TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
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- Marino
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Politização e verba escassa freiam renovação militar
Vulnerável, país busca defesa compatível com suas pretensões internacionais
Cortes e falta de diálogo entre as Forças fazem país pôr na geladeira projetos como compra de caças e
de fragatas
IGOR GIELOW
De um lado, 36 caças modernos e uma conta que não sai por menos de R$ 10 bilhões. Do outro, oito
carcaças estocadas no deserto do Arizona de um avião dos anos 1960, arrematadas por R$ 390 mil.
Incomparáveis, os dois negócios ajudam a resumir problemas da modernização militar do Brasil.
Desde que começou a buscar espaço internacional comparável à sua crescente estatura econômica, e
principalmente após descobrir um mar de petróleo sob a camada do pré-sal em 2007, o Brasil colocou em sua
agenda a necessidade de ter Forças Armadas compatíveis às suas pretensões.
Hoje, o país não enfrenta ameaças, mas é vulnerável -e modernização militar é um processo de vários
anos.
Aí entra o primeiro negócio, a concorrência para a compra dos novos aviões de combate da FAB, que já
se arrastava havia dez anos, afetada por pressões políticas e falta de verba.
Depois de idas e vindas e de ter fechado com franceses e seu caro Rafale, contra a preferência da
Aeronáutica pelo sueco Gripen, o governo Lula deixou a questão para Dilma Rousseff. Pesou na decisão a
contrariedade com a falta de apoio francês à posição brasileira sobre o programa nuclear do Irã.
Os EUA reforçaram então o lobby de seu F-18. Mas nada será gasto este ano, já que o governo está
decidindo o corte de R$ 50 bilhões do Orçamento. Mesmo sendo uma conta a ser paga em vários anos, não há
clima para um anúncio desses -estão na geladeira caças, novas fragatas e controle de fronteiras.
"POLITIZAÇÃO"
"É o maior exemplo de politização de um contrato de compra militar no Brasil. Isso causa preocupação
para as empresas internacionais de defesa que buscam explorar oportunidades no país. E, claro, isso causa
impacto nas capacidades militares brasileiras", resumiu à Folha Guy Anderson, analista-chefe da Jane's
Defence Industry, unidade da principal consultoria de defesa do mundo.
Ele assina um detalhado estudo sobre o Brasil, publicado no dia 27 passado, no qual prevê um aumento
de 35% nas encomendas militares do país até 2015.
O relatório aponta questões como corrupção e burocracia, e um ponto central: "A modernização só será
bem-sucedida se houver uma mudança nos processos de compra. Hoje elas são feitas pelas três Forças, em
vez de um órgão central no Ministério da Defesa".
Aí entram os aviões estocados desde 1985 no deserto do Arizona. A Marinha decidiu que tinha de
colocar um aparelho de apoio em seu porta-aviões, o São Paulo, para adquirir capacidade de operação. O
navio acaba de passar cinco anos parado para reparos, e seus caças A-4 servem só para treino.
Assim, a Força comprou em agosto as carcaças do americano C-1A Trader. Quer colocar quatro deles
voando até 2014, e canibalizar o resto. Segundo estimativas, a modernização pode custar até R$ 6,5 milhões a
unidade.
"A Marinha terá o status orgulhoso de possuir o mais antigo porta-aviões e os mais velhos aviões em
atividade nele", ironizou a publicação russa "Periskop".
Na Marinha, argumenta-se que ou é isso ou é esperar o governo dispor de dezenas de bilhões para um
porta-aviões que use os caças que serão comprados pela FAB.
O jeitinho parece funcionar para os almirantes, que modernizaram navios antigos com recheio eletrônico
novo. "A Marinha é a mais equipada das Forças", diz Felipe Salles, editor da "Base Militar Web Magazine".
A Defesa, que não respondeu à Folha sobre o tema, criou em 2010 um órgão centralizado de compras.
Mas só este ano ele será implantado.
Nem tudo é má notícia. A compra em 2009 de 50 helicópteros franceses para Aeronáutica, Marinha e
Exército é um divisor de águas. Na rigorosa Copac, órgão da FAB que seleciona aeronaves, as três Forças
discutem juntas pontos do programa.
A compra não impediu a FAB de ter adquirido, a conta-gotas, modelos de transporte Black Hawk
americanos, com logística diversa. Mas é um começo.
A falta de dinheiro é outra questão. O orçamento militar brasileiro vem crescendo na década, saindo do
patamar regional de 1,5% do PIB para 2,3% para 2011. Só que os números enganam: dos R$ 60,2 bilhões
previstos para defesa neste ano, 73% são para pagamento de pessoal, 45% só para pensões. Para comprar
equipamento, apenas R$ 2,5 bilhões. Isso se não caírem nos cortes.
Vulnerável, país busca defesa compatível com suas pretensões internacionais
Cortes e falta de diálogo entre as Forças fazem país pôr na geladeira projetos como compra de caças e
de fragatas
IGOR GIELOW
De um lado, 36 caças modernos e uma conta que não sai por menos de R$ 10 bilhões. Do outro, oito
carcaças estocadas no deserto do Arizona de um avião dos anos 1960, arrematadas por R$ 390 mil.
Incomparáveis, os dois negócios ajudam a resumir problemas da modernização militar do Brasil.
Desde que começou a buscar espaço internacional comparável à sua crescente estatura econômica, e
principalmente após descobrir um mar de petróleo sob a camada do pré-sal em 2007, o Brasil colocou em sua
agenda a necessidade de ter Forças Armadas compatíveis às suas pretensões.
Hoje, o país não enfrenta ameaças, mas é vulnerável -e modernização militar é um processo de vários
anos.
Aí entra o primeiro negócio, a concorrência para a compra dos novos aviões de combate da FAB, que já
se arrastava havia dez anos, afetada por pressões políticas e falta de verba.
Depois de idas e vindas e de ter fechado com franceses e seu caro Rafale, contra a preferência da
Aeronáutica pelo sueco Gripen, o governo Lula deixou a questão para Dilma Rousseff. Pesou na decisão a
contrariedade com a falta de apoio francês à posição brasileira sobre o programa nuclear do Irã.
Os EUA reforçaram então o lobby de seu F-18. Mas nada será gasto este ano, já que o governo está
decidindo o corte de R$ 50 bilhões do Orçamento. Mesmo sendo uma conta a ser paga em vários anos, não há
clima para um anúncio desses -estão na geladeira caças, novas fragatas e controle de fronteiras.
