13 de dezembro de 2010

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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WalterGaudério
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Re: 13 de dezembro de 2010

#16 Mensagem por WalterGaudério » Sex Nov 19, 2010 10:54 pm

varj escreveu:Deveria ser lida por todos fúteis. egoístas, anti patrióticos, anti humanistas e todos outros aqueles de infeliz existência.

Ela é lida por todos os aprendizes-marinheiros incorporados a cada ano de instrução. Eu li a referida carta, bem como a biografia deste irmão de armas pela primeira vez no dia 7 de fevereiro de 1975...
Me emocionei ali, como agora novamente.
Qdo. do anúncio oficial de sua morte, TODOS os navios fundeados/atracados no porto do Rio de Janeiro, soaram suas sirenes de bordo em homenagem ao velho MARINHEIRO.



Daqui a 6 anos aproximadamente qdo. da minha aposentadoria, estarei fixando residência justamente no Município de R Grande. Vou tomar cafezinho toda quinta feira nesta praça.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
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Re: 13 de dezembro de 2010

#17 Mensagem por WalterGaudério » Sex Nov 19, 2010 10:54 pm

varj escreveu:Deveria ser lida por todos fúteis. egoístas, anti patrióticos, anti humanistas e todos outros aqueles de infeliz existência.

Ela é lida por todos os aprendizes-marinheiros incorporados a cada ano de instrução. Eu li a referida carta, bem como a biografia deste irmão de armas pela primeira vez no dia 7 de fevereiro de 1975...
Me emocionei ali, como agora novamente.
Qdo. do anúncio oficial de sua morte, TODOS os navios fundeados/atracados no porto do Rio de Janeiro, soaram suas sirenes de bordo em homenagem ao velho MARINHEIRO.



Daqui a 6 anos aproximadamente qdo. da minha aposentadoria, estarei fixando residência justamente no Município de R Grande. Vou tomar cafezinho toda quinta feira nesta praça.




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Re: 13 de dezembro de 2010

#18 Mensagem por gribel » Sáb Nov 20, 2010 11:23 pm

Um brinde à sua memória, um brinde ao vosso dia.
Considero uma das mais nobres e lindas carreiras.




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Re: 13 de dezembro de 2010

#19 Mensagem por Marino » Sex Dez 10, 2010 8:33 am

BRASÍLIA, DF.

Em 13 de dezembro de 2010.



Assunto: Mensagem do Presidente da República para a Marinha do Brasil por ocasião do Dia do Marinheiro



É com grande satisfação e orgulho que me dirijo, mais uma vez, aos integrantes da Marinha do Brasil para apresentar os cumprimentos pelo Dia do Marinheiro.



A Nação se orgulha de todos vocês que, incansavelmente, se dedicam ao desenvolvimento e ao emprego de um Poder Naval voltado à defesa dos interesses do País em suas águas jurisdicionais.



Hoje lembramos o nascimento, em 1807, do Almirante Joaquim Marques Lisboa, o Marquês de Tamandaré, Patrono de nossa Marinha. Brasileiro incomum, deu provas de abnegação, coragem e amor à Pátria em uma carreira de mais de 70 anos. E, por suas relevantes participações na Guerra da Independência e nas demais campanhas do período imperial, foi consagrado Herói da Pátria no dia 13 de dezembro de 2004.



Na atualidade, o cenário mundial é bem diferente daquele do século XIX. As divergências de fronteiras, no nosso continente, já foram equacionadas há muito tempo. O relacionamento com nossos vizinhos é regido pela paz e a cooperação, concretizadas em parcerias sólidas e virtuosas. Vivemos em profunda estabilidade democrática e ninguém contesta nossa independência e nossa soberania.



Nos últimos anos, o Brasil vem ganhando destaque cada vez maior no cenário internacional. Nossa economia cresce, estamos superando desigualdades históricas e conquistamos uma voz cada vez mais ativa entre as Nações.



