Mundo Árabe em Ebulição

[FOXTROT]

Irresponsabilidade do exercito que cerca a praça, os partidários de Mubarak que encontrassem outra praça, ali era previsível que as coisas não terminariam bem.
----------------------------------------------------------------------------------------------
terra.com.br

Enfrentamentos deixam centenas de feridos no Cairo
02 de fevereiro de 2011

Centenas de pessoas que protestavam contra o presidente Hosni Mubarak foram feridas a pedradas em confrontos com partidários do regime nesta quarta-feira. Apoiadores do governante atiraram blocos de pedra sobre os manifestantes da oposição, do telhado de prédios que dão para a praça Tahrir, que se tornou um campo de batalha entre os dois lados.

Os enfrentamentos começaram depois que o exército não impediu que cerca de 500 partidários de Mubarak, alguns em cima de cavalos e camelos, entrassem na praça Tahrir. Eles foram recebidos a pedradas. Alguns foram retirados de cima dos animais e espancados, e por fim expulsos da praça. A oposição acusou policiais à paisana de se infiltrar no protesto.

"O PND (Partido Nacional Democrata) pró-Mubarak e a polícia secreta vestida à paisana invadiram a praça para acabar com o protesto", afirmou o manifestante Mohammed Zomor, 63 anos, de acordo com a agência AFP. Uma testemunha citada pela agência Reuters viu dezenas de feridos sendo removidos do local, alguns com sangue escorrendo da cabeça.

Segundo imagens da rede Al Jazeera, manifestantes contrários a Mubarak tomaram as identidades dos apoiadores de Mubarak mostrando que tratavam-se, na verdade, de policiais à paisana. Já a rede CNN informou que o jornalista Anderson Cooper foi agredido por manifestantes pró-governo. "Anderson disse que ele foi socado dez vezes", relatou Steve Brusk, da rede americana.

Um repórter da Al-Jazeera que relatava os conflitos no Twitter afirmou que calçadas estavam sendo quebradas para que suas pedras fossem utilizadas nos confrontos. "Pessoas na minha frente estavam quebrando o pavimento em pedaços que pudessem utilizados como armas. Outros carregaram pedaços rudimentares de metal", relatou o jornalista Dan Nolan em seu perfil no serviço de microblogs.

Tensão
Havia milhares de partidários de Mubarak cercando os arredores da praça Tahrir, em alguns casos em barcos no rio Nilo. Em uma rua do bairro de Mohandesin, milhares de manifestantes que apoiam Mubarak se reuniram em frente a uma mesquita e bloquearam a região. Eles cantavam slogans como "Não à manifestação, não à destruição", "Abaixo os agentes" e "Mubarak, o piloto, não deixe o fogo se acender".

Só houve um momento de paz, em alguns locais da praça, coincidindo com o chamado à oração, na qual participaram fileiras muitos fiéis, olhando em direção a Meca. Mas em outros setores da praça a chamada à oração não se respeitou. É a primeira vez desde o início dos protestos no Egito que partidários de Mubarak entram na praça Tahrir.

Horas antes, o exército havia feito um apelo pedindo às pessoas que abandonassem as manifestações e voltassem para casa. "O exército pede aos manifestantes que retornem a suas casas para restabelecer a segurança e a estabilidade nas ruas", declarou o porta-voz militar. Durante os confrontos, os militares permaneceram em seus tanques.

Apesar da violência registrada hoje, a oposição egípcia vai manter a mobilização contra Mubarak. "Vamos protestar na sexta-feira, que foi batizado de 'Dia da Saída', e esperamos mais de um milhão de pessoas nas ruas de todo o Egito para exigir a queda do regime", disse à AFP Iman Hasan, de um grupo de apoio ao líder opositor Mohamed ElBaradei.

[rodrigo]

Meus prezados, colegas. os EUA dão uma Ajuda, de 1,5 bilhão. para o Egito. Para um país como o Egito isso é uma merreca....uma grana tão micha... para um país como o Egito, isso me parece que isso é mais a título de suborno do que para ajuda militar.

Não dá para equipar ou manter um forte exercito. com essa mixaria. O Egito não precisa da esmola americana para equipar suas forças armadas.

