Eles estão rodando o país firmando esses convênios pra atrair gente lá pra dentro. Nos próximos 5 anos, eles vão ter coisa de 400 profissionais em idade (e tempo de trabalho) de aposentadoria. Estão inclusive fazendo um programa de mestrado e doutorado pra deixar a coisa mais atraente. Sobre os cabeçudos eu não sei, porque não aboradarm isso quando falaram com a gente. Mas eu trabalharia lá tranquilamente. É só eu me formar e esperar um concursinho por aí....Brasileiro escreveu:Cara, o IAE precisa de MUUITA gente... Centenas, algo próximo de mil, só o "urgente", porque mais pre frente vão precisar de mais ainda.
Vão ter que dar um jeito de abrir um concursão e depois treinar esse pessoal para continuar com o que já está sendo feito.
Além de pesquisadores, precisam de engenheiros propriamente ditos, que não vão estar lá em busca de títulos acadêmicos, mas matar os leões que aparecerem, de forma objetiva. Isso talvez vá de encontro com a estratégia que querem fazer de repatriar alguns cientistas.
Mais do que repatriar, talvez seja interessante trazer uma meia dúzia de 'cabeçudos' lá da Rússia, dos EUA, da China ou até do Irã para nos quebrar um galho, com a experiência deles, no nosso programa espacial. Foi isso que fez o CEITEC na área de semicondutores, o chefe deles, se não me engano é um experiente alemão.
Pra fazer um foguete como o VLS-Beta muita coisa nós já dominamos, mas precisamos de gente para fazer acontecer. Sensores inerciais, controle de vôo, materiais, etc, tudo isso já não é nada tão de outro mundo como já foi antigamente. Mas precisamos de gente, muita gente.
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Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Estou voltando hoje de merecidas férias, e embora cansado da viagem não posso deixar de colocar a minha opinião:glauberprestes escreveu:Eles estão rodando o país firmando esses convênios pra atrair gente lá pra dentro. Nos próximos 5 anos, eles vão ter coisa de 400 profissionais em idade (e tempo de trabalho) de aposentadoria. Estão inclusive fazendo um programa de mestrado e doutorado pra deixar a coisa mais atraente. Sobre os cabeçudos eu não sei, porque não aboradarm isso quando falaram com a gente. Mas eu trabalharia lá tranquilamente. É só eu me formar e esperar um concursinho por aí....Brasileiro escreveu:Cara, o IAE precisa de MUUITA gente... Centenas, algo próximo de mil, só o "urgente", porque mais pre frente vão precisar de mais ainda.
Vão ter que dar um jeito de abrir um concursão e depois treinar esse pessoal para continuar com o que já está sendo feito.
Além de pesquisadores, precisam de engenheiros propriamente ditos, que não vão estar lá em busca de títulos acadêmicos, mas matar os leões que aparecerem, de forma objetiva. Isso talvez vá de encontro com a estratégia que querem fazer de repatriar alguns cientistas.
Mais do que repatriar, talvez seja interessante trazer uma meia dúzia de 'cabeçudos' lá da Rússia, dos EUA, da China ou até do Irã para nos quebrar um galho, com a experiência deles, no nosso programa espacial. Foi isso que fez o CEITEC na área de semicondutores, o chefe deles, se não me engano é um experiente alemão.
Pra fazer um foguete como o VLS-Beta muita coisa nós já dominamos, mas precisamos de gente para fazer acontecer. Sensores inerciais, controle de vôo, materiais, etc, tudo isso já não é nada tão de outro mundo como já foi antigamente. Mas precisamos de gente, muita gente.
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Infelizmente acho muito difícil que qualquer desenvolvimento sério na área de foguetes venha a ser algum dia realizado no âmbito do IAE, a menos que toda a estrutura do instituto seja virada de cabeça para baixo. O IAE funciona já há muito tempo como um centro de pesquisa pura, onde os trabalhos tem sobretudo enfoque acadêmico e por isso precisam focar novas áreas de desenvolvimento, o que absolutamente não é o caso no projeto de foguetes acionados por propelentes químicos desde a década de 1970. Criar cursos de mestrado e principalmente de doutorado para atrair pessoal só vai piorar mais ainda este quadro, engessando o pessoal durante anos e anos em trabalhos que pouco ou nada terão a ver com foguete algum.