"POLITIZAÇÃO"
"É o maior exemplo de politização de um contrato de compra militar no Brasil. Isso causa preocupação
para as empresas internacionais de defesa que buscam explorar oportunidades no país. E, claro, isso causa
impacto nas capacidades militares brasileiras", resumiu à Folha Guy Anderson, analista-chefe da Jane's
Defence Industry, unidade da principal consultoria de defesa do mundo.
Ele assina um detalhado estudo sobre o Brasil, publicado no dia 27 passado, no qual prevê um aumento
de 35% nas encomendas militares do país até 2015.
O relatório aponta questões como corrupção e burocracia, e um ponto central: "A modernização só será
bem-sucedida se houver uma mudança nos processos de compra. Hoje elas são feitas pelas três Forças, em
vez de um órgão central no Ministério da Defesa".
Aí entram os aviões estocados desde 1985 no deserto do Arizona. A Marinha decidiu que tinha de
colocar um aparelho de apoio em seu porta-aviões, o São Paulo, para adquirir capacidade de operação. O
navio acaba de passar cinco anos parado para reparos, e seus caças A-4 servem só para treino.
Assim, a Força comprou em agosto as carcaças do americano C-1A Trader. Quer colocar quatro deles
voando até 2014, e canibalizar o resto. Segundo estimativas, a modernização pode custar até R$ 6,5 milhões a
unidade.
"A Marinha terá o status orgulhoso de possuir o mais antigo porta-aviões e os mais velhos aviões em
atividade nele", ironizou a publicação russa "Periskop".
Na Marinha, argumenta-se que ou é isso ou é esperar o governo dispor de dezenas de bilhões para um
porta-aviões que use os caças que serão comprados pela FAB.
O jeitinho parece funcionar para os almirantes, que modernizaram navios antigos com recheio eletrônico
novo. "A Marinha é a mais equipada das Forças", diz Felipe Salles, editor da "Base Militar Web Magazine".
A Defesa, que não respondeu à Folha sobre o tema, criou em 2010 um órgão centralizado de compras.
Mas só este ano ele será implantado.
Nem tudo é má notícia. A compra em 2009 de 50 helicópteros franceses para Aeronáutica, Marinha e
Exército é um divisor de águas. Na rigorosa Copac, órgão da FAB que seleciona aeronaves, as três Forças
discutem juntas pontos do programa.
A compra não impediu a FAB de ter adquirido, a conta-gotas, modelos de transporte Black Hawk
americanos, com logística diversa. Mas é um começo.
A falta de dinheiro é outra questão. O orçamento militar brasileiro vem crescendo na década, saindo do
patamar regional de 1,5% do PIB para 2,3% para 2011. Só que os números enganam: dos R$ 60,2 bilhões
previstos para defesa neste ano, 73% são para pagamento de pessoal, 45% só para pensões. Para comprar
equipamento, apenas R$ 2,5 bilhões. Isso se não caírem nos cortes.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Defesa aérea frágil é principal problema
Poderio do Brasil está obsoleto, mas vizinhos não representam ameaça
Proteção do pré-sal e alinhamento de Chávez com Rússia são usados como justificativa para
reequipamento militar
IGOR GIELOW
O poderio militar brasileiro está obsoleto, mas também não tem ameaças imediatas ou competidores
avançados na região. Sofre gravemente em setores como defesa aérea, mas tem algumas ilhas de excelência.
Há dois focos usados para justificar o reequipamento: a defesa do pré-sal e a Venezuela. Nos últimos
anos, muito se falou do alinhamento de Hugo Chávez com a Rússia, que passou a lhe fornecer equipamento
militar.
Os mais vistosos negócios são a aquisição de 24 caças Sukhoi-30, os mais poderosos do continente, e
sistemas antiaéreos de ponta.
Nesse quesito, defesa aérea, o Brasil tem sua maior fragilidade. Dispõe de 66 lançadores portáteis de
mísseis russos Igla, de curto alcance, e canhões antiaéreos antiquados. O Exército, responsável pelo setor,
analisa a compra de sistemas russos similares aos da Venezuela, mas lentamente.
Os mais de 200 tanques de segunda mão que o Brasil comprou da Alemanha serviriam muito pouco no
caso de um agressor com poder aéreo razoável atacar. Aliás, como a Argentina levaria décadas para voltar a
ser uma preocupação estratégica, a aquisição não combina com as prioridades da Força terrestre, como a
Amazônia.
Os Mirage-2000 baseados em Anápolis resolvem problemas pontuais no caso de alguém atacar Brasília,
mas não passam muito disso. Há buracos no reabastecimento aéreo e transporte.
Melhor se saem os antigos caças F-5 modernizados no Brasil. Tendo derrotado aviões modernos em
exercícios simulados, inclusive o Rafale oferecido à FAB, eles deverão "segurar as pontas" quando os Mirage
forem aposentados a partir de 2015-16.
É nesse contexto que existe pressa para a escolha dos novos aparelhos, porque sua adoção é gradual e
os F-5 não devem voar depois de 2020.
Concebida no espaço de atuação do Sivam na Amazônia, a vigilância feita pelos aviões-radar R-99 em
conjunto com SuperTucano e F-5, ambos da Embraer, não tem rivais locais.
A Marinha opera submarinos convencionais eficazes e conseguiu manter seus navios atualizados. E já
toca a renovação de sua frota submarina, dentro do acordo militar de 8,5 bilhões de euros (R$ 20 bilhões)
assinado com a França em 2009.
"A intenção de ter um submarino nuclear (em 2025) colocará o Brasil como a nação mais poderosa em
termos navais na região", disse Russell Jones, analista de América Latina da consultoria Jane's.
SEM AMEAÇAS
Comunicações são um problema, com Exército e Marinha visando ampliar capacidades com planos
bilionários. Há ainda bases aéreas grandes no Sul-Sudeste, refletindo uma ideia antiga de guerra com a
Argentina.
Não existe, porém, ameaça direta ou mesmo capacidade de algum de nossos vizinhos de nos causar
problemas mesmo em simulações delirantes de conflitos.
Diferentemente da maioria dos analistas, o chefe de Jones afirma que há uma corrida armamentista em
curso na América Latina. "Mas acho que ela não diz respeito a perigos no futuro, mas a movimento do Brasil
para assumir a posição de primazia diplomática nos assuntos da região", disse Guy Anderson.
Seja como for, nada disso se compara ao colosso militar ao norte, os EUA. A última superpotência, que
pode destruir o mundo com suas 5.000 ogivas nucleares, gasta 25 vezes mais com suas forças do que o Brasil
-e sete vezes mais que a segunda colocada, a badalada China.
