Mundo Árabe em Ebulição
Moderador: Conselho de Moderação
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Mundo Árabe em Ebulição
http://gonzum.com/?p=1997
Robert Fisk: A people defies its ditactor, and a nation’s future is in the balance
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Pode ser o fim. Com certeza é o começo do fim. Em todo o Egito, dezenas de milhares de árabes enfrentaram gás lacrimogêneo, canhões de água, granadas e tiroteio para exigir o fim da ditadura de Hosni Mubarak depois de mais de 30 anos.
Enquanto Cairo mergulha em nuvens de gás lacrimogêneo dos milhares de granadas lançadas contra multidões compactas, era como se a ditadura de Mubarak realmente andasse rumo ao fim. Ninguém, dos que estávamos ontem nas ruas do Cairo, tínhamos nem ideia de por onde andaria Mubarak – que mais tarde apareceria na televisão, para demitir todos seus ministros. Nem encontrei alguém preocupado com Mubarak.
Eram dezenas de milhares, valentes, a maioria pacíficos, mas a violência chocante dos battagi – em árabe, a palavra significa literalmente “bandidos” – uniformizados sem uniforme das milícias de Mubarak, que espancaram, agrediram e feriram manifestantes, enquanto os guardas apenas assistiam e nada fizeram, foi uma desgraça. Esses homens, quase todos dependentes de drogas e ex-policiais, eram ontem a linha de frente do Estado egípcio. Os verdadeiros representantes de Hosni Mubarak.
Num certo momento, havia uma cortina de gás lacrimogêneo por cima das águas do Nilo, enquanto as milícias antitumultos e os manifestantes combatiam sobre as grandes pontes sobre o rio. Incrível. A multidão levantou-se e não mais aceitará a violência, a brutalidade, as prisões, como se essa fosse a parte que lhe coubesse na maior nação árabe do planeta. Os próprios policiais pareciam saber que estavam sendo derrotados. “E o que podemos fazer?” – perguntou-nos um dos guardas das milícias antitumulto. “Cumprimos ordens. Pensam que queremos isso? Esse país está despencando ladeira abaixo.” O governo impôs um toque de recolher noite passada. A multidão ajoelhou-se para rezar, à frente da polícia.
Como se descreve um dia que pode vir a ser página gigante da história do Egito? Os jornalistas devem abandonar as análises e apenas narrar o que aconteceu da manhã à noite, numa das cidades mais antigas do mundo. Então, aí está a história como a anotei, garatujada no meio da multidão que não se rendeu a milhares de policiais uniformizados da cabeça aos pés e e milicianos sem uniforme.
Começou na mesquita Istikama na Praça Giza: um sombrio conjunto de apartamentos de blocos de concreto, e uma fileira de policiais especializados em controle de tumultos que se estendia até o Nilo. Todos sabíamos que Mohamed ElBaradei ali estaria para as orações do meio dia e, de início, parecia que não haveria muita gente. Os policiais fumavam. Se fosse o fim do reinado de Mubarak, aquele começo do fim pouco impressionava.
Mas então, logo que as últimas orações terminaram, uma multidão de fiéis apareceu na rua, andando em direção aos policiais. “Mubarak, Mubarak”, gritavam, “a Arábia Saudita o espera”. Foi quando os canhões de água foram virados na direção da multidão – a polícia estava organizada para atacar os manifestantes, mesmo não sendo atacada. A água atingiu a multidão e em seguida os canhões foram apontados diretamente contra El Baradei, que retrocedeu, encharcado.
El Baradei desembarcara de Viena poucas horas antes, e poucos egípcios creem que chegue a governar o Egito – diz que só veio para ajudar como negociador –, mas foi atacado com brutalidade, uma desgraça. O político egípcio mais conhecido e respeitado, Prêmio Nobel, trabalhou como principal inspetor da Agência Nuclear da ONU, ali, encharcado como gato de rua. Creio que, para Mubarak, El Baradei não passaria de mais um criador de confusão, com sua “agenda oculta” – essa, precisamente, é a linguagem que o governo egípcio fala hoje.
Aí, começaram as granadas de gás lacrimogêneo. Alguns milhares delas, mas algo aconteceu, enquanto eu caminhava ao lado dos lança-granadas. Dos blocos de apartamentos e das ruas à volta, de todas as ruas e ruelas, centenas, depois de milhares de pessoas começaram a aparecer, todas andando em direção à Praça Tahrir. Era o movimento que a polícia queria impedir. Milhares de cidadãos em manifestação no coração da cidade do Cairo dariam a impressão de que o governo já caíra. Já haviam cortado a internet – o que isolou o Egito, do resto do mundo – e todos os sinais de telefonia celular estavam mudos. Não fez diferença.
“Queremos o fim do regime”, gritavam as ruas. Talvez não tenha sido o mais memorável brado revolucionário, mas gritaram e gritaram e repetiram, até derrotar a chuva de granadas de gás lacrimogêneo. Vinham de todos os lados da cidade do Cairo, chegavam sem parar, jovens de classe média de Gazira, os pobres das favelas de Beaulak al-Daqrour, todos marchando pelas pontes sobre o Nilo, como um exército. Acho que sim, são um exército.
A chuva de granadas de gás continuava sobre eles. Tossiam e esfregavam os olhos e continuavam andando. Muitos cobriram a cabeça e a boca com casacos e camisetas, passando em fila pela frente de uma loja de sucos, onde o dono esguichava limonada diretamente na boca dos passantes. Suco de limão – antídoto contra os efeitos do gás lacrimogêneo – escorria pela calçada e descia pelo esgoto.
Foi no Cairo, claro, mas protestos idênticos aconteceram por todo o Egito, como em Suez, onde já há 13 egípcios mortos.