O Egito moderno sempre precisou de padrinho. Primeiro foi a União Soviética, que mandou navios carregados de carros de combate, e mais caças do que a força aérea tinha de pilotos. Chegou até mesmo a mandar gente própria combater, principalmente depois que viram que o Egito não tinha condições de enfrentar Israel. No auge do conflito, em 73, os soviéticos tiveram até que ameaçar entrar no conflito, depois que, mesmo com superioridade numérica, elemento surpresa e pessoal soviético, estavam perdendo de virada com ameaça de invasão do Cairo. Após ser derrotado, o Egito chegou à conclusão que a União Soviética era uma potência meia bomba, e que a única forma de recuperar o Sinai era através de acordo. Os americanos intermediaram o acordo, e em troca forneceram armamento que praticamente transformaram as forças armadas do Egito em uma potência militar. São centenas de carros de combate M1, que podem ser visto patrulhando as ruas do Cairo no meio dos protestos, além de mais de 200 caças F-16. Tudo isso pode ser jogado fora, pois um país que vive na miséria, e que acaba de perder o turismo como atividade econômica, não sustenta essas forças armadas sem padrinho.

[prp]

O Obama é um comédia mesmo, balança os beices na TV e acha que resolve tudo. Puts.

[pt]

Só para acrescentar ao que foi dito antes pelo rodrigo, mais de 90% da ajuda militar americana é para o exército.
Explica-se agora o porquê da ajuda americana.
O exército em última instância é quem aguentará a situação.

Outra nota:
Os americanos foram claros quando o presidente disse que a mudança tem que ser urgente.
O Obama disse que a movimentação nas ruas era um exemplo de civismo e em Israel já dizem que o Obama traiu o Mubarak.

A ideia de que os americanos apoiam o Mubarak ouy mandam nele, é um bocado exagerada.
Os americanos têm boas relações com o exército e o exército que manter essas relações com os americanos.


A outra coisa que me pergunto, é o que vai o Egipto fazer com a economia e como é possível conseguir níveis de crescimento económico mais altos que os que eles já mostram.
Eles têm um problema de repartição da riqueza, não um problema de crescimento económico.

O crescimento económico fica concentrado nas mãos de um numero reduzido de pessoas, enquanto que o resto da população aumenta de forma não controlada.

[Enlil]

Sem dúvida Foxtroop! Os nossos camaradas brasileiros preocupam-se muito com as ameaças dos EUA. Tem a sua razão, é certo, mas não conseguem ver a ameaça para a sua cultura que é o fundamentalismo Islâmico. Estão com a mentalidade da Europa de à uns 20 anos atrás.

São tão infiéis como nós, ou até mais, aos olhos de um radical islâmico.

Será? Acho bem improvável. O Brasil é um país ocidental mas no entanto sua relação histórica com o Oriente Médio é MUITO diferente. A questão fundamental é q a anarquia do Oriente Médio é fruto da colonização, da maneira como houve a descolonização, interesses geopolíticos e econômicos diretamente relacionados a potências européias e aos EUA. Não trata-se de pura e simples "questão cultural", um mero subterfúgio discursivo, mas sim foco em a quem de fato interessa o atual statu quo no Oriente Médio, quem apoiou e ajudou a reproduzir décadas de governos ditatoriais, petroditaduras ou petromonarquias. Questão de direitos humanos e liberdade não é numerologia, não interessa quem persegue ou mata mais ou menos, ou porque motivo. Ditadura e Teocracia são isso mesmo, no entanto muitos hipócrita e oportunisticamente gostam de eufemismos como "ditamoles", "maus necessários", "poderá(ia) ser pior".... Aliás, é o discurso de legitimação de todo governo ilegítimo e repressivo: estamos evitando "maus piores", "apenas para proteger nossa sociedade"...



[].

[pt]

Será? Acho bem improvável. O Brasil é um país ocidental mas no entanto sua relação histórica com o Oriente Médio é MUITO diferente.

Sim, é muito diferente, não tem uma...

Meu caro, o extremismo islâmico só não atacará o Brasil, se o Brasil ficar calado e fechar o bico.
Bastou a Dilma falar um bocado sobre o regime iraniano, e o maniaco louco de Teerão já puxou as orelhas ao governo brasileiro e o Paulo Coelho já foi censurado pelos fanáticos islâmicos.
A mensagem do mouro terrorista foi clara:
Cala o bico, brazuca !

A única coisa que protege o Brasil é uma diplomacia "Low Profile" e o facto de praticamente a relação com os árabes se ficar pelos refugiados da Siria e da Turquia que emigraram para o Brasil e que você encontra nos restaurantes de comida árabe em São Paulo.
O Brasil não é só ocidental, em muitos aspectos é mais ocidental e com costumes mais liberais que a própria américa, país que tem muito mais fundamentalistas cristãos.

