TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#55846 Mensagem por AlbertoRJ » Seg Fev 14, 2011 11:54 pm

sapao escreveu:Acredito que sim, pois parece que as experiências com ele foram muito boas.
Sapão, Além das questões doutrinárias, ou melhor, reforçando-as, acredito que o MICA talvez não seja um míssil apto para o uso com HMD.
A FAB contará com um míssil já desenvolvido com essa capacidade.

[]'s




Editado pela última vez por AlbertoRJ em Seg Fev 14, 2011 11:55 pm, em um total de 1 vez.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#55847 Mensagem por sapao » Seg Fev 14, 2011 11:54 pm

Para sempre é muito tempo... enquanto houver esperança!




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#55848 Mensagem por Justin Case » Ter Fev 15, 2011 12:09 am

AlbertoRJ escreveu:
sapao escreveu:Acredito que sim, pois parece que as experiências com ele foram muito boas.
Sapão, Além das questões doutrinárias, ou melhor, reforçando-as, acredito que o MICA talvez não seja um míssil apto para o uso com HMD.
A FAB contará com um míssil já desenvolvido com essa capacidade.

[]'s
Alberto, boa noite.

Acredito que não existe um míssil inapto para o uso com o HMD.
A característica mais básica de qualquer míssil é "olhar" para onde o sistema manda.
Alguns têm data link e recebem atualização durante seu voo, outros não.
Abraço,

Justin




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#55849 Mensagem por Penguin » Ter Fev 15, 2011 12:27 am

Por falar em mísseis, a nova fornada hora em estudos e desenvolvimento deverá ser do tipo hit-to-kill (sem carga explosiva e maior energia propulsiva) e com múltiplos sensores (dual-mode seeker: electro-optical e radar).




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#55850 Mensagem por Bender » Ter Fev 15, 2011 12:29 am

sapao escreveu:
Bender escreveu:Bom já que aparentemente nossa Força Aérea pelas próximas décadas com seus 130 caças,só tem a ambição de cumprir somente suas obrigações orgânicas,e no campo de supostas ameaças tendo estrategicamente como base o teatro sul-americano,e levando-se em conta que atualmente o caça supostamente de maior poder neste teatro são os SU30 de Chaves e seus R77 da vida,quer dizer então que os caças da short list foram selecionados, tendo em vista que todos são capazes de aniquilar no super trunfo(atualmente) os SU30? Ou é preciso desqualificar a destreza dos pilotos "céguinhos e manetas" da Venezuela para ganhar no super trunfo? Eu leio tanto aqui que um tem o pinto maior que o outro na short list,e maior que o SU30 que é o que interessa de verdade, qual dos tres tem?

Interessante nossas discussões entre empresas aqui não?

SDS.
A FAB não tem ambiçoes e sim obrigações caro Bender, quem possui ambições são as pessoas que estão por ai, mas essa é outra discussão.

Supostamente se formos levar em conta o papel e o que o vendedor diz poderiamos dizer que os SU-30 são superiores na região, mas convivendo com o pos-venda russo e com as capacidades EW dos sistemas israelenses, russos e americanos eu diria que possuir um grnade radar não quer dizer efetivamente que você possa ter um grande alcance; portanto eu colocaria nesse rol de ameaças o KFIR C-10 (que muitos acham motivo de chacota) e o F-16.

Sobre desqualificar os pilotos venezuelanos, ja fiz comentarios a respeito dizendo da politização das FFAA da Venezuela, mas isso foi comentario de um PROPRIO piloto venezuelano inconformado com certas atitudes que tambem ocorrem aqui no Brasil, mes em muito menor escala e por outros motivos que não os politicos: a famosa peixada!

Isso quer dizer que o SU-30 se torna menos letal ou que seus pilotos são inferiores aos nossos?
Logico que não, mas é uma caracteristica especifica da Venezuela que achei muito importante.

