Programa de Reaparelhamento da Marinha

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Luís Henrique
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3841 Mensagem por Luís Henrique » Ter Dez 07, 2010 10:59 pm

WalterGaudério escreveu:
Túlio escreveu:Acho brabo... :wink: 8-]

Aposto que ele vai te dizer: AGUARDES A LAAD... [003] [003] [003] [003]
Well, já que o Túlio lançou a idéia... aguarda a LAAD 2011 aí Leandro... :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Mas sério, a MB já discutiu essa possibilidade aqui mesmo no Brasil recentemente, não sei no que deu, mas aparentemente os custos de desenvolvimento não precisamente mensurado pelos sul-africanos , além de algumas questões técnicas que ficaram sem respostas esfriou o entusiasmo do pessoal.
Oras, paga uma rodada pro pessoal ficar animado po.
Que palhaçada.
E eu estava tão animado.... :? :evil:




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LeandroGCard
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3842 Mensagem por LeandroGCard » Qua Dez 08, 2010 1:34 pm

Luís Henrique escreveu:
gaitero escreveu: Eu não apostaria em nenhum destes...

O Aster-15 é que deve reinar no futuro da MB
Eu acho que o Aster-15 tem um ponto fraco.
Ele é quase tão caro quanto o Aster-30.

Os dois mísseis são quase idênticos em termos de sistema. A diferença é que um carrega mais combustivel que o outro.
Portanto, acho que se a opção for pelos mísseis europeus, o Aster-30 para defesa de área e o VL-Mica para defesa de ponto.

Mas é claro que sou muito mais fã da proposta de parceria com os sul-africanos.
De fato Aster-15 e Aster-30 são praticamente o mesmo míssil, com custo bastante similar. Só muda mesmo o tamanho do booster.

A MB pode até adquirir apenas o Aster-15 de início, para economizar alguns trocados, mas equipar os novos escoltas com lançadores PAAMS capazes de lançar os dois e mais à frente comprar também o míssil maior. Mas é possível que seja uma economia meio besta, pois o custo dos dois mísseis não deve ser muito diferente (já o preço de venda não sei, ele não depende apenas do custo).

Por outro lado o uso do MICA-VL na defesa de ponto em um navio que já possui lançadores para Aster seria uma certa redundância, pois ele é um míssil também relativamente caro. O projeto dele não visa serem usados como complemento, o MICA-VL é para navios menores que não podem receber o Aster. Se o dinheiro estiver sobrando tudo bem, mas se não o complemento ideal para o Aster seria mesmo um míssil CLOS bem mais barato como RAM, Sea Wolf, Crotale, etc..., mesmo que de menor alcance.



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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3843 Mensagem por brisa » Qua Dez 08, 2010 1:46 pm

O que deveria estar sendo discutido aqui, seria qual o radar para os Aster que seria adotado. No meu modo de ver, o melhor disparado é o do Sea Viper. Usar o Arabel ou o Empar, para mim é retrocesso.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3844 Mensagem por WalterGaudério » Qua Dez 08, 2010 2:14 pm

brisa escreveu:O que deveria estar sendo discutido aqui, seria qual o radar para os Aster que seria adotado. No meu modo de ver, o melhor disparado é o do Sea Viper. Usar o Arabel ou o Empar, para mim é retrocesso.

E o SAMP-T???




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Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
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Os Idiotas PLANTAM e os
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3845 Mensagem por brisa » Qua Dez 08, 2010 2:48 pm

WalterGaudério escreveu:
brisa escreveu:O que deveria estar sendo discutido aqui, seria qual o radar para os Aster que seria adotado. No meu modo de ver, o melhor disparado é o do Sea Viper. Usar o Arabel ou o Empar, para mim é retrocesso.

E o SAMP-T???
Samp-T, é o sistema de defesa antiaérea de terra.

O radar do Sea Viper é o Sampson.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3846 Mensagem por soultrain » Qua Dez 08, 2010 6:09 pm

Será o SMART-L/S1850M em combinação com o Herakles ou EMPAR, não vejo outra configuração possível.





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3847 Mensagem por brisa » Qua Dez 08, 2010 6:56 pm

Bom, os Daring, usam o Sampson da BAe.....e a BAe assinou acordo com empresa brasileira (diretriz da END).
Alem do mais, tem desempenho superior aos demais.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3848 Mensagem por soultrain » Qua Dez 08, 2010 8:11 pm

Isso é discutivel, já que o conjunto do SMARTL com o EMPAR, é mais flexivel. O SAMPSON actua sozinho, segundo me recordo.

