Bem, no contexto atual, de que nossos equipamentos estão caindo aos pedaços, acho que seria prudente apressar o processo de reaparalhamento comprando de prateleira, e comprando o possível da indústria nacional.LeandroGCard escreveu:Até que apareça alguma ameaça militar séria e iminente contra nós, prefiro fortalecer a tecnologia e a indústria nacionais antes do setor de defesa. No contexto atual, minha opinião é que a defesa DEVE ser utilizada para justificar investimentos das empresas brasileiras, através da criação de demanda.
Bem, ao menos no que se refere aos caças e derivados, a Embraer é nula. Mas concordo com o restante.LeandroGCard escreveu:A Embraer só precisaria de ToT´s para o desenvolvimento de caças de última geração, fora isso ela é uma das empresas que mais se vira bem em todo o mundo no seu ramo de negócios. O problema é que a própria compra dos aviões do FX provavelmente vai eliminar a janela de oportunidade para a Embraer desenvolver qualquer caça, então falar em ToT´s para ela nestas condições não faz sentido, excetuando-se a possibilidade do Gripen-NG, onde poderia haver co-desenvolvimento e produção local.
LeandroGCard escreveu: Antes de sequer se pensar em P&D na área militar, tem-se que ter demanda para os produtos a serem desenvolvidos. Focar diretamente no mercado externo será muito difícil, pois nos falta desde tradição até postura política. Portanto, o primeiro passo seria iniciar um grande programa de reequipamento das FA´s nacionais com ênfase em equipamentos desenvolvidos e produzidos aqui. Depois se pode falar em P&D justamente para os ítens que serão adquiridos pelas 3 forças. Compras de prateleira fecham o espaço para os ítens locais, e impedem os esforços em P&D por torná-los economicamente inviáveis. Só se for em ciência pura, para escrecer papers e participar de congressos, e não para produzir armamentos para FA´s que já estão equipadas com material importado.
Leandro G. Card
Eu acho que as compras de prateleiras devem ser para permitir que tenhamos um movimento de pesquisa "tranquilo", sem que se apressem ou anulem projetos por causa do nível decrépito dos equipamentos em uso. Por exemplo, no contexto atual, seria imprudente apenas investir em P&D e deixar a FAB operando aquelas múmias voadoras ou o EB com sua defesa aérea sendo estilingues de grife. A minha idéia é que compremos de prateleira enquanto para manter as forças atualizadas o bastante para nosso contexto e enquanto isso investir em P&D para atualizar as mesmas futuramente com novos projetos, seja criando uma "Embrapa" do setor de defesa e derivativos, alguma forma de garantir à indústria nacional ampla prioridade em contratos para nossas Forças, e claro, constante investimento nas mesmas, para assim termos um ciclo vicioso de Indústria Inovando - > Forças Armadas comprando -> Indústrias lucrando e consequentemente inovando - > Forças Armadas comprando -> ... e assim vai.