília) 18:30 GMT
Diplomatas líbios na ONU pedem intervenção internacional no país
Em um ato de rompimento com o regime de Muamar Khadafi, membros da delegação de diplomatas da Líbia na ONU pediram, nesta segunda-feira, uma intervenção internacional contra a onda de violência no país.
O vice-embaixador da Líbia no órgão, Omar Al-Dabbashi, fez um apelo por proteção aos cidadãos contra o que definiu como "genocídio" patrocinado pelo governo líbio contra manifestantes que há dias estão saindo às ruas para protestar contra o regime e pedir a renúncia de Khadafi.
Dabbashi também pediu que as Nações Unidas interditassem o espaço aéreo sobre a capital líbia, Trípoli, onde relatos não confirmados dizem que pelo menos um avião de combate disparou contra manifestantes.
Também nesta segunda-feira, o embaixador líbio na Índia, Ali Al-Issawi, disse à BBC que decidiu deixar o cargo em protesto contra o uso de violência por parte do governo e afirmou que mercenários estrangeiros foram mobilizados para atuar contra cidadãos líbios.
O embaixador na Liga Árabe, Abdel Moneim Al-Honi, disse a jornalistas, no Cairo, que está se unindo à revolução, enquanto o embaixador líbio na China também renunciou.
De acordo com o jornal Quryna, o ministro da Justiça, Mustafa Abdal Khalil, também renunciou em protesto contra a violência no país.
Clique Leia também na BBC Brasil: crise na Líbia tem o potencial de desestabilizar a economia global
Paradeiro de Khadafi
Também nesta segunda-feira, o chanceler britânico, William Hague, citou supostas informações sobre uma possível ida de Khadafi à Venezuela.
Um alto funcionário do governo venezuelano, no entanto, negou que líder líbio será recebido no país, ao afirmar que não houve comunicação com Trípoli.
“Não recebemos nenhum pedido de asilo”, disse o funcionário do governo venezuelano à BBC Brasil.
Repórteres da BBC apuraram que Khadafi estava em território líbio quando conversou com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na tarde desta segunda-feira.
Na conversa, Ban disse ter pedido o fim imediato da violência contra os manifestantes e proteção para a população civil.
A correspondente da BBC em Argel Chloe Arnold citou relatos de um repórter confiável que foi à casa de Khadafi em Trípoli nesta segunda-feira.
Ele disse que havia poucos seguranças nos portões e que, aparentemente, não havia ninguém na casa.
Uma fonte informou ao correspondente da BBC no Cairo Jon Leyne que há indícios de que, por causa dos protestos, Khadafi possa ter saído da capital, Trípoli, em direção ao sul da Líbia.
Os indícios são comboios de veículos vistos deixando a capital e uma movimentação acima do comum no aeroporto de Trípoli.
Para Leyne, esses são sinais de que Khadafi não pretende abandonar seu país, mas retirar-se da capital, para onde os protestos migraram na noite de domingo e na manhã desta segunda-feira.
Também há dúvidas quanto a se algum país receberia o líder líbio caso ele decidisse se exilar.
Diálogo
Também nesta segunda-feira, a chanceler da União Europeia, Catherine Ashton, voltou a condenar a violência no Bahrein e na Líbia.
Após um encontro de ministros de Relações Exteriores europeus, Ashton disse que a Líbia deveria respeitar os direitos dos cidadãos de protestar pacificamente e pediu diálogo.
“Condenamos a repressão contra os manifestantes e lamentamos a violência e a morte de civis. Pedimos o fim imediato do uso da força contra os manifestantes e pedimos a todas as partes que se contenham", disse.
Ashton disse ainda que viajaria ao Egito nos próximos dias para encorajar as autoridades locais a serem mais transparentes sobre o avanço em direção à democracia.
Ao mesmo tempo, o filho de Khadafi, Saif Al-Islam, ordenou a criação de um comitê de investigação sobre as circunstâncias das mortes ocorridas nas recentes manifestações no país, segundo a TV estatal líbia. O suposto comitê contará com um juiz líbio e com grupos de direitos humanos do país e estrangeiros.
Tensão nas ruas
O regime comandado por Khadafi lançou uma dura campanha de repressão contra os protestos. Testemunhas afirmam que manifestantes que saíram às ruas da capital, Trípoli, na noite de domingo, foram atacados por forças de segurança com armas de fogo e gás lacrimogêneo.
Segundo dados de organizações médicas e de direitos humanos, mais de duzentas pessoas teriam morrido desde o início, na semana passada, das manifestações que pedem que Khadafi renuncie após passar mais de 40 anos no poder.
