Missão de Paz no Haiti

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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eligioep
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Re: Missão de Paz no Haiti

#2521 Mensagem por eligioep » Dom Nov 07, 2010 2:54 pm

Bolovo escreveu:Deve ser um inferno o controle de fronteira do Haiti com a Rep Dominicana.
Na fronteira, do lado Dominicano, nenhum haitiano passa, se não for para tratar de assunto de estado ou comerciante, TODOS já previamente cadastrados na repartição devida.
O que é um inferno é a fronteira dita "seca" através das montanhas. De longe se avista as trilhas pelos morros.
O problema é que uma vez tendo cruzado estes morros, você se encontra num deserto, na acepção total da palavra: seco, arenoso, cheio de cactos e sem vida, numa distância que varia de 30 a mais de 60 km de largura.
E os dominicanos não são nenhum pouco receptivos aos haitianos, pois estes vem e trabalham, literalmente, pela comida, tirando os empregos daqueles.
Então, se você cruzar a fronteira, não for pego por nenhuma patrulha do exército dominicano, atravessar o deserto e chegar em Santo Domingo (destino de todos, ou quase, quantos tentam cruzar a fronteira) ou outra cidade, talvez você morra de fome ou seja delatado à polícia nacional....
Difícil a vida para os emigrantes haitianos na Rep Dom, não acham???.... :shock:

PS: A ONU está movimentando alguns Batalhões para as montanhas, na fronteira, visando incrementar o combate à entrada de drogas, que também se utilizam destas vias...
E registrar a movimentação dos haitianos nestas áreas.




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Clermont
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Re: Missão de Paz no Haiti

#2522 Mensagem por Clermont » Sáb Nov 20, 2010 9:29 am

(pra mim, já está passando da hora de começar a empacotar o "matulão", na preparação para a saída do Haiti. Povo algum, tolera a presença de homens armados de países estrangeiros, por muito tempo, não importando a razão. Quanto tempo mais levará, até que os haitianos começem a atirar em soldados brasileiros? Além do mais, se o Brasil for ficar neste país, até que ele evolua para uma, digamos, Suíça (tá, estou exagerando, vamos dizer, "até que ele evolua para um Complexo do Alemão"), só sairemos na próxima Era Glacial...)

Violência obriga tropas da ONU a deixar ruas no Haiti, diz comandante - Oficial brasileiro que comanda tropas da missão concedeu entrevista ao G1. Grupos atribuem a estrangeiros epidemia de cólera e atacam militares.

Iara Lemos do G1, em Brasília, 19.11.10.


Pela primeira vez desde que o general brasileiro Luiz Guilherme Paul Cruz assumiu o comando das forças de paz das Nações Unidas no Haiti, em abril, as tropas que fazem o policiamento de Porto Príncipe, capital do país, tiveram de deixar as ruas, em razão da hostilidade contra os militares.Grupos de haitianos atribuem aos estrangeiros a epidemia de cólera que o país enfrenta e deflagraram uma onda de violência contra os militares.

A retirada ocorreu nesta quinta (18), mas os militares começaram gradativamente a retornar nesta sexta (19), informou Cruz em entrevista por telefone ao G1.

Segundo ele, a ordem foi para que os militares instalados em Porto Príncipe “evitassem enfrentamentos com a população”. O brasileiro comanda a missão formada por 9 mil militares de 19 países.

Haitianos culpam especificamente a missão do Nepal, que integra a Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), pela introdução do cólera pelo país.

Diante das acusações, a Minustah determinou a realização de uma série de exames na cidade de Mirabilis, onde estão instaladas as tropas do Nepal. Segundo o general, todos os exames descartaram a presença do vírus causador da cólera nas bases militares do país.

“Eu afirmo que a Minustah não é responsável [pela epidemia]. Eu estou baseado em exames médicos”, disse Cruz.

Em razão da epidemia, as manifestações contrárias à presença dos militares se intensificaram. Na quinta-feira, feriado da independência do país, a situação ficou ainda mais tensa, com militares sendo atacados com pedras e outros instrumentos por manifestantes que tomaram as ruas da capital.

“No dia de ontem, 18 de novembro, em que se comemora a batalha em que os haitianos venceram os franceses na sua independência, houve manifestações de toda ordem e aí, por motivos variados, elas até se tornaram motivos de violência. Isso aconteceu em Porto Príncipe e em Captien Haitien. Em Porto Príncipe, nós recomendamos a nossas tropas que saíssem das ruas para que não se tivesse possibilidade de enfrentamento”, afirmou Cruz.