Poderio do Brasil está obsoleto, mas vizinhos não representam ameaça
Proteção do pré-sal e alinhamento de Chávez com Rússia são usados como justificativa para
reequipamento militar
IGOR GIELOW
O poderio militar brasileiro está obsoleto, mas também não tem ameaças imediatas ou competidores
avançados na região. Sofre gravemente em setores como defesa aérea, mas tem algumas ilhas de excelência.
Há dois focos usados para justificar o reequipamento: a defesa do pré-sal e a Venezuela. Nos últimos
anos, muito se falou do alinhamento de Hugo Chávez com a Rússia, que passou a lhe fornecer equipamento
militar.
Os mais vistosos negócios são a aquisição de 24 caças Sukhoi-30, os mais poderosos do continente, e
sistemas antiaéreos de ponta.
Nesse quesito, defesa aérea, o Brasil tem sua maior fragilidade. Dispõe de 66 lançadores portáteis de
mísseis russos Igla, de curto alcance, e canhões antiaéreos antiquados. O Exército, responsável pelo setor,
analisa a compra de sistemas russos similares aos da Venezuela, mas lentamente.
Os mais de 200 tanques de segunda mão que o Brasil comprou da Alemanha serviriam muito pouco no
caso de um agressor com poder aéreo razoável atacar. Aliás, como a Argentina levaria décadas para voltar a
ser uma preocupação estratégica, a aquisição não combina com as prioridades da Força terrestre, como a
Amazônia.
Os Mirage-2000 baseados em Anápolis resolvem problemas pontuais no caso de alguém atacar Brasília,
mas não passam muito disso. Há buracos no reabastecimento aéreo e transporte.
Melhor se saem os antigos caças F-5 modernizados no Brasil. Tendo derrotado aviões modernos em
exercícios simulados, inclusive o Rafale oferecido à FAB, eles deverão "segurar as pontas" quando os Mirage
forem aposentados a partir de 2015-16.
É nesse contexto que existe pressa para a escolha dos novos aparelhos, porque sua adoção é gradual e
os F-5 não devem voar depois de 2020.
Concebida no espaço de atuação do Sivam na Amazônia, a vigilância feita pelos aviões-radar R-99 em
conjunto com SuperTucano e F-5, ambos da Embraer, não tem rivais locais.
A Marinha opera submarinos convencionais eficazes e conseguiu manter seus navios atualizados. E já
toca a renovação de sua frota submarina, dentro do acordo militar de 8,5 bilhões de euros (R$ 20 bilhões)
assinado com a França em 2009.
"A intenção de ter um submarino nuclear (em 2025) colocará o Brasil como a nação mais poderosa em
termos navais na região", disse Russell Jones, analista de América Latina da consultoria Jane's.
SEM AMEAÇAS
Comunicações são um problema, com Exército e Marinha visando ampliar capacidades com planos
bilionários. Há ainda bases aéreas grandes no Sul-Sudeste, refletindo uma ideia antiga de guerra com a
Argentina.
Não existe, porém, ameaça direta ou mesmo capacidade de algum de nossos vizinhos de nos causar
problemas mesmo em simulações delirantes de conflitos.
Diferentemente da maioria dos analistas, o chefe de Jones afirma que há uma corrida armamentista em
curso na América Latina. "Mas acho que ela não diz respeito a perigos no futuro, mas a movimento do Brasil
para assumir a posição de primazia diplomática nos assuntos da região", disse Guy Anderson.
Seja como for, nada disso se compara ao colosso militar ao norte, os EUA. A última superpotência, que
pode destruir o mundo com suas 5.000 ogivas nucleares, gasta 25 vezes mais com suas forças do que o Brasil
-e sete vezes mais que a segunda colocada, a badalada China.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Caros Colegas,
Faz um bom tempo que não comento sobre o FX, principalmente depois daquela onda de ataques ideológicos que estavam ocorrendo aqui no DB, discussões improdutivas, diga-se de passagem. Agora que a poeira baixou, é um bom momento para debater.
Com relação à Defesa, vejamos alguns problemas crônicos que afetam o Brasil:
1. Já é de conhecimento da grande maioria dos membros do DB que para um determinado projeto/programa ser levado a sério no Brasil, ele precisa ser de Estado e não de Governo. Precisa da efetiva participação de toda a sociedade. Tracemos um paralelo entre o FX-2 e o Fome Zero. O primeiro tem origem numa necessidade da Força Aérea em trocar seus vetores de caça, um programa que teve a participação/interesse da indústria e pouquíssimas universidades. Já o segundo, partiu de uma necessidade dos menos favorecidos para terem condições de acesso a uma alimentação adequada, tendo a participação de várias entidades e aproximadamente 1,3 milhões de beneficiários. Agora imagem a repercussão causada por um possível cancelamento dos dois programas, qual teria maior destaque? E por qual motivo? Simples, o Fome Zero, pois isto pode ser explorado e dá voto. Para a grande maioria do povão, os caças não passam de uma compra fútil e que o dinheiro poderia ser utilizado em outras áreas, como educação, saúde e segurança. Nossa sociedade ainda não está preparada e nem interessada para debater as necessidades das FAs.
2. A END foi um divisor de águas, pois pela primeira vez os políticos resolveram discutir e fazer algo pelas FAs e indústrias de defesa. Mas seria isto apenas um modismo? Bem, só saberíamos com o passar dos anos. Pessoalmente, sempre mantive certo ceticismo quanto à mesma, não nego. Mesmo sabendo das nossas necessidades, todos os números envolvidos eram ambiciosos por demais. O problema foi acreditar cegamente em promessas de políticos, esquecendo que estes podem mudar de opinião de acordo com os interesses do momento. Aparentemente, a demonstração de que a END não era tudo que se propalava veio em pleno ano eleitoral, quando muitos aqui no DB ficaram pavorosos com a possibilidade do presidenciável José Serra ganhar. Mas peraí! Que política de Estado é essa? Afinal a END deveria ser indiferente a quem estivesse no Poder. Pelo menos é isso que eu entendo como sendo política de Estado. Dentre tudo que foi apresentado naquele período, o que mais achei interessante foi usar a amizade entre o ministro NJ e José Serra para justificar que talvez os investimentos na Defesa não fossem cortados. Isto foi ridículo, pois uma amizade estava acima dos interesses da Nação.