Se eles são capazes de aniquilar ou não no super trunfo seus oponentes acho que seja irrelevante do ponto de vista do processo de seleção, que levou em conta outros fatores como capacidade de UPGRADE, integração de armamentos nacionais, fabricação local e por ai vai.Foi avaliado sim se eles seriam capazes de dar meios para que a FAB cumprisse suas obrigações, em conformidade com o criterio de compras do END.

Agir pensando como se a Venezuela fosse a maior ameaça seria um erro, até porque se fosse assim e se fizessemos uma comparação no papel deveriamos comprar apenas a quantidade de aeronaves igual ao que a Venezuela supostamente tem, e não mais de 100 caças.
Estariamos construindo um Linha Maginot baseada em um inimigo especifico e esquecendo que essas aeronaves tem, por baixo, um horizonte de operação de 30 anos.

E no final não importa somente o tamanho do pinto, se fosse assim o leão-marinho seria o rei dos animais...
"Ambição" não é uma palavra de conotação negativa, :? muito pelo contrário, minha filha mais nova tem 14 anos e já tem ambições,e ela garanto não é uma "dessas pessoas que andam por ai"..

1. ambição

Aspiração.
Desejo intenso de alcançar determinado objetivo, geralmente, material
s.f. Desejo imoderado de glória, fortuna etc.: consumido de ambição.
Desejo, intenção: a ambição de servir seu país.
Aspiração, pretensão, avidez.


Infelizmente sapao este tópico aqui é o top master do super trunfo,e minha pergunta é o próprio ST,voce querer acrescentar outros fatores "extra super trunfo" na comparação destroi o principio básico da objetividade nociva da questão, 8-] pois vejamos.

a)Para nós a Fab e GF afirmam então que está garantido um pós venda maravilhoso e eficiente,tanto de Americanos,Franceses e Suécos em contrapartida do garantido mal e porco pós venda Russo.

b)"Foram avaliados sim,como capazes para FAB cumprir suas obrigações"?

Então já respondeste minha pergunta,se a Venezuela for um suposto e improvável e inverossímel antagonista para o Brasil e possuir 200 SU30 de prateleira,com um suprimento de armas de prateleira a altura do tamanho da frota e logística mal e porca mas garantida pela Russia,,nossos 130 FX2 da short list +F5sM e AMXM e ST dão conta da "obrigação" segundo a FAB pelas determinações da END.

Eu não afirmei que deve se agir pensando que a Venezuela é a maior ameaça,eu usei o equipamento russo venezuelano como parâmetro de comparação de poder que faça frente a um caça da nossa short list,o que é bem diferente da tua afirmação do penulltimo parágrafo,mas de acordo com as "obrigações" que imagino que os políticos e pelo jeito também os militares enxergam para a FAB o seu exemplo da "linha Maginot" cai como uma luva.

E concluindo: voce tem razão meu caro,a palavra "ambição" não combina com a FAB e nem com os ultimos 8 GFs.

"FX2! :não importa somente o tamanho do pinto, se fosse assim o leão-marinho seria o rei dos animais..."

Esta tua ultima frase,deveria ser o "novo" nome deste tópico faz tempo,o Beronha errou....

Grande abraço!E obrigado por ter se arriscado a comentar com seriedade.




sapao
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#55851 Mensagem por sapao » Ter Fev 15, 2011 1:21 am

Quando quis dizer que a FAB nãp possuia ambições quis dizer que ele, como Força Aerea, está acima disso. Quem tem ambições são aqueles que hoje tem o poder de decisão, eles são hoje a força (seja dentro ou acima dela) mas não serão a força para sempre. A eles eu atribui as ambições que tornam esse processo no que ele é hoje!

As obrigações são aquelas escritas na constituição: defesa e manutençao da sobrania do espaço aéreo brasileiro.
Temos TODO o equipamento necessario para isso: NÃO!
Mas possuimos sim aquilo que nosso pais pode pagar e acha que devemos ter.
E isso não é exclusidade da defesa; basta olharmos outros setores do serviço publico em todas as esferas para vermos situações semelhantes.

