faterra escreveu:Pablo e Guerra.
Eu penso que as FA's deveriam ter batalhões de resgate especializado neste tipo de catástrofe, utilizando os que já existem hoje. Aliás, este tipo de operação já não é SAR? Todos os anos parte de nossas populações são fustigadas, mutiladas e mortas por enchentes, deslizamentos de morros, em maior ou menor grau, por negligência e irresponsabilidades de nossos governantes. Não bastasse isso, aliado ao conluio do Poder Judiciário que não coloca estes irresponsáveis na cadeia e ainda teremos de abrir mão do socorro rápido e eficiente que nossas FA's podem ou poderiam nos proporcionar? Ninguém é culpado por expor nossas deficiências, quando está em jogo a vida humana, pobre ou rica, moradora em lugar seguro ou de risco.
Aos governantes cabem, além de suas responsabilidades no planejamento de ocupação de terreno e muitas outras coisas, prover nossa Defesa Civil, voluntários e, principalmente nossas FA's de treinamento, equipamentos e acessórios para que eles possam exercer esta nobre e tão cara tarefa de salvar vidas.
Itens como helicópteros de resgate para pronto emprego diuturno e em qualquer tempo, pontes metálicas, barracas hospitais, de campanha, cozinha, kits para filtrar água, primeiros socorros, etc... etc... já deveriam fazer parte da primeira linha de apoio nestas tragédias em cada região deste país.
Vocês vão me desculpar, mas, se não pudermos contar com o apoio de nossas FA's , a tempo e a hora, a quem deveremos recorrer? Afinal, isto não será uma operação de guerra?
Faterra onde foi dito que as FFAAs não deveriam prestar ajuda? Quem em sã conciência diria algo desse tipo? O problema é que como sempre elas são o tampão! Quando deveriam estar apenas apoiando a logistica da operação e os verdadeiros especialistas em resgate.
E por que as deficiências so aparecem quando do acontecimento das tragédias? Onde estão os especialistas quando elas não ocorrem e deveriam justamente neste momento serem prevenidas?
E por que ao invéz de criar unidades e brigas militares para ajudar nestes casos, não se faz isso aumentando o número de bombeiros, comprando equipamentos decentes e que funcionem para os mesmos, ou quem sabe até criar algo nos moldes da FNSP porém com bombeiros e civis que trabalhem em resgate.
O que me intriga com estes notáveis especialistas pós-tragedia é que sequer tem conhecimento das cauasas para as quais apontam o dedo... por acaso algum deles sabe o tipo de operação logistica que se tem para armar um hospital de campanha? Se as condições permitiam um transporte da estrutura até a área mais atingida em tempo mais hábil? Os caras falam como se fosse apenas estalar os dedos e a coisa toda caisse de paraquedas ali quando tem N variaveis incluidas...
E creio que nenhum soldado (salvo os cabos, sargentos e oficiais que tenham curso de resgate) tenha conhecimento deste tipo de operação de risco, então eu penso que pra pegar um soldado ou recruta e mandar pra ajudar em uma causa assim deve-se pelomenos passar o minimo de instrução que pode demorar um ou dois dias para que o mesmo não tenha que ser mais um a ser resgatado.
E até onde eu sei o numero de operadores SAR é adequado para a nossa taxa de sinistros aéreos, e não para desastres deste vulto. Se conseguir reunir 50 pra ajudar é um numero estrondoso. Lembrando que ainda tem que ficar gente nas bases para cumprir as escalas de SAR tanto na FAB quanto na MB e EB (para não tapar ali e descobrir aqui).
Acho que com certeza qualquer General, Brigadeiro, e Almirante sonhou em ter meios e equipamentos para enviar em questão de horas e fazer a diferença, mas acordou tendo que resolver o problema de como fazer pra não dispensar os recrutas por falta de comida no rancho, ou tirar peça de qual aéronave para fazer as outras voarem.
Enquanto quem deveria trabalhar para que estas tragadias não acontencessem esta gastando o auxilio terno, as passagens e cartões corporativos, e deve estar feliz com o aumento de salario que votou no inicio do ano!
Um abraço e t+