3. Desde o FX-1, pelo que eu saiba, o maior interesse da FAB sempre foi ter acesso aos chamados códigos fontes do caça vencedor. Mesmo no FX-2 não temos certeza sobre o interesse em fabricar partes (ou o todo) do radar e do motor no Brasil. Só existe especulação e torcida quanto a este assunto. Perguntei algumas vezes aqui no DB por que da FAB querer ter acesso aos códigos e a resposta sempre foi a mesma: integrar armamentos do seu interesse. Para mim vai muito além disso. Como é permitido especular, vou colocar minha opinião. Para mim a FAB não tem interesse no todo, no máximo algumas partes do motor e radar. Por dois motivos: o primeiro é que para ter acesso ao todo destes itens, o preço final da proposta seria elevado e ao contrário do que muitos acreditam, não temos dinheiro para a Defesa (explico isso mais adiante); segundo, porque não teríamos escala, mesmo falando em 120 unidades e mais algumas reservas. Com esta quantidade só poderia acontecer duas coisas: o industrial se ver obrigado a fechar a linha pela falta de pedidos ou então o produto final ficar absurdamente caro. Então por que os códigos fontes? Simples. Além de integrar os armamentos do seu interesse, seria algo que a FAB poderia manter com os seus parcos recursos, mesmo em períodos de contingenciamento. Não digo que seria barato, longe disso. É o famoso cobertor de pobre e a Força deve ter feito esta escolha.
4. Como disse anteriormente, não temos dinheiro para a Defesa. Sabemos do potencial deste país e de suas riquezas. No entanto sabemos também de suas necessidades como um todo, que passam pela educação, saúde, segurança e infraestrutura. Sempre que for preciso fazer cortes, esta pasta será uma das primeiras afetadas. Quem sabe num futuro, com o amadurecimento da sociedade para este tema as coisas mudem. Mas até lá devemos ser realistas e não ufanistas. Alguns dias atrás li no fórum ZM o forista SUT comentar que o Brasil de tempos em tempos tem projetos faraônicos e que no final pouco se concretiza. Infelizmente tenho que concordar com ele. Pior que este tipo de atitude por parte do Brasil beira o amadorismo. Hoje temos os projetos do Sub, KC-390, Guarani e dos EC-725 assinados e em andamento (por enquanto!). Enquanto as escoltas, os caças, satélites, VLS e fuzil estão em “banho Maria” por tempo indeterminado.
5. O Brasil precisa urgentemente recuperar a defasagem tecnológica em várias áreas e eu só conheço uma maneira eficiente de isso acontecer, é investindo em Pesquisa & Desenvolvimento. O processo começa com investimentos constantes nos programas de pesquisa das universidades, principalmente em infraestrutura. Depois, uma remuneração condizente com o papel do pesquisador, que ganha uma miséria no Brasil. Por isto alguns optam em trabalhar fora do país. É este pessoal que vai formar massa crítica para trabalhar nas indústrias de tecnologia, nada mais justo saber valorizar o trabalho dos mesmos. Vou citar aqui um exemplo de problema crítico. O aluno do curso de Engenharia Eletrônica ideal para começar em projetos de iniciação científica deve estar no sétimo período, pois assim já saberá o básico para encarar a pesquisa. Depende do perfil do aluno também. O problema é que nessa fase, começam a surgir as oportunidades de estágio nas empresas. E qual opção escolher? Vejamos, dependendo da empresa o estagiário irá ganhar entre R$ 600 e R$1500 enquanto a bolsa de iniciação científica é de R$ 350. Não é difícil entender porque a maioria escolhe estágio em empresas. Antes que alguém aqui rotule estes alunos de mercenários, é preciso explicar que muitos (se não a maioria) são oriundos de outras cidades e alguns têm até que pagar a mensalidade da faculdade. É uma questão de necessidade! Esta é a realidade do nosso país e não vejo como as ToTs propostas pelos fabricantes irão nos tirar do buraco negro que estamos.
6. Sobre as ToTs, o que tenho a dizer é que quando lia aqui aquelas discussões acaloradas, sempre lembrava de um provérbio chinês: “Quem cultiva a curto prazo, deve plantar cereais; Quem cultiva a médio prazo, deve plantar árvores; Quem cultiva a longo prazo, deve educar”. Não se deixem enganar, essas ToTs nunca serão nossa salvação. O processo pelo qual o Brasil precisa passar para se tornar uma potência tecnológica é longo e demorado, ainda custa caro! Mesmo o valor ($) do FX-2 é fichinha perto do que é necessário desembolsar para isto se tornar realidade.
Abraços,
Wesley
Faz um bom tempo que não comento sobre o FX, principalmente depois daquela onda de ataques ideológicos que estavam ocorrendo aqui no DB, discussões improdutivas, diga-se de passagem. Agora que a poeira baixou, é um bom momento para debater.
Com relação à Defesa, vejamos alguns problemas crônicos que afetam o Brasil:
1. Já é de conhecimento da grande maioria dos membros do DB que para um determinado projeto/programa ser levado a sério no Brasil, ele precisa ser de Estado e não de Governo. Precisa da efetiva participação de toda a sociedade. Tracemos um paralelo entre o FX-2 e o Fome Zero. O primeiro tem origem numa necessidade da Força Aérea em trocar seus vetores de caça, um programa que teve a participação/interesse da indústria e pouquíssimas universidades. Já o segundo, partiu de uma necessidade dos menos favorecidos para terem condições de acesso a uma alimentação adequada, tendo a participação de várias entidades e aproximadamente 1,3 milhões de beneficiários. Agora imagem a repercussão causada por um possível cancelamento dos dois programas, qual teria maior destaque? E por qual motivo? Simples, o Fome Zero, pois isto pode ser explorado e dá voto. Para a grande maioria do povão, os caças não passam de uma compra fútil e que o dinheiro poderia ser utilizado em outras áreas, como educação, saúde e segurança. Nossa sociedade ainda não está preparada e nem interessada para debater as necessidades das FAs.
2. A END foi um divisor de águas, pois pela primeira vez os políticos resolveram discutir e fazer algo pelas FAs e indústrias de defesa. Mas seria isto apenas um modismo? Bem, só saberíamos com o passar dos anos. Pessoalmente, sempre mantive certo ceticismo quanto à mesma, não nego. Mesmo sabendo das nossas necessidades, todos os números envolvidos eram ambiciosos por demais. O problema foi acreditar cegamente em promessas de políticos, esquecendo que estes podem mudar de opinião de acordo com os interesses do momento. Aparentemente, a demonstração de que a END não era tudo que se propalava veio em pleno ano eleitoral, quando muitos aqui no DB ficaram pavorosos com a possibilidade do presidenciável José Serra ganhar. Mas peraí! Que política de Estado é essa? Afinal a END deveria ser indiferente a quem estivesse no Poder. Pelo menos é isso que eu entendo como sendo política de Estado. Dentre tudo que foi apresentado naquele período, o que mais achei interessante foi usar a amizade entre o ministro NJ e José Serra para justificar que talvez os investimentos na Defesa não fossem cortados. Isto foi ridículo, pois uma amizade estava acima dos interesses da Nação.