Sobre o pós-venda russo, acho que ele não serviu de fator excludente pois não tinhamos como saber se ele era bom ou ruim na epoca da short-list e acho que ainda hoje estamos formando as primeiras opiniões sobre o assunto. Acho que ele vai ser melhor em algums pontos e pior em outros, vale ressaltar que NÓS tambem somos novidade para eles, e acho que a adaptação e o aprendizado são mutuos.
A versão oficial ja foi demais debatida por aqui, para mim a explicação está na parte que falei das ambições e desejos...

Como disse, na situação atual o modelo e a quantidade de aeronaves, dentro do orçamento permitido e em face das hipoteses de emprego, qualquer um deles pode sim cumprir, ou dar condições para que a a FAB cumpra sua missão constitucional.
Ai entram outros fatores: se por exemplo a FAV compra 200 SU-30 cabe aos nossos orgãos de inteligencia alertarem sobre o ocorrido e com certeza a FAB vai ser chamada para exprimir sua opnião tanto sobre nossas defesa em relação a isso quanto sobre a capacidade deles de nos atacar.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#55852 Mensagem por ELSONDUARTE » Ter Fev 15, 2011 7:00 am

Entenda o que está em jogo na compra dos novos caças
Fabrícia Peixoto,
Da BBC Brasil em Brasília


O processo de seleção para a compra de 36 novos caças destinados à Força Aérea Brasileira (FAB) vem gerando uma série de polêmicas em torno de um negócio que pode custar até R$ 10 bilhões aos cofres públicos.

Estão na competição o modelo Rafale, fabricado pela francesa Dassault; o Gripen NG, da sueca Saab e o FA-18 Hornet, da americana Boeing.

O Ministério da Defesa informou que já recebeu o relatório técnico feito pelo Comando da Aeronáutica, mas nenhum dos dois órgãos comenta o conteúdo do documento.

De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada na terça-feira, o Gripen teria recebido a melhor pontuação no relatório, considerando preço e transferência de tecnologia.

Já a aeronave francesa, preferida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estaria na terceira posição.

Além da escolha entre as três empresas, o presidente tem ainda uma outra opção: não decidir sobre um vencedor, o que pode resultar no engavetamento do processo de seleção ou na transferência da decisão para o próximo governante.

Entenda o que está em jogo na compra dos caças.

Para que os caças serão usados?

A aquisição dos novos caças tem duas finalidades práticas: intensificar a patrulha da Amazônia e da faixa de mar do pré-sal. Os equipamentos estarão aptos a fazer interceptações aéreas e ataques em solo.

Além dos 36 caças previstos no processo de seleção atual (batizado de FX-2), a FAB pretende ainda fazer novas aquisições nos próximos 15 anos, chegando à marca de 120 aeronaves.

A ampliação do poderio militar brasileiro também está relacionada às intenções do país em reforçar sua influência política no cenário internacional.

O argumento é de que, com um aparato militar mais significativo, o país estaria melhor preparado para disputar uma vaga permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas – uma das principais bandeiras da política externa brasileira.

Quais são as principais diferenças entre as três propostas?

As propostas não são idênticas, pois cada empresa teve liberdade para fazer sua própria oferta de preços, prazos e condições para transferência de tecnologia.

No caso da Saab, estima-se que o pacote tenha saído a um custo de R$ 5 bilhões, com o preço unitário da aeronave em torno de R$ 120 milhões, o mais baixo entre os três concorrentes.

O motivo seria o fato de a aeronave ser monomotor, mas segundo o fabricante, a questão não interfere na segurança ou no desempenho do equipamento, que pode atingir a velocidade de 2,4 mil quilômetros por hora.

Em declarações à imprensa no ano passado, porta-vozes da Saab disseram que a empresa está disposta a transferir tecnologia ao Brasil “sem restrições” e que o fato de seu caça ainda estar em processo de desenvolvimento abre espaço para parcerias com a indústria brasileira.

Quanto ao FA-18 Hornet, a estimativa é de que cada caça saia por cerca de R$ 170 milhões e o pacote completo por R$ 8 bilhões. Com duas turbinas, o caça pode atingir 2,1 mil quilômetros por hora.