As manifestações não começaram só nas mesquitas, mas também nas igrejas coptas. “Sou cristão, mas antes sou egípcio” – disse-me um homem, Mina. “Quero que Mubarak se vá!” E foi quando apareceram os primeiros bataggi sem uniforme, abrindo caminho até a frente das fileiras da polícia uniformizada, para atacar os manifestantes. Estavam armados com cassetetes de metal – onde conseguiram? – e barras de ferro, e poderão ser julgados e condenados por agressão grave e assassinato, se o regime de Mubarak cair. São pervertidos. Vi um homem chicotear um jovem pelas costas, com um longo cabo amarelo. O rapaz gritou de dor. Por toda a cidade, os policiais uniformizados andam em pelotões, o sol refletindo no visor dos capacetes. A multidão já deveria ter sido intimidada, àquela altura, mas a polícia parecia feia, como pássaros encapuzados. E os manifestantes alcançaram a calçada da margem leste do Nilo.
Alguns turistas foram colhidos de surpresa no meio do espetáculo – vi três senhoras de meia idade, numa das pontes do Nilo (os hotéis, claro, não informaram os hóspedes sobre o que estava acontecendo –, mas a polícia decidiu que fecharia a extremidade leste do viaduto. Dividiram-se outra vez, para deixar passar as milícias não uniformizadas, e esses brutamontes atacaram a primeira fileira dos manifestantes. E foi quando choveu a maior quantidade de granadas de gás, centenas de granadas, em vários pontos, contra a multidão que andava sem parar por todas as grandes vias, em direção cidade. Os olhos ardem, e tosse-se horrivelmente, até perder o fôlego. Alguns homens vomitavam nas soleiras das portas fechadas das lojas.
O fogo começou, ao que se sabe, noite passada, na sede do NDP, Partido Democrático Nacional, partido de Mubarak. O governo impôs um toque de recolher, e há relatos de tropas na cidade, sinal grave de que a polícia pode ter perdido o controle dos acontecimentos. Nos abrigamos no velho Café Riche, perto da Praça Telaat Harb, restaurante e bar minúsculo, com garçons vestidos de azul; e ali, tomando café, estava o grande escritor egípcio Ibrahim Abdul Meguid, bem ali à nossa frente. Foi como dar de cara com Tolstoi, almoçando em plena revolução russa. “Mubarak está sem reação!” – festejou ele. “É como se nada estivesse acontecendo. Mas vai, agora vai. O povo fará acontecer!” Sentamos, ainda tossindo e chorando por causa do gás. Foi desses instantes memoráveis, que acontecem mais em filmes que na vida real.
E havia um velho na calçada, cobrindo os olhos com a mão. Coronel da reserva Weaam Salim do exército do Egito, que saiu para a rua com todas as suas medalhas da guerra de 1967 contra Israel – que o Egito perdeu – e da guerra de 1973 que, para o coronel, o Egito venceu. “Estou deixando o piquete dos soldados veteranos” – disse-me ele. “Vou-me juntar aos manifestantes”. E o exército? Não se viram soldados do exército durante todo o dia. Os coronéis e brigadeiros mantêm-se em silêncio. Estarão à espera da lei marcial de Mubarak?
As multidões não obedeceram ao toque de recolher. Em Suez, caminhões da polícia foram incendiados. Bem à frente do meu hotel, tentaram jogar no rio Nilo um caminhão da Polícia. Não consegui voltar à parte ocidental do Cairo pelas pontes. As granadas de gás ainda empesteiam as margens do Nilo. Mas um policial ficou com pena de nós – emoção absolutamente inexistente, devo dizer, ontem, entre os policiais – e nos guiou até a margem do rio. E ali estava uma velha lancha egípcia a motor, de levar turistas, com flores plásticas e proprietário disponível. Voltamos em grande estilo, bebendo Pepsi. Cruzamos com uma lancha amarela, super rápida, da qual dois homens faziam sinais de vitória para a multidão sobre as pontes. Uma jovem, sentada na parte de trás da lancha, carregava uma imensa bandeira: a bandeira do Egito
Robert Fisk: A people defies its ditactor, and a nation’s future is in the balance
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Pode ser o fim. Com certeza é o começo do fim. Em todo o Egito, dezenas de milhares de árabes enfrentaram gás lacrimogêneo, canhões de água, granadas e tiroteio para exigir o fim da ditadura de Hosni Mubarak depois de mais de 30 anos.
Enquanto Cairo mergulha em nuvens de gás lacrimogêneo dos milhares de granadas lançadas contra multidões compactas, era como se a ditadura de Mubarak realmente andasse rumo ao fim. Ninguém, dos que estávamos ontem nas ruas do Cairo, tínhamos nem ideia de por onde andaria Mubarak – que mais tarde apareceria na televisão, para demitir todos seus ministros. Nem encontrei alguém preocupado com Mubarak.
Eram dezenas de milhares, valentes, a maioria pacíficos, mas a violência chocante dos battagi – em árabe, a palavra significa literalmente “bandidos” – uniformizados sem uniforme das milícias de Mubarak, que espancaram, agrediram e feriram manifestantes, enquanto os guardas apenas assistiam e nada fizeram, foi uma desgraça. Esses homens, quase todos dependentes de drogas e ex-policiais, eram ontem a linha de frente do Estado egípcio. Os verdadeiros representantes de Hosni Mubarak.
Num certo momento, havia uma cortina de gás lacrimogêneo por cima das águas do Nilo, enquanto as milícias antitumultos e os manifestantes combatiam sobre as grandes pontes sobre o rio. Incrível. A multidão levantou-se e não mais aceitará a violência, a brutalidade, as prisões, como se essa fosse a parte que lhe coubesse na maior nação árabe do planeta. Os próprios policiais pareciam saber que estavam sendo derrotados. “E o que podemos fazer?” – perguntou-nos um dos guardas das milícias antitumulto. “Cumprimos ordens. Pensam que queremos isso? Esse país está despencando ladeira abaixo.” O governo impôs um toque de recolher noite passada. A multidão ajoelhou-se para rezar, à frente da polícia.
