Mundo Árabe em Ebulição
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Curiosamente, as únicas democracias em países com maioria mulçumana são em países não-árabes: Turquia e Indonésia.
O bicho está pegando no Irã. Mas lá o regime irá reprimir brutalmente qualquer oposição.
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Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
STEPHEN M. WALT, tem um artigo sobre ganhadores e perdedores, nem vou tentar apesar do texto ser curto ele dividiu em cada um, o que fez 13 subdivisões é difícil de colocar.
http://www.foreignpolicy.com/articles/2 ... revolution
Na Jordania, Siria e Irã, que já vinham tendo protestos, os acontecimentos do Egito devem inflar as oposições, os governos vão ser obrigados a fazer concessões isso para mim é claro, no caso iraniano é meio particular por que eles podem utilizar o inimigo externo no discurso.
http://www.foreignpolicy.com/articles/2 ... revolution
Na Jordania, Siria e Irã, que já vinham tendo protestos, os acontecimentos do Egito devem inflar as oposições, os governos vão ser obrigados a fazer concessões isso para mim é claro, no caso iraniano é meio particular por que eles podem utilizar o inimigo externo no discurso.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Israel aprova reforço militar egípcio na península do Sinai
Israel concordou com o envio de reforços militares limitados do Egito para a zona desmilitarizada do norte do Sinai, na fronteira com seu território, onde supostos casos de sabotagem têm afetado o abastecimento de gás, disse uma autoridade nesta quarta-feira.
A movimentação de soldados egípcios na região, que Israel qualificou como temporária, alimenta um debate entre os israelenses sobre a possibilidade de a queda do ditador Hosni Mubarak afetar o tratado de paz bilateral assinado em 1979.
Sob aquele acordo, o Egito poderia colocar apenas um número limitado de policiais para patrulhar a região da fronteira com Israel. Há restrições também ao tipo e volume de forças que Israel pode usar no seu lado.
A península do Sinai --que foi capturada por Israel em 1967 e devolvida ao Egito em 1982-- registrou violentos distúrbios durante a recente rebelião que derrubou Mubarak, além de um incêndio suspeito em um gasoduto em 5 de fevereiro.
O abastecimento de gás egípcio para a empresa East Mediterranean Gas e seus clientes israelenses deve ser retomado ainda neste mês, disse nesta quarta-feira a companhia Ampal-American Israel, sócia da EMG.
O jornal israelense "Yedioth Ahronoth" afirmou que 700 soldados egípcios foram mobilizados nos últimos dias para a zona desmilitarizada, somando-se a outros 800 que já estavam lá desde 30 de janeiro.
Depois da mobilização inicial, o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, disse que essa mudança tinha o aval de Israel, por se tratar de "uma situação temporária, até que a situação no Egito se estabilize".
O funcionário israelense que falou à Reuters nesta quarta-feira afirmou que as declarações de Barak refletem também a posição de Israel em relação à nova mobilização.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/8763 ... inai.shtml
Israel concordou com o envio de reforços militares limitados do Egito para a zona desmilitarizada do norte do Sinai, na fronteira com seu território, onde supostos casos de sabotagem têm afetado o abastecimento de gás, disse uma autoridade nesta quarta-feira.
A movimentação de soldados egípcios na região, que Israel qualificou como temporária, alimenta um debate entre os israelenses sobre a possibilidade de a queda do ditador Hosni Mubarak afetar o tratado de paz bilateral assinado em 1979.
Sob aquele acordo, o Egito poderia colocar apenas um número limitado de policiais para patrulhar a região da fronteira com Israel. Há restrições também ao tipo e volume de forças que Israel pode usar no seu lado.
A península do Sinai --que foi capturada por Israel em 1967 e devolvida ao Egito em 1982-- registrou violentos distúrbios durante a recente rebelião que derrubou Mubarak, além de um incêndio suspeito em um gasoduto em 5 de fevereiro.
O abastecimento de gás egípcio para a empresa East Mediterranean Gas e seus clientes israelenses deve ser retomado ainda neste mês, disse nesta quarta-feira a companhia Ampal-American Israel, sócia da EMG.
O jornal israelense "Yedioth Ahronoth" afirmou que 700 soldados egípcios foram mobilizados nos últimos dias para a zona desmilitarizada, somando-se a outros 800 que já estavam lá desde 30 de janeiro.
Depois da mobilização inicial, o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, disse que essa mudança tinha o aval de Israel, por se tratar de "uma situação temporária, até que a situação no Egito se estabilize".