3. Desde o FX-1, pelo que eu saiba, o maior interesse da FAB sempre foi ter acesso aos chamados códigos fontes do caça vencedor. Mesmo no FX-2 não temos certeza sobre o interesse em fabricar partes (ou o todo) do radar e do motor no Brasil. Só existe especulação e torcida quanto a este assunto. Perguntei algumas vezes aqui no DB por que da FAB querer ter acesso aos códigos e a resposta sempre foi a mesma: integrar armamentos do seu interesse. Para mim vai muito além disso. Como é permitido especular, vou colocar minha opinião. Para mim a FAB não tem interesse no todo, no máximo algumas partes do motor e radar. Por dois motivos: o primeiro é que para ter acesso ao todo destes itens, o preço final da proposta seria elevado e ao contrário do que muitos acreditam, não temos dinheiro para a Defesa (explico isso mais adiante); segundo, porque não teríamos escala, mesmo falando em 120 unidades e mais algumas reservas. Com esta quantidade só poderia acontecer duas coisas: o industrial se ver obrigado a fechar a linha pela falta de pedidos ou então o produto final ficar absurdamente caro. Então por que os códigos fontes? Simples. Além de integrar os armamentos do seu interesse, seria algo que a FAB poderia manter com os seus parcos recursos, mesmo em períodos de contingenciamento. Não digo que seria barato, longe disso. É o famoso cobertor de pobre e a Força deve ter feito esta escolha.
4. Como disse anteriormente, não temos dinheiro para a Defesa. Sabemos do potencial deste país e de suas riquezas. No entanto sabemos também de suas necessidades como um todo, que passam pela educação, saúde, segurança e infraestrutura. Sempre que for preciso fazer cortes, esta pasta será uma das primeiras afetadas. Quem sabe num futuro, com o amadurecimento da sociedade para este tema as coisas mudem. Mas até lá devemos ser realistas e não ufanistas. Alguns dias atrás li no fórum ZM o forista SUT comentar que o Brasil de tempos em tempos tem projetos faraônicos e que no final pouco se concretiza. Infelizmente tenho que concordar com ele. Pior que este tipo de atitude por parte do Brasil beira o amadorismo. Hoje temos os projetos do Sub, KC-390, Guarani e dos EC-725 assinados e em andamento (por enquanto!). Enquanto as escoltas, os caças, satélites, VLS e fuzil estão em “banho Maria” por tempo indeterminado.
5. O Brasil precisa urgentemente recuperar a defasagem tecnológica em várias áreas e eu só conheço uma maneira eficiente de isso acontecer, é investindo em Pesquisa & Desenvolvimento. O processo começa com investimentos constantes nos programas de pesquisa das universidades, principalmente em infraestrutura. Depois, uma remuneração condizente com o papel do pesquisador, que ganha uma miséria no Brasil. Por isto alguns optam em trabalhar fora do país. É este pessoal que vai formar massa crítica para trabalhar nas indústrias de tecnologia, nada mais justo saber valorizar o trabalho dos mesmos. Vou citar aqui um exemplo de problema crítico. O aluno do curso de Engenharia Eletrônica ideal para começar em projetos de iniciação científica deve estar no sétimo período, pois assim já saberá o básico para encarar a pesquisa. Depende do perfil do aluno também. O problema é que nessa fase, começam a surgir as oportunidades de estágio nas empresas. E qual opção escolher? Vejamos, dependendo da empresa o estagiário irá ganhar entre R$ 600 e R$1500 enquanto a bolsa de iniciação científica é de R$ 350. Não é difícil entender porque a maioria escolhe estágio em empresas. Antes que alguém aqui rotule estes alunos de mercenários, é preciso explicar que muitos (se não a maioria) são oriundos de outras cidades e alguns têm até que pagar a mensalidade da faculdade. É uma questão de necessidade! Esta é a realidade do nosso país e não vejo como as ToTs propostas pelos fabricantes irão nos tirar do buraco negro que estamos.
6. Sobre as ToTs, o que tenho a dizer é que quando lia aqui aquelas discussões acaloradas, sempre lembrava de um provérbio chinês: “Quem cultiva a curto prazo, deve plantar cereais; Quem cultiva a médio prazo, deve plantar árvores; Quem cultiva a longo prazo, deve educar”. Não se deixem enganar, essas ToTs nunca serão nossa salvação. O processo pelo qual o Brasil precisa passar para se tornar uma potência tecnológica é longo e demorado, ainda custa caro! Mesmo o valor ($) do FX-2 é fichinha perto do que é necessário desembolsar para isto se tornar realidade.
Abraços,
Wesley
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Então, o governo do Brasil permite que a defesa de interesses de terceiros possa influir nas preocupações de defesa da nação? Que os interesses do Irã possam ter maior prioridade do que os interesses do Brasil?Pesou na decisão a contrariedade com a falta de apoio francês à posição brasileira sobre o programa nuclear do Irã.
A Marinha, evidentemente, tem muita fé em que um porta-aviões, como este, irá ser de grande utiliade num combate real. Será que está certa?O relatório aponta questões como corrupção e burocracia, e um ponto central: "A modernização só será
bem-sucedida se houver uma mudança nos processos de compra. Hoje elas são feitas pelas três Forças, em
vez de um órgão central no Ministério da Defesa". Aí entram os aviões estocados desde 1985 no deserto do Arizona. A Marinha decidiu que tinha de colocar um aparelho de apoio em seu porta-aviões, o São Paulo, para adquirir capacidade de operação. O navio acaba de passar cinco anos parado para reparos, e seus caças A-4 servem só para treino.
Assim, a Força comprou em agosto as carcaças do americano C-1A Trader. Quer colocar quatro deles
voando até 2014, e canibalizar o resto. Segundo estimativas, a modernização pode custar até R$ 6,5 milhões a
unidade. "A Marinha terá o status orgulhoso de possuir o mais antigo porta-aviões e os mais velhos aviões em
atividade nele", ironizou a publicação russa "Periskop".
É o velho problema. Como sair dele?Só que os números enganam: dos R$ 60,2 bilhões previstos para defesa neste ano, 73% são para pagamento de pessoal, 45% só para pensões. Para comprar equipamento, apenas R$ 2,5 bilhões. Isso se não caírem nos cortes.