Nesta segunda, em comunicado na TV estatal líbia, um “comitê de defesa” interino pediu ajuda da população para identificar as “gangues terroristas” responsáveis pelos atos de protestos e supostos danos causados a edifícios governamentais.
“O que está ocorrendo é responsabilidade de um grupo de jovens que estão sendo usados por outros, que seguem instruções do exterior”, disse o comunicado.
Nesta segunda-feira, há relatos de que as ruas da cidade estavam tranquilas, com forças do governo patrulhando a Praça Verde, um local que vem sendo usado pelos manifestantes.
Clique Leia também na BBC Brasil: Protestos no Oriente Médio - país por país
Houve sons de tiros nas primeiras horas da manhã, e bombeiros tentavam controlar um incêndio em um prédio do governo no centro da cidade, a Assembleia do Povo, que foi incendiada por manifestantes.
Benghazi, a segunda cidade do país, estaria nas mãos de manifestantes. Segundo testemunhas, a polícia fugiu de Zawiyah, a oeste da capital, e a cidade teria caído no caos. Há relatos de que muitos moradores estariam fugindo para a vizinha Tunísia.
*colaborou Claudia Jardim, de Caracas para a BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... u_cc.shtml
Diplomatas líbios na ONU pedem intervenção internacional no país
Em um ato de rompimento com o regime de Muamar Khadafi, membros da delegação de diplomatas da Líbia na ONU pediram, nesta segunda-feira, uma intervenção internacional contra a onda de violência no país.
O vice-embaixador da Líbia no órgão, Omar Al-Dabbashi, fez um apelo por proteção aos cidadãos contra o que definiu como "genocídio" patrocinado pelo governo líbio contra manifestantes que há dias estão saindo às ruas para protestar contra o regime e pedir a renúncia de Khadafi.
Dabbashi também pediu que as Nações Unidas interditassem o espaço aéreo sobre a capital líbia, Trípoli, onde relatos não confirmados dizem que pelo menos um avião de combate disparou contra manifestantes.
Também nesta segunda-feira, o embaixador líbio na Índia, Ali Al-Issawi, disse à BBC que decidiu deixar o cargo em protesto contra o uso de violência por parte do governo e afirmou que mercenários estrangeiros foram mobilizados para atuar contra cidadãos líbios.
O embaixador na Liga Árabe, Abdel Moneim Al-Honi, disse a jornalistas, no Cairo, que está se unindo à revolução, enquanto o embaixador líbio na China também renunciou.
De acordo com o jornal Quryna, o ministro da Justiça, Mustafa Abdal Khalil, também renunciou em protesto contra a violência no país.
Clique Leia também na BBC Brasil: crise na Líbia tem o potencial de desestabilizar a economia global
Paradeiro de Khadafi
Também nesta segunda-feira, o chanceler britânico, William Hague, citou supostas informações sobre uma possível ida de Khadafi à Venezuela.
Um alto funcionário do governo venezuelano, no entanto, negou que líder líbio será recebido no país, ao afirmar que não houve comunicação com Trípoli.
“Não recebemos nenhum pedido de asilo”, disse o funcionário do governo venezuelano à BBC Brasil.
Repórteres da BBC apuraram que Khadafi estava em território líbio quando conversou com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na tarde desta segunda-feira.
Na conversa, Ban disse ter pedido o fim imediato da violência contra os manifestantes e proteção para a população civil.
A correspondente da BBC em Argel Chloe Arnold citou relatos de um repórter confiável que foi à casa de Khadafi em Trípoli nesta segunda-feira.
Ele disse que havia poucos seguranças nos portões e que, aparentemente, não havia ninguém na casa.
Uma fonte informou ao correspondente da BBC no Cairo Jon Leyne que há indícios de que, por causa dos protestos, Khadafi possa ter saído da capital, Trípoli, em direção ao sul da Líbia.
Os indícios são comboios de veículos vistos deixando a capital e uma movimentação acima do comum no aeroporto de Trípoli.
Para Leyne, esses são sinais de que Khadafi não pretende abandonar seu país, mas retirar-se da capital, para onde os protestos migraram na noite de domingo e na manhã desta segunda-feira.
Também há dúvidas quanto a se algum país receberia o líder líbio caso ele decidisse se exilar.
Diálogo
Também nesta segunda-feira, a chanceler da União Europeia, Catherine Ashton, voltou a condenar a violência no Bahrein e na Líbia.
Após um encontro de ministros de Relações Exteriores europeus, Ashton disse que a Líbia deveria respeitar os direitos dos cidadãos de protestar pacificamente e pediu diálogo.