O funcionário israelense que falou à Reuters nesta quarta-feira afirmou que as declarações de Barak refletem também a posição de Israel em relação à nova mobilização.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/8763 ... inai.shtml
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
terra.com.br
Dezenas de tanques do exército ocupam a capital do Bahrein
17 de fevereiro de 2011
Dezenas de pequenos tanques do exército foram enviados nesta quinta-feira para os arredores da praça de Manama onde as forças de segurança dispersaram os manifestantes antigovernistas durante a madrugada, provocando quatro mortes, informaram testemunhas.
Os tanques se posicionaram ao longo de uma avenida próxima da praça, segundo as mesmas fontes. Uma testemunha afirmou à AFP ter visto uma coluna de tanques em deslocamento do norte do Bahrein para Manama.
As forças de segurança dispersaram com violência centenas de manifestantes que estavam acampados na praça da Pérola desde terça-feira para exigir reformas políticas e sociais.
Seis pessoas morreram no Bahrein desde o início, na segunda-feira, do movimento de protesto, convocado no site Facebook, que exige reformas políticas e sociais neste país do Golfo, inspirado pelas revoltas na Tunísia e Egito.
Dezenas de tanques do exército ocupam a capital do Bahrein
17 de fevereiro de 2011
Dezenas de pequenos tanques do exército foram enviados nesta quinta-feira para os arredores da praça de Manama onde as forças de segurança dispersaram os manifestantes antigovernistas durante a madrugada, provocando quatro mortes, informaram testemunhas.
Os tanques se posicionaram ao longo de uma avenida próxima da praça, segundo as mesmas fontes. Uma testemunha afirmou à AFP ter visto uma coluna de tanques em deslocamento do norte do Bahrein para Manama.
As forças de segurança dispersaram com violência centenas de manifestantes que estavam acampados na praça da Pérola desde terça-feira para exigir reformas políticas e sociais.
Seis pessoas morreram no Bahrein desde o início, na segunda-feira, do movimento de protesto, convocado no site Facebook, que exige reformas políticas e sociais neste país do Golfo, inspirado pelas revoltas na Tunísia e Egito.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Parece que a cúpula dirigente não consegue mais sobreviver deslocada da sociedade nos países árabes.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Entretanto , e talveez aproveitando o vazio de poder no Egipto, deu na TV (SIC) que o Irão irá deslocar navios de guerra para o Mediterrâneo.
a "fonte" (muito credivel) é o ministro da extrema-direita dos negócios estrangeiros de israel, logo a noticia carece de veracidade...
a "fonte" (muito credivel) é o ministro da extrema-direita dos negócios estrangeiros de israel, logo a noticia carece de veracidade...
http://www.telegraph.co.uk/news/worldne ... anean.htmlIran warships 'sailing into Mediterranean'
Two Iranian warships planned to sail through the Suez Canal en route to Syria on Wednesday, Israel's foreign minister said, describing the move as a "provocation" by Tehran.
5:20PM GMT 16 Feb 2011
Iran's semi-official Fars news agency had reported on Jan. 26 that Iranian navy cadets had been dispatched on a year-long training mission going via the Gulf of Aden into the Red Sea and on through the Suez Canal to the Mediterranean Sea.
It was not immediately clear why the ships were seeking to train in the Mediterranean, which would be in the neighbourhood of arch-enemy Israel and of Syria, an ally of Iran, and Lebanon, where Iranian ally Hizbollah is powerful.
Israel's Yedioth Ahronoth newspaper described the Iranian ships as a MK-5 frigate and a supply vessel.
According to the daily, no Iranian naval vessels have passed through Suez since the Islamic Republic was established in 1979, causing a bitter rift between Tehran and Cairo.
"Tonight, two Iranian warships are meant to pass through the Suez Canal to the Mediterranean Sea and reach Syria, something that has not happened in many years," Israeli Foreign Minister Avigdor Lieberman said in a Jerusalem speech distributed by his office.
"To my regret, the international community is not showing readiness to deal with the recurring Iranian provocations. The international community must understand that Israel cannot forever ignore these provocations."
Israel sees a major threat in Iran's nuclear programme and calls for its elimination, but the countries' geographical distance has kept them from open confrontation. Syria is one of Israel's neighbouring foes and an ally of Tehran.