Engraçado. Eu sempre pensei que - já que existe uma Força Aérea independente - esta é quem devia se responsabilizar pela defesa antiaérea de zonas fixas, tipo cidades, parques industrais e coisa e tal. O Exército, apenas, devia ser responsável pela defesa antiaérea de suas próprias forças de campanha. Assim como, a Marinha deveria tomar conta da defesa costeira e da aviação de patrulha marítima.O poderio militar brasileiro está obsoleto, mas também não tem ameaças imediatas ou competidores
avançados na região. Sofre gravemente em setores como defesa aérea, mas tem algumas ilhas de excelência.
Há dois focos usados para justificar o reequipamento: a defesa do pré-sal e a Venezuela. Nos últimos
anos, muito se falou do alinhamento de Hugo Chávez com a Rússia, que passou a lhe fornecer equipamento
militar. O Exército, responsável pelo setor, analisa a compra de sistemas russos similares aos da Venezuela, mas lentamente.
Esta é uma questão. Não serviriam para enfrentar uma grande potência - virariam caixões blindados em poucos dias - e não servem para lutar na Amazônia - exceto, como canhões de assalto, utilizados em "pacotinhos", para apoio localizado à infantaria. Por outro lado, o Brasil não pode ficar, absolutamente, sem nenhum tanque moderno, quando mais não seja, para eventuais usos extra-continentais, da forma como canadenses e americanos estão utilizando seus tanques em missão de apoio cerrado a suas infantarias, no Afeganistão. Agora, a idéia de uma grande "blitzkrieg" da Arma Blindada brasileira, contra um eventual inimigo, ao sul do continente, não parece muito crível. Talvez, numa situação idealizada - que nunca é o caso do Brasil, forçado a pegar o que estiver dando sopa no mercado internacional ou ficar sem nada - menos tanques, porém, mais modernos, tivessem sido uma melhor opção.Os mais de 200 tanques de segunda mão que o Brasil comprou da Alemanha serviriam muito pouco no
caso de um agressor com poder aéreo razoável atacar. Aliás, como a Argentina levaria décadas para voltar a
ser uma preocupação estratégica, a aquisição não combina com as prioridades da Força terrestre, como a
Amazônia.
Pergunta de leigo: se estes caças modernizados F-5, são tão bons assim, então, porquê tanta polêmica contra estes "Grippen" - tirando o fato de serem aparelhos de prancheta, não-existentes, ainda? Afinal, ambos não são caças leves da mesma categoria?Os Mirage-2000 baseados em Anápolis resolvem problemas pontuais no caso de alguém atacar Brasília, mas não passam muito disso. Há buracos no reabastecimento aéreo e transporte. Melhor se saem os antigos caças F-5 modernizados no Brasil. Tendo derrotado aviões modernos em exercícios simulados, inclusive o Rafale oferecido à FAB, eles deverão "segurar as pontas" quando os Mirage forem aposentados a partir de 2015-16.
Eu sempre pensei que a posse do submarino nuclear devia ser a prioridade estratégica militar nº 1 do Brasil. De todas as Forças Armadas. Todo o resto deve ir para o fim da fila e não atrapalhar a consecução deste objetivo."A intenção de ter um submarino nuclear (em 2025) colocará o Brasil como a nação mais poderosa em
termos navais na região", disse Russell Jones, analista de América Latina da consultoria Jane's.
Ah, sem dúvida. No fundo, no fundo, os chefes das Forças Armadas brasileiras não esperam ameaças militares, reais, contra o Brasil. Porém, permanece o fato de que o país não pode prescindir de "dentes", minimamente afiados, por uma simples questão de realismo político, econômico e estratégico. Portanto, a idéia de reequipar e dotar o Brasil de meios militares condizentes com tais realidades não pode - e nem deveria - ser vista como alguma espécie de "ameaça" a vizinhos. É, apenas, a retomada de um "status quo" anteriomente existente: o Brasil, nos bons e velhos tempos de nosso amado Império - destruído por golpistas malignos -, era, sem contestações, o maior poder naval e terrestre do mundo latino-americano, das fronteiras do Texas até a Patagônia.Não existe, porém, ameaça direta ou mesmo capacidade de algum de nossos vizinhos de nos causar
problemas mesmo em simulações delirantes de conflitos. Diferentemente da maioria dos analistas, o chefe de Jones afirma que há uma corrida armamentista em curso na América Latina. "Mas acho que ela não diz respeito a perigos no futuro, mas a movimento do Brasil para assumir a posição de primazia diplomática nos assuntos da região", disse Guy Anderson.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Sim, e já demonstrou os motivos.A Marinha, evidentemente, tem muita fé em que um porta-aviões, como este, irá ser de grande utiliade num combate real. Será que está certa?
Não por outra razão existem 2 PA programados e aprovados por nossos políticos.
A questão, agora, é esperar quando.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
FIGHTERCOM escreveu:Caros Colegas,
Faz um bom tempo que não comento sobre o FX, principalmente depois daquela onda de ataques ideológicos que estavam ocorrendo aqui no DB, discussões improdutivas, diga-se de passagem. Agora que a poeira baixou, é um bom momento para debater.
Com relação à Defesa, vejamos alguns problemas crônicos que afetam o Brasil:
1. Já é de conhecimento da grande maioria dos membros do DB que para um determinado projeto/programa ser levado a sério no Brasil, ele precisa ser de Estado e não de Governo. Precisa da efetiva participação de toda a sociedade. Tracemos um paralelo entre o FX-2 e o Fome Zero. O primeiro tem origem numa necessidade da Força Aérea em trocar seus vetores de caça, um programa que teve a participação/interesse da indústria e pouquíssimas universidades. Já o segundo, partiu de uma necessidade dos menos favorecidos para terem condições de acesso a uma alimentação adequada, tendo a participação de várias entidades e aproximadamente 1,3 milhões de beneficiários. Agora imagem a repercussão causada por um possível cancelamento dos dois programas, qual teria maior destaque? E por qual motivo? Simples, o Fome Zero, pois isto pode ser explorado e dá voto. Para a grande maioria do povão, os caças não passam de uma compra fútil e que o dinheiro poderia ser utilizado em outras áreas, como educação, saúde e segurança. Nossa sociedade ainda não está preparada e nem interessada para debater as necessidades das FAs.