Outra coisa que protege o Brasil, é que embora muitos dos costumes deixem os aiatolás, os muftis e os Emires do crentes com dor de barriga e diarreia, eles não têm tempo para os desvios e os atentados contra Alá, que são cometidos do outro lado do Atlântico.
Eles sabem, que enquanto existir América, o mundo ocidental será dificil de atacar no seu conjunto.
= = = =





Entretanto, no Egipto, e segundo a BBC, o exército lançou um ultimatum aos protestantes anti Mubarak para que saiam das ruas...
Parece ser uma ordem...

Or Else...

[Rock n Roll]

A frase de Marx é: A historia se repete como farsa.

Está no 18 do Brumário de Luis Bonaparte.

Abraços!

Amplexos idem Mestre Hader.
Mas, para engrossar o caldo do debate...
O problema básico no Egito chama-se distribuição de renda !!! Muito parecido com fases de vários países, inclusive aqui,
onde a melhor opção para os jovens durante algum tempo era o aeroporto.
A chave do problema está no quanto a oposição está respaldada por uma população que, quer avançar para índices modestos,
porém inexistentes, de consumo e desenvolvimento.
O Egito é um páís rico com um povo de maioria de pobres e de uma classe média espremida em vário sentidos. Essa classe média
é secular, progressista, e quer os confortos do consumo que a ditadura corrupta não dá. Nem em perspectiva.
Essa mudança genuinamente popular está colocando TODOS OS REGIMES DE LÍNGUA ÁRABE EM POLVOROSA. Nenhum deles é
democrático. E todos, sem exceção se locupletaram dos petrodólares sem devolver nada a maioria da população.
Com RARÍSSIMAS EXCEÇÕES, e mesmo essas, não são democracias.
Ao final da 1ª Guerra o Sr. Sykes e o Gen. Picot se reuniram para dividir o Oriente Médio entre Inglaterra e França, e de quebra, inventarem meia dúzia de países conforme seus interesses e aliados. O Gen. Picot fez questão de visitar o túmulo de Saladino, na atual Síria. Ao chegar lá se aproximou bem pertinho do túmulo e disse " Saladino, VOLTAMOS ". Há testemunhas.
Sobre o genocídio dos Armênios pelos Turcos, bien/well, nem uma palavra. O ex-império otomano tinha acabado de se tornar cliente do ocidente...

Debater é Preciso.

[PRick]

Entretanto, teve inicio uma batalha campal entre apoiantes do Mubarak e os manifestantes contrários ao governo.

As notícias são contraditórias, há quem refira 200 mortos, outros afirmam que já morreram 24 pessoas. Várias ambulâncias estão a ser enviadas para a área dos recontros.

Muita gente tem telefonado para as televisões, a pedir que as pessoas compreendam que Mubarak já aceitou sair, e que em nome da estabilidade, se deve esperar o tempo necessário até Setembro.

Os distintos grupos de opositores começam a mostrar as diferenças.

Muita gente aceita a saida do presidente e aceita esperar, mas os sectores mais extremistas acreditam que podem derrubar o presidente na próxima sexta-feira.

Mubarak, afirmou que morreria no Egipto, o que foi uma indicação de que não aceita o mesmo destino do presidente da Tunisia.

Não existe nada a favor de Mubarak, isso é só armação, são capangas pagos para criar incidentes, bem a moda dos capachos democratas dos EUA no Oriente Médio.

[]´s

[pt]

Bom, se houvesse moda, seria a moda inventada no Irão na última vaga de assassinatos, quando o povo tentou exigir o respeito pelos resultados eleitorais.

Seria uma criancice acreditar que nestas movimentações está toda a gente de um lado e ninguém do outro.

Essa dos capangas foi inventada. Várias estações de televisão mostraram que os próprios donos de camelos protestaram a favor do Mubarak, porque sem turismo não há comida e estas manifestações destruíram outra vez o turismo.
Temos que ter muito cuidado com o que os árabes nos mostram. Não há povo com mais capacidade para a tentar enganar e não é só nas bugigangas que eles vendem nos bazares do Cairo.

Há uns anos os fanáticos islâmicos já tinham assassinado turistas com o objectivo de destuir a principal industria egipcia, e eles agora vêm nesta confusão mais uma fonte de problemas. É apenas natural que haja gente que prefere alguma estabilidade em vez de uma mão cheia de coisa nenhuma.