Vivemos um momento de grande euforia com as descobertas das reservas de petróleo e gás da camada pré-sal, fontes fundamentais de energia e riqueza que consolidarão um longo ciclo de desenvolvimento para nosso País.



Ainda não conhecemos totalmente a extensão do imenso patrimônio que ainda está guardado em nossa “Amazônia Azul”. E por isso mesmo é imprescindível contarmos com uma Marinha adequadamente equipada, com efetivo poder de dissuasão e presente nos mais distantes pontos de nosso mar e águas interiores.



No decorrer deste ano, acompanhei os esforços efetuados para finalizar o processo de manutenção e modernização do Navio-Aeródromo “São Paulo”, com o objetivo de restabelecer a sua capacidade operacional, em conjunto com os demais meios da Esquadra.



Acompanhei, também, o constante aprimoramento científico e tecnológico da Marinha do Brasil, com ênfase no desenvolvimento do PROSUB - o programa que dará ao País a capacidade de projetar e construir submarinos de propulsão nuclear. E o Programa Nuclear da Força, que inclui a concepção de um reator capaz de gerar energia núcleo-elétrica. O conhecimento e as tecnologias decorrentes desses dois programas irão beneficiar toda a sociedade brasileira.



A Instituição também está envolvida em outros projetos de pesquisa, como o PROAREA, que tem o intuito de identificar e avaliar a potencialidade mineral de regiões localizadas além das 200 milhas marítimas da Zona Econômica Exclusiva; o PROANTAR, importante incentivador do desenvolvimento científico no continente antártico; e o LEPLAC, que possibilitará o aumento da extensão de nossa plataforma continental.



Além disso, o Aviso de Pesquisa “Aspirante Moura” - que funcionará como um laboratório embarcado, voltado para as ciências do mar - foi recentemente incorporado à Armada, graças a uma parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia.



Dentre as muitas ações da Marinha que tanto me orgulharam, destaco a ativa e louvável participação de nossos marinheiros no apoio às vítimas dos terremotos no Haiti e no Chile, contribuindo para amenizar a dor e o sofrimento de milhares de famílias que perderam seus lares e seus entes queridos.



Nessas ocasiões, os senhores e as senhoras levaram para os povos irmãos o mesmo auxílio e a mesma solidariedade que nunca negaram aos brasileiros que moram em comunidades distantes ou enfrentam situações de catástrofes.



Como Comandante Supremo das Forças Armadas, tenho a grande honra de reafirmar minha confiança e minha admiração por essa Instituição exemplar. Estou certo de que o Brasil poderá contar, em todos os momentos, com a total cooperação dessa Força nas suas diversas áreas de atuação.



Que os exemplos do Almirante Tamandaré estejam sempre presentes na memória dos marinheiros, fuzileiros navais e servidores civis, continuando a nortear os rumos da Marinha do Brasil.



Parabéns a todos!


LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Presidente da República Federativa do Brasil




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Re: 13 de dezembro de 2010

#20 Mensagem por Marino » Sex Dez 10, 2010 8:34 am

BRASÍLIA, DF.

Em 13 de dezembro de 2010.

ORDEM DO DIA No 3/2010


Assunto: Dia do Marinheiro


Hoje, unimo-nos a diversos segmentos da sociedade para prestarmos uma justa homenagem àqueles que, no passado e no presente, seguem se doando, diuturnamente, para garantir os interesses nacionais no mar e nas águas interiores, simbolizados pelo “Marinheiro”, representando todos os homens e mulheres, militares e civis, que labutam incansavelmente em nossa Instituição.



Com essa visão, é justo relembrar e enaltecer uma destacada personalidade, o Almirante Joaquim Marques Lisboa, o Marquês de Tamandaré, que traduz, com a notoriedade de sua biografia, todo esse sentimento. Dotado de incontestes qualidades, ele tem um lugar de honra junto aos que contribuíram para preservar a nossa integridade política e territorial.



Com uma trajetória de atos de bravura e abnegação, iniciada em 1822, aos 15 anos de idade, teve participação decisiva na Guerra da Independência e na Campanha Cisplatina.



