Mundo Árabe em Ebulição
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- kekosam
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Sim, segundo o site do Terra, o Exército vai dissolver o parlamento também. Acredito que teremos algo transitório com os militares e eleições gerais em breve.
Assinatura? Estou vendo com meu advogado...
- FOXTROT
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
terra.com.br
Hezbollah felicita o povo egípcio por sua vitória histórica
11 de fevereiro de 2011
O Hezbollah libanês felicitou o povo egípcio por sua "vitória histórica" depois da renúncia do presidente Hosni Mubarak, um anúncio que foi comemorado nas ruas de Beirute com buzinaços e fogos de artifício.
"O Hezbollah parabeniza o grande povo do Egito por esta histórica e honrosa vitória, que é o resultado direto de sua revolução pioneira", afirma o comunicado divulgado pelo grupo.
Hezbollah felicita o povo egípcio por sua vitória histórica
11 de fevereiro de 2011
O Hezbollah libanês felicitou o povo egípcio por sua "vitória histórica" depois da renúncia do presidente Hosni Mubarak, um anúncio que foi comemorado nas ruas de Beirute com buzinaços e fogos de artifício.
"O Hezbollah parabeniza o grande povo do Egito por esta histórica e honrosa vitória, que é o resultado direto de sua revolução pioneira", afirma o comunicado divulgado pelo grupo.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- marcelo l.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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- marcelo l.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Há quem diga que o Egito com o financiamento da Arabia Saudita tinha enviado armas para grupos sunitas pró-Hariri...FOXTROT escreveu:terra.com.br
Hezbollah felicita o povo egípcio por sua vitória histórica
11 de fevereiro de 2011
O Hezbollah libanês felicitou o povo egípcio por sua "vitória histórica" depois da renúncia do presidente Hosni Mubarak, um anúncio que foi comemorado nas ruas de Beirute com buzinaços e fogos de artifício.
"O Hezbollah parabeniza o grande povo do Egito por esta histórica e honrosa vitória, que é o resultado direto de sua revolução pioneira", afirma o comunicado divulgado pelo grupo.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Parabéns ao povo egípcio.
Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Excelente assinatura, Don Pascual!
Conheço o cartunista, Carlos Latuff, talento e gente finíssima!!
[]'s.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Só quero ver se a tal democracia vai ser felicitada quando a irmandade muçulmana chegar ao poder.
- marcelo l.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Vale a pena ver as fotos sempre do Boston Globe...agora alguém viu uma bandeira da Irmandade??
ttp://www.boston.com/bigpicture/2011/02/egypt_the_wait.html
ttp://www.boston.com/bigpicture/2011/02/egypt_the_wait.html
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Dei uma mexida no texto quando fiz uma tradução rápida...a escolha da palavra captura para seizing vem mais do que penso do momento.
http://chrisblattman.com/
Chris Blattman
Eu tenho duas reflexões sobre os eventos desta semana e passada.
Cinco anos a partir de agora, vai lá, quer seja muito estável ou um regime muito instável no Egito. O regime poderá ser relativamente aberto e secular, ou ele poderá olhar como uma teocracia. Qualquer coisa parece ser possível.
Meu primeiro pensamento é que só uma coisa é certa: os analistas olharão para os eventos de hoje e dizer "esse evento e tal provocou a confusão em que estamos hoje" ou "podemos agradecer fulano de acção para o vemos agora ".
Nós gostamos de ver o mundo de uma visão determinista, onde as causas levam a efeitos. Parece que estamos conectados a pensar em narrativas. Um mundo probabilístico, onde os resultados são motivados por eventos invisíveis ou azar, é algo incompreensível.
Este é a maior falácia política. Em minha mente, em momentos como estes, qualquer resultado é possível. Há uma dúzia de equilíbrios possíveis para que o sistema pode se mover. Atos impalpável e improvável vão empurrar o Egito em uma direção ou outra. Esse é o caráter terrível e espantosa desses momentos. Egípcios e americanos e qualquer outra pessoa com uma participação neste evento vai fazer bem de recordar ele nas próximas semanas e anos.
Há algumas semanas, reagindo à Côte d'Ivoire e os planos de fora "ambiciosa para mudança de regime, eu escrevi que a mudança democrática tem que vir de dentro, não fora. Eu apontei para Claude Ake, um cientista político nigeriano, que lembrou que a democracia nunca é dada, ela deve ser aproveitada.