A aeronáutica realmente tem razão em querer abandonar o VLS-1 e partir para o beta, muito maior e mais racional, mas para isso precisará de uma estrutura muito diferente da existente no IAE, e muito mais focada em engenharia, integração e gerenciamento, usando os pesquisadores do IAE apenas como consultores em algumas áreas bem específicas. Não sei se dá para construir algo assim dentro do próprio IAE, os conflitos de competência, subordinação e decisão seriam muito grandes.
Se perguntassem a minha opinião, eu sugeriria a criação de um novo órgão, que funcionasse mais como uma empresa, com um cronograma a cumprir e um orçamento alocado para isso, e não um instituto de pesquisa. E nenhuma tese ou trabalho acadêmico deveria ser sequer permitido antes do primeiro vôo bem sucedido do foguete. Se alguém do IAE quisesse se transferir para esta empresa poderia até contar com um aumento de salário, mas teria que se enquadrar no esquema. E esta "empresa" poderia contratar os serviços dos especialistas, empresas e institutos que fossem possíveis no Brasil e no exterior, bem como fornecedores nacionais para detalhes específicos e componentes. Se é para desenvolver o foguete com os procedimentos atuais dos órgãos de pesquisa públicos, com requerimentos para serem aprovados por “trocentas” autoridades e licitações para a compra de cada parafuso, pode colocar aí o primeiro lançamento lá para 2150... .
Leandro G. Card
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Está aí. O tão falado VLM-1, que estamos desenvolvendo com os alemães. No caso deles, um foguete suborbital.
A missão SHEFEX-3 está marcada para 2016. Mas, é claro que podemos estar já testando-o em vôo talvez no ano da copa.
Me queixo de terem instalado um motor S-44 ao invés de do L5 que, instalado no VLS-1, quase que dobraria sua capacidade. Talvez seja porque demandaria uma infra-estrutura diferente, e também porque os Alemães querem um foguete dos mais simples, montar e lançar.
Achei estranho também a base de lançamento com estas hastes. O ideal seria poder fazer isso na própria TMI do VLS-1, que já está preparada para abastecer foguetes com MFPL, como no caso dessa minha versão com L5.
Está aí um excelente pretexto para esquecer de vez do VLS-1 e levantar a cabeça para outras coisas.
abraços]
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
E qual seria o alcance deste foquete?
E capacidade de carga?
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Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo.
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
O "alcance" eu não sei, se bem que lembra bastante um míssil balístico.pampa_01 escreveu:E qual seria o alcance deste foquete?
E capacidade de carga?
Mas deve a capacidade de carga dele deve ser uns 120 kg em órbita de 150 km. O suficiente para lançar cargas do tipo nano e micro, que são a maior parte dos satélites que nosso PEB já lançou até agora, satélites científicos e universitários na faixa de 80 a 120 kg. E com vantagem: Menor custo e maior chance de acerto do que o VLS-1.
abraços]
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Meus comentários:
- Um estágio de combustível líquido com o motor L-5 não ficaria pronto tão cedo, no caso de combustível sólido o estágio do foguete e o motor são praticamente a mesma coisa, mas no caso de combustível líquido o motor é só um dos componentes, e muita coisa ainda teria que ser desenvolvida. Também não existem garantias de que o L-5 realmente sirva para uso prático em lançadores, ele é sobretudo um motor para pesquisas acadêmicas, e provavelmente muito pesado e sem confiabilidade para uso real. Além disso, adotar um estágio de combustível líquido complicaria e encareceria sobremaneira a montagem e a operação de lançamento, exigindo uma infra-estrura que hoje não está mesmo disponível. Mais importante para mim é o fato dele não usar o S-40/S-43 nos primeiros estágios e sim um motor maior, com diâmetro de 1.350mm, provando que o IAE ainda sabe desenvolver novos projetos de motor (eu tinha cá minhas dúvidas).
- Como mostrado na imagem este foguete provavelmente não teria condições de colocar satélites em órbita, a menos que o pessoal do IAE tenha conseguido reduções muito expressivas no peso estrutural ele teria que receber mais um estágio. Idealmente (para manter o foguete otimizado e maximizar sua carga) este estágio deveria ser um novo desenvolvimento, será que o IAE terá capacidade ($$$) para isto se os alemães não bancarem?