Durante a Regência, tomou parte ativa na pacificação de diversas insurreições: a “Setembrada”, em 1831; a “Abrilada”, em 1832; a “Balaiada”, entre 1838 e 1841; além do restabelecimento da ordem na Província do Pará, em 1835.



No Segundo Reinado, já como Almirante, atuou na Guerra da Tríplice Aliança, comandando as unidades navais na Tomada de Paissandu e organizando a linha logística necessária para a manutenção das embarcações que atuavam muito distante de sua sede.



Em 1925, em consideração à sua vida exemplar, o 13 de dezembro foi instituído como Dia do Marinheiro, homenageando-o em sua data natalícia e alçando-o a nosso Patrono. Em 13 de dezembro de 2004, foi consagrado como Herói da Pátria.



Repassar os seus feitos e exemplos deve suscitar, nos cidadãos, reflexões no sentido de que todos têm um papel relevante a desempenhar perante a Nação, contribuindo para torná-la cada vez melhor. Na atualidade, inspirados pelo espírito que dele emana, buscamos construir um Poder Naval à altura de nossas responsabilidades institucionais. Nesse sentido, ressalto algumas ações que demonstram essa postura.



Prossegue o esforço para a modernização e a obtenção de novos meios, podendo ser citadas algumas conquistas:



- a prontificação da Corveta “Barroso”, de projeto e construção autóctones, que demonstrou um excelente desempenho em sua primeira longa viagem, visitando portos da África;



- a incorporação, à Armada, do Navio-Patrulha “Macau”, de 500 toneladas, segundo da classe “Macaé” e que contribuirá para potencializar as ações de presença, vigilância, proteção e defesa da nossa área de responsabilidade;



- a aquisição, em parceria com o Ministério da Saúde, do Navio de Assistência Hospitalar “Soares de Meirelles”, que se dedicará à nobre missão de levar o apoio médico às populações ribeirinhas; e



- a chegada, ao Brasil, do primeiro helicóptero EC 725, UH-15 “Super Cougar”.



Com os olhos voltados para o futuro e levando em conta as orientações da Estratégia Nacional de Defesa, seguimos empenhados em construir uma Força capaz de proteger o patrimônio brasileiro.



Destaco os esforços, que vêm sendo empreendidos, para sermos dotados, mediante um acordo governamental, de unidades de superfície, incluindo Fragatas, Navio de Apoio Logístico e Navios-Patrulha Oceânicos.



Deve ser priorizado o Sistema de Gerenciamento da “Amazônia Azul” (SisGAAz), ferramenta vital para o monitoramento e a vigilância de nossas águas jurisdicionais.



Além disso, julgo fundamental dar continuidade à construção de Navios-Patrulha de 500 toneladas, garantindo a sua presença permanente junto às bacias petrolíferas mais importantes.



Por oportuno, gostaria de salientar os avanços do PROSUB. Em maio último, foi iniciada a construção do primeiro submarino convencional, com a participação efetiva de nossos operários; e começaram as obras do estaleiro e da base em Itaguaí. Friso, também, que um grupo de engenheiros já se encontra na França, realizando os cursos e estágios destinados a capacitá-los a projetar e construir, no Brasil, o submarino de propulsão nuclear.



A concretização de um projeto dessa magnitude significará a prova inconteste da potencialidade tecnológica brasileira e o fortalecimento de nossa capacidade dissuasória.



Finalmente, na busca permanente da valorização do nosso pessoal, foram concedidas, recentemente, as últimas parcelas do reajuste salarial estabelecido em 2008, o qual, mesmo estando aquém das necessidades, minimizou as dificuldades financeiras e contribuiu para reduzir a acentuada defasagem em relação às outras carreiras de Estado. Ademais, continuam as obras de revitalização do Hospital Marcílio Dias, a expansão da Odontoclínica Central e a construção da Policlínica de Niterói.