“Eu entendo que, numa época de epidemia, as pessoas ficam com medo. E o que há de mais próximo é apontar o estrangeiro. E o mais fácil é apontar o soldado e dizer ele é o culpado. Ele é um estrangeiro, ele que trouxe a doença. E aí, uma vez feito isso, a percepção fica presente", declarou.

De acordo com o responsável pela Minustah, as tropas brasileiras já estão retomando os trabalhos nas ruas da cidade desde amanhã desta sexta. Alguns serviços de engenharia, como o de reconstrução de ruas, já puderam ser retomados.

Segundo Cruz, parte das tropas brasileiras foi deslocada também para auxiliar na cidade de Captien Haitien, localizada no norte do país, onde os protestos têm sido mais intensos.

“Hoje [sexta-feira] as coisas estão mais normais [...], as patrulhas já estão nas ruas. As tropas de engenharia trabalharam nas ruas, fizemos trabalho de asfalto durante a noite, continuaram as providências para a entrega do material eleitoral em diferentes pontos do país. Inclusive lá no norte, o comércio está aberto”, afirmou o general.

Segundo o general, até mesmo na região norte do país, onde a ONU suspendeu o envio de ajuda humanitária para a população nesta semana, a situação já está sendo normalizada.

De acordo com Cruz, a suspensão da ajuda foi feita a pedido do presidente do Haiti, René Preval, que queria solucionar com a própria população as manifestações que tomavam conta das cidades. Parte das estradas que levam para a região, segundo o militar, já começaram a ser desbloqueadas.

“Durante três dias, deixamos de enviar ajuda humanitária porque a estrada ficou interrompida. Hoje, fizemos a abertura da estrada. Nós recebemos o pedido do próprio governo para que evitar o confronto e eles tratassem na esfera política a manifestação. E isso foi feito”, afirmou Cruz.

Eleição presidencial

A eleição presidencial marcadas para o próximo dia 28 no Haiti terão um reforço diferenciado das tropas da Missão das Nações Unidas Estabilização do Haiti (Minustah). A eleição escolherá o sucessor do presidente René Preval.

Entre as decisões tomadas pelo general Luiz Guilherme Paul Cruz está a suspensão das folgas dos integrantes dos militares que integram a missão. Ao final de cada seis meses, os militares ganham o direito a um período de descanso, que com as eleições foi suspenso.

A restrição atinge os militares que estariam de folga até 15 dias antes e 15 dias depois das eleições.

“Desde o meio do ano, estamos preparando o apoio às eleições. A Minustah está bastante envolvida nisso, nós fazemos o apoio logístico e a parte de segurança. Isso está ocorrendo conforme o planejado. Já fizemos entrega do material em algumas regiões. No meio da semana que vem, vamos fazer a entrega em cada centro de votação e depois recolher para o centro de tabulação”, diz Cruz.

Ainda segundo a Minustah, parte das obras de engenharia desenvolvidas no país podem ser suspensas na próxima semana, que antecede o pleito. O objetivo seria contar com o apoio de todos os militares nas ações de segurança do país.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#2523 Mensagem por Penguin » Dom Jan 16, 2011 10:23 pm

16/01/2011 21h28 - Atualizado em 16/01/2011 21h58
Ex-presidente Jean-Claude Duvalier chega ao Haiti, informa a AFP
'Baby Doc' deixou o poder em 1986 e vivia no exílio na França.
Mais de US$ 100 milhões teriam sido desviados em seu governo.

Da France Presse

Imagem
Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, em foto de
março de 1982, quando presidia o Haiti (Foto: AFP)