“Condenamos a repressão contra os manifestantes e lamentamos a violência e a morte de civis. Pedimos o fim imediato do uso da força contra os manifestantes e pedimos a todas as partes que se contenham", disse.
Ashton disse ainda que viajaria ao Egito nos próximos dias para encorajar as autoridades locais a serem mais transparentes sobre o avanço em direção à democracia.
Ao mesmo tempo, o filho de Khadafi, Saif Al-Islam, ordenou a criação de um comitê de investigação sobre as circunstâncias das mortes ocorridas nas recentes manifestações no país, segundo a TV estatal líbia. O suposto comitê contará com um juiz líbio e com grupos de direitos humanos do país e estrangeiros.
Tensão nas ruas
O regime comandado por Khadafi lançou uma dura campanha de repressão contra os protestos. Testemunhas afirmam que manifestantes que saíram às ruas da capital, Trípoli, na noite de domingo, foram atacados por forças de segurança com armas de fogo e gás lacrimogêneo.
Segundo dados de organizações médicas e de direitos humanos, mais de duzentas pessoas teriam morrido desde o início, na semana passada, das manifestações que pedem que Khadafi renuncie após passar mais de 40 anos no poder.
Nesta segunda, em comunicado na TV estatal líbia, um “comitê de defesa” interino pediu ajuda da população para identificar as “gangues terroristas” responsáveis pelos atos de protestos e supostos danos causados a edifícios governamentais.
“O que está ocorrendo é responsabilidade de um grupo de jovens que estão sendo usados por outros, que seguem instruções do exterior”, disse o comunicado.
Nesta segunda-feira, há relatos de que as ruas da cidade estavam tranquilas, com forças do governo patrulhando a Praça Verde, um local que vem sendo usado pelos manifestantes.
Clique Leia também na BBC Brasil: Protestos no Oriente Médio - país por país
Houve sons de tiros nas primeiras horas da manhã, e bombeiros tentavam controlar um incêndio em um prédio do governo no centro da cidade, a Assembleia do Povo, que foi incendiada por manifestantes.
Benghazi, a segunda cidade do país, estaria nas mãos de manifestantes. Segundo testemunhas, a polícia fugiu de Zawiyah, a oeste da capital, e a cidade teria caído no caos. Há relatos de que muitos moradores estariam fugindo para a vizinha Tunísia.
*colaborou Claudia Jardim, de Caracas para a BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... u_cc.shtml
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Atualizado em 21 de fevereiro, 2011 - 12:46 (Brasília) 15:46 GMT
Crise na Líbia tem potencial de desestabilizar economia global
Robert Plummer
Repórter de economia da BBC
Na condição de 12º maior exportador de petróleo do mundo, a Líbia tem potencial de desestabilizar a economia global, se os protestos antigoverno que terminaram em violência interromperem o fornecimento do produto.
Desde que a suspensão das sanções impostas pela ONU e pelos EUA puseram fim ao status de pária do Estado líbio, investidores estrangeiros voltaram em bando ao país, ao longo dos últimos cinco anos - incluindo grandes petroleiras como a BP e a Exxon Mobil.
Mas a BP, por exemplo, está tão preocupada com a crise atual que está planejando retirar funcionários do país.
A empresa, que emprega 40 estrangeiros na Líbia, pretende retirar familiares de empregados e funcionários considerados não essenciais ao longo dos dois próximos dias.
A BP assinou um contrato com a Corporação de Investimento da Líbia, em 2007, para explorar duas áreas, uma envolvendo perfuração em águas profundas na Bacia de Sirte, no Mar Mediterrâneo, e outra no deserto no oeste do país.
Um porta-voz da BP disse à BBC que a perfuração na Bacia de Sirte continuaria, mas que equipes na região desértica de Ghadames foram retiradas e a atividade suspensa no local.
Apesar de as operações da BP ainda não terem levado à produção real de petróleo no local, a Bacia de Sirte é responsável pela maior parte da produção no país. O local contem cerca de 80% das reservas comprovadas de petróleo líbias, que chegam a 44 bilhões de barris - as maiores da África.
A Líbia também se beneficia por ter o tipo de petróleo cru leve que negociadores internacionais gostam, com pouco enxofre e uma gravidade específica que torna o produto ideal para transformação em gasolina e diesel.
E como apenas um quarto do vasto e pouco populoso território do país foi explorado, há muito para animar a indústria.
Crescimento para poucos
Mais da metade do PIB da Líbia vem dos setores de petróleo e gás natural, que respondem por mais de 95% das exportações do país, de acordo com o Banco Mundial.
Antes de a crise começar, a economia do país passava por um boom. O Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que a Líbia tenha crescido 10,6% ano passado, e que venha a crescer cerca de 6,2% em 2011.