Marinheiros, Fuzileiros Navais e Servidores Civis!

Exorto-os, uma vez mais, a renovarem o entusiasmo e a perseverança para que, inspirados em nosso Patrono, continuemos, juntos, a envidar os maiores esforços na direção do aperfeiçoamento da Marinha, buscando torná-la suficientemente forte, aprestada e preparada para a defesa da soberania em nossas águas.

Aos agraciados com a Medalha Mérito Tamandaré, cujas cerimônias de imposição estão ocorrendo nos diversos Distritos Navais e no exterior, transmito os meus cumprimentos pelos relevantes serviços prestados, motivo pelo qual obtiveram o justo reconhecimento e concito-os a fortalecer a mentalidade marítima junto à sociedade, ressaltando a devida importância da “Amazônia Azul”, para um País predestinado a ser grande e reconhecido no cenário internacional.


JULIO SOARES DE MOURA NETO
Almirante de Esquadra

Comandante da Marinha




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Re: 13 de dezembro de 2010

#21 Mensagem por Marino » Sex Dez 10, 2010 11:39 am

Jornal do Senado
DIA DO MARINHEIRO
Homenagem à Marinha com defesa de mais recursos
Passado patriótico e desafios do futuro, como a proteção às reservas do pré-sal, foram lembrados
em discursos durante a sessão no Plenário da Câmara dos Deputados
Senador Acir Gurgacz defendeu aumento de recursos no Orçamento para que a Marinha
possa cumprir as suas atribuições
O Congresso Nacional realizou sessão solene ontem para celebrar o Dia do Marinheiro,
comemorado em 13 de dezembro. Representantes da Marinha lotaram o Plenário da Câmara dos
Deputados, entre eles o comandante da Força, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto. O
ministro da Defesa, Nelson Jobim, foi representado pelo almirante-de-esquadra Gilberto Max Roffé
Hirschfeld.
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO), um dos congressistas que sugeriu a homenagem, destacou
que o passado da Marinha merece ser celebrado com orgulho patriótico. No entanto, ele ponderou que a
data era também uma oportunidade para uma "reflexão coletiva acerca das novas contribuições da Força
à estratégia da defesa nacional".
Entre os desafios futuros, ele citou o papel a ser desempenhado pela Marinha na proteção das
riquezas do pré-sal, reservatórios de petróleo em profundidade abaixo de 7 mil metros da linha do mar,
entre Espírito Santo e Santa Catarina.
— O futuro guarda uma importância e uma missão ainda mais grandiosa, referente à
necessidade da guarda e da defesa das plataformas de petróleo do pré-sal, a defesa do que hoje a
Marinha de Guerra já chama acertadamente de Amazônia azul — afirmou.
Assim como o senador, outros parlamentares defenderam mais recursos para o reaparelhamento
das Forças Armadas. O argumento é de que as três Forças precisam estar à altura das exigências
político-estratégicas do Brasil. Para a Marinha, uma das prioridades seria o projeto de construção de
submarino com propulsor nuclear, destinado a dar ao país plena autonomia nesse campo tecnológico.
— Longe do âmbito dos governos, que são transitórios, a defesa nacional deve ser vista como
uma política de Estado — observou Gurcaz.
As ações sociais da Marinha no apoio às populações distantes e somente acessíveis por via
fluvial, como as da Amazônia, foram citadas como uma das importantes contribuições ao país. Muitos
oradores enfatizaram ainda como fato positivo o engajamento da força na recente operação de
desocupação do tráfico no Complexo do Alemão, conjunto de favelas no Rio de Janeiro.
Líbano
Mereceu também registro a participação da Marinha em missões de paz lideradas pela ONU no
exterior. Na presidência da sessão, o deputado Marco Maia (PT-RS), 1º secretário da Câmara,
aproveitou para informar que a Casa autorizou a Marinha a participar com nove homens da missão de
paz da ONU no Líbano. A proposição foi aprovada ontem pela Comissão de Relações Exteriores e
Defesa Nacional do Senado.