Manifestantes no Egito fizeram hoje a "captura" do momento. Isto leva-me a minha segunda reflexão: Ela continua a ser visto como logo a captura" se traduzirá em democracia. A menor distância entre a autocracia ea democracia não é necessariamente uma linha reta.
Não leia isso como reprovação dos acontecimentos. Tanto quanto eu medo para o futuro próximo do Egito, não vejo outro caminho para a emancipação do que a que eles tomaram.
Nós só precisamos lembrar que o mundo já viu muito poucas revoluções de veludo. O caminho mais usual é vento sangrento e cheio de recuos. Hoje, a luta não foi ganha. Ela apenas começou.
http://chrisblattman.com/
Chris Blattman
Eu tenho duas reflexões sobre os eventos desta semana e passada.
Cinco anos a partir de agora, vai lá, quer seja muito estável ou um regime muito instável no Egito. O regime poderá ser relativamente aberto e secular, ou ele poderá olhar como uma teocracia. Qualquer coisa parece ser possível.
Meu primeiro pensamento é que só uma coisa é certa: os analistas olharão para os eventos de hoje e dizer "esse evento e tal provocou a confusão em que estamos hoje" ou "podemos agradecer fulano de acção para o vemos agora ".
Nós gostamos de ver o mundo de uma visão determinista, onde as causas levam a efeitos. Parece que estamos conectados a pensar em narrativas. Um mundo probabilístico, onde os resultados são motivados por eventos invisíveis ou azar, é algo incompreensível.
Este é a maior falácia política. Em minha mente, em momentos como estes, qualquer resultado é possível. Há uma dúzia de equilíbrios possíveis para que o sistema pode se mover. Atos impalpável e improvável vão empurrar o Egito em uma direção ou outra. Esse é o caráter terrível e espantosa desses momentos. Egípcios e americanos e qualquer outra pessoa com uma participação neste evento vai fazer bem de recordar ele nas próximas semanas e anos.
Há algumas semanas, reagindo à Côte d'Ivoire e os planos de fora "ambiciosa para mudança de regime, eu escrevi que a mudança democrática tem que vir de dentro, não fora. Eu apontei para Claude Ake, um cientista político nigeriano, que lembrou que a democracia nunca é dada, ela deve ser aproveitada.
Manifestantes no Egito fizeram hoje a "captura" do momento. Isto leva-me a minha segunda reflexão: Ela continua a ser visto como logo a captura" se traduzirá em democracia. A menor distância entre a autocracia ea democracia não é necessariamente uma linha reta.
Não leia isso como reprovação dos acontecimentos. Tanto quanto eu medo para o futuro próximo do Egito, não vejo outro caminho para a emancipação do que a que eles tomaram.
Nós só precisamos lembrar que o mundo já viu muito poucas revoluções de veludo. O caminho mais usual é vento sangrento e cheio de recuos. Hoje, a luta não foi ganha. Ela apenas começou.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Efeito dominó???
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http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... o_rp.shtml
Polícia se prepara para conter protesto contra governo da Argélia
Mais de 20 mil integrantes da polícia de choque foram deslocados neste sábado para a capital da Argélia, Argel, enquanto manifestantes começam a se reunir para um protesto em defesa de reformas democráticas no país.
Relatos dão conta que centenas de pessoas já chegaram ao centro da capital, gritando palavras de ordem contra o presidente do país, Abdelaziz Bouteflika, exigindo melhores condições de vida e maior liberdade.
Partidários de Bouteflika também estão se organizando e se reunindo nas ruas de Argel.
A polícia já posicionou veículos blindados e canhões d'água no centro da cidade, além de bloquear ruas e estradas de acesso para evitar a chegada de ônibus com mais manifestantes.
Grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que dezenas de manifestantes já foram detidos pelas forças de segurança.
Na noite dessa sexta-feira, a polícia interveio quando uma multidão tomou as ruas para comemorar a saída do presidente egípcio, Hosni Mubarak. Os recentes protestos no Cairo e na Tunísia são tidos como os eventos que inspiraram a mobilização dos argelinos contra o governo.
Argel já teve confrontos entre manifestantes e policiais em janeiro deste ano, em meio a protestos contra o desemprego, os preços dos alimentos e as más condições de moradia.