Como se descreve um dia que pode vir a ser página gigante da história do Egito? Os jornalistas devem abandonar as análises e apenas narrar o que aconteceu da manhã à noite, numa das cidades mais antigas do mundo. Então, aí está a história como a anotei, garatujada no meio da multidão que não se rendeu a milhares de policiais uniformizados da cabeça aos pés e e milicianos sem uniforme.
Começou na mesquita Istikama na Praça Giza: um sombrio conjunto de apartamentos de blocos de concreto, e uma fileira de policiais especializados em controle de tumultos que se estendia até o Nilo. Todos sabíamos que Mohamed ElBaradei ali estaria para as orações do meio dia e, de início, parecia que não haveria muita gente. Os policiais fumavam. Se fosse o fim do reinado de Mubarak, aquele começo do fim pouco impressionava.
Mas então, logo que as últimas orações terminaram, uma multidão de fiéis apareceu na rua, andando em direção aos policiais. “Mubarak, Mubarak”, gritavam, “a Arábia Saudita o espera”. Foi quando os canhões de água foram virados na direção da multidão – a polícia estava organizada para atacar os manifestantes, mesmo não sendo atacada. A água atingiu a multidão e em seguida os canhões foram apontados diretamente contra El Baradei, que retrocedeu, encharcado.
El Baradei desembarcara de Viena poucas horas antes, e poucos egípcios creem que chegue a governar o Egito – diz que só veio para ajudar como negociador –, mas foi atacado com brutalidade, uma desgraça. O político egípcio mais conhecido e respeitado, Prêmio Nobel, trabalhou como principal inspetor da Agência Nuclear da ONU, ali, encharcado como gato de rua. Creio que, para Mubarak, El Baradei não passaria de mais um criador de confusão, com sua “agenda oculta” – essa, precisamente, é a linguagem que o governo egípcio fala hoje.
Aí, começaram as granadas de gás lacrimogêneo. Alguns milhares delas, mas algo aconteceu, enquanto eu caminhava ao lado dos lança-granadas. Dos blocos de apartamentos e das ruas à volta, de todas as ruas e ruelas, centenas, depois de milhares de pessoas começaram a aparecer, todas andando em direção à Praça Tahrir. Era o movimento que a polícia queria impedir. Milhares de cidadãos em manifestação no coração da cidade do Cairo dariam a impressão de que o governo já caíra. Já haviam cortado a internet – o que isolou o Egito, do resto do mundo – e todos os sinais de telefonia celular estavam mudos. Não fez diferença.
“Queremos o fim do regime”, gritavam as ruas. Talvez não tenha sido o mais memorável brado revolucionário, mas gritaram e gritaram e repetiram, até derrotar a chuva de granadas de gás lacrimogêneo. Vinham de todos os lados da cidade do Cairo, chegavam sem parar, jovens de classe média de Gazira, os pobres das favelas de Beaulak al-Daqrour, todos marchando pelas pontes sobre o Nilo, como um exército. Acho que sim, são um exército.
A chuva de granadas de gás continuava sobre eles. Tossiam e esfregavam os olhos e continuavam andando. Muitos cobriram a cabeça e a boca com casacos e camisetas, passando em fila pela frente de uma loja de sucos, onde o dono esguichava limonada diretamente na boca dos passantes. Suco de limão – antídoto contra os efeitos do gás lacrimogêneo – escorria pela calçada e descia pelo esgoto.
Foi no Cairo, claro, mas protestos idênticos aconteceram por todo o Egito, como em Suez, onde já há 13 egípcios mortos.
As manifestações não começaram só nas mesquitas, mas também nas igrejas coptas. “Sou cristão, mas antes sou egípcio” – disse-me um homem, Mina. “Quero que Mubarak se vá!” E foi quando apareceram os primeiros bataggi sem uniforme, abrindo caminho até a frente das fileiras da polícia uniformizada, para atacar os manifestantes. Estavam armados com cassetetes de metal – onde conseguiram? – e barras de ferro, e poderão ser julgados e condenados por agressão grave e assassinato, se o regime de Mubarak cair. São pervertidos. Vi um homem chicotear um jovem pelas costas, com um longo cabo amarelo. O rapaz gritou de dor. Por toda a cidade, os policiais uniformizados andam em pelotões, o sol refletindo no visor dos capacetes. A multidão já deveria ter sido intimidada, àquela altura, mas a polícia parecia feia, como pássaros encapuzados. E os manifestantes alcançaram a calçada da margem leste do Nilo.
Alguns turistas foram colhidos de surpresa no meio do espetáculo – vi três senhoras de meia idade, numa das pontes do Nilo (os hotéis, claro, não informaram os hóspedes sobre o que estava acontecendo –, mas a polícia decidiu que fecharia a extremidade leste do viaduto. Dividiram-se outra vez, para deixar passar as milícias não uniformizadas, e esses brutamontes atacaram a primeira fileira dos manifestantes. E foi quando choveu a maior quantidade de granadas de gás, centenas de granadas, em vários pontos, contra a multidão que andava sem parar por todas as grandes vias, em direção cidade. Os olhos ardem, e tosse-se horrivelmente, até perder o fôlego. Alguns homens vomitavam nas soleiras das portas fechadas das lojas.
O fogo começou, ao que se sabe, noite passada, na sede do NDP, Partido Democrático Nacional, partido de Mubarak. O governo impôs um toque de recolher, e há relatos de tropas na cidade, sinal grave de que a polícia pode ter perdido o controle dos acontecimentos. Nos abrigamos no velho Café Riche, perto da Praça Telaat Harb, restaurante e bar minúsculo, com garçons vestidos de azul; e ali, tomando café, estava o grande escritor egípcio Ibrahim Abdul Meguid, bem ali à nossa frente. Foi como dar de cara com Tolstoi, almoçando em plena revolução russa. “Mubarak está sem reação!” – festejou ele. “É como se nada estivesse acontecendo. Mas vai, agora vai. O povo fará acontecer!” Sentamos, ainda tossindo e chorando por causa do gás. Foi desses instantes memoráveis, que acontecem mais em filmes que na vida real.