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Re: 13 de dezembro de 2010

#22 Mensagem por Marino » Sex Dez 10, 2010 4:40 pm





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Re: 13 de dezembro de 2010

#23 Mensagem por DELTA22 » Seg Dez 13, 2010 10:50 am

Parabéns a todos os Homens do Mar aqui do FDB e de todo o Brasil neste dia 13/12!

Feliz Dia do Marinheiro a todos!!! [100] [009]

[]'s a todos.




"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
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Re: 13 de dezembro de 2010

#24 Mensagem por Tupi » Seg Dez 13, 2010 2:48 pm

[009] [009] [009]
Um brinde aos nossos herois da Gloriosa!





Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
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Re: 13 de dezembro de 2010

#25 Mensagem por varj » Seg Dez 13, 2010 4:17 pm

Parabéns a todos integrantes e ex integrantes da Gloriosa Marinha Brasileira!!!!!!




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Re: 13 de dezembro de 2010

#26 Mensagem por Carlos Lima » Seg Dez 13, 2010 5:32 pm

A todos os Marinheiros!!

Parabéns!

[100] [009]!


[]s
CB_Lima




CB_Lima = Carlos Lima :)
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Re: 13 de dezembro de 2010

#27 Mensagem por Marino » Seg Dez 13, 2010 5:43 pm

Agradeço a todos pela lembrança no dia de hoje.
Que a memória de Tamandaré sustente nosso fogo sagrado, na MB e aqui no DB.




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Re: 13 de dezembro de 2010

#28 Mensagem por FABIO » Seg Dez 13, 2010 6:04 pm

prezado Marino primeiro parabens ao senhor e demais membros da gloriosa MBOK
Marino hoje é um dia especial para MB dá para voçe nos presentiar com uma boa novidade
que está por vir??? construçãode OPV e etc. :wink:




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Re: 13 de dezembro de 2010

#29 Mensagem por b.verde » Seg Dez 13, 2010 6:05 pm

Parabéns aos irmãos de farda branca. :wink:


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Re: 13 de dezembro de 2010

#30 Mensagem por Túlio » Seg Dez 13, 2010 6:18 pm

MARINHA DO BRASIL: COMO TUDO COMEÇOU


ARMADA IMPERIAL BRASILEIRA


A Armada Nacional (como foi chamada a Marinha de Guerra brasileira durante o regime monárquico) surgiu com a Independência do país. Era formada quase que em sua totalidade por embarcações, pessoal, organizações e doutrinas provenientes da transmigração da Família Real de Portugal em 1808. Os seus membros eram alguns poucos brasileiros natos (até então quase todos proibidos de servir), portugueses que optaram por aderir à causa da separação (e que conseqüentemente foram naturalizados brasileiros) e estrangeiros de vários países contratados como mercenários. Também foram aproveitados vários órgãos criados por João VI de Portugal, tais como: a Secretaria da Marinha, o Quartel-General, a Intendência e Contadoria, o Arsenal de Marinha, a Academia de Guardas-Marinhas, o Hospital, a Auditoria, o Conselho Supremo Militar, a Fábrica de Pólvora, os Cortes de Madeira e outros. Como primeiro Ministro da Marinha foi nomeado o brasileiro nato Capitão de Mar-e-Guerra Luís da Cunha Moreira (futuro visconde de Cabo Frio) em 28 de outubro de 1822,.


