TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação
-
- Sênior
- Mensagens: 7163
- Registrado em: Sex Out 07, 2005 8:20 pm
- Localização: Rio de Janeiro - RJ
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Força Militar: Mira no caça nacional
POR MARCO AURÉLIO REIS
Rio - Pressão internacional por todos os lados fez o governo Dilma Rousseff arremeter o processo de compra de 36 novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). O negócio que vai custar de US$ 4 bilhões a US$ 7 bilhões (R$ 6,7 bilhões a R$ 11,7 bilhões) ganhou agora uma sinalização mais clara que dele terá que nascer um caça de quinta geração totalmente desenvolvido no Brasil, uma espécie de independência nacional em relação a ponto tão estratégico de nossa defesa aérea. A lista com três três aviões selecionados (Rafale francês, F/A-18 E/F norte-americano e o Gripen NG sueco) pode ganhar mais dois concorrentes. Missão nesse sentido foi feita pela Rosoboronexport, que projeta o russo Sukhoi, o SU-35. O grupo conseguiu com o governo a abertura para apresentar uma proposta que será analisada pela FAB. Missão idêntica partiu dos italianos pelo Eurofighter. De sua parte os norte-americanos voltaram a acenar com a improvável abertura da tecnologia de seu caça F/A-18 E. Até missão do Congresso dos EUA desembarcou aqui. A aposta dos amigos da coluna, no entanto, ainda é por uma decisão política pelo Rafale.
MAIS SEIS MESES
A presidenta Dilma sinalizou que só tomará a decisão sobre os novos caças após ouvir o Conselho Nacional de Defesa. Com isso, a escolha fica para julho e os gastos para 2012.
RESPONSABILIDADE
Ao condicionar a decisão à reunião do Conselho, Dilma dividirá a responsabilidade pela compra com o vice-presidente, ministros e presidentes da Câmara e Senado.
http://odia.terra.com.br/portal/economi ... 39219.html
POR MARCO AURÉLIO REIS
Rio - Pressão internacional por todos os lados fez o governo Dilma Rousseff arremeter o processo de compra de 36 novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). O negócio que vai custar de US$ 4 bilhões a US$ 7 bilhões (R$ 6,7 bilhões a R$ 11,7 bilhões) ganhou agora uma sinalização mais clara que dele terá que nascer um caça de quinta geração totalmente desenvolvido no Brasil, uma espécie de independência nacional em relação a ponto tão estratégico de nossa defesa aérea. A lista com três três aviões selecionados (Rafale francês, F/A-18 E/F norte-americano e o Gripen NG sueco) pode ganhar mais dois concorrentes. Missão nesse sentido foi feita pela Rosoboronexport, que projeta o russo Sukhoi, o SU-35. O grupo conseguiu com o governo a abertura para apresentar uma proposta que será analisada pela FAB. Missão idêntica partiu dos italianos pelo Eurofighter. De sua parte os norte-americanos voltaram a acenar com a improvável abertura da tecnologia de seu caça F/A-18 E. Até missão do Congresso dos EUA desembarcou aqui. A aposta dos amigos da coluna, no entanto, ainda é por uma decisão política pelo Rafale.
MAIS SEIS MESES
A presidenta Dilma sinalizou que só tomará a decisão sobre os novos caças após ouvir o Conselho Nacional de Defesa. Com isso, a escolha fica para julho e os gastos para 2012.
RESPONSABILIDADE
Ao condicionar a decisão à reunião do Conselho, Dilma dividirá a responsabilidade pela compra com o vice-presidente, ministros e presidentes da Câmara e Senado.
http://odia.terra.com.br/portal/economi ... 39219.html
Alberto -
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Perfeito,já tivemos tres interválos para os protocolares charutos,idas aos sanitários e para os retoques de maquiagem das patroas,já mudaram o tenor tres vezes,agora é uma soprano inclusive,alteraram o libreto não é mais o Puccini que dita a istórinha bufa.jp escreveu:Não vou fazer uma coisa elegante, irei repostar o que havia postado em outro tópico pq creio interessante à discussão em curso (calma Walter, cê num vai chorar não, rss).
Senhores, nunca é demais lembrar que o "empata f@da" no FX vem desde antes do Moulin Rouge e suas meninas assanhadas, do presidente boquirroto, do Japa etc etc.
Ressalte-se que o processo também empacou e não saiu no governo do cara que falava em francês, inglês e alemão, com MJ formado no IRB e com um cmd diferente.
Culpar, somente, os atores atuais é esquecer a overture e o primeiro ato
Atentem: nem só de hardware vive (ou morre) o FX.
Atentem:o hardware não tem nada a ver com o FX ele vive e morre pela política!Em todos os escalões e instituições!Sempre!
Grande abraço guru
- Penguin
- Sênior
- Mensagens: 18983
- Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
- Agradeceu: 5 vezes
- Agradeceram: 374 vezes
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Postei no tópico errado. Agora no correto.
FSP, 23/01
Obedece quem tem juízo
Eliane Cantanhêde
BRASÍLIA - Apesar de Dilma Rousseff e Nelson Jobim terem acertado os ponteiros e estarem dialogando fluidamente, a posição de Jobim no governo já foi bem mais confortável - quando o presidente era Lula.
Jobim encontrou a Defesa em polvorosa, numa bagunça indescritível. Trocou uns chefes, enquadrou outros, arrumou a casa. É considerado o primeiro ministro da Defesa de fato na história deste país.
Para tanto, Jobim pediu e obteve carta branca de Lula, que gosta de empurrar decisões e abacaxis com a barriga e adorou jogar os militares para no colo do ministro.
Assim, Jobim tratou as Forças Armadas como um feudo seu. Criou a Estratégia Nacional de Defesa, definiu programas bilionários para Marinha, Aeronáutica e Exército - nesta ordem - e reformulou toda a organização militar para reforçar a posição do... próprio ministro.
Ocorre que Lula é Lula, e Dilma é Dilma. Ela tem uma lealdade canina -ou seria feminina?- ao ex-chefe e mentor, mas tem lá seu estilo, seu gosto pela gestão e pelo poder. Se Lula permitia e até agradecia a existência de feudos, especialmente o da Defesa, com a nova presidente não funciona assim. Ela quer saber tudo, acompanhar tudo, cobrar tudo, ter certeza do que está decidindo e assinando.