Mas uma das principais razões por trás dos protestos é que essa enorme riqueza não está passando para as mãos da população.
De acordo com algumas estimativas, cerca de um terço dos líbios vive na pobreza. Não é incomum no país que as pessoas tenham dois empregos - devido aos baixos salários - apesar de cidadãos terem direito a sistema de saúde e outros benefícios de forma gratuita.
Desde que a Líbia retornou ao cenário dos negócios internacionais - após pagar indenização para as vítimas do atentado contra um avião que caiu em Lockerbie, em 1988 - as expectativas cresceram entre a população. Muitos pensavam que o fim do isolamento significaria aumento da qualidade de vida. Até agora, a espera foi em vão.
Mudança demográfica
Curiosamente, manifesteantes em Benghazi teriam retirado a bandeira líbia do topo do principal tribunal de justiça da cidade, substituindo-a pela bandeira da antiga monarquia - deposta em setembro de 1969 pelo golpe que levou Muamar Khadafi ao poder.
A maioria dos manifestantes não tem sequer memórias do rei Idris, primeiro e único monarca do país - já que ele foi destronado há mais de 40 anos, e mais da metade da população do país está abaixo dos 25.
Durante seu reinado, que começou em 1951 com a independência da Líbia, o rei manteve laços próximos com o Reino Unido e os EUA.
Quando ele estava no poder, Washington deu um enorme incentivo à economia líbia, ao construir a maior instalação da Força Aérea dos EUA no exterior - a Base Aérea Wheelus - perto da capital do país, Trípoli.
Mas a importância da Líbia como aliado dos EUA durante o começo da Guerra Fria não era vista com bons olhos pelo povo líbio.
Na verdade, houve manifestações para denunciar a proximidade do rei com o Ocidente após a derrota de países árabes para Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967 - da qual a Líbia não participou.
Essas manifestações abriram caminho para o golpe de 1969. Hoje, com uma nova geração, o país parece ter voltado a um ponto semelhante, com uma população jovem pedindo a prosperidade que o errático regime de Khadafi não conseguiu lhes dar.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... e_ji.shtml
Crise na Líbia tem potencial de desestabilizar economia global
Robert Plummer
Repórter de economia da BBC
Na condição de 12º maior exportador de petróleo do mundo, a Líbia tem potencial de desestabilizar a economia global, se os protestos antigoverno que terminaram em violência interromperem o fornecimento do produto.
Desde que a suspensão das sanções impostas pela ONU e pelos EUA puseram fim ao status de pária do Estado líbio, investidores estrangeiros voltaram em bando ao país, ao longo dos últimos cinco anos - incluindo grandes petroleiras como a BP e a Exxon Mobil.
Mas a BP, por exemplo, está tão preocupada com a crise atual que está planejando retirar funcionários do país.
A empresa, que emprega 40 estrangeiros na Líbia, pretende retirar familiares de empregados e funcionários considerados não essenciais ao longo dos dois próximos dias.
A BP assinou um contrato com a Corporação de Investimento da Líbia, em 2007, para explorar duas áreas, uma envolvendo perfuração em águas profundas na Bacia de Sirte, no Mar Mediterrâneo, e outra no deserto no oeste do país.
Um porta-voz da BP disse à BBC que a perfuração na Bacia de Sirte continuaria, mas que equipes na região desértica de Ghadames foram retiradas e a atividade suspensa no local.
Apesar de as operações da BP ainda não terem levado à produção real de petróleo no local, a Bacia de Sirte é responsável pela maior parte da produção no país. O local contem cerca de 80% das reservas comprovadas de petróleo líbias, que chegam a 44 bilhões de barris - as maiores da África.
A Líbia também se beneficia por ter o tipo de petróleo cru leve que negociadores internacionais gostam, com pouco enxofre e uma gravidade específica que torna o produto ideal para transformação em gasolina e diesel.
E como apenas um quarto do vasto e pouco populoso território do país foi explorado, há muito para animar a indústria.
Crescimento para poucos
Mais da metade do PIB da Líbia vem dos setores de petróleo e gás natural, que respondem por mais de 95% das exportações do país, de acordo com o Banco Mundial.
Antes de a crise começar, a economia do país passava por um boom. O Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que a Líbia tenha crescido 10,6% ano passado, e que venha a crescer cerca de 6,2% em 2011.
Mas uma das principais razões por trás dos protestos é que essa enorme riqueza não está passando para as mãos da população.
De acordo com algumas estimativas, cerca de um terço dos líbios vive na pobreza. Não é incomum no país que as pessoas tenham dois empregos - devido aos baixos salários - apesar de cidadãos terem direito a sistema de saúde e outros benefícios de forma gratuita.