O ex-presidente haitiano Jean-Claude Duvalier (1971-1986), tirado do poder por uma revolta popular, chegou neste domingo ao Haiti depois de 25 anos no exílio, constatou um jornalista da AFP.
Duvalier, usando um terno azul, estava acompanhado de sua esposa e passou pelos trâmites alfandegários depois de chegar ao aeroporto internacional de Porto Príncipe em um voo da Air France procedente de Paris.
Com 59 anos, o ex-ditador, apelidado "Baby Doc", vivia no exílio na França.
Em 2007, Jean-Claude Duvalier falou às rádios haitianas para pedir "perdão ao povo pelos erros cometidos" durante seu governo.
O presidente René Preval reagiu dizendo que se havia perdão, também havia justiça, pois o ex-ditador é acusado por desvio de fundos no exercício do poder.
As autoridades do Haiti consideram que mais de 100 milhões de dólares foram desviados sob o pretexto de obras sociais até a queda, em 1986, de "Baby Doc", que sucedeu, em 1971, seu pai François Duvalier, eleito presidente por via democrática em 1957.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#2524 Mensagem por Penguin » Seg Jan 17, 2011 9:22 am

OESP, 17/01

PESADELO SEM FIM
Ex-ditador Baby Doc retorna ao Haiti após 25 anos de exílio na França
Jean-Claude Duvalier chega inesperadamente em Porto Príncipe e é recebido por ex-funcionários
de seu governo e alguns simpatizantes; homem que roubou US$ 100 milhões e comandou uma
violenta ditadura nos anos 70 diz que chegou para ""ajudar""


Roberto Simon

O ex-ditador haitiano Jean-Claude Duvalier, o "Baby Doc", que aterrorizou o país entre 1971 e
1986, desembarcou ontem de maneira inesperada em Porto Príncipe. Recebido por um grupo de exfuncionários de seu governo, Baby Doc chega em meio a uma grave crise política.
"Vim para ajudar", disse o ex-ditador após desembarcar, às 17h30 (horário local), ao lado da
mulher, Veronique Roy, de um Airbus A320 da Air France, que veio de Paris e fez escala na ilha de
Guadalupe. Ao descer do avião, vestindo terno azul e gravata, Baby Doc se ajoelhou e beijou o solo.
Ele fugiu do país em 1986 após uma revolta popular. Desde então, vivia exilado em uma mansão
na Côte d"Azur, França.
Assim que a notícia de sua chegada foi divulgada, a TV haitiana exibiu um documentário sobre a
fuga de Baby Doc, embalada pela Cavalgada das Valquírias, do compositor alemão Wagner.
Durante seu período de exílio, Baby Doc, filho e herdeiro político de François Duvalier, o Papa
Doc (mais informações nesta página), manteve-se longe da imprensa. Em uma rara entrevista, em 2007,
ele pediu desculpas ao "povo haitiano" pelos "erros cometidos" no passado.
O presidente René Préval, que deve deixar o poder nos próximos meses, havia afirmado que
levaria Duvalier à Justiça caso o ex-ditador colocasse os pés em solo haitiano. Além de massacres, Baby
Doc é acusado de vários casos de corrupção e de ter surrupiado uma fortuna antes de bater em retirada.
Segundo informações de bastidores, Baby Doc teria negociado sua volta diretamente com o
primeiro-ministro do Haiti, Jean-Max Bellerive. O ex-ditador entrou com seu passaporte haitiano e não foi
preso.
Por precaução, o batalhão brasileiro da missão de paz da ONU entrou em alerta e intensificou
suas patrulhas durante o dia. Nenhum incidente havia sido registrado até ontem à noite.
Doação
Em fevereiro de 2010, ele prometeu fazer uma doação de US$ 5 milhões para a reconstrução do
Haiti. O dinheiro estava bloqueado em uma conta na Suíça e a Justiça local havia determinado a
devolução da fortuna porque, segundo a lei suíça, os crimes de Duvalier teriam prescrito. Na época,
Berna se apressou em dizer que manteria os recursos bloqueados enquanto não encontrasse uma
maneira de devolvê-los ao Haiti.
Militares brasileiros afirmam que a confusão causada por Duvalier não envolve diretamente a
Minustah, pois se trata de uma decisão judicial haitiana. O mandato da missão restringe-se a manter a
ordem no país. Portanto, só haverá envolvimento das tropas de paz se a chegada do ex-ditador levar os
haitianos às ruas em protestos violentos.
Em meio ao impasse político e ao clima de incerteza causado pela chegada de Duvalier, o
secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o chileno José Miguel Insulza, deve
desembarcar hoje em Porto Príncipe. Segundo o embaixador dos EUA no Haiti, Kenneth Merten, Insulza
discutirá com o presidente René Préval a implementação - e não a alteração - do relatório da OEA, que
muda o resultado do segundo turno.
Os EUA denunciaram a fraude e exigiram que um órgão independente recontasse os votos.
Segundo a OEA os registros eleitorais foram modificados, beneficiando o candidato do governo, Jude
Celestin. Mais de 200 locais de votação registraram comparecimento de 100%, enquanto a média
nacional ficou abaixo de 20%.