Triste sina ter nascido português
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Não acredito muito nessa noticia. Foi desmentida pelo Egipto pois qualquer navio de guerra tem de pedir passagem com 48 horas de antecedência e nenhum pedido tinha sido feito até aquela hora. De qualquer modo, não existe nenhum impedimento, para que a Marinha Iraniana possa deslocar navios pelo Canal para o Mediterrâneo. Contudo uma fonte da Marinha Iraniana afirmou que duas fragatas iriam cruzar o Canal
Na realidade o que há são unidades navais iranianas em Jeddah (Arábia Saudita), numa aproximação entre a Arábia Saudita e o Irão. O Rei saudita e suas elites tomaram muito a sério o descarte do fantoche egípcio e agora certas coisas vão cambiar muitíssimo. E Israel está a ver a teia à volta a mudar. Ou muda também, ou......
Coisa quase impensável ainda à pouco tempo atrás.
Na realidade o que há são unidades navais iranianas em Jeddah (Arábia Saudita), numa aproximação entre a Arábia Saudita e o Irão. O Rei saudita e suas elites tomaram muito a sério o descarte do fantoche egípcio e agora certas coisas vão cambiar muitíssimo. E Israel está a ver a teia à volta a mudar. Ou muda também, ou......
http://www.presstv.ir/detail/163974.htmlIranian warships arrive at Jeddah
“A group of warships belonging to the Iranian Navy, which has been sailing across the high seas, has entered the port of Jeddah in Saudi Arabia with the aim of promoting friendly relations and sending the message of peace and friendship to regional countries,” said Iranian Navy Commander Rear Admiral Habibollah Sayyari on Sunday
Coisa quase impensável ainda à pouco tempo atrás.
Editado pela última vez por FoxTroop em Qui Fev 17, 2011 8:38 pm, em um total de 1 vez.
- FOXTROT
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Usei a tradução do google FoxTroop. http://www.presstv.ir/detail/163974.html
Navios de guerra iranianos chegarem a Jeddah
Um décimo segundo grupo de navios de guerra iranianos carregando mensagem a República Islâmica de paz e amizade entrou porta Saudita de Jeddah.
"Um grupo de navios de guerra pertencentes à Marinha iraniana, que tem sido velejando em alto mar, entrou o porto de Jeddah na Arábia Saudita com o objectivo de promover as relações de amizade e enviar a mensagem de paz e amizade para países regionais," disse Sayyari de Habibollah de comandante contra-almirante da Marinha iraniana no domingo.
"Grupo de navios é composto de navio de guerra iraniano-made 'khark' e destruidor 'alvand'," o comandante superior foi citado como dizendo em um comunicado divulgado pela marinha.
Ele expressou esperança que irão seria um mensageiro da paz e da amizade para as Nações regionais, enviando seus navios de guerra para o Golfo de Aden e o mar vermelho, bem como aos portos de países muçulmanos e amigáveis como a Arábia Saudita.
O comandante do alto sublinhou a Marinha iraniana é definido para salvaguardar os interesses nacionais do país e, ao mesmo tempo, levar uma mensagem de paz e segurança para a região "sensível e estratégico" do Oceano Índico, mantendo sua presença forte em alto mar.
É de salientar que um host de cadetes da Marinha iraniana acompanham os navios de guerra como parte de seu programa de formação científica.
Navios de guerra iranianos chegarem a Jeddah
Um décimo segundo grupo de navios de guerra iranianos carregando mensagem a República Islâmica de paz e amizade entrou porta Saudita de Jeddah.
"Um grupo de navios de guerra pertencentes à Marinha iraniana, que tem sido velejando em alto mar, entrou o porto de Jeddah na Arábia Saudita com o objectivo de promover as relações de amizade e enviar a mensagem de paz e amizade para países regionais," disse Sayyari de Habibollah de comandante contra-almirante da Marinha iraniana no domingo.
"Grupo de navios é composto de navio de guerra iraniano-made 'khark' e destruidor 'alvand'," o comandante superior foi citado como dizendo em um comunicado divulgado pela marinha.
Ele expressou esperança que irão seria um mensageiro da paz e da amizade para as Nações regionais, enviando seus navios de guerra para o Golfo de Aden e o mar vermelho, bem como aos portos de países muçulmanos e amigáveis como a Arábia Saudita.
O comandante do alto sublinhou a Marinha iraniana é definido para salvaguardar os interesses nacionais do país e, ao mesmo tempo, levar uma mensagem de paz e segurança para a região "sensível e estratégico" do Oceano Índico, mantendo sua presença forte em alto mar.