Trocando a metáfora: Jobim cantava de galo na área militar; agora não canta mais. Ele queria comprar os caças da FAB no governo Lula, mas Dilma vetou. Disse que seria em janeiro, mas Dilma adiou. Fez seu próprio parecer, mas Dilma quis ver o da FAB. Tentou continuar sendo o único interlocutor do presidente na sua área, mas Dilma abriu as portas para conversas a sós com os comandantes.
A comunicação da presidente com seu ministro vai bem, até porque ela, apesar de nascida em Minas, fala gauchês tão bem quanto Jobim. Mas ficou claro que ele não decide mais sozinho. Agora, quem manda é ela. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Dúvidas no ar
Arrasta-se há mais de uma década, em velocidade de teco-teco, a licitação para escolher os novos caças da Força Aérea Brasileira.
Em 2001, o governo FHC anunciou o projeto F-X, que previa gasto de US$ 700 milhões (R$ 1,8 bilhão na época) para a compra de 12 a 24 caças. Em nome do Fome Zero, Luiz Inácio Lula da Silva suspendeu o programa em 2003, para cancelá-lo em 2005.
Nova licitação foi lançada em 2008, com requisitos totalmente distintos e a conta estimada em não menos que US$ 6 bilhões (R$ 10 bilhões), para a aquisição de 36 aviões, armas e logística. No que parecia ser a reta final, a escolha ficou entre o sueco Saab Gripen NG, o francês Rafale e o norte-americano Boeing F-18.
Foi então que, nas comemorações do Sete de Setembro de 2009, ao receber o presidente da França, Nicolas Sarkozy, Lula anunciou, para estupefação dos concorrentes e da própria Aeronáutica, a escolha do Rafale. O Palácio do Planalto recuou, mas a trapalhada política estava consumada.
O relatório técnico da Força Aérea Brasileira colocava o avião francês na última colocação. O escolhido, valessem apenas critérios objetivos estipulados pela FAB, teria sido o caça sueco.
Desde então, o que se viu foram piruetas do governo para justificar a opção pelo Rafale. A explicação seria a "parceria estratégica" com a França, fruto de um acordo, firmado em 2009, que prevê a entrega de quatro submarinos convencionais, base, estaleiro e o desenvolvimento de um modelo de propulsão nuclear, por R$ 17 bilhões.
Agora, a presidente Dilma Rousseff adiou uma vez mais a definição. Pesaram as contas públicas. De fato, não faz sentido anunciar gastos com caças quando se propõem cortes no Orçamento da ordem de R$ 40 bilhões.
O adiamento pode dar chance a uma reavaliação: afinal, por que a França deve ser a parceira estratégica do Brasil em questões militares? E por que temos que nos comprometer a comprar armamentos franceses mesmo contra o parecer técnico das Forças Armadas?
------------------------------------------------------
Estado SP, 23/01
Planalto traça 3 planos para compra de caças
Roberto Godoy
A escolha do novo caça de tecnologia avançada da Força Aérea, o processo F-X2, deve ser decidido até julho, tem dito o ministro da Defesa, Nelson Jobim. A decisão está na agenda de 2011 da presidente Dilma.
O Planalto considera três hipóteses para o contrato, que prevê a compra inicial de 36 caças, podendo chegar a 120 até 2027: manter a F-X2 como está, adiar a decisão por um ano ou, em ação radical, encerrar essa operação e abrir outra imediatamente, uma espécie de F-X3 de prazo curto, única forma de admitir novos participantes.
A medida, todavia, traria desgaste diplomático. A seleção já dura 15 anos. Os três concorrentes são patrocinados por seus governos e têm investido pesado em estruturas locais de acompanhamento e de informação. O cientista social Gunther Rudzit, especialista em relações internacionais, alerta: "A imagem do Brasil será arranhada - e a postura da nossa diplomacia será questionada, afetando a aura de eficiência e profissionalismo que o Itamaraty sempre teve".
Novos aviões. A entrada de outros competidores foi bem recebida no mercado especializado. A americana Lockheed-Martin não esconde a disposição de levar à mesa de negociações o F-35 Lightning, o mais avançado caça de múltiplo emprego em produção regular no mundo.
Será o próximo avião principal dos EUA, com versões para a força aérea e a aviação naval. Construído com materiais e recursos eletrônicos stealth, para escapar da detecção por radar ou sensores laser, é tão moderno que só começa a ser entregue em 2016. É caro, mas o preço está em queda: começou em US$ 89 milhões cada e chegará a US$ 73 milhões, resultado da fabricação em larga escala - 2.376 unidades vendidas para EUA, Austrália, Canadá, Itália, Dinamarca, Holanda, Noruega, Israel, Turquia e Grã-Bretanha. Outra vez, a dificuldade será a transferência de tecnologia.
Há outros pretendentes na F-X2. A Rússia, com o Su-35 e futuro Su-50. E a União Europeia, por meio do Typhoon Eurofighter. A proposta de menor valor é a da sueca Saab, que oferece o Gripen NG, em desenvolvimento, por US$ 4 bilhões. O mais caro e o preferido da Defesa - e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - é o francês Rafale, avaliado em cerca de R$ 6 bilhões. Entre um e outro está o americano F-18 Super Hornet.
O governo condiciona a compra à transferência de tecnologia em todas as áreas. É aí que as negociações ficam diferentes. Os franceses oferecem acesso irrestrito ao conhecimento pretendido. Os suecos convidam os especialistas militares e a indústria Aeronáutica a uma parceria ampla. Os americanos esbarram na complexa legislação do setor e no poder do Congresso para vetar o atendimento às exigências.
Os acertos entre o então presidente Lula e seu colega francês, Nicolas Sarkozy, eram fáceis em abril de 2010. No dia 22, Lula recebeu um telefonema de Sarkozy, empenhado em garantir a preferência pelo Rafale. Diante de cinco pessoas, Lula convidou-o para passar férias em Fernando de Noronha - e foi convidado a descansar no Vale do Loire. Riram e contaram piadas.