E havia um velho na calçada, cobrindo os olhos com a mão. Coronel da reserva Weaam Salim do exército do Egito, que saiu para a rua com todas as suas medalhas da guerra de 1967 contra Israel – que o Egito perdeu – e da guerra de 1973 que, para o coronel, o Egito venceu. “Estou deixando o piquete dos soldados veteranos” – disse-me ele. “Vou-me juntar aos manifestantes”. E o exército? Não se viram soldados do exército durante todo o dia. Os coronéis e brigadeiros mantêm-se em silêncio. Estarão à espera da lei marcial de Mubarak?
As multidões não obedeceram ao toque de recolher. Em Suez, caminhões da polícia foram incendiados. Bem à frente do meu hotel, tentaram jogar no rio Nilo um caminhão da Polícia. Não consegui voltar à parte ocidental do Cairo pelas pontes. As granadas de gás ainda empesteiam as margens do Nilo. Mas um policial ficou com pena de nós – emoção absolutamente inexistente, devo dizer, ontem, entre os policiais – e nos guiou até a margem do rio. E ali estava uma velha lancha egípcia a motor, de levar turistas, com flores plásticas e proprietário disponível. Voltamos em grande estilo, bebendo Pepsi. Cruzamos com uma lancha amarela, super rápida, da qual dois homens faziam sinais de vitória para a multidão sobre as pontes. Uma jovem, sentada na parte de trás da lancha, carregava uma imensa bandeira: a bandeira do Egito
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Mundo Árabe em Ebulição
http://www.independent.co.uk/opinion/co ... 98444.html
trad. google
Robert Fisk: Egipto: estertores da ditadura
Os tanques egípcios, os manifestantes delirante sentado em cima deles, as bandeiras, os 40.000 manifestantes chorando e gritando e aplaudindo na Praça da Liberdade e orando em torno deles, a Irmandade Muçulmana oficial sentado entre os passageiros do tanque. Isso deve ser comparada com a liberação de Bucareste? Escalada para um tanque de guerra norte-americanos a mim mesmo, eu só conseguia lembrar aqueles filmes maravilhosos da libertação de Paris. A poucas centenas de metros de distância, a polícia de segurança, Hosni Mubarak, de uniformes negros ainda estavam atirando contra manifestantes perto do ministério do Interior. Era um selvagem, celebração da vitória histórica, próprios tanques de Mubarak libertar sua capital de sua própria ditadura.
No mundo da pantomima de Mubarak si mesmo - e de Barack Obama e Hillary Clinton em Washington - o homem que ainda pretende ser presidente do Egito, jurou na escolha mais absurda do vice-presidente, na tentativa de amenizar a fúria dos manifestantes - Omar Suleiman, principal negociador do Egito com Israel e seu alto oficial de inteligência, de 75 anos de idade, com anos de visitas a Tel Aviv e Jerusalém, e quatro ataques cardíacos a seu crédito. Como este apparatchik idoso pode ter de lidar com a raiva ea alegria da libertação de 80 milhões de egípcios está além da imaginação. Quando eu disse que os manifestantes no tanque em torno de mim a notícia da nomeação de Suleiman, eles caíram na gargalhada.
As tripulações, em battledress e sorridente e, em alguns casos, batendo palmas, não fez nenhuma tentativa para limpar as pichações que as multidões tinham pintados em seus tanques. "Mubarak Out - Get Out" e "Seu regime é longo, Mubarak" já foram rebocados em quase tanque, todos os egípcios nas ruas do Cairo. Em um dos tanques circulando Praça da Liberdade era um importante membro da Irmandade Muçulmana, Mohamed Beltagi. Anteriormente, eu havia caminhado ao lado de um comboio de tanques perto do bairro de Garden City, mexidos multidões para as máquinas para a mão de laranjas para as tripulações, aplaudindo-os como patriotas egípcia. No entanto enlouquecido escolha de Mubarak de vice-presidente e sua nomeação gradual de um governo impotente novos comparsas, as ruas do Cairo, comprovou o que os Estados Unidos e os líderes da UE simplesmente não conseguiu agarrar. É mais.
Débeis tentativas de Mubarak para reclamar que ele deve acabar com a violência em nome do povo egípcio - quando sua polícia própria segurança tenham sido responsáveis pela maior parte da crueldade dos últimos cinco dias - provocou ainda indignação ainda daqueles que passaram 30 anos sob a sua às vezes cruel ditadura. Pois há suspeitas crescentes de que a maior parte do saque eo incêndio foi realizada por policiais à paisana - incluindo o assassinato de 11 homens em uma vila rural nas últimas 24 horas - em uma tentativa de destruir a integridade dos manifestantes campanha para Mubarak jogar fora de poder. A destruição de um número de centros de comunicações por homens mascarados - que deve ter sido coordenada por algum tipo de instituição - também levantou suspeitas de que os bandidos à paisana que superar muitos dos manifestantes eram os culpados.
Mas o incêndio de delegacias de polícia sobre o Cairo e em Alexandria e Suez e outras cidades, obviamente não foi realizada por policiais à paisana. Na noite de sexta-feira, dirigindo para o Cairo 40 milhas abaixo da estrada Alexandria, multidões de homens jovens tinham fogueiras acesas em toda a estrada e, quando os carros abrandaram, exigiu centenas de dólares em dinheiro. Ontem de manhã, homens armados estavam roubando carros dos seus proprietários, no centro do Cairo.