- O uso da base de lançamentos simplificada é uma excelente notícia. Não faz sentido integrar um foguete como este em torres verticais, principalmente se a Idéia é oferecê-lo no mercado para lançamento a partir de outros países. A necessidade de uma torre de integração é uma idiossincrasia para foguetes de pequeno porte como o VLM e o próprio VLS , causada apenas pelo fato da configuração em "cacho" do seu primeiro estágio deste último não permitir integração horizontal.
- Como está, com estes 3 estágios, este foguete daria de fato um bom míssil. Mísseis equivalentes em tamanho e configuração, como o Ashura iraniano, podem levar ogivas com 500kg a distâncias acima de 2.500 Km. Isto permitiria que mísseis lançados de dentro do território nacional atingissem praticamente qualquer ponto da America do Sul (se isto fosse interessante militarmente, o que no momento não é).
Abraços,
Leandro G. Card
- Um estágio de combustível líquido com o motor L-5 não ficaria pronto tão cedo, no caso de combustível sólido o estágio do foguete e o motor são praticamente a mesma coisa, mas no caso de combustível líquido o motor é só um dos componentes, e muita coisa ainda teria que ser desenvolvida. Também não existem garantias de que o L-5 realmente sirva para uso prático em lançadores, ele é sobretudo um motor para pesquisas acadêmicas, e provavelmente muito pesado e sem confiabilidade para uso real. Além disso, adotar um estágio de combustível líquido complicaria e encareceria sobremaneira a montagem e a operação de lançamento, exigindo uma infra-estrura que hoje não está mesmo disponível. Mais importante para mim é o fato dele não usar o S-40/S-43 nos primeiros estágios e sim um motor maior, com diâmetro de 1.350mm, provando que o IAE ainda sabe desenvolver novos projetos de motor (eu tinha cá minhas dúvidas).
- Como mostrado na imagem este foguete provavelmente não teria condições de colocar satélites em órbita, a menos que o pessoal do IAE tenha conseguido reduções muito expressivas no peso estrutural ele teria que receber mais um estágio. Idealmente (para manter o foguete otimizado e maximizar sua carga) este estágio deveria ser um novo desenvolvimento, será que o IAE terá capacidade ($$$) para isto se os alemães não bancarem?
- O uso da base de lançamentos simplificada é uma excelente notícia. Não faz sentido integrar um foguete como este em torres verticais, principalmente se a Idéia é oferecê-lo no mercado para lançamento a partir de outros países. A necessidade de uma torre de integração é uma idiossincrasia para foguetes de pequeno porte como o VLM e o próprio VLS , causada apenas pelo fato da configuração em "cacho" do seu primeiro estágio deste último não permitir integração horizontal.
- Como está, com estes 3 estágios, este foguete daria de fato um bom míssil. Mísseis equivalentes em tamanho e configuração, como o Ashura iraniano, podem levar ogivas com 500kg a distâncias acima de 2.500 Km. Isto permitiria que mísseis lançados de dentro do território nacional atingissem praticamente qualquer ponto da America do Sul (se isto fosse interessante militarmente, o que no momento não é).
Abraços,
Leandro G. Card
Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Olá Leandro,
Os motores dos 2 primeiros estágios do VLM serão os S-50 bobinados, assim como os S-44.
[]'s.
Os motores dos 2 primeiros estágios do VLM serão os S-50 bobinados, assim como os S-44.
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Deveria ter interesse militar (se realmente não tiver) ...
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Sabe onde conseguir as estimativas dos parâmetros deste motor, principalmente massa estrutural eDELTA22 escreveu:Olá Leandro,
Os motores dos 2 primeiros estágios do VLM serão os S-50 bobinados, assim como os S-44.
[]'s.
de combustível? Com isso daria para calcular se ele poderá ou não colocar satélites em órbita com apenas 3 estágios.
Leandro G. Card
Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Leandro, pelo pouco que fiquei sabendo do S-50, seria algo em torno de 10 toneladas de combustível cada. O peso estrutural não saberia te confirmar, infelizmente.
[]'s.
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
O que eu vi é que o bobinamento é feito de fibra de aramida (acho que é o nome do Kevlar) e epóxi. Quimicamente é basicamente carbono, o que deve reduzir a massa total para menos da metade o peso do envelope propulsor.LeandroGCard escreveu:Sabe onde conseguir as estimativas dos parâmetros deste motor, principalmente massa estrutural e
de combustível? Com isso daria para calcular se ele poderá ou não colocar satélites em órbita com apenas 3 estágios.
Leandro G. Card
Eu também gostaria de saber se mecheram no propelente.