Em nota divulgada no ano passado, a Boeing se comprometeu a adotar um modelo “inédito” de transferência de tecnologia ao Brasil, inclusive desenvolvendo as aeronaves em território brasileiro.

A Boeing vem tentando melhorar sua imagem junto à indústria militar brasileira. Há cinco anos, a empresa vetou a venda de aeronaves da Embraer à Venezuela, já que os equipamentos tinham componentes americanos.

O compromisso da Boeing no programa FX-2 foi também reforçado pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton, em uma carta enviada ao Itamaraty, em agosto do ano passado.

O caça Dassault, por sua vez, chega a ser cotado por até R$ 240 milhões, o que pode levar seu pacote completo à cifra de R$ 10 bilhões.

Questionado sobre a diferença de preços, o ministro da Defesa da França, Hervé Morin, disse que o Rafale tem um desempenho melhor e comparou o caça francês uma Ferrari. A velocidade máxima da aeronave é de 2,4 mil quilômetros por hora.

A Dassault falou em transferir “100%” da tecnologia de seus caças para o Brasil, mas como seu produto já está totalmente desenvolvido, há duvidas quanto ao ganho que o acordo com a empresa francesa possa trazer ao país.

Outro fator que deverá pesar na escolha do governo brasileiro é o custo da hora/voo de cada aeronave, referente, por exemplo, a despesas com combustíveis, lubrificantes e consertos de sistemas desgastados ao longo dos anos.

De acordo com a experiência dos três concorrentes, estima-se um custo US$ 4 mil a hora/voo no caso do Gripen, de US$ 10 mil a US$ 14 mil para o Hornet e de US$ 14 mil no caso do Rafale.

Qual é o procedimento para a escolha da aeronave?

A aquisição dos caças não segue o procedimento de uma licitação tradicional, em que a empresa ganhadora é apontada por uma comissão, considerando preço e critérios técnicos.

No programa FX-2, por se tratar de um assunto de segurança nacional, a palavra final sobre o vencedor é do presidente da República.

Definida a empresa ganhadora, caberá ao Senado discutir os aspectos financeiros do negócio, aprovando ou não o financiamento, por exemplo.

O presidente da Frente da Parlamentar da Defesa Nacional, Raul Jungmann, diz que a Constituição brasileira confere ao Poder Executivo a prerrogativa de definir, sozinho, a empresa vencedora. Mas, segundo ele, “não é correto o presidente atropelar o processo”.

Jungmann se refere ao fato de o presidente Lula ter anunciado, em setembro passado, que o governo brasileiro já estava “em negociação” com a Dassault – antes mesmo de a Aeronáutica ter concluído o relatório técnico.

Por que o presidente Lula e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, preferem o caça francês?

Entre os principais argumentos do governo a favor do Rafale está a “parceria estratégica” com a França – um compromisso assinado no ano passado, entre os dois países, com o objetivo de “aprofundar” projetos conjuntos na área de segurança.

Em setembro passado, o Brasil anunciou a compra de 50 helicópteros e quatro submarinos de tecnologia francesa, no valor total de R$ 22 bilhões.

O governo francês, por sua vez, se comprometeu a adquirir dez aeronaves de transporte militar fabricadas pela brasileira Embraer.

Além disso, a França é um dos poucos países, entre as grandes potências, que defende uma vaga permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU.

De acordo com o Palácio do Planalto, a expectativa agora é de que o presidente Lula, junto com ministros e assessores da área, avaliem o relatório técnico da Aeronáutica juntamente com “outras questões, mais políticas”, como a relação do Brasil com França, Estados Unidos e Suécia.

O presidente tem um prazo para tomar sua decisão?

Não. O presidente pode adiar o quanto quiser sua decisão – ou ainda, não decidir nada. Se isso acontecer, o processo de seleção pode ir para a gaveta ou ficar a cargo do próximo presidente.

Esse seria o pior cenário na visão dos militares, interessados na modernização de sua área. Na avaliação de uma fonte da Aeronáutica, uma indefinição pode “desmoralizar” o processo de seleção brasileiro, prejudicando negociações no futuro.