Infinitamente mais terrível foi o vandalismo no Museu Nacional do Egipto. Depois que a polícia abandonou o maior dos tesouros antigos, saqueadores invadiram o prédio pintado de vermelho e destruiu 4.000 anos de idade, as estátuas dos faraós, múmias egípcias e magníficos barcos de madeira, originalmente esculpido - completo com as suas tripulações em miniatura - para acompanhar os reis, para suas sepulturas. caixas de vidro contendo figuras de valor inestimável foram surrado, os soldados pintado de preto por dentro empurrada. Novamente, deve-se acrescentar que houve rumores antes da descoberta de que a polícia causou este vandalismo antes que eles fugiram do museu na noite de sexta-feira. máscaras Ghastly do museu de Bagdá em 2003. Não foi tão ruim quanto que os saques, mas foi um desastre mais terrível arqueológicos.
Em minha jornada noite de 06 de outubro City para a capital, tive de abrandar quando escureceu veículos que surgia da escuridão. Eles foram esmagados, vidro espalhados pela estrada, desleixada policiais apontando rifles na minha faróis. Um jipe estava meio queimado. Eles foram os destroços da polícia anti-motim, que os manifestantes forçaram para fora do Cairo na sexta-feira. Os manifestantes mesma noite formaram um círculo enorme em torno da Praça da Liberdade para orar, "Deus Alakbar" trovão no ar à noite sobre a cidade.
E há também as chamadas para a vingança. Uma equipe de televisão al-Jazeera encontrou 23 corpos no necrotério Alexandria, aparentemente, baleadas pela polícia. Vários deles tinham rostos horrivelmente mutilados. Onze corpos foram descobertos em um necrotério Cairo, reunindo cerca de parentes seus restos de sangue e gritos de retaliação contra a polícia.
Cairo agora muda de alegria sombria raiva dentro de minutos. Ontem de manhã, eu atravessava a ponte do rio Nilo para ver as ruínas da sede de 15 andares Mubarak partido queimar. Na frente havia um cartaz enorme propaganda dos benefícios da festa - fotos de graduados bem sucedidos, médicos e de pleno emprego, as promessas que o partido de Mubarak não tinha para entregar em 30 anos - descritos pelos incêndios de ouro ondulação das janelas escurecidas da sede do partido . Milhares de egípcios estavam sobre a ponte do rio e sobre a viadutos da auto-estrada para tirar fotos do prédio ferozmente queima - e os saqueadores de meia-idade continua roubando as cadeiras e mesas de dentro.
No entanto, o momento em que uma equipe de televisão dinamarquesa chegou ao cinema exatamente as mesmas cenas, foram admoestados por dezenas de pessoas que disseram que não tinham o direito de filmar a incêndios, insistindo que os egípcios eram povo orgulhoso que nunca roubar ou cometer incêndio. Este viria a ser um tema durante o dia: que os repórteres não tinham o direito de informar nada sobre isso "libertação" que pode refletir negativamente sobre ela. No entanto, eles ainda eram extremamente simpáticos e - apesar das declarações pusilânime de Obama na noite de sexta-feira - não houve a menor manifestação de hostilidade contra os Estados Unidos. "Tudo o que queremos - todos - é a partida de Mubarak e novas eleições ea nossa liberdade e da honra", um psiquiatra de 30 anos de idade, me disse. Atrás dela, multidões de homens jovens estavam limpando barreiras de segurança e cercas quebradas cruzamento da estrada da rua - uma reflexão irónica sobre o Cairo adágio bem conhecido que os egípcios nunca, nunca limpar suas estradas.
alegação de Mubarak que estas manifestações e incêndios criminosos - esta combinação foi um tema de seu discurso recusando a deixar o Egito - eram parte de um "plano sinistro" está claramente no centro do seu pedido de reconhecimento mundial continuou. Na verdade, a resposta do próprio Obama - sobre a necessidade de reformas e um fim a essa violência - foi uma cópia exata de todas as mentiras Mubarak tem usado para defender o seu regime de três décadas. Foi profundamente divertido egípcios que Obama - se no Cairo, após sua eleição - tinha incitado os árabes a entender a liberdade ea democracia. Estas aspirações desaparecido completamente quando ele deu seu apoio tácito se desconfortável para o presidente egípcio na sexta-feira. O problema é o usual: as linhas de energia e as linhas de moralidade em Washington não se cruzam quando os presidentes dos EUA têm de lidar com o Oriente Médio. Moral da liderança na América deixa de existir quando os mundos árabes e israelenses têm que ser confrontados.
E o exército egípcio é, escusado será dizer, que faz parte desta equação. Ele recebe a maior parte do US $ 1,3 bilhão da ajuda anual a partir de Washington. O comandante desse exército, o general Tantawi - que passou a ser apenas em Washington, quando a polícia tentou esmagar os manifestantes - sempre foi um amigo muito íntimo e pessoal da Mubarak. Não é um bom presságio, talvez, para o futuro imediato.
Assim, a "libertação" do Cairo - onde, tristemente, não chegou a notícia ontem à noite do saque do hospital Qasr al-Aini - ainda tem que seguir o seu curso completo. O fim pode ser claro. A tragédia não acabou.
trad. google
Robert Fisk: Egipto: estertores da ditadura
Os tanques egípcios, os manifestantes delirante sentado em cima deles, as bandeiras, os 40.000 manifestantes chorando e gritando e aplaudindo na Praça da Liberdade e orando em torno deles, a Irmandade Muçulmana oficial sentado entre os passageiros do tanque. Isso deve ser comparada com a liberação de Bucareste? Escalada para um tanque de guerra norte-americanos a mim mesmo, eu só conseguia lembrar aqueles filmes maravilhosos da libertação de Paris. A poucas centenas de metros de distância, a polícia de segurança, Hosni Mubarak, de uniformes negros ainda estavam atirando contra manifestantes perto do ministério do Interior. Era um selvagem, celebração da vitória histórica, próprios tanques de Mubarak libertar sua capital de sua própria ditadura.