O que acontece é que, embora haja apoiantes do Mubarak, eles são muito menos que os que o querem ver fora.

[marcelo l.]

http://agenciabrasil.ebc.com.br/home;js ... Id=3179911

Embaixador brasileiro no Cairo não crê em transição tranquila de poder no Egito

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Há nove anos morando em países muçulmanos, o embaixador do Brasil no Egito, Cesário Melantonio Neto, descartou hoje (2), em entrevista à Agência Brasil, a possibilidade de uma revolução islâmica no país, a exemplo do que ocorreu no Irã, em 1979. Mas o diplomata alertou que a tensão nas cidades egípcias aumenta a cada dia e que é impossível prever o fim da crise política decorrente das manifestações que exigem a renúncia do presidente do Egito, Hosni Mubarak.

O embaixador advertiu que a pressão da comunidade internacional por um processo de transição democrático e pacífico não encontra eco no Egito. “A expectativa da comunidade internacional não corresponde à realidade que ocorre aqui”, disse. "É impossível prever qualquer coisa em meio a esta situação".

A seguir, os principais trechos da entrevista do embaixador Melantonio Neto.

Agência Brasil – É impressão ou a situação está mais tensa hoje (2) do que ontem e há uma semana?

Melantonio Neto – Aumentou muito a tensão. Até ontem (1º), o Exército estava controlando a circulação de pessoas portando armas, mas hoje isso não ocorreu. Pessoas armadas com facas, pedras e até porretes estavam na Praça Tahrir, no centro do Cairo. Também é muito estranho que, no mesmo momento que havia uma manifestação no Cairo, ocorriam outras no restante do país. É um movimento organizado e isso está claro.

ABR – Os brasileiros que se programaram para viajar para o Egito podem manter os planos? Qual é o seu prognóstico sobre o que vai ocorrer?

Melantonio Neto – É impossível prever qualquer coisa em meio a esta situação que está aqui. É impossível dizer quando tudo isso vai acabar. Deve-se analisar dia após dia. Em relação aos planos de viagem para o Egito, o Itamaraty desaconselha as viagens, até porque os monumentos, museus e tudo mais estão fechados à visitação pública [por questão de segurança].

ABR – Há informações de que pode ocorrer uma revolução islâmica no Egito, o senhor acredita nisso?

Melantonio Neto - Eu conheço bem o Irã e a Turquia, pois vivi nesses dois países. Já estou vivendo nos países muçulmanos há nove anos e posso dizer que não há semelhança alguma entre a Revolução Islâmica do Irã [em 1979] com o que está acontecendo aqui. O Irã é xiita, ramo do Islamismo que se envolve com as questões de Estado, enquanto o Egito é sunita, mais ligado aos temas de família e sociedade. Portanto, há diferenças que devem ser consideradas. Não é verdade que a Fraternidade Islâmica queira dominar o processo político, tanto é que o escolhido como porta-voz da oposição é [o prêmio Nobel da Paz] Mohamed Elbaradei.

ABR – Especula-se que Elbaradei será o novo presidente do Egito. Isso procede?

Melantonio Neto – Não é possível fazer afirmação alguma sobre isso, pois a oposição egípcia também tem vários nomes de destaque como Yusif Ali Nur, que perdeu a quinta eleição para o presidente Mubarak e passou a ser um crítico. Foi preso e passou anos na prisão. Portanto, é preciso esperar para opinar.

ABR – A comunidade internacional defende uma transição democrática e pacífica, há condições para isso ocorrer?

Melantonio Neto – A expectativa da comunidade internacional não corresponde à realidade que ocorre aqui no Egito. Ontem, a oposição esperava que o presidente Hosni Mubarak anunciasse a renúncia, e não que comunicasse sua permanência até a posse do novo presidente, que só ocorrerá em dezembro. Ou seja: Mubarak foi à televisão dizer que vai ficar no poder mais um ano.

ABR – Depois de uma semana de manifestações, há desabastecimento no Egito, falta de combustíveis, comida e água?

Melantonio Neto – Não há desabastecimento. Fiz uma reunião hoje com todos os funcionários para saber justamente isso: se estava faltando algum produto. Não faltam combustíveis, alimentos, nem água. Tenho ido ao comércio também para observar isso.

ABR – O senhor prevê dias difíceis para a economia egípcia depois desses episódios?