Para entender
A cleptocracia do clã Duvalier

O tormento causado pela família Duvalier começou em 1957, quando assumiu o poder o médico
sanitarista François Duvalier, conhecido pelo carinhoso apelido de Papa Doc (Papai Médico), por causa
de sua luta contra a malária. Seu governo foi marcado pela violência das milícias tontons-macoutes. Em
14 anos, a ditadura deixou 30 mil mortos e 15 mil desaparecidos Papa Doc só saiu da presidência morto,
em 1971, após ser coroado presidente vitalício e deixar o posto para o filho, Jean-Claude, o Baby Doc.
A política local, no entanto, continuou um desastre completo e os haitianos descobriram
que o que já era ruim poderia ficar pior.
A essa altura, a população do Haiti já deixava o país em bando, procurando embaixadas
estrangeiras ou simplesmente embarcando em qualquer objeto flutuante em direção a Miami. Ao longo
de 15 anos, estima-se que Baby Doc tenha roubado cerca de US$ 100 milhões antes de ser derrubado
por uma revolta popular, em 1986.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#2525 Mensagem por Marino » Qui Jan 27, 2011 10:37 am

Relato levanta suspeitas sobre morte de general no Haiti
Cristiano Romero | De Brasília
O presidente da República Dominicana, Leonel Fernandez, levantou a hipótese, durante encontro
com autoridades americanas, de o general Urano Teixeira da Matta Bacellar, que comandou as forças de
paz das Nações Unidas no Haiti, ter sido assassinado. Fernandez disse não acreditar que o militar
brasileiro tenha se matado, conforme concluíram investigação do Exército e laudo feito pelo Instituto
Médico Legal (IML) de Brasília. Bacellar foi encontrado morto na manhã do dia 7 de janeiro de 2006, num
quarto do hotel Montana, em Porto Príncipe, capital do Haiti. Apenas quatro dias depois, o IML informou,
depois de proceder a uma avaliação preliminar do ferimento encontrado no general, que ele se suicidou.
As afirmações do presidente dominicano constam de telegrama enviado a Washington pela
embaixada dos Estados Unidos em Santo Domingo e vazado agora pelo site WikiLeaks. Segundo o
documento, obtido pelo Valor, no encontro com o subsecretário assistente de Estado, Patrick Duddy,
Fernandez disse que, por razões políticas, o governo Lula tinha interesse em caracterizar a morte do
general como um suicídio.
"(...) Ele [Leonel Fernandez] acredita que o governo brasileiro está chamando a morte de suicídio
para proteger a missão de críticas internas. Um assassinato confirmado resultaria em clamores da
população brasileira pela retirada [das tropas] do Haiti", diz o telegrama. "O sucesso desta missão é vital
para o presidente Lula porque é parte do seu plano para obter um assento permanente no Conselho de
Segurança da ONU."
Fernandez disse que conheceu o general Bacellar pessoalmente e, por isso, o suicídio lhe
pareceu "improvável", vindo de um profissional do seu "calibre". Ele revelou que um grupo vinha atuando
no Haiti para criar o caos no país e que teria assassinado integrantes da Missão das Nações Unidas para
a Estabilização do Haiti (Minustah) - um canadense, um jordaniano e "agora o general brasileiro". O
presidente dominicano contou que um integrante brasileiro da Minustah chegou a matar um atirador
haitiano, supostamente integrante desse grupo. Ele lembrou que, ao visitar Porto Príncipe em dezembro
de 2005, sua delegação foi atacada por um grupo liderado pelo ativista haitiano Guy Philippe.
O subsecretário Patrick Duddy alegou que as evidências apontavam para o suicídio de Bacellar e
que as circunstâncias dos outros assassinatos desmentiam uma conspiração. O presidente insistiu.
"Fernandez elaborou um pouco mais a sua hipótese: houve um acobertamento de um assassinato e que
mais ataques ocorreriam. Ele foi firme nesta visão e repetiu o aviso", relata o telegrama. Em outro
documento, o então assessor internacional do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, afirmou que
mesmo que apenas um brasileiro morresse por violência no Haiti, e não por doença ou acidente, já
causaria turbulência no país. Segundo Garcia, "não há escassez de críticos", no Brasil, à missão no país
caribenho. A conversa, com diplomatas americanos, ocorreu no dia 8 de junho de 2005, antes, portanto,
da morte do general Bacellar.
No mesmo telegrama, o então subsecretário para assuntos políticos do Itamaraty, Antônio
Patriota, disse que o retorno de Jean Bertrand Aristide, presidente deposto em 2004, ao Haiti seria ruim
para o processo de pacificação do país. Segundo o relato americano, Patriota afirmou que "o mero fato
da existência de Aristide será sempre problemático em termos de sua influência" na sociedade haitiana.
Neste momento, Aristide, que vive exilado na África do Sul, tenta voltar ao Haiti, como já conseguiu o exditador
Jean Claude Duvalier, o Baby Doc. Patriota contou que obteve do governo sul-africano o
compromisso de não permitir que Aristide usasse o exílio para fazer política. O mesmo telegrama mostra
a pressão dos EUA para que as forças de paz lideradas pelo Brasil agissem com maior vigor no combate
à violência nas favelas de Porto Príncipe. As autoridades brasileiras reconheceram a crescente da
violência, mas não deram ao problema o mesmo grau de urgência.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Missão de Paz no Haiti