A expectativa entre os assessores do presidente é de que uma decisão, se realmente tomada, seja anunciada no início do ano, evitando um possível desgaste ao governo na fase de campanha eleitoral.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#55853 Mensagem por ELSONDUARTE » Ter Fev 15, 2011 7:05 am

Entenda: analistas comparam aspectos técnicos de caças na lista do Brasil

Três tipos de caça disputam a preferência do governo brasileiro para estar entre as aeronaves de combate da Força Aérea. O objetivo desse processo de renovação é a compra imediata de 36 jatos. Nos próximos anos, o país deve aumentar as compras para chegar até 120 unidades.

Os modelos que continuam no páreo são: o Rafale, produzido pela francesa Dassault; o sueco Gripen NG, cuja fabricante é a Saab; e finalmente o FA-18 Super Hornet, da americana Boeing.

A BBC Brasil ouviu analistas para entender melhor as vantagens e desvantagens dos três modelos.

O reitor do Royal Air Force College (Faculdade da Força Aérea britânica), Joel Hayward, e o analista de aviação da consultoria Jane's, Craig Caffrey, acreditam que as três aeronaves têm capacidades similares.

Mas Hayward vê no Rafale a melhor aeronave para defender os céus brasileiros, enquanto Caffrey crê que o Gripen pode oferecer a melhor oportunidade de desenvolvimento da indústria aeroespacial do país.

Performance e poderio bélico

Segundo os especialistas ouvidos, os três modelos são bastante parecidos.

"Nenhum dos três caças tem alguma grande vantagem de desempenho em relação aos demais", diz Caffrey. O Rafale e o FA-18 voam a uma velocidade máxima de 2 mil quilômetros por hora, enquanto o Gripen chega a 1500. Todos os três superam os 3 mil quilômetros de autonomia.

No quesito capacidade de carga bélica (mísseis e bombas que podem carregar), todos são semelhantes também. "Os três caças portam bombas de precisão guiada e avançados mísseis para atingir alvos no ar", explica Caffrey.

Mas o Gripen tem uma vantagem e uma desvantagem nesse quesito. Por ser o menor, o caça sueco pode transportar 6,5 toneladas desse tipo de material, enquanto o francês leva oito e o americano 9,5 toneladas. "Porém ele está sendo desenvolvido para portar uma maior variedade de armamentos do que os outros dois", diz Caffrey.

O fato de o sueco ter apenas um motor contra dois dos concorrentes é visto com reticência por alguns pilotos. Mas Caffrey explica que os motores modernos são extremamente confiáveis. "A Força Aérea Sueca opera a primeira geração do Gripen desde 1997 e estou certo de que eles nunca perderam um caça por causa de problemas no motor", comenta o analista.

Joel Hayward concorda, dizendo que os monomotores são tão confiáveis quanto os demais. Para o reitor do Royal Air Force College, o que realmente deve pesar nessa questão de performance é a função que o caça irá desempenhar.

"Se o objetivo primordial do governo brasileiro é patrulhar a faixa de mar do pré-sal e a Amazônia, ou seja, lidar com alvos no solo, qualquer uma das três aeronaves é perfeitamente capaz. Mas se o país quer estar preparado para se defender de ataques aéreos de outras nações sul-americanas, o modelo francês é certamente o mais adequado", diz Hayward.

O reitor explica que o Rafale tem maior agilidade nas manobras e seus avionics (conjunto de instrumentos de pilotagem e combate) são os mais avançados.

Transferência de tecnologia

O Brasil colocou a transferência de tecnologia como critério essencial nessa negociação. Hayward explica a importância desse aspecto:

"É como quando você compra um computador. Se você não domina os códigos-fonte do processador, será sempre dependente dos avanços que o fabricante conseguir, o que certamente terá um custo alto. Mas se você tem os códigos, pode desenvolver o equipamento por sua própria conta".

Todos os três fabricantes prometem transferir integralmente a tecnologia. Mas na prática pode não ser bem assim. "É muito comum que na hora de vender o produto, as empresas prometam transferir completamente a tecnologia de seus caças. No entanto, depois do contrato assinado, muitas vezes as coisas não transcorrem tão bem", comenta Hayward. Por isso ele crê que a boa relação diplomática entre Brasil e França deve pesar, já que ela pode garantir o cumprimento do contrato.