No mundo da pantomima de Mubarak si mesmo - e de Barack Obama e Hillary Clinton em Washington - o homem que ainda pretende ser presidente do Egito, jurou na escolha mais absurda do vice-presidente, na tentativa de amenizar a fúria dos manifestantes - Omar Suleiman, principal negociador do Egito com Israel e seu alto oficial de inteligência, de 75 anos de idade, com anos de visitas a Tel Aviv e Jerusalém, e quatro ataques cardíacos a seu crédito. Como este apparatchik idoso pode ter de lidar com a raiva ea alegria da libertação de 80 milhões de egípcios está além da imaginação. Quando eu disse que os manifestantes no tanque em torno de mim a notícia da nomeação de Suleiman, eles caíram na gargalhada.
As tripulações, em battledress e sorridente e, em alguns casos, batendo palmas, não fez nenhuma tentativa para limpar as pichações que as multidões tinham pintados em seus tanques. "Mubarak Out - Get Out" e "Seu regime é longo, Mubarak" já foram rebocados em quase tanque, todos os egípcios nas ruas do Cairo. Em um dos tanques circulando Praça da Liberdade era um importante membro da Irmandade Muçulmana, Mohamed Beltagi. Anteriormente, eu havia caminhado ao lado de um comboio de tanques perto do bairro de Garden City, mexidos multidões para as máquinas para a mão de laranjas para as tripulações, aplaudindo-os como patriotas egípcia. No entanto enlouquecido escolha de Mubarak de vice-presidente e sua nomeação gradual de um governo impotente novos comparsas, as ruas do Cairo, comprovou o que os Estados Unidos e os líderes da UE simplesmente não conseguiu agarrar. É mais.
Débeis tentativas de Mubarak para reclamar que ele deve acabar com a violência em nome do povo egípcio - quando sua polícia própria segurança tenham sido responsáveis pela maior parte da crueldade dos últimos cinco dias - provocou ainda indignação ainda daqueles que passaram 30 anos sob a sua às vezes cruel ditadura. Pois há suspeitas crescentes de que a maior parte do saque eo incêndio foi realizada por policiais à paisana - incluindo o assassinato de 11 homens em uma vila rural nas últimas 24 horas - em uma tentativa de destruir a integridade dos manifestantes campanha para Mubarak jogar fora de poder. A destruição de um número de centros de comunicações por homens mascarados - que deve ter sido coordenada por algum tipo de instituição - também levantou suspeitas de que os bandidos à paisana que superar muitos dos manifestantes eram os culpados.
Mas o incêndio de delegacias de polícia sobre o Cairo e em Alexandria e Suez e outras cidades, obviamente não foi realizada por policiais à paisana. Na noite de sexta-feira, dirigindo para o Cairo 40 milhas abaixo da estrada Alexandria, multidões de homens jovens tinham fogueiras acesas em toda a estrada e, quando os carros abrandaram, exigiu centenas de dólares em dinheiro. Ontem de manhã, homens armados estavam roubando carros dos seus proprietários, no centro do Cairo.
Infinitamente mais terrível foi o vandalismo no Museu Nacional do Egipto. Depois que a polícia abandonou o maior dos tesouros antigos, saqueadores invadiram o prédio pintado de vermelho e destruiu 4.000 anos de idade, as estátuas dos faraós, múmias egípcias e magníficos barcos de madeira, originalmente esculpido - completo com as suas tripulações em miniatura - para acompanhar os reis, para suas sepulturas. caixas de vidro contendo figuras de valor inestimável foram surrado, os soldados pintado de preto por dentro empurrada. Novamente, deve-se acrescentar que houve rumores antes da descoberta de que a polícia causou este vandalismo antes que eles fugiram do museu na noite de sexta-feira. máscaras Ghastly do museu de Bagdá em 2003. Não foi tão ruim quanto que os saques, mas foi um desastre mais terrível arqueológicos.
Em minha jornada noite de 06 de outubro City para a capital, tive de abrandar quando escureceu veículos que surgia da escuridão. Eles foram esmagados, vidro espalhados pela estrada, desleixada policiais apontando rifles na minha faróis. Um jipe estava meio queimado. Eles foram os destroços da polícia anti-motim, que os manifestantes forçaram para fora do Cairo na sexta-feira. Os manifestantes mesma noite formaram um círculo enorme em torno da Praça da Liberdade para orar, "Deus Alakbar" trovão no ar à noite sobre a cidade.
E há também as chamadas para a vingança. Uma equipe de televisão al-Jazeera encontrou 23 corpos no necrotério Alexandria, aparentemente, baleadas pela polícia. Vários deles tinham rostos horrivelmente mutilados. Onze corpos foram descobertos em um necrotério Cairo, reunindo cerca de parentes seus restos de sangue e gritos de retaliação contra a polícia.
Cairo agora muda de alegria sombria raiva dentro de minutos. Ontem de manhã, eu atravessava a ponte do rio Nilo para ver as ruínas da sede de 15 andares Mubarak partido queimar. Na frente havia um cartaz enorme propaganda dos benefícios da festa - fotos de graduados bem sucedidos, médicos e de pleno emprego, as promessas que o partido de Mubarak não tinha para entregar em 30 anos - descritos pelos incêndios de ouro ondulação das janelas escurecidas da sede do partido . Milhares de egípcios estavam sobre a ponte do rio e sobre a viadutos da auto-estrada para tirar fotos do prédio ferozmente queima - e os saqueadores de meia-idade continua roubando as cadeiras e mesas de dentro.