#2526 Mensagem por Zavva » Sex Jan 28, 2011 4:38 pm

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A chegada ao Haiti da enigmática figura d ex-ditador Jean-Claude “Baby Doc” Duvalier, herdeiro também de Jean-Claude Duvalier permanece em mistério.

A quem interessa este retorno? Interessa ao ex-ditador Jean-Claude “Baby Doc” Duvalier para tumultuar o sofrido país caribenho.

Mais intrigante é que Baby Doc, em exílio na França embarcou em um avião da Air France com um passaporte expedido em 2005 e vencido, pelo ex-governo Latourtue.

Canadá e Estados Unidos prontamente reagiram. O Brasil através do Itamaraty mantém-se mudo. Só comandante do BRABATT, coronel Ronaldo Lundgren afirmou: “Efeitos da volta de Baby Doc ao Haiti são imprevisíveis”.

Como alguém embarca em um avião, nos dias atuais, com um passaporte vencido? Em especial sob a ameaça de atos terroristas.

Enfim a quem interessa este retorno e a triste figura dos “Tonton Macoute”.

http://www.defesanet.net/blog/?p=114




F-X2: Alguns se preocupam com a presença de componentes americanos, eu me preocupo com a ausência de componentes brasileiros.
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Re: Missão de Paz no Haiti

#2527 Mensagem por Pablo Maica » Seg Fev 14, 2011 9:51 pm

Contingente da FAB esta usando Para-FAL no haiti... Alguem sabe o motivo de não estarem ocm os HK-33 ou com o SIG?

Por logistica é que não deve ser...


Um abraço e t+ :D




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Re: Missão de Paz no Haiti

#2528 Mensagem por Bolovo » Ter Fev 15, 2011 12:40 am

Pablo Maica escreveu:Contingente da FAB esta usando Para-FAL no haiti... Alguem sabe o motivo de não estarem ocm os HK-33 ou com o SIG?

Por logistica é que não deve ser...


Um abraço e t+ :D
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Re: Missão de Paz no Haiti

#2529 Mensagem por Francoorp » Ter Fev 15, 2011 1:11 am

cleptocracia...

Governo forte... líder honesto esse hein! :roll:

Esperar que nào gere tumultos demais esse retorno, aumentaria o risco para os nossos soldados!




As Nossas vidas não são nada, A Nossa Pátria é tudo !!!

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Re: Missão de Paz no Haiti

#2530 Mensagem por prp » Ter Fev 15, 2011 10:42 am

Eu ainda não vi os cubanos em busca da liberdade aqui em TBT :roll:

====
Haitianos vivem rotina de fome, falta de espaço e desilusão na Amazônia
Grupos de até 100 imigrantes moram em casas cedidas por moradores.
Alguns já arriscam palavras em português, mas não encontram emprego.