2. A END foi um divisor de águas, pois pela primeira vez os políticos resolveram discutir e fazer algo pelas FAs e indústrias de defesa. Mas seria isto apenas um modismo? Bem, só saberíamos com o passar dos anos. Pessoalmente, sempre mantive certo ceticismo quanto à mesma, não nego. Mesmo sabendo das nossas necessidades, todos os números envolvidos eram ambiciosos por demais. O problema foi acreditar cegamente em promessas de políticos, esquecendo que estes podem mudar de opinião de acordo com os interesses do momento. Aparentemente, a demonstração de que a END não era tudo que se propalava veio em pleno ano eleitoral, quando muitos aqui no DB ficaram pavorosos com a possibilidade do presidenciável José Serra ganhar. Mas peraí! Que política de Estado é essa? Afinal a END deveria ser indiferente a quem estivesse no Poder. Pelo menos é isso que eu entendo como sendo política de Estado. Dentre tudo que foi apresentado naquele período, o que mais achei interessante foi usar a amizade entre o ministro NJ e José Serra para justificar que talvez os investimentos na Defesa não fossem cortados. Isto foi ridículo, pois uma amizade estava acima dos interesses da Nação.
3. Desde o FX-1, pelo que eu saiba, o maior interesse da FAB sempre foi ter acesso aos chamados códigos fontes do caça vencedor. Mesmo no FX-2 não temos certeza sobre o interesse em fabricar partes (ou o todo) do radar e do motor no Brasil. Só existe especulação e torcida quanto a este assunto. Perguntei algumas vezes aqui no DB por que da FAB querer ter acesso aos códigos e a resposta sempre foi a mesma: integrar armamentos do seu interesse. Para mim vai muito além disso. Como é permitido especular, vou colocar minha opinião. Para mim a FAB não tem interesse no todo, no máximo algumas partes do motor e radar. Por dois motivos: o primeiro é que para ter acesso ao todo destes itens, o preço final da proposta seria elevado e ao contrário do que muitos acreditam, não temos dinheiro para a Defesa (explico isso mais adiante); segundo, porque não teríamos escala, mesmo falando em 120 unidades e mais algumas reservas. Com esta quantidade só poderia acontecer duas coisas: o industrial se ver obrigado a fechar a linha pela falta de pedidos ou então o produto final ficar absurdamente caro. Então por que os códigos fontes? Simples. Além de integrar os armamentos do seu interesse, seria algo que a FAB poderia manter com os seus parcos recursos, mesmo em períodos de contingenciamento. Não digo que seria barato, longe disso. É o famoso cobertor de pobre e a Força deve ter feito esta escolha.
4. Como disse anteriormente, não temos dinheiro para a Defesa. Sabemos do potencial deste país e de suas riquezas. No entanto sabemos também de suas necessidades como um todo, que passam pela educação, saúde, segurança e infraestrutura. Sempre que for preciso fazer cortes, esta pasta será uma das primeiras afetadas. Quem sabe num futuro, com o amadurecimento da sociedade para este tema as coisas mudem. Mas até lá devemos ser realistas e não ufanistas. Alguns dias atrás li no fórum ZM o forista SUT comentar que o Brasil de tempos em tempos tem projetos faraônicos e que no final pouco se concretiza. Infelizmente tenho que concordar com ele. Pior que este tipo de atitude por parte do Brasil beira o amadorismo. Hoje temos os projetos do Sub, KC-390, Guarani e dos EC-725 assinados e em andamento (por enquanto!). Enquanto as escoltas, os caças, satélites, VLS e fuzil estão em “banho Maria” por tempo indeterminado.
5. O Brasil precisa urgentemente recuperar a defasagem tecnológica em várias áreas e eu só conheço uma maneira eficiente de isso acontecer, é investindo em Pesquisa & Desenvolvimento. O processo começa com investimentos constantes nos programas de pesquisa das universidades, principalmente em infraestrutura. Depois, uma remuneração condizente com o papel do pesquisador, que ganha uma miséria no Brasil. Por isto alguns optam em trabalhar fora do país. É este pessoal que vai formar massa crítica para trabalhar nas indústrias de tecnologia, nada mais justo saber valorizar o trabalho dos mesmos. Vou citar aqui um exemplo de problema crítico. O aluno do curso de Engenharia Eletrônica ideal para começar em projetos de iniciação científica deve estar no sétimo período, pois assim já saberá o básico para encarar a pesquisa. Depende do perfil do aluno também. O problema é que nessa fase, começam a surgir as oportunidades de estágio nas empresas. E qual opção escolher? Vejamos, dependendo da empresa o estagiário irá ganhar entre R$ 600 e R$1500 enquanto a bolsa de iniciação científica é de R$ 350. Não é difícil entender porque a maioria escolhe estágio em empresas. Antes que alguém aqui rotule estes alunos de mercenários, é preciso explicar que muitos (se não a maioria) são oriundos de outras cidades e alguns têm até que pagar a mensalidade da faculdade. É uma questão de necessidade! Esta é a realidade do nosso país e não vejo como as ToTs propostas pelos fabricantes irão nos tirar do buraco negro que estamos.
6. Sobre as ToTs, o que tenho a dizer é que quando lia aqui aquelas discussões acaloradas, sempre lembrava de um provérbio chinês: “Quem cultiva a curto prazo, deve plantar cereais; Quem cultiva a médio prazo, deve plantar árvores; Quem cultiva a longo prazo, deve educar”. Não se deixem enganar, essas ToTs nunca serão nossa salvação. O processo pelo qual o Brasil precisa passar para se tornar uma potência tecnológica é longo e demorado, ainda custa caro! Mesmo o valor ($) do FX-2 é fichinha perto do que é necessário desembolsar para isto se tornar realidade.
Abraços,
Wesley
Excelente post, li duas vezes!!!
Triste não terem comentado.
Um pequeno reparo: a opção entre canhões e manteiga (FX/END - que nem existia - x Fome Zero), digamos assim, foi a meu ver acertada: deu-se dinheiro do governo (meu, teu, de todo mundo) a muita gente sem nada, que ingressou no mercado consumidor (uma espécie de New Deal brazuca) e gerou mais empregos e renda. Foi um ciclo virtuoso. Não me recordo de época com menor desemprego no País. Andando de carro aqui pela região o que mais vejo é placa de 'PRECISA-SE DE'. Isso é muito bom!
O que vejo agora me parece algo diferente. Para PIOR! Tenta-se frear a economia, quebrar o ciclo. FFHH, em suma, mesmo que em uma forma diluída e adocicada.
Mas é o que vejo AGORA, 51 dias do novo governo. Vamos dar mais tempo, vamos apostar em quem votamos. Pessoalmente, embora eu não consiga vislumbrar solução diferente de Rafale x Super Hornet no FX, bueno, sabe-se lá. Vai que resolvem que a FAB tem mais urgência e vai pegar o caça 'x', a MB tem menos e pega o caça 'y', mais tarde. Está tudo em aberto...