Melantonio Neto – Eu prevejo um ano muito difícil para a economia egípcia. A economia egípcia é baseada no comércio, via Canal de Suez [principal rota de comércio entre a Europa e o Oriente Médio], em investimentos estrangeiros e remessas de egípcios que vivem no exterior. Em meio à tensão atual, tudo isso fica ameaçado, aliado à própria situação social existente no Egito, que é uma população jovem, com menos de 30 anos, desempregada e, no geral, com renda de US$ 2 (menos de R$ 4) por dia.

Edição: Vinicius Doria

[Francoorp]

O bom é que todas estas revoluçoes estao acontecendo nas ditaduras apoiadas pelos USA, como foi com o Iran do Xa repressor e assassino... o extremismo esta crescendo invés de diminuir, e essas revoluçoes sao parte do odio religioso e etnico na regiao, e certamente elas também sao uma das consequencias da guerra ao terrorismo, nao ha duvidas a respeito disso!!

A guerra traz sempre consequencias, e agora é esperar que estes povos se libertem da opressao das ditaduras e voltem a ser livres... e nao esquecerao quem apoiou as ditaduras da regiao, e isso pode aumentar ainda mais o odio contra os USA aumentando as filas de voluntarios e predicadores dos grupos extremistas na guerra contra os USA... o caldeirao esta esquentando mais e mais, e tudo consequencia da intromiçao politica, economica e militar dos USA... eles que segurem o balaio deles, foram eles que começaram, nao vi arabe algum ir la nos USA e dizer como eles deveriam viver, o que vi foi uma resposta direta à intromissao dos Yankees em 11/09/2001!

Essa guerra nao é nossa, eles que segurem a confusao com o mundo arabe deles pra la, e boa noite!!! Fodam-se!!

Parece que mais uma vez o tiro saiu pela culatra na guerra pela liberdade e democracia patrocinada pelos USA!

Valeu!!

[PRick]

Muito engraçado ver os que malham o Irã, quererem defender o fantoche dos EUA, o Mubarak! Uma ditadura sangrenta, corrupta que se mantém através da força, agora, nós vemos como esse pessoal gosta de democracia. Espero que o mesmo ocorra na Arábia Saudita e na Jordânia.

[]´s

[Enlil]

Atualizado em 3 de fevereiro, 2011 - 00:31 (Brasília) 02:31 GMT

Manifestantes desafiam governo e violência dispara no centro do Cairo

Os confrontos entre milhares de manifestantes pró e contra o presidente egípcio, Hosni Mubarak, continuaram na madrugada desta quinta-feira na Praça Tahrir, no centro do Cairo, após o dia mais violento desde o início dos protestos.

O governo confirmou que ao menos três pessoas foram mortas e mais de 600 ficaram feridas na quarta-feira, segundo a TV Al-Arabya.

No início da noite, o novo vice-presidente Omar Suleiman reiterou o pedido do Exército para que a população obedecesse ao toque de recolher e voltasse para a casa.

Segundo os correspondentes da BBC no Cairo, era possível ouvir troca de tiros durante a madrugada no centro do Cairo. Os manifestantes também colocaram fogo em diversos pontos da praça.

O protesto, que até então tinha um clima pacífico, se tornou violento na quarta-feira, quando centenas de partidários de Mubarak chegaram ao local da manifestação, que era dominado pelos opositores.

O Exército não reagiu aos violentos choques, apenas atirou para o ar na tentativa de dispersar a multidão.

A ONU afirma que desde o início dos protestos, na semana passada, mais de 300 pessoas morreram.

Toque de recolher

Em pronunciamento à TV estatal do país, Suleiman disse ainda que só iniciará negociações com a oposição quando os protestos conta o governo terminarem.

"(Para o) diálogo com as forças políticas da oposição é necessário que as demonstrações acabam e as ruas egípcias voltem ao normal"

Suleiman, que ocupava o posto de chefe da segurança, foi nomeado vice-presidente na semana passada, no que analistas dizem ter sido uma medida adotada pelo governo de Hosni Mubarak para apaziguar os ânimos dos opositores.

O vice-presidente pediu para que os manifestantes "voltem para suas casas e obedeçam ao toque de recolher".

"Os participantes nas manifestações já transmitiram suas mensagens, tanto pedindo reformas como os que apoiam o presidente Hosni Mubarak."

Pedras

Os milhares de manifestantes anti-Mubarak afirmam que as declarações feitas pelo presidente na terça-feira de que não tentará a reeleição, mas seguirá no poder até setembro, seriam insuficientes. Eles pediam a saída imediata do presidente.