Luciana Rossetto Do G1, em Tabatinga (AM)
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Edeline Michel (Foto: Luciana Rosseto/G1)Edeline desabafa "aqui é pior que o Haiti"; sonho de haitianos é viajar para Manaus (Foto: Luciana Rossetto/G1)

O fluxo de imigrantes mudou a rotina de Tabatinga (AM), localizada na fronteira do Brasil com o Peru e a Colômbia. Vários grupos de até dez haitianos passam a manhã caminhando pelas ruas da região central se oferecendo para fazer bicos em troca de alguns trocados ou até de um prato de comida. Poucos têm sucesso.
saiba mais

* Haitianos viajam de avião, ônibus e barco por emprego na Amazônia
* Veja galeria de fotos

No horário do almoço, eles retornam para as casas que servem de alojamento. Algumas foram cedidas por moradores da cidade e abrigam até cem pessoas. Outros conseguiram alugar quartos pequenos que dividem com outros imigrantes. Passam o resto do dia sentados em frente às casas, pensando em como conseguir dinheiro e até comida.

Os haitianos começaram a chegar a Tabatinga, cidade na fronteira da Colômbia e do Peru, em novembro, depois de uma viagem de até dois meses por países da América Central e do Sul. Os imigrantes fogem da devastação provocada pelo terremoto ocorrido em 12 de janeiro de 2010 no Haiti.

Em um dos imóveis que abriga cerca de cem haitianos, Eliane Floreius é uma das cinco mulheres que tenta manter o local limpo. O cheiro azedo e a quantidade de lixo espalhada dentro e fora da casa revelam que o trabalho não é fácil. Como o trajeto até o Brasil é penoso, as famílias costumam economizar dinheiro para mandar os homens mais fortes para buscar trabalho.

“A mulher sempre tem medo de se arriscar, mas eu sou muito forte e corajosa. No meu caso, não tenho marido. Tenho três filhos pequenos e preciso sustentar meus pais. No Haiti, eu vendia roupas na rua e também trabalhava na lavoura de tabaco. Perdi tudo no terremoto e vim porque preciso ajudar meus parentes que ficaram lá”, diz.

Ela chegou no dia 28 de janeiro e procurou emprego como vendedora e até diarista em Tabatinga, mas não conseguiu nada. “Enquanto não arrumo o que fazer, vou tentando limpar a casa e lavar as roupas. Pena que não temos sabão”, afirma.
Terreiro da casa é usado como área de cozinha; todos espaços cobertos viram dormitóriosLu (Foto: Luciana Rossetto/G1)Terreiro da casa é usado como área de cozinha;
todos os espaços cobertos viram dormitórios
(Foto: Luciana Rossetto/G1)

Todo o espaço útil da casa é usado como dormitório pelos haitianos, que dormem lado a lado em colchonetes ou sobre lençóis no chão. As poucas roupas ficam penduradas em pregos e varais improvisados que passam de um canto ao outro do imóvel. Na casa há um banheiro e, para usá-lo, é necessário esperar em uma fila.

A cozinha é usada como quarto e os haitianos preparam as refeições em fogueiras, com panelas doadas por moradores. O alimento também é fruto de doação, mas geralmente não é suficiente para todos. Quem chega por último, não come. Se tiver dinheiro, consegue comprar alguma coisa e prepará-la na fogueira, mas sabe que terá de dividir.

“É essa nossa situação aqui. Temos que dormir todos juntos, torcendo para não chover porque há goteiras e para ninguém passar mal, porque senão pode sujar outra pessoa. Ficamos o dia inteiro sem comer. Saímos de uma desgraça e encontramos outra aqui”, diz Raymond Jean Baptiste, de 27 anos.
Aqui é pior que o Haiti, mas acho que ainda não estou no Brasil. Tabatinga não é Brasil, Manaus é"
Edeline Michel

Outro grupo de haitianos aluga quartos ainda em construção, de seis metros quadrados, por R$ 150 cada. No terreno, há quatro quartos que são ocupados por dez haitianos em média. Há três banheiros coletivos que ficam do lado de fora. A haitiana Edeline Michel divide o espaço com os compatriotas e não esconde a tristeza por não ter tido sucesso no Brasil.

“É apertado demais e temos muitos mosquitos também. Eu não consigo dormir direito, fico com medo. Aqui é pior que o Haiti, mas acho que ainda não estou no Brasil. Tabatinga não é Brasil, Manaus é”, diz.
Rota dos haitianos até Tabatinga (Foto: Editoria de Arte/G1)

Ela ajuda a preparar a comida em um fogão velho, que foi doado por um vizinho, enquanto chora de saudades dos três filhos, dos pais e da irmã. “Eu vim para cá em dezembro e não consegui ajudar minha família. Não liguei mais para eles porque estou com vergonha. O que eu faço para ter dinheiro aqui?”, diz.