O clima desandou em maio. Lula liderou a proposta ao Irã para troca de urânio. De ambos os lados os convites foram esquecidos. O encontro de trabalho entre os dois, previsto para dezembro, não houve. E a decisão do F-X2 ficou para Dilma Rousseff.
FSP, 23/01
Obedece quem tem juízo
Eliane Cantanhêde
BRASÍLIA - Apesar de Dilma Rousseff e Nelson Jobim terem acertado os ponteiros e estarem dialogando fluidamente, a posição de Jobim no governo já foi bem mais confortável - quando o presidente era Lula.
Jobim encontrou a Defesa em polvorosa, numa bagunça indescritível. Trocou uns chefes, enquadrou outros, arrumou a casa. É considerado o primeiro ministro da Defesa de fato na história deste país.
Para tanto, Jobim pediu e obteve carta branca de Lula, que gosta de empurrar decisões e abacaxis com a barriga e adorou jogar os militares para no colo do ministro.
Assim, Jobim tratou as Forças Armadas como um feudo seu. Criou a Estratégia Nacional de Defesa, definiu programas bilionários para Marinha, Aeronáutica e Exército - nesta ordem - e reformulou toda a organização militar para reforçar a posição do... próprio ministro.
Ocorre que Lula é Lula, e Dilma é Dilma. Ela tem uma lealdade canina -ou seria feminina?- ao ex-chefe e mentor, mas tem lá seu estilo, seu gosto pela gestão e pelo poder. Se Lula permitia e até agradecia a existência de feudos, especialmente o da Defesa, com a nova presidente não funciona assim. Ela quer saber tudo, acompanhar tudo, cobrar tudo, ter certeza do que está decidindo e assinando.
Trocando a metáfora: Jobim cantava de galo na área militar; agora não canta mais. Ele queria comprar os caças da FAB no governo Lula, mas Dilma vetou. Disse que seria em janeiro, mas Dilma adiou. Fez seu próprio parecer, mas Dilma quis ver o da FAB. Tentou continuar sendo o único interlocutor do presidente na sua área, mas Dilma abriu as portas para conversas a sós com os comandantes.
A comunicação da presidente com seu ministro vai bem, até porque ela, apesar de nascida em Minas, fala gauchês tão bem quanto Jobim. Mas ficou claro que ele não decide mais sozinho. Agora, quem manda é ela. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Dúvidas no ar
Arrasta-se há mais de uma década, em velocidade de teco-teco, a licitação para escolher os novos caças da Força Aérea Brasileira.
Em 2001, o governo FHC anunciou o projeto F-X, que previa gasto de US$ 700 milhões (R$ 1,8 bilhão na época) para a compra de 12 a 24 caças. Em nome do Fome Zero, Luiz Inácio Lula da Silva suspendeu o programa em 2003, para cancelá-lo em 2005.
Nova licitação foi lançada em 2008, com requisitos totalmente distintos e a conta estimada em não menos que US$ 6 bilhões (R$ 10 bilhões), para a aquisição de 36 aviões, armas e logística. No que parecia ser a reta final, a escolha ficou entre o sueco Saab Gripen NG, o francês Rafale e o norte-americano Boeing F-18.
Foi então que, nas comemorações do Sete de Setembro de 2009, ao receber o presidente da França, Nicolas Sarkozy, Lula anunciou, para estupefação dos concorrentes e da própria Aeronáutica, a escolha do Rafale. O Palácio do Planalto recuou, mas a trapalhada política estava consumada.
O relatório técnico da Força Aérea Brasileira colocava o avião francês na última colocação. O escolhido, valessem apenas critérios objetivos estipulados pela FAB, teria sido o caça sueco.
Desde então, o que se viu foram piruetas do governo para justificar a opção pelo Rafale. A explicação seria a "parceria estratégica" com a França, fruto de um acordo, firmado em 2009, que prevê a entrega de quatro submarinos convencionais, base, estaleiro e o desenvolvimento de um modelo de propulsão nuclear, por R$ 17 bilhões.
Agora, a presidente Dilma Rousseff adiou uma vez mais a definição. Pesaram as contas públicas. De fato, não faz sentido anunciar gastos com caças quando se propõem cortes no Orçamento da ordem de R$ 40 bilhões.
O adiamento pode dar chance a uma reavaliação: afinal, por que a França deve ser a parceira estratégica do Brasil em questões militares? E por que temos que nos comprometer a comprar armamentos franceses mesmo contra o parecer técnico das Forças Armadas?
------------------------------------------------------
Estado SP, 23/01
Planalto traça 3 planos para compra de caças
Roberto Godoy
A escolha do novo caça de tecnologia avançada da Força Aérea, o processo F-X2, deve ser decidido até julho, tem dito o ministro da Defesa, Nelson Jobim. A decisão está na agenda de 2011 da presidente Dilma.
O Planalto considera três hipóteses para o contrato, que prevê a compra inicial de 36 caças, podendo chegar a 120 até 2027: manter a F-X2 como está, adiar a decisão por um ano ou, em ação radical, encerrar essa operação e abrir outra imediatamente, uma espécie de F-X3 de prazo curto, única forma de admitir novos participantes.
A medida, todavia, traria desgaste diplomático. A seleção já dura 15 anos. Os três concorrentes são patrocinados por seus governos e têm investido pesado em estruturas locais de acompanhamento e de informação. O cientista social Gunther Rudzit, especialista em relações internacionais, alerta: "A imagem do Brasil será arranhada - e a postura da nossa diplomacia será questionada, afetando a aura de eficiência e profissionalismo que o Itamaraty sempre teve".
Novos aviões. A entrada de outros competidores foi bem recebida no mercado especializado. A americana Lockheed-Martin não esconde a disposição de levar à mesa de negociações o F-35 Lightning, o mais avançado caça de múltiplo emprego em produção regular no mundo.
Será o próximo avião principal dos EUA, com versões para a força aérea e a aviação naval. Construído com materiais e recursos eletrônicos stealth, para escapar da detecção por radar ou sensores laser, é tão moderno que só começa a ser entregue em 2016. É caro, mas o preço está em queda: começou em US$ 89 milhões cada e chegará a US$ 73 milhões, resultado da fabricação em larga escala - 2.376 unidades vendidas para EUA, Austrália, Canadá, Itália, Dinamarca, Holanda, Noruega, Israel, Turquia e Grã-Bretanha. Outra vez, a dificuldade será a transferência de tecnologia.