Segundo testemunhas, grupos de manifestantes pró-Mubarak desmontaram barricadas que estavam no local. Houve então discussões e confrontos físicos, e a tensão no local aumentou muito.

Alguns manifestantes pró-Mubarak entraram na praça montados em cavalos e camelos, até serem derrubados e espancados por opositores.

Segundo correspondentes da BBC, pessoas quebravam o concreto das ruas para atirar pedaços contra adversários.

Os conflitos, que também ocorreram em outros locais do centro da capital egípcia, envolveram centenas de pessoas. Os grupos rivais jogavam pedras, tijolos e pedaços de pau uns nos outros.

Os distúrbios já chegaram à cidade de Alexandria, onde apoiadores de Mubarak também saíram às ruas, relata o correspondente da BBC Wyre Davies.

Ao mesmo tempo, um porta-voz do governo reagiu às manifestações, dizendo que o Egito rejeita os apelos internacionais por uma transferência imediata de poder.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... _mdb.shtml

[Enlil]

Atualizado em 2 de fevereiro, 2011 - 16:44 (Brasília) 18:44 GMT

Análise: Revolta no mundo árabe é início de processo longo e incerto

Roger Hardy
Analista de Oriente Médio do Woodrow Wilson Center

A ordem árabe está se desintegrando. Mas se ela entrará em colapso ou se de alguma forma se reinventará é cedo para prever.

Os líderes árabes, do norte da África ao Golfo, em países ricos e pobres, estão no mesmo barco.

Sem exceção, eles presidem autocracias corruptas com pouca ou nenhuma legitimidade aos olhos de seus povos.

Todos eles, agora, assistem aos "dias de revolta" no Egito com crescente apreensão. No destino do debilitado líder egípcio, Hosni Mubarak, 82 anos, eles enxergam seus próprios destinos.

Comentaristas ocidentais estão certos em dizer que os protestos são sobre "eles", e não sobre "nós".

Cumplicidade

A raiva dos manifestantes é, em sua maioria, direcionada para dentro – para uma ordem árabe falida – e não para fora, para Israel, os Estados Unidos ou o Ocidente.

Em sua maioria, mas não inteiramente. O Ocidente é cúmplice da autocracia árabe.

Por décadas, líderes americanos e europeus escolheram a estabilidade em detrimento da democracia. Agora eles estão pagando o preço.

O presidente George W. Bush tentou, brevemente, impor uma "agenda de liberdade" no Oriente Médio, mas ela falhou, e velhos autocratas puderam uma vez mais respirar livremente.

Agora, líderes ocidentais, incluindo Barack Obama, se tornaram meros espectadores enquanto os acontecimentos se sucedem com velocidade rumo a um desfecho que ninguém pode prever.

Modelos

Outros também são espectadores, mesmo que finjam o contrário. O Irã está agindo como se as massas árabes estivessem seguindo, com atraso, o exemplo da revolução Khomeini.

De fato, se os jovens manifestantes têm um modelo – e alguns negam tê-lo –, é a democrática Turquia, e não o teocrático Irã.

Outro espectador é a Al-Qaeda, cuja pretensão de se tornar a voz dos árabes e do descontentamento muçulmano foi alvejada.

A quem o futuro pertence?

Analistas fariam bem em exercitar um pouco a humildade.

Meu palpite, tenha ou não algum valor, é que isso não é o início de uma primavera árabe, mas algo mais confuso e longo.

A velha ordem ainda tem muito a lutar.

A batalha para o futuro árabe está começando. Já que as apostas são altas, a luta será feroz.

Roger Hardy é especialista em políticas públicas do Woodrow Wilson Center, em Washington DC.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... o_jf.shtml

[FOXTROT]

terra.com.br

Maioria dos israelenses teme queda do presidente egípcio
03 de fevereiro de 2011

Para a maioria dos israelenses a queda do presidente egípcio Hosni Mubarak terá consequências negativas para Israel e levará ao poder um "regime islâmico", informa uma pesquisa publicada pelo jornal Yediot Aharonot.

A pesquisa mostra que 65% dos israelenses consideram que para Israel as consequências da queda de Mubarak serão negativas, contra apenas 11% que acreditam em algo positivo.

Além disso, 59% dos israelenses entrevistados acreditam que um "regime islâmico" vai suceder Mubarak no poder, enquanto 21% acreditam em um "regime laico democrático". A pesquisa do instituto Mina-Tzemah-Dahaf ouviu 500 pessoas e tem margem de erro de 4,5%.