É de salientar que um host de cadetes da Marinha iraniana acompanham os navios de guerra como parte de seu programa de formação científica.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
O que esse cargueiro leva ou foi buscar na Síria?
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gazetadopovo.com.br
Informes sobre navios iranianos são contraditórios
A primeira notícia seria de que dois navios da Marinha do Irã estariam se preparando para usar o Canal de Suez para passar do Mar Vermelho para o Mediterrâneo
Informações contraditórias cercam a notícia de que dois navios da Marinha do Irã estariam se preparando para usar o Canal de Suez para passar do Mar Vermelho para o Mediterrâneo. Na quarta-feira, o governo do Irã havia anunciado que os dois navios iriam ao Mediterrâneo para fazer exercícios militares de combate a piratas. Os exercícios culminariam com uma visita a um porto da Síria. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, reagiu afirmando que a presença de navios da Marinha iraniana no Mediterrâneo seria "uma provocação", que Israel "não pode ignorar", o que elevou a tensão na região.
Nesta quinta-feira, o jornal israelense Haaretz informou, citando o jornal árabe Al-Arabiya, que o Egito, que controla o Canal de Suez, teria negado permissão para a passagem dos navios iranianos. Mas ontem, a Autoridade do Canal de Suez teria dito que a passagem dos dois navios não apresentaria problemas, desde que as tarifas fossem pagas, já que o Irã não está em guerra com o Egito (o tráfego no Canal é regulamentado por lei internacional, a Convenção de Constantinopla, de 1888).
Nesta quinta, o chefe de operações do canal, Ahmed al-Manakhly, disse à agência de notícias France Presse que "nós não recebemos nenhum pedido para a passagem de navios de guerra iranianos. A passagem de qualquer navio de guerra precisa de aprovação do Ministério da Defesa e do Ministério das Relações Exteriores. Não vimos essa aprovação. Antes que eles passem, eu preciso ter essa aprovação em mãos".
Outro funcionário da Autoridade do Canal afirmou que "eles tinham a permissão, mas o agente de navegação disse a eles na quarta-feira que a passagem dos navios havia sido cancelada. Ele disse que eles estão perto de Jeddah, na Arábia Saudita, e que nenhuma nova data foi fixada".
No Ministério das Relações Exteriores do Egito, um funcionário disse que nenhuma permissão prévia é necessária, nem de seu próprio ministério, nem do da Defesa. Um diplomata do Irã no Egito, porém, disse que um pedido de autorização para a passagem dos navios havia sido submetido ao Ministério das Relações Exteriores egípcio. A mesma informação foi divulgada pela emissora iraniana Press TV.
Segundo o jornal israelense Yediot Ahronot, um dos navios iranianos é um lança-mísseis e o outro é um cargueiro. Citando um funcionário do governo israelense, o jornal diz que os dois navios teriam deixado o porto iraniano de Bandar Abbas "no fim de janeiro" e aportado em Jeddah em 9 ou 10 de fevereiro, tendo deixado esse porto saudita no último domingo.
Um funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita, porém, negou que navios iranianos tenham aportado em Jeddah. Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, P.J. Crowley, reconheceu ontem que havia navios iranianos no Mar Vermelho, mas disse não saber nada sobre seu destino ou sua rota.
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Informes sobre navios iranianos são contraditórios
A primeira notícia seria de que dois navios da Marinha do Irã estariam se preparando para usar o Canal de Suez para passar do Mar Vermelho para o Mediterrâneo
Informações contraditórias cercam a notícia de que dois navios da Marinha do Irã estariam se preparando para usar o Canal de Suez para passar do Mar Vermelho para o Mediterrâneo. Na quarta-feira, o governo do Irã havia anunciado que os dois navios iriam ao Mediterrâneo para fazer exercícios militares de combate a piratas. Os exercícios culminariam com uma visita a um porto da Síria. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, reagiu afirmando que a presença de navios da Marinha iraniana no Mediterrâneo seria "uma provocação", que Israel "não pode ignorar", o que elevou a tensão na região.
Nesta quinta-feira, o jornal israelense Haaretz informou, citando o jornal árabe Al-Arabiya, que o Egito, que controla o Canal de Suez, teria negado permissão para a passagem dos navios iranianos. Mas ontem, a Autoridade do Canal de Suez teria dito que a passagem dos dois navios não apresentaria problemas, desde que as tarifas fossem pagas, já que o Irã não está em guerra com o Egito (o tráfego no Canal é regulamentado por lei internacional, a Convenção de Constantinopla, de 1888).