Há outros pretendentes na F-X2. A Rússia, com o Su-35 e futuro Su-50. E a União Europeia, por meio do Typhoon Eurofighter. A proposta de menor valor é a da sueca Saab, que oferece o Gripen NG, em desenvolvimento, por US$ 4 bilhões. O mais caro e o preferido da Defesa - e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - é o francês Rafale, avaliado em cerca de R$ 6 bilhões. Entre um e outro está o americano F-18 Super Hornet.
O governo condiciona a compra à transferência de tecnologia em todas as áreas. É aí que as negociações ficam diferentes. Os franceses oferecem acesso irrestrito ao conhecimento pretendido. Os suecos convidam os especialistas militares e a indústria Aeronáutica a uma parceria ampla. Os americanos esbarram na complexa legislação do setor e no poder do Congresso para vetar o atendimento às exigências.
Os acertos entre o então presidente Lula e seu colega francês, Nicolas Sarkozy, eram fáceis em abril de 2010. No dia 22, Lula recebeu um telefonema de Sarkozy, empenhado em garantir a preferência pelo Rafale. Diante de cinco pessoas, Lula convidou-o para passar férias em Fernando de Noronha - e foi convidado a descansar no Vale do Loire. Riram e contaram piadas.
O clima desandou em maio. Lula liderou a proposta ao Irã para troca de urânio. De ambos os lados os convites foram esquecidos. O encontro de trabalho entre os dois, previsto para dezembro, não houve. E a decisão do F-X2 ficou para Dilma Rousseff.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Carlo M. Cipolla
-
- Sênior
- Mensagens: 13539
- Registrado em: Sáb Jun 18, 2005 10:26 pm
- Agradeceu: 56 vezes
- Agradeceram: 201 vezes
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Um caça nacional..., claro que me agrada(como não?), mas era uma decisão para ter sido tomada em 2005, e não agora, o que obrigaria/obrigará, a mais um gap file, e enquanto isso podemos esperar já para este ano, a aquisição do Su 35 pela FAV.AlbertoRJ escreveu:Força Militar: Mira no caça nacional
POR MARCO AURÉLIO REIS
Rio - Pressão internacional por todos os lados fez o governo Dilma Rousseff arremeter o processo de compra de 36 novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). O negócio que vai custar de US$ 4 bilhões a US$ 7 bilhões (R$ 6,7 bilhões a R$ 11,7 bilhões) ganhou agora uma sinalização mais clara que dele terá que nascer um caça de quinta geração totalmente desenvolvido no Brasil, uma espécie de independência nacional em relação a ponto tão estratégico de nossa defesa aérea. A lista com três três aviões selecionados (Rafale francês, F/A-18 E/F norte-americano e o Gripen NG sueco) pode ganhar mais dois concorrentes. Missão nesse sentido foi feita pela Rosoboronexport, que projeta o russo Sukhoi, o SU-35. O grupo conseguiu com o governo a abertura para apresentar uma proposta que será analisada pela FAB. Missão idêntica partiu dos italianos pelo Eurofighter. De sua parte os norte-americanos voltaram a acenar com a improvável abertura da tecnologia de seu caça F/A-18 E. Até missão do Congresso dos EUA desembarcou aqui. A aposta dos amigos da coluna, no entanto, ainda é por uma decisão política pelo Rafale.
MAIS SEIS MESES
A presidenta Dilma sinalizou que só tomará a decisão sobre os novos caças após ouvir o Conselho Nacional de Defesa. Com isso, a escolha fica para julho e os gastos para 2012.
RESPONSABILIDADE
Ao condicionar a decisão à reunião do Conselho, Dilma dividirá a responsabilidade pela compra com o vice-presidente, ministros e presidentes da Câmara e Senado.
http://odia.terra.com.br/portal/economi ... 39219.html
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
- NovaTO
- Sênior
- Mensagens: 1251
- Registrado em: Dom Set 06, 2009 10:37 pm
- Agradeceu: 5 vezes
- Agradeceram: 47 vezes
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
A nota do Estadão tem um problema de preço, comparando o Gripen em US$ com o Rafale em R$.. Se converter esses R$6 bilhões para Euros, haja subsidio francês.
Das duas uma: Decide de uma vez o FX-2 até Junho, ou reformula de uma vez, adotando o 5ª geração como padrão, e um caça secundário para GAP filler:
F-16CB50(com atualizações do F-16IN)+F-35A/C ;
SU-35/PAKFA
Gripen C/D(com atualização do NG)+Programa FS2020.
Atrasar em um ano sem mudanças no FX-2, todos perdem.
Abraços
Das duas uma: Decide de uma vez o FX-2 até Junho, ou reformula de uma vez, adotando o 5ª geração como padrão, e um caça secundário para GAP filler:
F-16CB50(com atualizações do F-16IN)+F-35A/C ;
SU-35/PAKFA
Gripen C/D(com atualização do NG)+Programa FS2020.
Atrasar em um ano sem mudanças no FX-2, todos perdem.
Abraços
-
- Sênior
- Mensagens: 4579
- Registrado em: Dom Jul 15, 2007 4:29 pm
- Agradeceram: 455 vezes
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
O bom é que nem é preciso correr.Lord Nauta escreveu:Para o FX.2: F5 M já.
Sds
Lord Nauta
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Vejam as partes que destaquei, como uma pode falar tanta asneira! E o outro uma coisa tão óbvia, o Governo sempre pode fazer essas coisas, PORQUE NÃO É UMA LICITAÇÂO! Por ser uma compra direta, política, que nunca esteve restrita ao processo seletivo da FAB, sempre foi algo precário, porém, é certo que uma ação da forma mais radical, teria consequências desastrosas para a FAB. Do ponto de vista da credibilidade da Força.Penguin escreveu:Postei no tópico errado. Agora no correto.