Na falta de militares experientes que tivessem nascido no Brasil, a comissão composta por Luís Cunha Moreira e vários oficiais buscou contatar os militares portugueses servindo no Brasil para que se unissem ao recém-criado Império brasileiro. Centenas aceitaram, e os que recusaram receberam, em conjunto com as suas famílias, transporte para retornarem a Portugal. Contudo, temerosos das possíveis conseqüências de enviar para combate navios tripulados em sua maior parte por portugueses contra as forças lusitanas, a comissão recrutou diversos mercenários, indígenas e escravos. Para comandar a Armada brasileira foi escolhido o experiente Lorde Thomas Alexander Cochrane, britânico de nascimento, que recebeu o cargo de "Primeiro Almirante". A frota era composta por apenas uma nau, quatro fragatas, duas corvetas, cinco brigues, seis escunas e vinte pequenas embarcações, num total de trinta e oito navios de guerra. O Ministro da Fazenda Martim Francisco Ribeiro de Andrada criou uma subscrição nacional para reunir fundos e assim reequipar a frota, e de todo o Brasil foram enviadas contribuições. Até mesmo o Imperador Pedro I do Brasil adquiriu às próprias expensas um brigue mercante que foi renomeado "Caboclo" e doado ao Estado.
A Armada Nacional rumou em seguida para a Bahia, onde atacou um comboio da esquadra portuguesa formada por mais de setenta navios que se dirigia ao Maranhão. Apenas treze conseguiram alcançar Lisboa após se verem impossibilitados de atingirem o litoral norte brasileiro. Os demais navios ou foram afundados ou aprisionados e incorporados à Armada brasileira. O britânico John Pascoe Grenfell, que comandava o brigue Dom Miguel, obteve a rendição da cidade de Belém do Pará. Tendo vencido a oposição lusitana nas províncias da Bahia, Maranhão e Pará, a frota brasileira partiu para a Cisplatina, onde alcançou mais sucessos em sua empreitada. O Almirante Cochrane, após ter libertado um terço do território brasileiro, recebeu do Imperador Dom Pedro I em pessoa a condecoração da Ordem do Cruzeiro do Sul e o título nobiliárquico de Marquês do Maranhão. A participação no conflito contra Portugal foi vital.

Com a Independência, a Marinha tornou-se ainda mais importante, pois apesar de termos tido a sorte de possuir um Pedro I como monarca, o Brasil se teria esfacelado numa série de repúblicas e republiquetas - como aconteceu na América Espanhola - se não fosse a sua ação integradora. É certo que existem outros fatores, mas foi ela que bloqueou, venceu e perseguiu a Esquadra portuguesa, possibilitando a união com o Rio de Janeiro.


Após a supressão da revolta da Confederação do Equador em 1824 e ao se iniciar a Guerra da Cisplatina (1825-1828), a Armada Nacional não mais era aquela marinha pequena e fraca. As trinta e oito embarcações de 1822 tornaram-se noventa e seis navios de guerra modernos, de diferentes tipos, com cerca de 690 canhões. A frota brasileira bloqueou o estuário do Prata, impossibilitando o contato das Províncias Unidas e dos revoltosos cisplatinenses com o resto do mundo. Várias escaramuças ocorreram entre navios brasileiros e portenhos até à derrota da esquadrilha inimiga, composta por duas corvetas, cinco brigues e uma goleta, em frente à Ilha de Santiago em 1827. Ao abdicar em 1831, Dom Pedro I deixou uma poderosa Armada composta por: duas naus, dez fragatas, vinte corvetas, dezessete brigues-escunas, duas canhoneiras, doze bombardeiras, três barcas a vapor, catorze transportes e várias lanchas de grande porte, num total de pelo menos oitenta navios de guerra em tempo de paz.

Desenvolvimento

O longo reinado de cinqüenta e oito anos de Dom Pedro II representaria o término do crescimento e apogeu da Armada Nacional (e mesmo depois durante o período republicano). Foi reorganizado o Ministério da Marinha, o Arsenal e a Cadeia Naval, e também foi criado o Corpo dos Imperiais Marinheiros, formado por voluntários. Neste período foi adotada definitivamente a navegação a vapor, tendo o Brasil rapidamente modernizado a Esquadra, adquirindo navios no estrangeiro e construindo outros no país, e também substituindo os antigos canhões de alma lisa por novos, de alma raiada, com maior alcance e precisão. Melhoras foram realizadas também nos arsenais e bases navais, sendo aparelhados com novas oficinas. Navios de guerra foram construídos nos Arsenais de Marinha no Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Santos, Niterói e Pelotas. A Armada atuou em todas as revoltas ocorridas no período regencial, como a Cabanagem, a Farroupilha, a Sabinada, dentre outras. A Armada realizou o bloqueio das províncias onde ocorreram as revoltas e realizou a maior parte dos transportes de tropas do Exército imperial, de uma região para a outra do país, mantendo-as municiadas, abastecidas e apetrechadas.