No entanto, o momento em que uma equipe de televisão dinamarquesa chegou ao cinema exatamente as mesmas cenas, foram admoestados por dezenas de pessoas que disseram que não tinham o direito de filmar a incêndios, insistindo que os egípcios eram povo orgulhoso que nunca roubar ou cometer incêndio. Este viria a ser um tema durante o dia: que os repórteres não tinham o direito de informar nada sobre isso "libertação" que pode refletir negativamente sobre ela. No entanto, eles ainda eram extremamente simpáticos e - apesar das declarações pusilânime de Obama na noite de sexta-feira - não houve a menor manifestação de hostilidade contra os Estados Unidos. "Tudo o que queremos - todos - é a partida de Mubarak e novas eleições ea nossa liberdade e da honra", um psiquiatra de 30 anos de idade, me disse. Atrás dela, multidões de homens jovens estavam limpando barreiras de segurança e cercas quebradas cruzamento da estrada da rua - uma reflexão irónica sobre o Cairo adágio bem conhecido que os egípcios nunca, nunca limpar suas estradas.
alegação de Mubarak que estas manifestações e incêndios criminosos - esta combinação foi um tema de seu discurso recusando a deixar o Egito - eram parte de um "plano sinistro" está claramente no centro do seu pedido de reconhecimento mundial continuou. Na verdade, a resposta do próprio Obama - sobre a necessidade de reformas e um fim a essa violência - foi uma cópia exata de todas as mentiras Mubarak tem usado para defender o seu regime de três décadas. Foi profundamente divertido egípcios que Obama - se no Cairo, após sua eleição - tinha incitado os árabes a entender a liberdade ea democracia. Estas aspirações desaparecido completamente quando ele deu seu apoio tácito se desconfortável para o presidente egípcio na sexta-feira. O problema é o usual: as linhas de energia e as linhas de moralidade em Washington não se cruzam quando os presidentes dos EUA têm de lidar com o Oriente Médio. Moral da liderança na América deixa de existir quando os mundos árabes e israelenses têm que ser confrontados.
E o exército egípcio é, escusado será dizer, que faz parte desta equação. Ele recebe a maior parte do US $ 1,3 bilhão da ajuda anual a partir de Washington. O comandante desse exército, o general Tantawi - que passou a ser apenas em Washington, quando a polícia tentou esmagar os manifestantes - sempre foi um amigo muito íntimo e pessoal da Mubarak. Não é um bom presságio, talvez, para o futuro imediato.
Assim, a "libertação" do Cairo - onde, tristemente, não chegou a notícia ontem à noite do saque do hospital Qasr al-Aini - ainda tem que seguir o seu curso completo. O fim pode ser claro. A tragédia não acabou.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Mundo Árabe em Ebulição
http://egitoebrasil.com/
Juro que acordei hoje sonhando que poderia abrir os sites de notícias e ler que Mubarak tinha renunciado. Doce ilusão: internet continua cortada no país, presos foram soltos propositalmente das prisões para causar pânico, pessoas começam a levar tiros, seja nas ruas ou dentro das prisões políticas.
O exército não se comoveu, o caos está instalado no país. Se for para sair, Mubarak está desestabilizando o país de todas as formas possíveis, mas a impressão de que eu tenho é que o degraçado não quer largar mesmo o osso e prefere ver tudo em ruínas do que largar o poder. Enquanto isso, não vejo grandes pressões internacionais, cada um só pensa no seu, principalmente os que apoiam Israel.
Na mídia brasileira, começam a vir aquelas comentaristas toscos a falar, dizer que quem diz que é melhor sem Mubarak, pois quem garante que não são os islâmicos que entram, etc. Claro, opinam pelo caminho mais fácil, como se fossem donos da verdade e claramente apoiam uma ditadura alegando temores pelo mundo. Meu, que se explodam com suas análises ridículas, o povo tem de ter direito a escolher.
O que sinto é que o mundo já está acostumando a ver os egípcios reagindo, e tornando-se menos simpáticos a eles, e querendo que tudo volte ao normal, mesmo que o país e suas pessoas saiam perdendo. Vergonha da política internacional, hoje em dia quando tanto se fala em sustentabilidade, paz entre os povos e religiões, vejo só preconceitos nas análises, só falta de amor entre os políticos, diplomatas e jornalistas ocidentais.
Mais um dia de leituras tristes.
Juro que acordei hoje sonhando que poderia abrir os sites de notícias e ler que Mubarak tinha renunciado. Doce ilusão: internet continua cortada no país, presos foram soltos propositalmente das prisões para causar pânico, pessoas começam a levar tiros, seja nas ruas ou dentro das prisões políticas.
O exército não se comoveu, o caos está instalado no país. Se for para sair, Mubarak está desestabilizando o país de todas as formas possíveis, mas a impressão de que eu tenho é que o degraçado não quer largar mesmo o osso e prefere ver tudo em ruínas do que largar o poder. Enquanto isso, não vejo grandes pressões internacionais, cada um só pensa no seu, principalmente os que apoiam Israel.
Na mídia brasileira, começam a vir aquelas comentaristas toscos a falar, dizer que quem diz que é melhor sem Mubarak, pois quem garante que não são os islâmicos que entram, etc. Claro, opinam pelo caminho mais fácil, como se fossem donos da verdade e claramente apoiam uma ditadura alegando temores pelo mundo. Meu, que se explodam com suas análises ridículas, o povo tem de ter direito a escolher.
O que sinto é que o mundo já está acostumando a ver os egípcios reagindo, e tornando-se menos simpáticos a eles, e querendo que tudo volte ao normal, mesmo que o país e suas pessoas saiam perdendo. Vergonha da política internacional, hoje em dia quando tanto se fala em sustentabilidade, paz entre os povos e religiões, vejo só preconceitos nas análises, só falta de amor entre os políticos, diplomatas e jornalistas ocidentais.
Mais um dia de leituras tristes.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: Mundo Árabe em Ebulição
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
Re: Mundo Árabe em Ebulição
De tudo isso podemos ver que os EUA não aprenderam nada com o Irã, seja lá qual for os integrantes do novo poder no Egito, a relação com Israel e os EUA deverá mudar.
[]´s
[]´s
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Do www.savetheinternet.com :
Egypt's Internet Crackdown
In Egypt this week, the Mubarak regime shut down Internet and cell phone communications before launching a violent crackdown against political protesters. Now, Free Press has discovered that an American company — Boeing-owned Narus of Sunnyvale, CA — has sold Egypt "Deep Packet Inspection" (DPI) equipment that can be used to help the regime track, target and crush political dissent over the Internet and mobile phones.