Idioma
Os haitianos falam francês e crioulo, mas conseguem se comunicar bem em Tabatinga (AM). A maioria fala espanhol e arrisca algumas palavras em português durante uma conversa. Os imigrantes que já estão há mais tempo no país, cerca de quatro meses, já se mostram à vontade para usar a língua em muitas situações.

“Bom dia. Por favor, quero ir para Manaus. Dinheiro depois”, foi assim que o haitiano Eind Jean tentou conquistar a simpatia do piloto da embarcação de passageiros que segue para a capital do estado. Ele não conseguiu a carona, mas pretende insistir. “Estou no Brasil há quatro meses e acho que estou falando bem português. Às vezes, eu me confundo, falo francês, espanhol, uso as mãos, mas tenho certeza que todos me entendem”, explica.

Professor de matemática no Haiti, Reynald Baptist espera aprender bem o idioma português para continuar com a mesma carreira no Brasil. Ele chegou em novembro passado. “Sonho conseguir dar aulas no Brasil, mas acho que o governo só vai me dar emprego depois que eu falar bem português. Até lá, quero arrumar um emprego em loja ou qualquer lugar para ter o que mandar para minha família”, diz.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#2531 Mensagem por Pablo Maica » Ter Fev 15, 2011 12:41 pm

Bolovo escreveu:
Pablo Maica escreveu:Contingente da FAB esta usando Para-FAL no haiti... Alguem sabe o motivo de não estarem ocm os HK-33 ou com o SIG?

Por logistica é que não deve ser...


Um abraço e t+ :D
Sem duvida é logistica. É meia duzia de gato pingado no meio de um batalhao todo do EB.
Mas creio que com os fuzileiros la 5,56 é o que não falta Bolovo. Será que é tão complicado fazer esse abastecimento com os fuzileiros? (não é ironia, gostaria mesmo de uma opinião do pessoal que conhece mais logística).


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Re: Missão de Paz no Haiti

#2532 Mensagem por Bolovo » Ter Fev 15, 2011 4:57 pm

Mas é por isso mesmo. Acho que eles estão subordinados as tropas do EB e não do CFN.




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jauro
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Re: Missão de Paz no Haiti

#2533 Mensagem por jauro » Ter Fev 15, 2011 5:29 pm

Bolovo escreveu:Mas é por isso mesmo. Acho que eles estão subordinados as tropas do EB e não do CFN.
O CFN também é tropa do BRABAT/1.
Só não são subordinados ao BBT/1: O BRAENGCOY, o BBT/2 e as tropas estrangeiras.
Logísticamente falando, o comando operacional, não implica em comando ou cadeia logística, podendo ser separados.
E é o caso lá.
Meu filho está voltando de lá amanhã no último contingente da 5ªRM/DE e me falou que a Cia da 7ªRM/DE foi que rendeu a dele (1ª/BRABAT/1/13) e que esta enquadrava o PelFuz/Ae, dotados de P/FAL, mas por livre arbítrio dos fuzileiros aéreos.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#2534 Mensagem por prp » Ter Fev 15, 2011 6:18 pm

jauro escreveu:
Bolovo escreveu:Mas é por isso mesmo. Acho que eles estão subordinados as tropas do EB e não do CFN.
O CFN também é tropa do BRABAT/1.
Só não são subordinados ao BBT/1: O BRAENGCOY, o BBT/2 e as tropas estrangeiras.
Logísticamente falando, o comando operacional, não implica em comando ou cadeia logística, podendo ser separados.
E é o caso lá.
Meu filho está voltando de lá amanhã no último contingente da 5ªRM/DE e me falou que a Cia da 7ªRM/DE foi que rendeu a dele (1ª/BRABAT/1/13) e que esta enquadrava o PelFuz/Ae, dotados de P/FAL, mas por livre arbítrio dos fuzileiros aéreos.
Interessante, muito interessante.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#2535 Mensagem por Pablo Maica » Ter Fev 15, 2011 7:04 pm

Valeu Jauro! :wink:


Um abraço e t+ :D




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