Desde que a Líbia retornou ao cenário dos negócios internacionais - após pagar indenização para as vítimas do atentado contra um avião que caiu em Lockerbie, em 1988 - as expectativas cresceram entre a população. Muitos pensavam que o fim do isolamento significaria aumento da qualidade de vida. Até agora, a espera foi em vão.
Mudança demográfica
Curiosamente, manifesteantes em Benghazi teriam retirado a bandeira líbia do topo do principal tribunal de justiça da cidade, substituindo-a pela bandeira da antiga monarquia - deposta em setembro de 1969 pelo golpe que levou Muamar Khadafi ao poder.
A maioria dos manifestantes não tem sequer memórias do rei Idris, primeiro e único monarca do país - já que ele foi destronado há mais de 40 anos, e mais da metade da população do país está abaixo dos 25.
Durante seu reinado, que começou em 1951 com a independência da Líbia, o rei manteve laços próximos com o Reino Unido e os EUA.
Quando ele estava no poder, Washington deu um enorme incentivo à economia líbia, ao construir a maior instalação da Força Aérea dos EUA no exterior - a Base Aérea Wheelus - perto da capital do país, Trípoli.
Mas a importância da Líbia como aliado dos EUA durante o começo da Guerra Fria não era vista com bons olhos pelo povo líbio.
Na verdade, houve manifestações para denunciar a proximidade do rei com o Ocidente após a derrota de países árabes para Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967 - da qual a Líbia não participou.
Essas manifestações abriram caminho para o golpe de 1969. Hoje, com uma nova geração, o país parece ter voltado a um ponto semelhante, com uma população jovem pedindo a prosperidade que o errático regime de Khadafi não conseguiu lhes dar.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... e_ji.shtml
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Como o regime de Muamar Khadafi está frágil. Começam os protestos, o exercito, membros do governo e militares desertam ao se negar a atirar na população civil. Lembrando que a Líbia saldou a vitória dos protestos no Egito sobre a ditadura local.
Editado pela última vez por Bourne em Seg Fev 21, 2011 6:51 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
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Chanceler espanhola diz que UE não deve impor sanções à Líbia
21 de fevereiro de 2011
A ministra de Assuntos Exteriores espanhola, Trinidad Jiménez, condenou nesta segunda-feira a repressão violenta às manifestações na Líbia, mas descartou que a União Europeia (UE) adote sanções contra o líder líbio, Muammar Kadafi.
A ministra ressaltou que a Espanha não prevê organizar uma evacuação de seus cidadãos na Líbia, já que o reduzido número de espanhóis que há no país os permite sair em voos organizados por outros países da UE.
"Condenamos a violência exercida pelas autoridades contra os manifestantes", afirmou ela após uma reunião de ministros de Assuntos Exteriores da UE centrada na situação na Líbia, em que se criticou duramente a repressão e se defendeu o direito à livre expressão dos cidadãos.
No entanto, ela ressaltou que, por enquanto, a UE não empreenderá sanções econômicas contra Kadafi. Trinidad destacou que a situação na Líbia ainda é "muito confusa", por isso que a UE quer esperar para ver como se desenvolverá o processo.
A ministra espanhola assegurou que não tem a confirmação da informação divulgada pelo chanceler britânico, William Hague, de que Kadafi poderia ter deixado o país com destino à Venezuela.
"Não podemos dar como certa essa informação", disse. A ministra espanhola rejeitou taxativamente a ameaça que o governo líbio emitiu no sábado de não cooperar em matéria de imigração com a UE se o bloco seguir criticando sua atuação.
"A UE não admite nenhum tipo de ameaça, nem de nada nem de ninguém", disse. Também afirmou que a instabilidade na Líbia não gera um êxodo migratório rumo à Europa dos cidadãos de outros países africanos que vivem no país.
"Esperamos que se possa reconduzir a situação", disse. Ela rejeitou as críticas emitidas nas últimas semanas contra a UE por ter tido relações, em prol da estabilidade regional, com os regimes autocráticos de países árabes sacudidos por revoltas e protestos.
"A UE não escolhe os governantes" com os quais deve tratar, disse. Ela reconheceu que os membros da UE deveriam prestar mais atenção a seus vizinhos da margem sul do Mediterrâneo e ressaltou que é necessário levar a região "mais a sério".
Trinidad afirmou que o governo não prevê organizar uma evacuação de cidadãos espanhóis na Líbia, já que há "um número muito reduzido" de imigrantes no país e, por enquanto, não existe essa necessidade.
Ela acrescentou que em Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia e palco dos principais episódios de violência, "já não há nenhum espanhol", além de alguns que são casados com cidadãos líbios e não querem deixar do país.
