WalterGaudério escreveu:Leandro, te digo que não. Desde que o alcance não seja inferior a 40mn(75km aprox.) é incrível a capacidade dos navios modernos se aproximarem uns dos outros, sem que se perceba eletrônicamente.(ainda)
Amigo Walter,
Duvido muitíssimo que em caso de guerra real os navios venham a contar apenas com seus próprios meios de detecção, estes sim limitados aos 75 Km pela curvatura da Terra, para encontrar e rastrear os navios inimigos. Na maioria das vezes eles terão aeronaves embarcadas (Helis e VANT´s) deslocadas à frente pelo menos uma centena de quilômetros fazendo o esclarecimento avançado. Lembro de uma manobra das Inhaúma contra a MCh onde as lanchas rápidas chilenas foram interceptadas pelo heli orgânico da corveta antes de poderem fazer qualquer coisa. Nas malvinas os ingleses pegaram mais de um barco de patrulha assim também, e o mesmo aconteceu no Golfo Pérsico. No mínimo, em situações extremas, haverá navios mais rápidos fazendo piquete e atualizando a situação mais à frente em tempo real através dos links de dados para a força principal, que estará concentrada mais atrás. E até para dar suporte a estes navios avançados os mísseis de maior alcance serão necessários.
Por isso todos os projetos de mísseis atuais tem alcance bem maior que 100 Km, para enfrentar os navios que lançaram as aeronaves, e não ficar apenas se defendendo delas. Veja na tabela do link abaixo que o único míssil anti-navio desenvolvido de 1980 para cá com alcance inferior a 100 Km é o Sea Skua, que é um caso à parte pois só é operado à partir de helicópteros. Mesmo a MB sabe disso, e não esconde de ninguém que quer colocar nos novos navios um míssil com alcance muito maior que o do MAN-1, que em princípio ficará relegado aos navios mais antigos e menores. Pelo menos para para lançamento de superfície ele será um míssil obsoleto para navios obsoletos.
http://en.wikipedia.org/wiki/Anti-ship_missile
grande abraço,
Leandro G. Card