The power to control the Internet and the resulting harm to democracy are so disturbing that the threshold for using DPI must be very high. That’s why, before DPI becomes more widely used around the world and at home, the U.S. government must establish clear and legitimate criteria for preventing the use of such surveillance and control technology.
Free Press is calling for Congress to investigate the use and sale of DPI technology by American companies. Add your name to our letter now.
Egypt's Internet Crackdown
In Egypt this week, the Mubarak regime shut down Internet and cell phone communications before launching a violent crackdown against political protesters. Now, Free Press has discovered that an American company — Boeing-owned Narus of Sunnyvale, CA — has sold Egypt "Deep Packet Inspection" (DPI) equipment that can be used to help the regime track, target and crush political dissent over the Internet and mobile phones.
The power to control the Internet and the resulting harm to democracy are so disturbing that the threshold for using DPI must be very high. That’s why, before DPI becomes more widely used around the world and at home, the U.S. government must establish clear and legitimate criteria for preventing the use of such surveillance and control technology.
Free Press is calling for Congress to investigate the use and sale of DPI technology by American companies. Add your name to our letter now.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
- FoxTroop
- Sênior
- Mensagens: 1477
- Registrado em: Qui Mai 27, 2010 11:56 am
- Localização: Portugal
- Agradeceu: 82 vezes
- Agradeceram: 112 vezes
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Ao que parece o Exército vai intervir. Jactos e Helicópteros militares estão a sobrevoar o Cairo a baixa altitude e camiões militares estão a chegar à Tahrir square. Os USA já deram "carta branca"
Hillary Clinton says US wants an 'orderly transition' in Egypt to avoid governance vaccum.
-
- Sênior
- Mensagens: 13539
- Registrado em: Sáb Jun 18, 2005 10:26 pm
- Agradeceu: 56 vezes
- Agradeceram: 201 vezes
Re: Mundo Árabe em Ebulição
FoxTroop escreveu:Ao que parece o Exército vai intervir. Jactos e Helicópteros militares estão a sobrevoar o Cairo a baixa altitude e camiões militares estão a chegar à Tahrir square. Os USA já deram "carta branca"
Hillary Clinton says US wants an 'orderly transition' in Egypt to avoid governance vaccum.
Eu estou achando que o Mubarak dançou. No CORREIO BRASILIENSE de hoje 30/1/011, já há rumores de que parte do exército estaria com os manifestantes.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
- FoxTroop
- Sênior
- Mensagens: 1477
- Registrado em: Qui Mai 27, 2010 11:56 am
- Localização: Portugal
- Agradeceu: 82 vezes
- Agradeceram: 112 vezes
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Quero estar enganado, mas pelo que estou a ver através da Aljazeera, o Exército vai carregar.WalterGaudério escreveu:FoxTroop escreveu:Ao que parece o Exército vai intervir. Jactos e Helicópteros militares estão a sobrevoar o Cairo a baixa altitude e camiões militares estão a chegar à Tahrir square. Os USA já deram "carta branca"
Eu estou achando que o Mubarak dançou. No CORREIO BRASILIENSE de hoje 30/1/011, já há rumores de que parte do exército estaria com os manifestantes.
Edit:
http://www.guardian.co.uk/news/blog/201 ... ve-updatesIn an audio interview he talks about possible preparations by the army to crackdown against the protesters. Water cannons have been moved in and tanks have been split into two columns, he says.
"The mood amongst the people, who were very positive towards the army, does seem to be changing. People are very very suspicious of the army now. They want to know why a squadron of Egypt's best tanks is sitting in the entrance to square,"
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Se isso ocorrer será videotape do Irã.WalterGaudério escreveu:FoxTroop escreveu:Ao que parece o Exército vai intervir. Jactos e Helicópteros militares estão a sobrevoar o Cairo a baixa altitude e camiões militares estão a chegar à Tahrir square. Os USA já deram "carta branca"
Eu estou achando que o Mubarak dançou. No CORREIO BRASILIENSE de hoje 30/1/011, já há rumores de que parte do exército estaria com os manifestantes.
[]´s
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Já reparam com nossa mídia trata o que ocorre no Egito, cheia de dedos, o Irã são uns demonios, mesmo tendo eleições, etc.. Do outro lado, temos uma ditadura, uma das mais fechadas do mundo, e os direitos humanos?
[]´s
[]´s
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Se nas fileiras do exército egípcio houvesse alguém como Mustafa Kemal Atatürk...
Re: Mundo Árabe em Ebulição
Vejam que fotos... As mulheres estão na linha de frente!!
MAIS EM:::: http://upload.democraticunderground.com ... z=view_all
MAIS EM:::: http://upload.democraticunderground.com ... z=view_all
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
- suntsé
- Sênior
- Mensagens: 3167
- Registrado em: Sáb Mar 27, 2004 9:58 pm
- Agradeceu: 232 vezes
- Agradeceram: 154 vezes
Re: Mundo Árabe em Ebulição
O Irã tem um regime que se opoe a Israel e ao Sionismo internacional meu caro. Esta é a questão.PRick escreveu:Já reparam com nossa mídia trata o que ocorre no Egito, cheia de dedos, o Irã são uns demonios, mesmo tendo eleições, etc.. Do outro lado, temos uma ditadura, uma das mais fechadas do mundo, e os direitos humanos?
[]´s
Não importa a forma do regime, se é democracia ou seja la o que for. Caso se oponha a Israel e ao Sionismo internacional...será digno da morte!
È assim, que os poderosos e as meretrizes pensam.
- suntsé
- Sênior
- Mensagens: 3167
- Registrado em: Sáb Mar 27, 2004 9:58 pm
- Agradeceu: 232 vezes
- Agradeceram: 154 vezes
Re: Mundo Árabe em Ebulição
No caso de assumir no Egito, um governo que não seja subserviente a Israel e aos EUA, o Egito irá passar de aliado para EIXO DO MAL.