Na revista Espaço Brasileiro, da AEB, consta que o VLM poderá lançar até 150 kg em órbita e que há possibilidade de uma versão com estágio adicional, como você citou.
Consta também que já no ano que vem deverão realizar ensaios a quente.
http://brazilianspace.blogspot.com/2011 ... a-vlm.html
Para mim não dá mais para pensar no VLS-1, baseado no S-43, quando se tem motores bem mais eficientes para poder "brincar" a vontade, principalmente se pensarmos que muitas das coisas críticas nos anos 80 não são mais tão limitadoras hoje, como os inerciais, controle de vôo, etc.
abraços]
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
O link abaixo não é sobre o VLM apenas, é um panorama do Programa Espacial (a imagem do VLM postada acima inclusive consta deste material).
Da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República deste ano (2011): http://www.sae.gov.br/site/wp-content/u ... l_site.pdf
[]'s a todos.
Da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República deste ano (2011): http://www.sae.gov.br/site/wp-content/u ... l_site.pdf
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Brasil se prepara para o lançamento de foguetes transportadores de satélites
Gilberto Costa
Defesanet
Brasília – O Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA), localizado no Maranhão, vai testar dois foguetes de treinamento esta semana. Os lançamentos estão programados para quinta (16) e sexta-feira (17). A campanha de preparação do lançamento, chamada Operação Falcão I, teve início hoje (13) pela manhã.
De acordo com as informações do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Agência Espacial Brasileira (AEB), os testes viabilizam a preparação do CLA para operações de maior porte, como o lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS) e do Cyclone 4, foguete em desenvolvimento com a Ucrânia – também para transporte de satélites.
O Brasil pretende, nos próximos três anos, lançar, anualmente, novos satélites de observação da Terra: o Cbers 3 (em setembro de 2012, em parceria com a China); o Amazônia 1 (em 2013, totalmente nacional) e o Cbers 4 (provavelmente em setembro de 2014, também feito com a China).
Ainda não estão definidos os locais de lançamento, que poderão ser escolhidos por meio de licitação internacional. O custo de lançamento é de cerca de US$ 30 milhões.
Os foguetes lançados esta semana medem 3,05 metros e pesam 68,3 quilogramas-força (kgf), medida que traduz a força que uma massa de um quilograma exerce quando sujeita à gravidade, o que, no caso, equivale a aproximadamente 7 kg em terra. Além dos testes desta semana, estão programados mais dois lançamentos: um no início de agosto e outro, entre o final de outubro e início de novembro.
Gilberto Costa
Defesanet
Brasília – O Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA), localizado no Maranhão, vai testar dois foguetes de treinamento esta semana. Os lançamentos estão programados para quinta (16) e sexta-feira (17). A campanha de preparação do lançamento, chamada Operação Falcão I, teve início hoje (13) pela manhã.
De acordo com as informações do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Agência Espacial Brasileira (AEB), os testes viabilizam a preparação do CLA para operações de maior porte, como o lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS) e do Cyclone 4, foguete em desenvolvimento com a Ucrânia – também para transporte de satélites.
O Brasil pretende, nos próximos três anos, lançar, anualmente, novos satélites de observação da Terra: o Cbers 3 (em setembro de 2012, em parceria com a China); o Amazônia 1 (em 2013, totalmente nacional) e o Cbers 4 (provavelmente em setembro de 2014, também feito com a China).
Ainda não estão definidos os locais de lançamento, que poderão ser escolhidos por meio de licitação internacional. O custo de lançamento é de cerca de US$ 30 milhões.
Os foguetes lançados esta semana medem 3,05 metros e pesam 68,3 quilogramas-força (kgf), medida que traduz a força que uma massa de um quilograma exerce quando sujeita à gravidade, o que, no caso, equivale a aproximadamente 7 kg em terra. Além dos testes desta semana, estão programados mais dois lançamentos: um no início de agosto e outro, entre o final de outubro e início de novembro.
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Eu acho muito estranho isso...
É uma pena o IAE estar precisando fazer estas campanhas com FTB e FTI, foguetes do Astros-II que o Exército está careca de lançar...
Se quisermos preparar as equipes para lançar o VLS-1, o treinamento tem que ser o VSB-30! Deveríamos estar agora fabricando uns 10 a 20 deles por ano, ter lançamento de VSB-30 pelo menos uma vez por mês, com carga útil científica real das nossas universidades e das de fora!