FSP, 23/01
Obedece quem tem juízo
Eliane Cantanhêde
BRASÍLIA - Apesar de Dilma Rousseff e Nelson Jobim terem acertado os ponteiros e estarem dialogando fluidamente, a posição de Jobim no governo já foi bem mais confortável - quando o presidente era Lula.
Jobim encontrou a Defesa em polvorosa, numa bagunça indescritível. Trocou uns chefes, enquadrou outros, arrumou a casa. É considerado o primeiro ministro da Defesa de fato na história deste país.
Para tanto, Jobim pediu e obteve carta branca de Lula, que gosta de empurrar decisões e abacaxis com a barriga e adorou jogar os militares para no colo do ministro.
Assim, Jobim tratou as Forças Armadas como um feudo seu. Criou a Estratégia Nacional de Defesa, definiu programas bilionários para Marinha, Aeronáutica e Exército - nesta ordem - e reformulou toda a organização militar para reforçar a posição do... próprio ministro.
Ocorre que Lula é Lula, e Dilma é Dilma. Ela tem uma lealdade canina -ou seria feminina?- ao ex-chefe e mentor, mas tem lá seu estilo, seu gosto pela gestão e pelo poder. Se Lula permitia e até agradecia a existência de feudos, especialmente o da Defesa, com a nova presidente não funciona assim. Ela quer saber tudo, acompanhar tudo, cobrar tudo, ter certeza do que está decidindo e assinando.
Trocando a metáfora: Jobim cantava de galo na área militar; agora não canta mais. Ele queria comprar os caças da FAB no governo Lula, mas Dilma vetou. Disse que seria em janeiro, mas Dilma adiou. Fez seu próprio parecer, mas Dilma quis ver o da FAB. Tentou continuar sendo o único interlocutor do presidente na sua área, mas Dilma abriu as portas para conversas a sós com os comandantes.
A comunicação da presidente com seu ministro vai bem, até porque ela, apesar de nascida em Minas, fala gauchês tão bem quanto Jobim. Mas ficou claro que ele não decide mais sozinho. Agora, quem manda é ela. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Dúvidas no ar
Arrasta-se há mais de uma década, em velocidade de teco-teco, a licitação para escolher os novos caças da Força Aérea Brasileira.
Em 2001, o governo FHC anunciou o projeto F-X, que previa gasto de US$ 700 milhões (R$ 1,8 bilhão na época) para a compra de 12 a 24 caças. Em nome do Fome Zero, Luiz Inácio Lula da Silva suspendeu o programa em 2003, para cancelá-lo em 2005.
Nova licitação foi lançada em 2008, com requisitos totalmente distintos e a conta estimada em não menos que US$ 6 bilhões (R$ 10 bilhões), para a aquisição de 36 aviões, armas e logística. No que parecia ser a reta final, a escolha ficou entre o sueco Saab Gripen NG, o francês Rafale e o norte-americano Boeing F-18.
Foi então que, nas comemorações do Sete de Setembro de 2009, ao receber o presidente da França, Nicolas Sarkozy, Lula anunciou, para estupefação dos concorrentes e da própria Aeronáutica, a escolha do Rafale. O Palácio do Planalto recuou, mas a trapalhada política estava consumada.
O relatório técnico da Força Aérea Brasileira colocava o avião francês na última colocação. O escolhido, valessem apenas critérios objetivos estipulados pela FAB, teria sido o caça sueco.
Desde então, o que se viu foram piruetas do governo para justificar a opção pelo Rafale. A explicação seria a "parceria estratégica" com a França, fruto de um acordo, firmado em 2009, que prevê a entrega de quatro submarinos convencionais, base, estaleiro e o desenvolvimento de um modelo de propulsão nuclear, por R$ 17 bilhões.
Agora, a presidente Dilma Rousseff adiou uma vez mais a definição. Pesaram as contas públicas. De fato, não faz sentido anunciar gastos com caças quando se propõem cortes no Orçamento da ordem de R$ 40 bilhões.
O adiamento pode dar chance a uma reavaliação: afinal, por que a França deve ser a parceira estratégica do Brasil em questões militares? E por que temos que nos comprometer a comprar armamentos franceses mesmo contra o parecer técnico das Forças Armadas?
------------------------------------------------------
Estado SP, 23/01
Planalto traça 3 planos para compra de caças
Roberto Godoy
A escolha do novo caça de tecnologia avançada da Força Aérea, o processo F-X2, deve ser decidido até julho, tem dito o ministro da Defesa, Nelson Jobim. A decisão está na agenda de 2011 da presidente Dilma.
O Planalto considera três hipóteses para o contrato, que prevê a compra inicial de 36 caças, podendo chegar a 120 até 2027: manter a F-X2 como está, adiar a decisão por um ano ou, em ação radical, encerrar essa operação e abrir outra imediatamente, uma espécie de F-X3 de prazo curto, única forma de admitir novos participantes.
A medida, todavia, traria desgaste diplomático. A seleção já dura 15 anos. Os três concorrentes são patrocinados por seus governos e têm investido pesado em estruturas locais de acompanhamento e de informação. O cientista social Gunther Rudzit, especialista em relações internacionais, alerta: "A imagem do Brasil será arranhada - e a postura da nossa diplomacia será questionada, afetando a aura de eficiência e profissionalismo que o Itamaraty sempre teve".
Novos aviões. A entrada de outros competidores foi bem recebida no mercado especializado. A americana Lockheed-Martin não esconde a disposição de levar à mesa de negociações o F-35 Lightning, o mais avançado caça de múltiplo emprego em produção regular no mundo.
Será o próximo avião principal dos EUA, com versões para a força aérea e a aviação naval. Construído com materiais e recursos eletrônicos stealth, para escapar da detecção por radar ou sensores laser, é tão moderno que só começa a ser entregue em 2016. É caro, mas o preço está em queda: começou em US$ 89 milhões cada e chegará a US$ 73 milhões, resultado da fabricação em larga escala - 2.376 unidades vendidas para EUA, Austrália, Canadá, Itália, Dinamarca, Holanda, Noruega, Israel, Turquia e Grã-Bretanha. Outra vez, a dificuldade será a transferência de tecnologia.