Segundo a ministra, as embaixadas europeias na Líbia estão coordenando desde a noite de domingo a saída dos cidadãos da UE que querem deixar do país e, se for seu desejo, os espanhóis que residem no país podem aproveitar essas oportunidades.
Os espanhóis na Líbia "não são mais que 300", disse a ministra, quem ressaltou que há um funcionário da embaixada espanhola no aeroporto de Trípoli para coordenar sua saída em voos organizados por empresas estrangeiras presentes no país ou em nações europeias.
Ela acrescentou que se recomendou aos cidadãos que não viajem à Líbia e a todas as pessoas que não desempenham um trabalho essencial saiam do país, assim como fez durante as crises na Tunísia e no Egito.
Chanceler espanhola diz que UE não deve impor sanções à Líbia
21 de fevereiro de 2011
A ministra de Assuntos Exteriores espanhola, Trinidad Jiménez, condenou nesta segunda-feira a repressão violenta às manifestações na Líbia, mas descartou que a União Europeia (UE) adote sanções contra o líder líbio, Muammar Kadafi.
A ministra ressaltou que a Espanha não prevê organizar uma evacuação de seus cidadãos na Líbia, já que o reduzido número de espanhóis que há no país os permite sair em voos organizados por outros países da UE.
"Condenamos a violência exercida pelas autoridades contra os manifestantes", afirmou ela após uma reunião de ministros de Assuntos Exteriores da UE centrada na situação na Líbia, em que se criticou duramente a repressão e se defendeu o direito à livre expressão dos cidadãos.
No entanto, ela ressaltou que, por enquanto, a UE não empreenderá sanções econômicas contra Kadafi. Trinidad destacou que a situação na Líbia ainda é "muito confusa", por isso que a UE quer esperar para ver como se desenvolverá o processo.
A ministra espanhola assegurou que não tem a confirmação da informação divulgada pelo chanceler britânico, William Hague, de que Kadafi poderia ter deixado o país com destino à Venezuela.
"Não podemos dar como certa essa informação", disse. A ministra espanhola rejeitou taxativamente a ameaça que o governo líbio emitiu no sábado de não cooperar em matéria de imigração com a UE se o bloco seguir criticando sua atuação.
"A UE não admite nenhum tipo de ameaça, nem de nada nem de ninguém", disse. Também afirmou que a instabilidade na Líbia não gera um êxodo migratório rumo à Europa dos cidadãos de outros países africanos que vivem no país.
"Esperamos que se possa reconduzir a situação", disse. Ela rejeitou as críticas emitidas nas últimas semanas contra a UE por ter tido relações, em prol da estabilidade regional, com os regimes autocráticos de países árabes sacudidos por revoltas e protestos.
"A UE não escolhe os governantes" com os quais deve tratar, disse. Ela reconheceu que os membros da UE deveriam prestar mais atenção a seus vizinhos da margem sul do Mediterrâneo e ressaltou que é necessário levar a região "mais a sério".
Trinidad afirmou que o governo não prevê organizar uma evacuação de cidadãos espanhóis na Líbia, já que há "um número muito reduzido" de imigrantes no país e, por enquanto, não existe essa necessidade.
Ela acrescentou que em Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia e palco dos principais episódios de violência, "já não há nenhum espanhol", além de alguns que são casados com cidadãos líbios e não querem deixar do país.
Segundo a ministra, as embaixadas europeias na Líbia estão coordenando desde a noite de domingo a saída dos cidadãos da UE que querem deixar do país e, se for seu desejo, os espanhóis que residem no país podem aproveitar essas oportunidades.
Os espanhóis na Líbia "não são mais que 300", disse a ministra, quem ressaltou que há um funcionário da embaixada espanhola no aeroporto de Trípoli para coordenar sua saída em voos organizados por empresas estrangeiras presentes no país ou em nações europeias.
Ela acrescentou que se recomendou aos cidadãos que não viajem à Líbia e a todas as pessoas que não desempenham um trabalho essencial saiam do país, assim como fez durante as crises na Tunísia e no Egito.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Quem falando...........
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"A ironia da história é muito forte", diz Peres sobre Kadafi
21 de fevereiro de 2011
O presidente israelense, Shimon Peres, destacou nesta segunda-feira "a ironia do destino", ao relembrar que o líder líbio expressou há poucos dias seu desejo que houvesse "um Oriente Médio sem Israel" e agora os eventos apontam que "a Líbia que ficará sem Kadafi". Peres discursou na sede da Comunidade Judaica de Madri no início da sua visita oficial à Espanha para comemorar o 25º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas.