Assim, calma. Vamos ver no que dá. Este ano tem LAAD, talvez algo emerja daí...
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enquanto o futuro de nosso país se alternar entre PT e PSDB, isso nunca vai mudar.
Ou o Brasil começa a ser governado por políticos nacionalistas e verdadeiramente patriotas, que se preocupam com o futuro da nação e não em arrumar emprego para militantes dos partidos aliados, ou então continuaremos a ser o que somos.
Um país "emergente" de terceiro mundo. E nada mais do que isso.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Dilma avisa que não há ‘clima’ para comprar caças
BRASÍLIA – O Planalto suspendeu a compra de 36 caças para integrar a Força Aérea Brasileira (FAB) enquanto estiver em vigor o período de austeridade fiscal. Após anunciar um corte no orçamento de R$ 50 bilhões, a presidente Dilma Rousseff avaliou que não há “clima” para se pensar em uma despesa militar da ordem de US$ 7 bilhões (cerca de R$ 12 bilhões), relataram quatro ministros ao jornal O Estado de S.Paulo.
O governo decidiu não estipular prazo para a suspensão do debate, mas, na prática, qualquer decisão importante só deve ocorrer a partir de 2012. O consenso na área econômica é que o ciclo de ajuste – contingenciamento orçamentário e subida dos juros – deve se estender por todo o ano de 2011. A compra dos caças é bombardeada especialmente pela equipe econômica.
Dilma Rousseff avalia que o assunto pode ficar para depois, disseram os auxiliares. Para a presidente, a compra dos caças, no atual momento, poderia ser vista como uma “incoerência” do governo. Ministros relataram que a presidente vai aproveitar a suspensão da compra para analisar com mais rigor pontos do acordo de compra dos caças.
Em um almoço no Planalto, ela disse ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que tem “muitas dúvidas técnicas” sobre o projeto de compra dos caças. A presidente não quer que a decisão de suspender a compra seja vista como um desprestígio do ministro da Defesa. “Jobim sabe que não é adequado comprar caças agora”, disse um ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
FONTE: Agência Estado
BRASÍLIA – O Planalto suspendeu a compra de 36 caças para integrar a Força Aérea Brasileira (FAB) enquanto estiver em vigor o período de austeridade fiscal. Após anunciar um corte no orçamento de R$ 50 bilhões, a presidente Dilma Rousseff avaliou que não há “clima” para se pensar em uma despesa militar da ordem de US$ 7 bilhões (cerca de R$ 12 bilhões), relataram quatro ministros ao jornal O Estado de S.Paulo.
O governo decidiu não estipular prazo para a suspensão do debate, mas, na prática, qualquer decisão importante só deve ocorrer a partir de 2012. O consenso na área econômica é que o ciclo de ajuste – contingenciamento orçamentário e subida dos juros – deve se estender por todo o ano de 2011. A compra dos caças é bombardeada especialmente pela equipe econômica.
Dilma Rousseff avalia que o assunto pode ficar para depois, disseram os auxiliares. Para a presidente, a compra dos caças, no atual momento, poderia ser vista como uma “incoerência” do governo. Ministros relataram que a presidente vai aproveitar a suspensão da compra para analisar com mais rigor pontos do acordo de compra dos caças.
Em um almoço no Planalto, ela disse ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que tem “muitas dúvidas técnicas” sobre o projeto de compra dos caças. A presidente não quer que a decisão de suspender a compra seja vista como um desprestígio do ministro da Defesa. “Jobim sabe que não é adequado comprar caças agora”, disse um ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
FONTE: Agência Estado
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Infelizmente até quando respondemos educadamente com argumentos e como forma de desagravo geral as simplificações e desqualificações preconceituosas, diretamente e pessoalmente a um provocador sarcástico,este simplesmente volta em um novo post curto e reforça suas ilações mesquinhas e preconceituosas,que afetam desrespeitosamente mais uma vez de forma direta, as convicções e opções pessoais de vários companheiros e autoridades generalizando mais uma vez.
Este tipo de comentário generalista meu sem citar nomes,não pode ser criticado concordam? Pois é o prato principal e favorito deste tipo de forista.
Isto aqui perdeu o rumo.
PS: Excelente post Wesley! Deveria sucitar debates de idéias,mas cada vez mais falta ânimo e clima para debater idéias sérias aqui.
SDS e bom domingo a todos.
Este tipo de comentário generalista meu sem citar nomes,não pode ser criticado concordam? Pois é o prato principal e favorito deste tipo de forista.
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PS: Excelente post Wesley! Deveria sucitar debates de idéias,mas cada vez mais falta ânimo e clima para debater idéias sérias aqui.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Calma, Bender, há comentários generalistas e desqualificadores de vários 'lados', alguns curtos e sucintos, outros longos e rebuscados. Estamos fazendo o que podemos. Prioridade: acabar com as Packs!
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
"85% dos economistas que servem aos governos deveriam ser condenados à prisão perpétua. Terminada a pena, fuzilados. (Royalties by jornalista Hélio Fernandes)ELSONDUARTE escreveu:Dilma avisa que não há ‘clima’ para comprar caças
(...)A compra dos caças é bombardeada especialmente pela equipe econômica.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Ainda resta uma esperança para o F-X2
A Jordânia ainda tem muitos F-5 (acima) e o AMARG nos EUA (abaixo) está recebendo mais caças F-16 que estão sendo desativados. O lixo de uns é o luxo de outros.
Fonte: Pode Aereo
A Jordânia ainda tem muitos F-5 (acima) e o AMARG nos EUA (abaixo) está recebendo mais caças F-16 que estão sendo desativados. O lixo de uns é o luxo de outros.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
É o velho monetarismo em ação ...economia é chato por que não existe mágica...maquiagem e mais maquiagem....sem reformas estruturais....tudo isso que estamos vendo é paleativo e não se sustenta no tempo.Paisano escreveu:"85% dos economistas que servem aos governos deveriam ser condenados à prisão perpétua. Terminada a pena, fuzilados. (Royalties by jornalista Hélio Fernandes)ELSONDUARTE escreveu:Dilma avisa que não há ‘clima’ para comprar caças
(...)A compra dos caças é bombardeada especialmente pela equipe econômica.
blá, blá, blá....
poderiamos ter uns protestos a la Egito por estas bandas pedindo o impensável...reformas.
de volta a Campo Grande - MS.