Há outros pretendentes na F-X2. A Rússia, com o Su-35 e futuro Su-50. E a União Europeia, por meio do Typhoon Eurofighter. A proposta de menor valor é a da sueca Saab, que oferece o Gripen NG, em desenvolvimento, por US$ 4 bilhões. O mais caro e o preferido da Defesa - e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - é o francês Rafale, avaliado em cerca de R$ 6 bilhões. Entre um e outro está o americano F-18 Super Hornet.
O governo condiciona a compra à transferência de tecnologia em todas as áreas. É aí que as negociações ficam diferentes. Os franceses oferecem acesso irrestrito ao conhecimento pretendido. Os suecos convidam os especialistas militares e a indústria Aeronáutica a uma parceria ampla. Os americanos esbarram na complexa legislação do setor e no poder do Congresso para vetar o atendimento às exigências.
Os acertos entre o então presidente Lula e seu colega francês, Nicolas Sarkozy, eram fáceis em abril de 2010. No dia 22, Lula recebeu um telefonema de Sarkozy, empenhado em garantir a preferência pelo Rafale. Diante de cinco pessoas, Lula convidou-o para passar férias em Fernando de Noronha - e foi convidado a descansar no Vale do Loire. Riram e contaram piadas.
O clima desandou em maio. Lula liderou a proposta ao Irã para troca de urânio. De ambos os lados os convites foram esquecidos. O encontro de trabalho entre os dois, previsto para dezembro, não houve. E a decisão do F-X2 ficou para Dilma Rousseff.
Já o texto da Castanhede é um desastre, ele ignora tudo que foi feito no MD, e as necessidades das FA´s. Tudo isso para dizer que o NJ foi quem fez tudo sozinho, até a END, quem conhece o processo, minimamente, sabe que isso é um absurdo.
[]´s
- Skyway
- Sênior
- Mensagens: 11166
- Registrado em: Seg Jun 19, 2006 1:40 pm
- Agradeceu: 24 vezes
- Agradeceram: 266 vezes
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Obrigado Soultrain!Fantástico post Sky, enquanto o li veio-me a lembrança de como era o DB, sempre com discussões acirradas e quentes, argumentos inteligentes e boa disposição. Impossível desde a entrada simultânea de vários membros que só postam neste tópico e em nada contribuem para o crescimento deste espaço, porque não debatem.
Admira-me como alguns membros mais antigos os defendem, ou talvez não. Acredito que se soubesse os meandros não ficaria tão admirado.
Muito obrigado por me fazer relembrar esse tempo, deste Typhoon fan!!! A verdade é que a paixão pelo EF esmoreceu...
Grande abraço
Pois é, isso que muita gente não percebe ou se acostumou. O que era o DB antes e depois que essa turma entrou é algo cristalino.
Um forte abraço!
AD ASTRA PER ASPERA
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Por sinal, vejam que o foco não objetiva apenas o FX-2, se começa a passar uma idéia de que estamos gastando demais com grandes programas de armas, e que nossas FA´s não precisam, começam a atacar a END, obra do Jobim, como se comprar de prateleira fosse mais barato e prático, as mesmas idéias dos vendidos, dos quinta colunas, dos que gostam do rabo preso, então resta fazer esse tipo de campanha suja, querendo colocar todos no mesmo barco, que ToT´s não são possíveis, que construir localmente é caro, etc... Voltamos as mesmas falácias defendidas por estrangeiros ou os silvícolas colonizados! Dá nojo(parte XXX)!
Os argumento vão juntando todo tipo de idiotices, desde o NJ é um ditador, estragos das chuvas, brigas internas do GF, enfim, um saco de gatos que ofende nossa inteligência.
[]´s
Os argumento vão juntando todo tipo de idiotices, desde o NJ é um ditador, estragos das chuvas, brigas internas do GF, enfim, um saco de gatos que ofende nossa inteligência.
[]´s
-
- Intermediário
- Mensagens: 133
- Registrado em: Qua Dez 16, 2009 3:20 pm
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Faz tempo que não escrevo nada, principalmente porque acredito que não tenho nada acrescentar no debate.
Hoje, depois de ler mais de 8 páginas, gostaria de externar minha opinão: Não precisamos ser especialistas em defesa ou mesmo ser experts em tecnologia para enteder que o que esta em jogo , mais que nunca , é a questão comercial e mais que isso, a geopolitica, como bem diz o Sr Marino.........O Brasil não é mais um sem importância qualquer, estamos entre as dez maiores economias do mundo e um dos maiores esportadores de comodites, alimentares e minerais, falta-nos representatividade, e por isso acho que a França perdeu,ou esta para perder a oportunidade de continuar sendo a grande parceira do desenvolvimento politico/militar do Brasil , vejam o que esta acontecendo:
Brasil rejeita controle de preço de matérias-primas
Assis Moreira | De Genebra
21/01/2011Text Resize
Texto:-A +A ...CompartilharImprimirEnviar por e-mail ..O Brasil quer matar no nascedouro propostas de criação de estoques reguladores internacionais de commodities agrícolas ou de controle de preços. O país já avisou o G-20 que não aceitará limites ou controles. Tampouco apoiará a criação dos estoques regionais de alimentos, tema que a França planeja colocar no centro da agenda do grupo, junto com a questão cambial. Para os franceses, a alta dos alimentos, que causou revoltas há dois anos e agora ajudou a derrubar o ditador da Tunísia, exige estrita regulação dos mercados de commodities.
O Brasil sinalizou que concorda com a discussão, por exemplo, para evitar que especuladores adquiram posição dominante no mercado. Mas excluiu a possibilidade de controle de cotações. "Quando os preços estão baixos, ninguém fala disso", disse uma fonte brasileira.
No caso dos estoques regionais, que seriam controlados pela FAO, o Brasil vê problemas de concessão de subsídios em sua formação. "Achamos que o G-20 deva apenas fazer um diagnóstico da situação", afirmou o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey. A delegação brasileira deixou clara a posição na reunião de vice-ministros de Finanças do G-20 sob a presidência francesa, em Paris.
Hoje haverá outra reunião de altos funcionários do grupo, desta vez em Berlim, onde a posição brasileira sobre estoques deverá estar em consonância com a dos Estados Unidos. Ambos acham que cada país deve cuidar de seu próprio estoque alimentar e não criar uma Conab internacional.