Os especialistas avisam que também é preciso considerar o grau de desenvolvimento atual de cada aeronave, pois isso indica o quanto o modelo ainda poderá ser explorado pelo Brasil.

Para Caffrey, o FA-18 talvez ofereça a maior garantia de desenvolvimento, porque a Marinha americana ainda vai utilizá-lo por muitos anos e, portanto, investir nele. Quanto ao Gripen NG, que é a nova geração do Gripen original, é o que promete o maior desenvolvimento tecnológico futuro por ser o mais novo.

"Se o Gripen for o escolhido, então o Brasil poderia se tornar um parceiro nos estágios finais do programa de desenvolvimento do caça. Nenhum dos demais concorrentes pode oferecer esse grau de envolvimento", diz Caffrey. Mas Hayward observa que, ao contrário dos rivais, essa nova geração do Gripen ainda não foi testada em combate.

Preço
Um último fator que também pode ser decisivo é o custo das aeronaves. O pacote completo do Gripen deve sair por R$ 5 bilhões, enquanto o do FA-18 custaria R$ 8 bilhões e o do Rafale por R$ 10 bilhões. Além disso, o custo operacional de cada aeronave também varia. Cada hora de vôo do modelo sueco custa US$ 4 mil, incluindo combustível e manutenção, enquanto para os demais esse valor chegaria a US$ 14 mil.

"Supondo uma transferência total de tecnologia e preços semelhantes para os três, eu ficaria com o Rafale da França por ser o melhor caça. Mas se houver realmente uma diferença brutal de preço, aí eu poderia mudar de idéia, pois com os mesmos recursos o Brasil compraria muito mais aeronaves", completa Hayward.

Essa pode ter sido a interpretação da FAB. Em um extenso relatório, a Aeronáutica classificou o Gripen como a melhor opção, levando em conta a performance, o preço e o potencial de transferência de tecnologia.

O poder executivo brasileiro, porém, já havia declarado em setembro do ano passado que o Rafale é o favorito, principalmente porque Brasil e França assinaram uma parceria estratégica no setor militar. Por se tratar de um assunto de segurança nacional, quem dará a palavra final é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#55854 Mensagem por Penguin » Ter Fev 15, 2011 9:34 am

Imagem

Oferta do Rafale esbarra no Congresso americano

Angela Pimenta

Antes favorito na disputa pela venda bilionária de 36 caças para a Força Aérea Brasileira, o avião francês Rafale, da Dassault, agora enfrenta a concorrência acirrada do rival americano, o Hornet F-18, da Boeing. Nas negociações, os franceses têm dito que seu produto é o único que garante a transferência integral de tecnologia ao Brasil, via Embraer.

Mas segundo o blog apurou, os americanos, que também prometem transferência tecnológica, não hesitariam em questionar o argumento francês, indicando que ele tromba em ninguém menos do que o próprio Congresso americano. Isso acontece porque boa parte do recheio do Rafale tem tecnologia americana, como peças, circuitos e software.

Logo, para que essa tecnologia fosse transferida ao Brasil, a Dassault e o governo francês necessitariam da autorização de ninguém menos do que os próprios parlamentares ianques. A seguir, uma lista das empresas americanas fornecedoras do Rafale, segundo o site Airframer, especializado em aviação: Rexnord Aerospace, Goodrich Sensors & Integrated Systems, HiRel Connectors, Avibank Mfg., Eaton Aerospace Phelps Valve, Rexnord Cartriseal, Omega Technologies e Orelube Corporation.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#55855 Mensagem por prp » Ter Fev 15, 2011 10:04 am

Penguin escreveu:
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Oferta do Rafale esbarra no Congresso americano

Angela Pimenta

Antes favorito na disputa pela venda bilionária de 36 caças para a Força Aérea Brasileira, o avião francês Rafale, da Dassault, agora enfrenta a concorrência acirrada do rival americano, o Hornet F-18, da Boeing. Nas negociações, os franceses têm dito que seu produto é o único que garante a transferência integral de tecnologia ao Brasil, via Embraer.