Isso sim seria um treinamento produtivo e perene. Daríamos escalas a nossa indústria, que estão tentando viabilizar a industrialização de nosso primeiro foguete. Daríamos treinamento constante aos operadores do CLA e de quebra estaríamos ampliando brutalmente o programa de microcravidade, dando visibilidade e mais acesso ao mesmo.
Um outro foguete de "treinamento" poderia ser o próprio VLM, que poderiam ser lançados um a cada trimestre por exemplo, com cargas universitárias nossas e da américa latina.
Quando o SARA estiver pronto também poderá ser bastante usado, um vôo por ano ou por biênio, no mínimo!
É isso. No nosso programa espacial temos já algumas coisas desenvolvidas. O que falta é volume, agilidade, dinamismo. Com o que temos já podemos ter um programa espacial muito mais ativo.
Fazendo tudo isso, não será preciso nada de FTB, FTI, FTA. As equipes poderão integrar e lançar VLS-1, VLS-Alfa, Cyclone a vontade que sempre haverá preparo.
abraços]
É uma pena o IAE estar precisando fazer estas campanhas com FTB e FTI, foguetes do Astros-II que o Exército está careca de lançar...
Se quisermos preparar as equipes para lançar o VLS-1, o treinamento tem que ser o VSB-30! Deveríamos estar agora fabricando uns 10 a 20 deles por ano, ter lançamento de VSB-30 pelo menos uma vez por mês, com carga útil científica real das nossas universidades e das de fora!
Isso sim seria um treinamento produtivo e perene. Daríamos escalas a nossa indústria, que estão tentando viabilizar a industrialização de nosso primeiro foguete. Daríamos treinamento constante aos operadores do CLA e de quebra estaríamos ampliando brutalmente o programa de microcravidade, dando visibilidade e mais acesso ao mesmo.
Um outro foguete de "treinamento" poderia ser o próprio VLM, que poderiam ser lançados um a cada trimestre por exemplo, com cargas universitárias nossas e da américa latina.
Quando o SARA estiver pronto também poderá ser bastante usado, um vôo por ano ou por biênio, no mínimo!
É isso. No nosso programa espacial temos já algumas coisas desenvolvidas. O que falta é volume, agilidade, dinamismo. Com o que temos já podemos ter um programa espacial muito mais ativo.
Fazendo tudo isso, não será preciso nada de FTB, FTI, FTA. As equipes poderão integrar e lançar VLS-1, VLS-Alfa, Cyclone a vontade que sempre haverá preparo.
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Pois é Brasileiro, você levantou uma questão crucial.
Para que a simples existência de um programa espacial valha à pena é necessário que exista uma programação de lançamentos mínima, que garanta a continuidade do trabalho das equipes técnicas e dos fornecedores envolvidos desde o projeto dos foguetes até as operações de lançamento em si.
Sem isso qualquer esforço no campo espacial não passa de brincadeira de amadores, similar ao que fazem os alunos de graduação das universidades americanas ou alguns grupos particulares do mundo desenvolvido (que trabalham basicamente pela diversão). É dinheiro e esforço jogados fora praticamente sem acrescentar nada ao patrimônio tecnológico do país, pois mesmo que em algum momento alguma coisa boa seja desenvolvida ela desaparece nos anos seguintes, ou porque o conhecimento/capacidade é perdido (por morte ou aposentadoria dos especialistas) ou porque se torna obsoleto.
E infelizmente esta é a história do programa espacial brasileiro desde o final do regime militar.
Leandro G. Card
Para que a simples existência de um programa espacial valha à pena é necessário que exista uma programação de lançamentos mínima, que garanta a continuidade do trabalho das equipes técnicas e dos fornecedores envolvidos desde o projeto dos foguetes até as operações de lançamento em si.
Sem isso qualquer esforço no campo espacial não passa de brincadeira de amadores, similar ao que fazem os alunos de graduação das universidades americanas ou alguns grupos particulares do mundo desenvolvido (que trabalham basicamente pela diversão). É dinheiro e esforço jogados fora praticamente sem acrescentar nada ao patrimônio tecnológico do país, pois mesmo que em algum momento alguma coisa boa seja desenvolvida ela desaparece nos anos seguintes, ou porque o conhecimento/capacidade é perdido (por morte ou aposentadoria dos especialistas) ou porque se torna obsoleto.
E infelizmente esta é a história do programa espacial brasileiro desde o final do regime militar.
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