"A ironia da história é muito forte. Há duas semanas, o coronel Kadafi fez um discurso e disse que queria um Oriente Médio sem Israel. Hoje tudo aponta que é a Líbia que ficará sem Kadafi", disse Peres perante as revoltas que atingem o país norte-africano e que registraram várias centenas de mortes. Para o chefe do Estado israelense, "o Oriente Médio está cheio de esperança", por isso que desejou que "os moderados, os jovens, os que querem a democracia ganhem, e não os tiranos, os ditadores, nem os corruptos".
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"A ironia da história é muito forte", diz Peres sobre Kadafi
21 de fevereiro de 2011
O presidente israelense, Shimon Peres, destacou nesta segunda-feira "a ironia do destino", ao relembrar que o líder líbio expressou há poucos dias seu desejo que houvesse "um Oriente Médio sem Israel" e agora os eventos apontam que "a Líbia que ficará sem Kadafi". Peres discursou na sede da Comunidade Judaica de Madri no início da sua visita oficial à Espanha para comemorar o 25º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas.
"A ironia da história é muito forte. Há duas semanas, o coronel Kadafi fez um discurso e disse que queria um Oriente Médio sem Israel. Hoje tudo aponta que é a Líbia que ficará sem Kadafi", disse Peres perante as revoltas que atingem o país norte-africano e que registraram várias centenas de mortes. Para o chefe do Estado israelense, "o Oriente Médio está cheio de esperança", por isso que desejou que "os moderados, os jovens, os que querem a democracia ganhem, e não os tiranos, os ditadores, nem os corruptos".
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
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"Al Jazeera" divulga imagens de corpos mutilados em Benghazi
21 de fevereiro de 2011
A rede de televisão "Al Jazeera" divulgou nesta segunda-feira fotos e vídeos de corpos mutilados que pertencem a civis assassinados no domingo em Benghazi, segunda maior cidade da Líbia.
Algumas dessas imagens foram feitas em lugares que parecem necrotérios, enquanto outras mostram corpos ou partes de corpos em uma espécie de floresta.
Um dos corpos, jogado em uma maca, apresenta grandes feridas no abdômen e a vítima parece ter sido estripado.
Outras imagens mostram corpos totalmente carbonizados, crivados de balas, mutilados e esquartejados.
Segundo "Al Jazeera", as vítimas morreram neste domingo em Benghazi, a cerca de 1,2 mil quilômetros de Trípoli, durante os enfrentamentos entre manifestantes que pedem a queda do regime de Muammar Kadafi e membros de uma brigada de forças especiais denominada Abu Ammar, encarregada da proteção do líder líbio.
A TV garantiu que possui outras fotografias e vídeos, mas que não pode divulgá-los devido a "extrema atrocidade".
Horas antes, um médico do hospital Jala, em Benghazi, afirmou que pelo menos 350 pessoas morreram e mais de duas mil ficaram feridas nos últimos cinco dias nesta cidade do leste de Líbia.
Indicou que os manifestantes que invadiram no domingo um quartel de Benghazi encontraram 11 corpos de oficiais e soldados que poderiam ter sido executados por se negar a abrir fogo contra os civis.
De acordo com a organização Human Rights Watch (HRW), mais de 200 pessoas morreram desde quinta-feira passada em várias regiões da Líbia.
"Al Jazeera" divulga imagens de corpos mutilados em Benghazi
21 de fevereiro de 2011
A rede de televisão "Al Jazeera" divulgou nesta segunda-feira fotos e vídeos de corpos mutilados que pertencem a civis assassinados no domingo em Benghazi, segunda maior cidade da Líbia.
Algumas dessas imagens foram feitas em lugares que parecem necrotérios, enquanto outras mostram corpos ou partes de corpos em uma espécie de floresta.
Um dos corpos, jogado em uma maca, apresenta grandes feridas no abdômen e a vítima parece ter sido estripado.
Outras imagens mostram corpos totalmente carbonizados, crivados de balas, mutilados e esquartejados.
Segundo "Al Jazeera", as vítimas morreram neste domingo em Benghazi, a cerca de 1,2 mil quilômetros de Trípoli, durante os enfrentamentos entre manifestantes que pedem a queda do regime de Muammar Kadafi e membros de uma brigada de forças especiais denominada Abu Ammar, encarregada da proteção do líder líbio.
A TV garantiu que possui outras fotografias e vídeos, mas que não pode divulgá-los devido a "extrema atrocidade".
Horas antes, um médico do hospital Jala, em Benghazi, afirmou que pelo menos 350 pessoas morreram e mais de duas mil ficaram feridas nos últimos cinco dias nesta cidade do leste de Líbia.