Mas segundo o blog apurou, os americanos, que também prometem transferência tecnológica, não hesitariam em questionar o argumento francês, indicando que ele tromba em ninguém menos do que o próprio Congresso americano. Isso acontece porque boa parte do recheio do Rafale tem tecnologia americana, como peças, circuitos e software.

Logo, para que essa tecnologia fosse transferida ao Brasil, a Dassault e o governo francês necessitariam da autorização de ninguém menos do que os próprios parlamentares ianques. A seguir, uma lista das empresas americanas fornecedoras do Rafale, segundo o site Airframer, especializado em aviação: Rexnord Aerospace, Goodrich Sensors & Integrated Systems, HiRel Connectors, Avibank Mfg., Eaton Aerospace Phelps Valve, Rexnord Cartriseal, Omega Technologies e Orelube Corporation.
Eita sodas, se correr o bicho pega se ficar o bicho come.
De coleira pra coleira eu tô começando achar que devemos é ficar com a original mesmo, é mais barata e dura mais que as shingling da vida.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#55856 Mensagem por Justin Case » Ter Fev 15, 2011 10:54 am

Amigos, bom dia.

Busquei no próprio site Airframer.net e vejam quais são os fornecimentos desses fabricantes para o Rafale:
Rexnord Aerospace: Bearings - Seals & bearings
Goodrich Sensors & Integrated Systems: Sensors/Transducers - Pitot probe; ice detectors; air data total air temperature sensors
HiRel Connectors: Electrical & Electronic Connectors - Connectors, removal crimp and hermetic solder contacts
Avibank Mfg: Fasteners - Pins, bolts, fasteners & accessories
Eaton Aerospace Phelps Valve: Fluid Conveyance Systems - Pumps, valves, level sensors, pressure switches, refuel/defuel manifolds, and couplings
Rexnord Cartriseal: Mechanical Seals - Contacting & non-contacting face and circumferential seals
Omega Technologies: Insertion/Removal Tools - Fastener installation & removal tools; hole drilling & preparation tools
Orelube Corporation: Synthetic Lubricants - Boelube
Como podem ver, são componentes básicos e até consumíveis fornecidos para a indústria aeronáutica em geral, de importância irrelevante na indústria de defesa.
Abraços,

Justin

Edit:
Vejam também a lista de clientes da Rexnord, por exemplo:
Client aircraft programs
Boeing 737 Mechanical Seals - Seals & bearings
Boeing C-17 Globemaster III Mechanical Seals - Seals & bearings
Boeing F/A-18 Super Hornet Ball Bearings - Seals & bearings
Bombardier CRJ200/Challenger 850 Mechanical Seals - Seals & bearings
Dassault Rafale Bearings - Seals & bearings
Embraer ERJ-145 series Mechanical Seals - Seals & bearings
Eurofighter Typhoon Bearings - Seals & bearings
Lockheed Martin F-22 Raptor Mechanical Seals - Seals & bearings
Saab JAS 39 Gripen Mechanical Seals - Seals & bearings




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#55857 Mensagem por Andre Correa » Ter Fev 15, 2011 11:03 am

Mas Justin, qual o motivo da Dassault ter procurado essas empresas?
Seriam itens que poderiam ser imediatamente produzidos no Brasil, por empresas brasileiras, para as 36 primeiras aeronaves, na vitória do Rafale?
Realmente vendo, parecem ser itens básicos como conectores, válvulas, sondas, etc...

Uma outra pergunta:
Hoje o Rafale tem um alto custo de manutenção, na relação hora/voo, para o nosso padrão, mesmo pensando em mudanças, mas, a pergunta é: poderiam diminuir com a produção local das peças? Não sei como os custos são calculados hoje, mas acredito que há uma grande diferença entre as peças que precisam vir da França, como no caso dos M2k, e poder buscá-las no Brasil mesmo...
Uma forma de reduzir os custos também seria com o GF isentando de impostos essas empresas ligadas directamente a produção de material de defesa exclusivamente ao GF.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#55858 Mensagem por WalterGaudério » Ter Fev 15, 2011 11:11 am

Justin Case escreveu:Amigos, bom dia.