Nesta quinta, o chefe de operações do canal, Ahmed al-Manakhly, disse à agência de notícias France Presse que "nós não recebemos nenhum pedido para a passagem de navios de guerra iranianos. A passagem de qualquer navio de guerra precisa de aprovação do Ministério da Defesa e do Ministério das Relações Exteriores. Não vimos essa aprovação. Antes que eles passem, eu preciso ter essa aprovação em mãos".
Outro funcionário da Autoridade do Canal afirmou que "eles tinham a permissão, mas o agente de navegação disse a eles na quarta-feira que a passagem dos navios havia sido cancelada. Ele disse que eles estão perto de Jeddah, na Arábia Saudita, e que nenhuma nova data foi fixada".
No Ministério das Relações Exteriores do Egito, um funcionário disse que nenhuma permissão prévia é necessária, nem de seu próprio ministério, nem do da Defesa. Um diplomata do Irã no Egito, porém, disse que um pedido de autorização para a passagem dos navios havia sido submetido ao Ministério das Relações Exteriores egípcio. A mesma informação foi divulgada pela emissora iraniana Press TV.
Segundo o jornal israelense Yediot Ahronot, um dos navios iranianos é um lança-mísseis e o outro é um cargueiro. Citando um funcionário do governo israelense, o jornal diz que os dois navios teriam deixado o porto iraniano de Bandar Abbas "no fim de janeiro" e aportado em Jeddah em 9 ou 10 de fevereiro, tendo deixado esse porto saudita no último domingo.
Um funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita, porém, negou que navios iranianos tenham aportado em Jeddah. Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, P.J. Crowley, reconheceu ontem que havia navios iranianos no Mar Vermelho, mas disse não saber nada sobre seu destino ou sua rota.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
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Partidários do regime iraniano pedem execução de opositores
18 de fevereiro de 2011
Milhares de partidários do regime iraniano se concentraram para a oração da sexta-feira na Universidade de Teerã aos gritos de "Morte a Musavi, morte a Karubi", os principais líderes opositores, como preâmbulo da manifestação prevista para mais tarde.
"Musavi e Karubi devem ser enforcados" era outro slogan cantado pela multidão, antes do início da reza do meio-dia. As autoridades iranianas convocaram para depois das orações uma grande manifestação para expressar "seu ódio, sua ira e sua rejeição aos crimes selvagens e repugnantes dos chefes da sedição".
Com o termo "sedição", o discurso oficial designa o movimento da oposição reformista dirigida pelo ex-primeiro-ministro Mir Hussein Musavi e o ex-presidente do parlamento Mehdi Karubi desde a questionada reeleição do presidente Mahmud Ahmadinejad em junho de 2009.
O chefe da autoridade judicial iraniana acusou na quinta-feira os líderes da oposição de traição.
"A traição dos líderes da sedição é evidente para todos e não aceitaremos que atentem contra o regime", assegurou o aiatolá Sadegh Larijani, chefe da Justiça iraniana.
Larijani reiterou que os reformistas são "apoiados pelos sionistas, por Estados Unidos e Grã-Bretanha" e assegurou que o poder impedirá aos "líderes da sedição que publiquem suas declarações".
Do campo conservador têm se multiplicado nos últimos dias os apelos por um processo "rápido" e "severo" contra Musavi e Karubi.
Na quarta-feira, Conselho para a Coordenação da Propaganda Islâmica, que organiza as grandes manifestações populares do poder, anunciou em um comunicado esta manifestação "contra os chefes da sedição".
"A população de Teerã participará, depois da oração de sexta-feira, em uma importante manifestação", indicou um comunicado o Conselho.
Musavi e Karubi, por sua vez, pediram ao governo que "ouça o povo", em declarações publicadas na quarta-feira por vários sites opositores.
"Eu os alerto, abram os ouvidos antes que seja tarde demais, e ouçam a voz do povo", afirmou o ex-presidente reformador do parlamento, Mehdi Karubi, em carta publicada em seu site Sahamnews.org.
Em uma carta em separado, publicada no site Kaleme.com, Musavi criticou as autoridades e manifestou sua satisfação pelas manifestações de segunda-feira. "A manifestação gloriosa de 25 Bahman (14 de fevereiro) é um grande êxito do povo e do Movimento Verde", escreveu.
Karubi e o ex-primeiro-ministro Mir Hussein Musavi se encontram sob prisão domiciliar de fato desde as manifestações de segunda.