A França quer organizar um encontro de ministros de Agricultura do G-20 nos dias 22 e 23 de junho, em Paris, para discutir segurança alimentar. Mas pensa em chamar também os ministros de Finanças, já que a alta de preços tem impacto na inflação de vários países.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, faz pressão na União Europeia para Bruxelas criar um mecanismo europeu de controle de preços. Os franceses também tentarão impor alguma regulação no G-20, para evitar que especuladores causem mais turbulências nos mercados.
O fluxo líquido de investimentos financeiros em índices de matérias-primas alcançou US$ 60 bilhões em 2010. O total sob gestão chegou a US$ 360 bilhões, em comparação com US$ 10 bilhões há dez anos. Essas cifras dão uma ideia do peso dos investidores no mercado e sua capacidade de influenciar os preços.
No entanto, estudo da OCDE, revelado pelo Valor, mostrou que a volatilidade dos preços das matérias-primas não é muito diferente da registrada nos últimos 50 anos para vários produtos
Hoje, depois de ler mais de 8 páginas, gostaria de externar minha opinão: Não precisamos ser especialistas em defesa ou mesmo ser experts em tecnologia para enteder que o que esta em jogo , mais que nunca , é a questão comercial e mais que isso, a geopolitica, como bem diz o Sr Marino.........O Brasil não é mais um sem importância qualquer, estamos entre as dez maiores economias do mundo e um dos maiores esportadores de comodites, alimentares e minerais, falta-nos representatividade, e por isso acho que a França perdeu,ou esta para perder a oportunidade de continuar sendo a grande parceira do desenvolvimento politico/militar do Brasil , vejam o que esta acontecendo:
Brasil rejeita controle de preço de matérias-primas
Assis Moreira | De Genebra
21/01/2011Text Resize
Texto:-A +A ...CompartilharImprimirEnviar por e-mail ..O Brasil quer matar no nascedouro propostas de criação de estoques reguladores internacionais de commodities agrícolas ou de controle de preços. O país já avisou o G-20 que não aceitará limites ou controles. Tampouco apoiará a criação dos estoques regionais de alimentos, tema que a França planeja colocar no centro da agenda do grupo, junto com a questão cambial. Para os franceses, a alta dos alimentos, que causou revoltas há dois anos e agora ajudou a derrubar o ditador da Tunísia, exige estrita regulação dos mercados de commodities.
O Brasil sinalizou que concorda com a discussão, por exemplo, para evitar que especuladores adquiram posição dominante no mercado. Mas excluiu a possibilidade de controle de cotações. "Quando os preços estão baixos, ninguém fala disso", disse uma fonte brasileira.
No caso dos estoques regionais, que seriam controlados pela FAO, o Brasil vê problemas de concessão de subsídios em sua formação. "Achamos que o G-20 deva apenas fazer um diagnóstico da situação", afirmou o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey. A delegação brasileira deixou clara a posição na reunião de vice-ministros de Finanças do G-20 sob a presidência francesa, em Paris.
Hoje haverá outra reunião de altos funcionários do grupo, desta vez em Berlim, onde a posição brasileira sobre estoques deverá estar em consonância com a dos Estados Unidos. Ambos acham que cada país deve cuidar de seu próprio estoque alimentar e não criar uma Conab internacional.
A França quer organizar um encontro de ministros de Agricultura do G-20 nos dias 22 e 23 de junho, em Paris, para discutir segurança alimentar. Mas pensa em chamar também os ministros de Finanças, já que a alta de preços tem impacto na inflação de vários países.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, faz pressão na União Europeia para Bruxelas criar um mecanismo europeu de controle de preços. Os franceses também tentarão impor alguma regulação no G-20, para evitar que especuladores causem mais turbulências nos mercados.
O fluxo líquido de investimentos financeiros em índices de matérias-primas alcançou US$ 60 bilhões em 2010. O total sob gestão chegou a US$ 360 bilhões, em comparação com US$ 10 bilhões há dez anos. Essas cifras dão uma ideia do peso dos investidores no mercado e sua capacidade de influenciar os preços.
No entanto, estudo da OCDE, revelado pelo Valor, mostrou que a volatilidade dos preços das matérias-primas não é muito diferente da registrada nos últimos 50 anos para vários produtos
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Wellington escreveu:Faz tempo que não escrevo nada, principalmente porque acredito que não tenho nada acrescentar no debate.
Hoje, depois de ler mais de 8 páginas, gostaria de externar minha opinão , não precisamos ser especialistas em defesa ou mesmo ser experts em tecnologia para enteder que o que esta em jogo , agora, mais que nunca , é a questão comercial e mais que isso, a geopolitica, como bem diz o Sr Marino.........O Brasil não é mais um sem importância qualquer, estamos entre as dez maiores economias do mundo e um dos maiores esportadores de comodites, alimentares e minerais, falta-nos representatividade, e por isso acho que a França perdeu a oportunidade de continuar sendo a grande parceira do desenvolvimento politico/militar do Brasil , vejam o que esta acontecendo .
Brasil rejeita controle de preço de matérias-primas
Assis Moreira | De Genebra
21/01/2011Text Resize
Texto:-A +A ...CompartilharImprimirEnviar por e-mail ..O Brasil quer matar no nascedouro propostas de criação de estoques reguladores internacionais de commodities agrícolas ou de controle de preços. O país já avisou o G-20 que não aceitará limites ou controles. Tampouco apoiará a criação dos estoques regionais de alimentos, tema que a França planeja colocar no centro da agenda do grupo, junto com a questão cambial. Para os franceses, a alta dos alimentos, que causou revoltas há dois anos e agora ajudou a derrubar o ditador da Tunísia, exige estrita regulação dos mercados de commodities.
O Brasil sinalizou que concorda com a discussão, por exemplo, para evitar que especuladores adquiram posição dominante no mercado. Mas excluiu a possibilidade de controle de cotações. "Quando os preços estão baixos, ninguém fala disso", disse uma fonte brasileira.