Busquei no próprio site Airframer.net e vejam quais são os fornecimentos desses fabricantes para o Rafale:
Rexnord Aerospace: Bearings - Seals & bearings
Goodrich Sensors & Integrated Systems: Sensors/Transducers - Pitot probe; ice detectors; air data total air temperature sensors
HiRel Connectors: Electrical & Electronic Connectors - Connectors, removal crimp and hermetic solder contacts
Avibank Mfg: Fasteners - Pins, bolts, fasteners & accessories
Eaton Aerospace Phelps Valve: Fluid Conveyance Systems - Pumps, valves, level sensors, pressure switches, refuel/defuel manifolds, and couplings
Rexnord Cartriseal: Mechanical Seals - Contacting & non-contacting face and circumferential seals
Omega Technologies: Insertion/Removal Tools - Fastener installation & removal tools; hole drilling & preparation tools
Orelube Corporation: Synthetic Lubricants - Boelube
Como podem ver, são componentes básicos e até consumíveis fornecidos para a indústria aeronáutica em geral, de importância irrelevante na indústria de defesa.
Abraços,

Justin

Edit:
Vejam também a lista de clientes da Rexnord, por exemplo:
Client aircraft programs
Boeing 737 Mechanical Seals - Seals & bearings
Boeing C-17 Globemaster III Mechanical Seals - Seals & bearings
Boeing F/A-18 Super Hornet Ball Bearings - Seals & bearings
Bombardier CRJ200/Challenger 850 Mechanical Seals - Seals & bearings
Dassault Rafale Bearings - Seals & bearings
Embraer ERJ-145 series Mechanical Seals - Seals & bearings
Eurofighter Typhoon Bearings - Seals & bearings
Lockheed Martin F-22 Raptor Mechanical Seals - Seals & bearings
Saab JAS 39 Gripen Mechanical Seals - Seals & bearings
Exato. trata-se apenas de cortina de fumaça.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#55859 Mensagem por Justin Case » Ter Fev 15, 2011 11:16 am

alcluiz escreveu:Mas Justin, qual o motivo da Dassault ter procurado essas empresas?
Seriam itens que poderiam ser imediatamente produzidos no Brasil, por empresas brasileiras, para as 36 primeiras aeronaves, na vitória do Rafale?
Realmente vendo, parecem ser itens básicos como conectores, válvulas, sondas, etc...

Uma outra pergunta:
Hoje o Rafale tem um alto custo de manutenção, na relação hora/voo, para o nosso padrão, mesmo pensando em mudanças, mas, a pergunta é: poderiam diminuir com a produção local das peças? Não sei como os custos são calculados hoje, mas acredito que há uma grande diferença entre as peças que precisam vir da França, como no caso dos M2k, e poder buscá-las no Brasil mesmo...
Uma forma de reduzir os custos também seria com o GF isentando de impostos essas empresas ligadas directamente a produção de material de defesa exclusivamente ao GF.
Alcluiz, bom dia.

Acho que a escolha desse componentes é decorrente de análise de custo benefício.
Ninguém iria projetar, testar, industrializar e produzir esses componentes para apenas 36 aeronaves.
São componentes de compra livre no mercado e que não devem estar sujeitos a qualquer tipo de controle governamental (exceto os normais de qualidade).
Abraços,

Justin




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#55860 Mensagem por Túlio » Ter Fev 15, 2011 11:31 am

Nas buenas, essa de fornecedores ianques para o Rafale é BEM nadavê e pessoalmente DUVIDO da necessidade de aprovação do Congresso lá deles para comprar essas peças e partes. Por exemplo, qual delas sofre restrições ITAR? NENHUMA, oras...

Aliás, o SUPER TUCANO tem sim restrições ITAR: vamos parar de comprar Super Tucano então? 8-]




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