Milhares e pessoas desafiaram a proibição governamental de participar em uma manifestação em Teerã, na segunda-feira, convocada por Musavi e Karubi, lançando consignas hostis ao poder.
O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, afirmou que os "inimigos que planejaram protestos antigoverno vão fracassar".
"Está claro e evidente que a nação iraniana tem inimigos porque é um país que quer brilhar e alcançar seu pico, e quer mudar as relações (entre os países) no mundo", disse Ahmadinejad em entrevista ao vivo na emissora estatal.
Partidários do regime iraniano pedem execução de opositores
18 de fevereiro de 2011
Milhares de partidários do regime iraniano se concentraram para a oração da sexta-feira na Universidade de Teerã aos gritos de "Morte a Musavi, morte a Karubi", os principais líderes opositores, como preâmbulo da manifestação prevista para mais tarde.
"Musavi e Karubi devem ser enforcados" era outro slogan cantado pela multidão, antes do início da reza do meio-dia. As autoridades iranianas convocaram para depois das orações uma grande manifestação para expressar "seu ódio, sua ira e sua rejeição aos crimes selvagens e repugnantes dos chefes da sedição".
Com o termo "sedição", o discurso oficial designa o movimento da oposição reformista dirigida pelo ex-primeiro-ministro Mir Hussein Musavi e o ex-presidente do parlamento Mehdi Karubi desde a questionada reeleição do presidente Mahmud Ahmadinejad em junho de 2009.
O chefe da autoridade judicial iraniana acusou na quinta-feira os líderes da oposição de traição.
"A traição dos líderes da sedição é evidente para todos e não aceitaremos que atentem contra o regime", assegurou o aiatolá Sadegh Larijani, chefe da Justiça iraniana.
Larijani reiterou que os reformistas são "apoiados pelos sionistas, por Estados Unidos e Grã-Bretanha" e assegurou que o poder impedirá aos "líderes da sedição que publiquem suas declarações".
Do campo conservador têm se multiplicado nos últimos dias os apelos por um processo "rápido" e "severo" contra Musavi e Karubi.
Na quarta-feira, Conselho para a Coordenação da Propaganda Islâmica, que organiza as grandes manifestações populares do poder, anunciou em um comunicado esta manifestação "contra os chefes da sedição".
"A população de Teerã participará, depois da oração de sexta-feira, em uma importante manifestação", indicou um comunicado o Conselho.
Musavi e Karubi, por sua vez, pediram ao governo que "ouça o povo", em declarações publicadas na quarta-feira por vários sites opositores.
"Eu os alerto, abram os ouvidos antes que seja tarde demais, e ouçam a voz do povo", afirmou o ex-presidente reformador do parlamento, Mehdi Karubi, em carta publicada em seu site Sahamnews.org.
Em uma carta em separado, publicada no site Kaleme.com, Musavi criticou as autoridades e manifestou sua satisfação pelas manifestações de segunda-feira. "A manifestação gloriosa de 25 Bahman (14 de fevereiro) é um grande êxito do povo e do Movimento Verde", escreveu.
Karubi e o ex-primeiro-ministro Mir Hussein Musavi se encontram sob prisão domiciliar de fato desde as manifestações de segunda.
Milhares e pessoas desafiaram a proibição governamental de participar em uma manifestação em Teerã, na segunda-feira, convocada por Musavi e Karubi, lançando consignas hostis ao poder.
O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, afirmou que os "inimigos que planejaram protestos antigoverno vão fracassar".
"Está claro e evidente que a nação iraniana tem inimigos porque é um país que quer brilhar e alcançar seu pico, e quer mudar as relações (entre os países) no mundo", disse Ahmadinejad em entrevista ao vivo na emissora estatal.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
É desta que as coisas mudam, para onde é que não sabemos, mas toda a região está a redefinir alianças e nem sabemos tão pouco para onde é que estas revoltas populares encaminham esses países.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Dá para se pensar o impacto que eles terão sobre a venda de equipamentos militares, tirando a Arabia Saudita, todos os outros países não devem modernizar seu arsenal de caças etc, vão comprar equipamentos anti-motim , mesmo a Síria.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Perceberam que as manifestações da população e sociedade arabe é a favor de mais democracia e abertura dos regimes dos respectivos países. Independente se as ditaduras são pró ou não ocidente. Além de terem pouco ou nada de radicalismo islâmico. Mudanças interessantes na região.