No caso dos estoques regionais, que seriam controlados pela FAO, o Brasil vê problemas de concessão de subsídios em sua formação. "Achamos que o G-20 deva apenas fazer um diagnóstico da situação", afirmou o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey. A delegação brasileira deixou clara a posição na reunião de vice-ministros de Finanças do G-20 sob a presidência francesa, em Paris.
Hoje haverá outra reunião de altos funcionários do grupo, desta vez em Berlim, onde a posição brasileira sobre estoques deverá estar em consonância com a dos Estados Unidos. Ambos acham que cada país deve cuidar de seu próprio estoque alimentar e não criar uma Conab internacional.
A França quer organizar um encontro de ministros de Agricultura do G-20 nos dias 22 e 23 de junho, em Paris, para discutir segurança alimentar. Mas pensa em chamar também os ministros de Finanças, já que a alta de preços tem impacto na inflação de vários países.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, faz pressão na União Europeia para Bruxelas criar um mecanismo europeu de controle de preços. Os franceses também tentarão impor alguma regulação no G-20, para evitar que especuladores causem mais turbulências nos mercados.
O fluxo líquido de investimentos financeiros em índices de matérias-primas alcançou US$ 60 bilhões em 2010. O total sob gestão chegou a US$ 360 bilhões, em comparação com US$ 10 bilhões há dez anos. Essas cifras dão uma ideia do peso dos investidores no mercado e sua capacidade de influenciar os preços.
No entanto, estudo da OCDE, revelado pelo Valor, mostrou que a volatilidade dos preços das matérias-primas não é muito diferente da registrada nos últimos 50 anos para vários produtos
Não vejo o que nessa proposta seja contra nossos interesses, a França também propôs uma regulamentação internacional sobre os fluxos financeiros e o imposto mundial sobre eles, para financiar outras necessidades. Ambas as propostas são interessantes, porém, não creio que sejam executáveis.
Por sinal, as posições francesas que poderiam ser prejudiciais a nós, EUA e Rússia estavam no mesmo lado. Assim, não acho que seja por aí, a nossa posição contra a Inglaterra ainda é pior. Enfim, se o FX for decidido por esse prisma, não vamos escolher nenhuma caça!
[]´s
-
- Sênior
- Mensagens: 1290
- Registrado em: Dom Out 18, 2009 2:18 am
- Localização: Juiz de Fora _ MG
- Agradeceu: 78 vezes
- Agradeceram: 10 vezes
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Sabem como foi minha entrada no DB?
Estava usualmente chicoteando meus estagiários, qdo ouvi no monitor de programação sobre o fx2...e da escolha próxima. Eu, apesar de aficcionado pelo tema, ainda achava que os Flankers estavam no páreo.
No dia seguinte, um domingo, entrei na net para saber do assunto..e rosetei por quase todos os sites e fóruns que ví. Achei o Db e, por (eu) o considerar descaradamante o melhor, armei a barraca. Aqui eu poderia aprender, além de saber sim sobre o fx, dentre outros.
O que essa novelinha mala-pessoal tem a ver?
Que eu, assim com muitos aqui e outros porventura fomos atraídos pela movimentação de notícias na mídia.
E penso que esse engrossamento de interessados seja salutar, quiçá benvindo ao tema num país onde o mesmo sempre foi esquecido em porões.
Assim, é natural que os mais antigos, mais informados e acostumados ao ambiente DB, sintam estranheza quanto à diversidade de avatares e pitacos borrachudos que obviamente escapam das boca-de-forno dos novatos, convivas esses que crescem com o tempo e que ventilam o ambiente com boas novas, tomando um espaço antes demarcado.
Espero que fique claro que o grosso desses novatos ( e me posto nesse grupo ) não é lobista, nem ganha para estar na net. Investimos nossos tempos e tutanos no que achamos importante, e somos às vezes mestres, doutores, engenheiros, jornalistas, militares, advogados e empreendedores, brasileiros enfim.. ...e podemos acrescentar uma gotinha nesse oceano.
Mas isso não contradiz a máxima Tuliana, de que somos responsáveis pelo ambiente em que habitamos.
Abraço.
Estava usualmente chicoteando meus estagiários, qdo ouvi no monitor de programação sobre o fx2...e da escolha próxima. Eu, apesar de aficcionado pelo tema, ainda achava que os Flankers estavam no páreo.
No dia seguinte, um domingo, entrei na net para saber do assunto..e rosetei por quase todos os sites e fóruns que ví. Achei o Db e, por (eu) o considerar descaradamante o melhor, armei a barraca. Aqui eu poderia aprender, além de saber sim sobre o fx, dentre outros.
O que essa novelinha mala-pessoal tem a ver?
Que eu, assim com muitos aqui e outros porventura fomos atraídos pela movimentação de notícias na mídia.
E penso que esse engrossamento de interessados seja salutar, quiçá benvindo ao tema num país onde o mesmo sempre foi esquecido em porões.
Assim, é natural que os mais antigos, mais informados e acostumados ao ambiente DB, sintam estranheza quanto à diversidade de avatares e pitacos borrachudos que obviamente escapam das boca-de-forno dos novatos, convivas esses que crescem com o tempo e que ventilam o ambiente com boas novas, tomando um espaço antes demarcado.
Espero que fique claro que o grosso desses novatos ( e me posto nesse grupo ) não é lobista, nem ganha para estar na net. Investimos nossos tempos e tutanos no que achamos importante, e somos às vezes mestres, doutores, engenheiros, jornalistas, militares, advogados e empreendedores, brasileiros enfim.. ...e podemos acrescentar uma gotinha nesse oceano.
Mas isso não contradiz a máxima Tuliana, de que somos responsáveis pelo ambiente em que habitamos.
Abraço.
Editado pela última vez por gribel em Dom Jan 23, 2011 5:12 pm, em um total de 1 vez.
-
- Intermediário
- Mensagens: 133
- Registrado em: Qua Dez 16, 2009 3:20 pm
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Veja , não quero dizer que estamos em polos completamente opostos ao que a França diz ou defende, nem quero com isso eliminar a proposta francesa, quero apenas enfatizar a questão que mudamos de patamar.Somos grandes, temos dinheiro para gastar, estamos atrasados tecnologicamente e precisamos ganhar esse tempo.Mas nem por isso podemos prescindir de defender nosso ganha pão.