Indicou que os manifestantes que invadiram no domingo um quartel de Benghazi encontraram 11 corpos de oficiais e soldados que poderiam ter sido executados por se negar a abrir fogo contra os civis.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Khadafi ao ver rip...não tem jeito mesmo que fique no poder agora só tende a criar mais insatisfação...
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Agora é correr atrás.......O mais estúpido é que os serviços de informação ocidentais andaram tão ocupados a inventar falsos pretextos para atacar o Iraque e a preparar o caminho para liquidar o Irão que isto tudo lhes passou ao lado...... Fartaram-se de pisar o "rabo ao cão" e agora fica tudo muito surpreso por o "cão" virar-se e morder.
Aqui em Portugal, não vai ser agora que se vai ter tempo para, NPO's, MLU's a fragatas e F-16's. Nem tão pouco agora que se vai ter tempo para ter a orgânica militar em forma e os militares devidamente operacionais.
Correr atrás..... Estupidamente.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
A queda do ditador libio é o ponto chave para talvez uma revolução na África...é de lá que vem o financiamento de muitos dos ditadores do continente tanto que Muhammar Gaddafi era o líder dos Estados Africanos...
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
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Líbia: Kadafi aparece na TV estatal e diz que está em Trípoli
21 de fevereiro de 2011
O líder da Líbia, Muammar Kadafi, apareceu "ao vivo" na televisão estatal na terça-feira (horário local) em imagens transmitidas de sua residência em Bab Al Azizia, na capital Trípoli, para desmentir sua saída do país e desafiou os manifestantes que protestam contra seu governo de 41 anos.
"Estou indo ver os jovens na praça verde. Só para provar que estou em Trípoli e não na Venezuela e desmentir as televisões, esses cachorros", ele disse, de acordo com a emissora Al Arabiya, respondendo às informações divulgadas por várias emissoras de TV e meios de comunicação nesta segunda-feira de que ele teria ido para a Venezuela.
As imagens divulgadas pela TV estatal mostraram Kadafi preparando-se para subir em um carro e protegendo-se da chuva com um guarda-chuva em frente à sua casa em Bab Al Azizia.
Em uma tarja vermelha, a televisão estatal escreveu: "em um encontro direto com a televisão via satélite Al Jamahiriya, o irmão líder da revolução negou os boatos das cadeias tendenciosas".
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, afirmou ter obtido informações que indicavam que Kadafi estaria a caminho da Venezuela, o que foi negado posteriormente pelo país sul-americano.
O regime do coronel Muamar Kadafi enfrentava protestos de magnitude sem precedentes nesta segunda-feira, e várias cidades líbias caíram em poder dos manifestantes.
Ao menos 250 pessoas morreram nesta segunda-feira em Trípoli atingidas pelos disparos de aviões militares líbios contra manifestantes que pedem a queda do regime de Muammar Kadafi, segundo a rede de televisão Al Jazeera.
Líbia: Kadafi aparece na TV estatal e diz que está em Trípoli
21 de fevereiro de 2011
O líder da Líbia, Muammar Kadafi, apareceu "ao vivo" na televisão estatal na terça-feira (horário local) em imagens transmitidas de sua residência em Bab Al Azizia, na capital Trípoli, para desmentir sua saída do país e desafiou os manifestantes que protestam contra seu governo de 41 anos.
"Estou indo ver os jovens na praça verde. Só para provar que estou em Trípoli e não na Venezuela e desmentir as televisões, esses cachorros", ele disse, de acordo com a emissora Al Arabiya, respondendo às informações divulgadas por várias emissoras de TV e meios de comunicação nesta segunda-feira de que ele teria ido para a Venezuela.
As imagens divulgadas pela TV estatal mostraram Kadafi preparando-se para subir em um carro e protegendo-se da chuva com um guarda-chuva em frente à sua casa em Bab Al Azizia.
Em uma tarja vermelha, a televisão estatal escreveu: "em um encontro direto com a televisão via satélite Al Jamahiriya, o irmão líder da revolução negou os boatos das cadeias tendenciosas".
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, afirmou ter obtido informações que indicavam que Kadafi estaria a caminho da Venezuela, o que foi negado posteriormente pelo país sul-americano.
O regime do coronel Muamar Kadafi enfrentava protestos de magnitude sem precedentes nesta segunda-feira, e várias cidades líbias caíram em poder dos manifestantes.
Ao menos 250 pessoas morreram nesta segunda-feira em Trípoli atingidas pelos disparos de aviões militares líbios contra manifestantes que pedem a queda do regime de Muammar Kadafi, segundo a rede de televisão Al Jazeera.
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