orestespf escreveu:Não sei se os amigos e colegas estão lembrando que nossos três aviões de combate (F-5, A-1 e F-2000) estão chegando ao fim de suas vidas úteis em períodos muito próximos. Assim sendo, pergunto: iríamos ao mercado de usados para comprar cerca de 120 caças tampão? É isto que estão dizendo ou estão pensando apenas na substituição dos M-2000? Se este for o caso, então este papo de tampão é bobagem, basta um MLU neste caça (ele chega ao final de sua vida útil no que diz respeito ao que foi programado inicialmente, ou seja, a FAB o adquiriu para ser do jeito que veio e para chegar no máximo a 2016, sem gastar nem mais um centavo neste vetor). O que o Brasil/FAB precisa é de novos caças novos e não do eterno tampão.
Caro Orestes, o Brasil, como diria um brigadeiro, se quiser ser, tem de ter.
Este, no meu humilde ponto de vista, é o que está a nos fazer passar essa vergonha toda e ser motivo de chacota mundial, não só nos fóruns estrangeiros, mas também nas rodas diplomáticas.
Não há vontade politica, e nem necessidade ou interesse politico, de decidir-se nada. Agora ou depois. Seja por um ou por outro candidato. O assunto, devo confessar, e talvez não concordes comigo, é considerado, de 2a categoria, nas salas de reunião da esplanada dos ministérios.
Infelizmente a classe politica no Brasil ainda não evoluiu, no que concerne a Defesa Nacional, em maturidade, o que evoluiu em materia de gestão publica, por exemplo, no que diz respeito a Lei de Responsabilidade Fiscal. Por um simples motivo: defesa não dá voto, mas o equilibrio fiscal sim.
A canhesta relação do palácio do planalto com a temática defesa, nunca passou realmente de um namorico de porta de casa. Nem se atreveu a pensar-se em casamento.
A permanencia do NJ no ministério da defesa deveu-se muito mais a pragmática cnostatação de que ele conseguiu ter autoridade e respeitabilidade sobre os militares, e consequentemente, os mantém "na linha" de subordinação que o planalto os quer.
Infelizmente, tratar sobre defesa ainda é um assunto indigestos para a maioria dos politicos do Brasil. Óbvio que isto não justifica mais que um decênio de atraso na escolha de um caça para a FAB, mas dái pode-se ver o quão ainda indigesta complicada é a relação do meio politico nacional com as fa's.
Precisamos de um caça sim. Mas antes de precisarmos de um caça, precisamos que toda essa veborragia sobre politica e estratégia nacional de defesa sejam concretizadas não somente nos meandros do poder de bsl, mas antes, na própria mentalidade da sociedade civil brasileira. O que o povo não sente necessidade de ter ( ou ser), naturalmente não será motivo de atenção da hipocrisia da nossa classe politica de plantão.
E se o povo não acredita que precisamos agora de um caça para a FAB, então pra quê pressa de decidir...
A FAB fez a sua parte através da COPAC. E diga-se, sem babação, que o fez muito bem. O problema é que a necessidade da FAB por um novo caça, jamais em tempo algum nesses 10/15 anos de FX nunca fez parte verdadeiramente da agenda politica do país.
E aí está posto esse fato. Estamos já há mais de 3700 páginas de discussão dessa novela, e voltamos praticamente ao inicio das discussões: um caça tampão para a FAB.
Dou por finda minha participação neste tópico, que muito raramente escrevo, não só pela inanição de idéias como pela extrema frustação e constatação de que um simples programa de aquisição de caças tenha virado essa panacéia, um verdadeiro samba do crioulo doido.
Pois é. A história continua a mesma. "Nunca antes na história desse país..."
Realmente, em relação a defesa do Brasil "NUNCA" é uma palavra sintomática mesmo.
Flavio