Os protestos populares são proibidos na Argélia devido a um estado de emergência que dura desde a guerra civil de 1992. No início de fevereiro, o presidente afirmou que esta situação seria suspensa "em um futuro muito próximo".
Bouteflika fez a declaração em uma reunião com ministros, segundo a mídia estatal. Ele afirmou que os protestos seriam tolerados em qualquer parte do país, menos na capital.
Repressão
Segundo a correspondente da BBC em Argel Chloe Arnold, a situação na Argélia é semelhante à de outros países árabes, como o Egito. Bouteflika, 73 anos, está na Presidência desde 1999 e é acusado por muitos de se manter no poder por meio de um regime repressivo.
Além disto, segundo Arnold, uma grande quantidade de cidadãos abaixo dos 30 anos está sem emprego e enfrentando problemas sérios de habitação.
A corrupção disseminada no governo e a baixíssima qualidade dos serviços públicos também aumentam a insatisfação dos argelinos.
Nos anos 1990, a política na Argélia foi dominada por uma luta entre os militares e grupos muçulmanos. Em 1992, uma eleição geral vencida por um partido islâmico foi anulada, levando a uma sangrenta guerra civil que deixou mais de 150 mil mortos.
A correspondente da BBC acredita que a lembrança deste conflito, em que pessoas eram decapitadas em plena luz do dia, pode "diminuir o apetite dos argelinos por um levante político".
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http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... o_rp.shtml
Polícia se prepara para conter protesto contra governo da Argélia
Mais de 20 mil integrantes da polícia de choque foram deslocados neste sábado para a capital da Argélia, Argel, enquanto manifestantes começam a se reunir para um protesto em defesa de reformas democráticas no país.
Relatos dão conta que centenas de pessoas já chegaram ao centro da capital, gritando palavras de ordem contra o presidente do país, Abdelaziz Bouteflika, exigindo melhores condições de vida e maior liberdade.
Partidários de Bouteflika também estão se organizando e se reunindo nas ruas de Argel.
A polícia já posicionou veículos blindados e canhões d'água no centro da cidade, além de bloquear ruas e estradas de acesso para evitar a chegada de ônibus com mais manifestantes.
Grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que dezenas de manifestantes já foram detidos pelas forças de segurança.
Na noite dessa sexta-feira, a polícia interveio quando uma multidão tomou as ruas para comemorar a saída do presidente egípcio, Hosni Mubarak. Os recentes protestos no Cairo e na Tunísia são tidos como os eventos que inspiraram a mobilização dos argelinos contra o governo.
Argel já teve confrontos entre manifestantes e policiais em janeiro deste ano, em meio a protestos contra o desemprego, os preços dos alimentos e as más condições de moradia.
Os protestos populares são proibidos na Argélia devido a um estado de emergência que dura desde a guerra civil de 1992. No início de fevereiro, o presidente afirmou que esta situação seria suspensa "em um futuro muito próximo".
Bouteflika fez a declaração em uma reunião com ministros, segundo a mídia estatal. Ele afirmou que os protestos seriam tolerados em qualquer parte do país, menos na capital.
Repressão
Segundo a correspondente da BBC em Argel Chloe Arnold, a situação na Argélia é semelhante à de outros países árabes, como o Egito. Bouteflika, 73 anos, está na Presidência desde 1999 e é acusado por muitos de se manter no poder por meio de um regime repressivo.
Além disto, segundo Arnold, uma grande quantidade de cidadãos abaixo dos 30 anos está sem emprego e enfrentando problemas sérios de habitação.
A corrupção disseminada no governo e a baixíssima qualidade dos serviços públicos também aumentam a insatisfação dos argelinos.
Nos anos 1990, a política na Argélia foi dominada por uma luta entre os militares e grupos muçulmanos. Em 1992, uma eleição geral vencida por um partido islâmico foi anulada, levando a uma sangrenta guerra civil que deixou mais de 150 mil mortos.
A correspondente da BBC acredita que a lembrança deste conflito, em que pessoas eram decapitadas em plena luz do dia, pode "diminuir o apetite dos argelinos por um levante político".
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Não falta muito para aparecer um Saladino: Europeus, tremei!
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
- Túlio
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Detalhe: será que o hôme é pé-frio mesmo?
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)