A Armada durante o reinado de Dom Pedro II

Em 1840, quando o Imperador Dom Pedro II foi declarado maior de idade e assumiu suas prerrogativas constitucionais, a Armada detinha noventa navios de guerra: seis fragatas, sete corvetas, dois brigues-barcas, seis brigues, oito brigues-escunas, dezesseis canhoneiras, doze escunas, sete patachos, seis barcas a vapor, oito lanchões artilhados, três charruas, dois lugres, dois cúteres e cinco lanchões armados. Nova modernização ocorreu, desta vez, reorganizando a Secretaria de Estado, a Contadoria da Marinha, o Quartel-General e a Academia de Marinha. Novos navios foram comprados e as capitanias dos portos foram reaparelhadas. O Corpo dos Imperiais Marinheiros foi definitivamente regularizado e surgiu o Corpo de Fuzileiros Navais (no lugar do Corpo de Artilharia de Marinha que fora dissolvido), assim como serviços de assistência aos inválidos e também escolas para formação de marinheiros e artífices.
Os conflitos na região do Prata não cessaram após a guerra de 1825, e logo o Brasil se viu forçado a enviar uma frota de dezessete navios de guerra (uma nau, dez corvetas e seis navios a vapor) comandada pelo veterano da Independência John Pascoe Grenfell para combater as Províncias Unidas do Rio da Prata em 1851. A frota brasileira conseguiu ultrapassar o forte argentino de Toneleros sob forte bombardeio e efetuou o transporte de tropas para o teatro de operações em terra. Mais de uma década depois, a Armada Nacional foi mais uma vez modernizada, e seus antigos navios à vela deram lugar quarenta navios a vapor com mais de 250 canhões. Seus oficiais não continham mais estrangeiros, e sim, somente brasileiros natos (que eram recrutas na época da guerra da Independência). De seu quadro de militares, saíram homens como Joaquim Marques Lisboa, marquês de Tamandaré, Francisco Manuel Barroso da Silva, barão do Amazonas, Joaquim José Inácio de Barros, visconde de Inhaúma, Luís Filipe de Saldanha da Gama, dentre outros, que foram todos leais ao regime monárquico.


Em 1864 colaborou com a intervenção no Uruguai e logo em seguida na Guerra do Paraguai. Neste conflito, foram acrescidos a força naval onze navios encouraçados e seis monitores encouraçados: 1 - O Brasil, encomendado à França 2 - Três construidos no Arsenal da Corte: Barroso, Tamandaré, Rio de Janeiro. 3 - Cinco comprados praticamente prontos por serem anteriormente encomendados pelo Paraguay: Lima Barros, Maris e Barros, Herval, Bahia e Silvado. 4 - Dois encomendados na Inglaterra, Colombo e Cabral. 5 - seis monitores fluviais, classe Pará, construidos a partir de 1866 no arsenal da Corte. Além disso, seus comandantes, assim como suas tripulações (e as das embarcações que já se encontravam no teatro de guerra) foram melhor treinadas. Estas ações permitiram a Armada obter uma grande vitória na Batalha de Riachuelo contra as forças paraguaias. Construtores navais brasileiros como Napoleão Level, Trajano de Carvalho e João Cândido Brasil planejaram novos desenhos para os navios de guerra da Armada Nacional que possibilitaram aos Arsenais do país manterem competitividade com outras nações. Com o final do conflito contra o Paraguai, o governo brasileiro buscou reparar os danos sofridos pelas embarcações e reequipá-las, possibilitando ao Brasil ter a quarta mais poderosa marinha de guerra do mundo àquele momento.
Durante a década de 1870, o Império brasileiro teve por objetivo fortalecer ainda mais a sua Armada frente a uma possibilidade de um conflito armado com a Argentina. Assim, adquiriu uma canhoneira e uma corveta em 1873, um encouraçado e um monitor em 1874 e logo em seguida dois cruzadores e mais um monitor. O início da década de 1880 revelou que o crescimento da Armada continuaria, pois os Arsenais da Marinha do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Pará e Mato Grosso continuaram a construir dezenas de navios de guerra. Quatro torpedeiros foram comprados, foi criada a Escola Prática de Torpedos para praças e instalou-se uma oficina de fabricação e reparo de torpedos e aparelhos elétricos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro em 30 de novembro de 1883. Este mesmo Arsenal construiu as canhoneiras a vapor: Iniciadora, Carioca, Camocim, Cabedelo e Marajó, além do patachi Aprendiz, todos com cascos de ferro e aço, e não mais de madeira (os primeiros do tipo construídos no país). Contudo, o ápice da Armada Imperial ocorreu com a incorporação dos encouraçados de alto mar Riachuelo e Aquidabã (ambos dotados de tubos lança-torpedos) em 1884 e 1885, respectivamente. A obtenção destes navios possibilitou o Brasil permanecer “entre as potências navais do universo”. Estes dois navios marcaram época, pois:

Fizemos 'a Europa curvar-se ante o Brasil', porquanto o Riachuelo, ao ter a construção concluída na Inglaterra, em 1884, foi considerado pela opinião dos técnicos das nações marítimas mais adiantadas como um modelo em seu gênero, tais os aperfeiçoamentos que reunia.


O fim da Armada Imperial

No último gabinete do regime monárquico o Ministro da Marinha, o Almirante José da Costa Azevedo, Barão do Ladário, deixou um amplo projeto que estava prestes a ser realizado para a reorganização do pessoal e instituições da Armada. Em 1889, o Batalhão Naval detinha 454 praças e os Imperiais Marinheiros, 3.218 praças. O Golpe de Estado que instaurou a República no Brasil não foi bem aceito pelos militares da Armada Imperial. Marinheiros foram rechaçados a tiros ao darem vivas ao Imperador quando este estava aprisionado no Paço Imperial. O Marquês de Tamandaré implorou ao seu amigo Dom Pedro II que o permitisse debelar o golpe, mas este o negou tal possibilidade. O idoso Almirante, com quase noventa anos de idade, seria preso mais tarde por ordem do ditador Floriano Peixoto sob a acusação de financiar militares monarquistas na Revolução Federalista. O Barão de Ladário manteve-se em contato com a Família Imperial no exílio buscando maneiras de restaurar o regime deposto, mas acabou relegado ao ostracismo pelo governo republicano. O Almirante Saldanha da Gama liderou a Revolta Armada com o objetivo de ressuscitar o Império e uniu forças com outros militares monarquistas que estavam no Rio Grande do Sul. Todas as tentativas restauradoras foram esmagadas pelo governo republicano. Os oficiais monarquistas de alta patente foram presos, ou banidos ou fuzilados sem o devido processo legal, e seus subordinados sofreram "penas cruéis". Este expurgo completo nos quadros da Armada explica como foi possível uma instituição tradicionalmente leal à Monarquia ter se tornada subitamente republicana.

* A bela e trágica história do Aquidabã renderia um filme emocionante. Pena que não se preste atenção a kôzaz desse tipo por estas bandas. Aliás, o Riachuelo, vendido para ser transformado em sucata, afundou antes de chegar a seu triste destino final. Há mais casos assim na MB. Outra curiosidade: os encouraçados citados foram substituídos por outros dois chamados...Minas Geraes e São Paulo! Não ficaria surpreso se os possíveis dois NAes que a MB pretendem ter se chamassem...Riachuelo e Aquidabã...
:wink: 8-]




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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