Também há o ARABEL que a versão naval está para entrar em serviço.

[[]]'s





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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3849 Mensagem por brisa » Qua Dez 08, 2010 8:15 pm

http://navy-matters.beedall.com/sampson.htm

Soul, olha uns tres posts atras (meu) sobre o que acho do Arabel.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3850 Mensagem por soultrain » Qua Dez 08, 2010 8:25 pm

Eu não duvido que o SAMPSON seja um excelente radar, mas o que esse artigo diz, já é feito pelo APAR, o primeiro AESA embarcado, ou seja não passa de marketing.

[[]]'s





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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3851 Mensagem por soultrain » Qui Dez 09, 2010 12:03 am

Os Holandeses quando estiveram na luta contra a pirataria em Africa, fizeram umas coisas engraçadas com o APAR.

Com AESA o radar deixou só de ser HW e passou a ter uma grande componente de SW.

[[]]'s





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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3852 Mensagem por Junker » Sáb Dez 11, 2010 1:45 pm

South African, Brazilian surface-to-air missile cooperation still possible
By: Keith Campbell
10th December 2010

Picture by: Denel Dynamics
Imagem
BASIS FOR A BINATIONAL PROGRAMME? A land-based test firing of an Umkhonto-IR missile


Talks are continuing between the Brazilian Navy and South Africa’s State-owned missile company, Denel Dynamics, about the joint development of the proposed Umkhonto-R medium-range radar-guided naval surface-to-air missile. The Brazilian Navy has, however, two conditions for participation in the project.

First, there must be an overarching government-to-government framework agreement, including mutual guarantees, to govern the programme. It is believed that this still has to be agreed by the South African government.

Second, the South African Navy (SAN) must commit itself to also buying the Umkhonto-R. Currently, the SAN operates the original version of the missile, the short-range infrared homing Umkhonto-IR. An improved version of the Umkhonto-IR, with a somewhat increased range, has been acquired by the Finnish Navy (it will, it seems, also be bought by the SAN). The SAN is known to be interested in an extended range version of the Umkhonto, but it is not clear if this interest is focused on an improved version of the Umkhonto-IR or on the Umkhonto-R.

The Brazilian Navy is looking for a medium range (30 km or more) missile that could later be further developed to achieve a significantly longer range, which would be used to arm its next generation of frigates. The navy’s interest in cooperating with South Africa has been greatly stimulated by the success of the A-Darter air-to- air missile programme, being developed and funded on a 50:50 basis by South Africa (Denel Dynamics) and Brazil (the Brazilian Air Force and three Brazilian companies). The Brazilian Navy has already selected two Brazilian companies to participate in the programme, should it go ahead.

Unlike the Brazilian Air Force in the A-Darter programme, the Brazilian Navy will play little active part in the missile development process, leaving that to the chosen companies. This is because the navy’s in-house engineering and technical expertise is already heavily committed to its top strategic priority – the expan- sion of its submarine force, including the construction of an entire new submarine base and submarine building yard, the acquisition of four new French Scorpene-class conventional submarines, to be built in Brazil (except for the first one) and the development of nuclear- powered submarines. The long-term aim is for Brazil to have a fleet of four nuclear- and ten conventionally powered submarines. (There is actually a Brazilian media report claiming an objective of six nuclear and 20 conventional submarines by 2047.)

The frigate programme is a second strategic priority, and will involve the acquisition of six large ocean-going vessels. These will also be built in Brazil, except, probably, for the first of the class. Already, fierce competition for this contract is apparent between France, Germany, Italy, South Korea and the UK, with more countries likely to join in.

The Brazilian Navy would like to fit these ships with a missile system over which it had total control, not least full access to (and shared development of) the software source codes. This would increase the navy’s – and the country’s – strategic independence.

The SAN and the Brazilian Navy have participated together in two sets of multinational naval exercises in the past few months. In September, there was the highly successful IbsaMar II exercise, which also involved India, and which took place in South African waters, while October saw the Atlasur VIII, involving also Argentina and Uruguay, in Argentinian waters.

Edited by: Martin Zhuwakinyu
http://www.engineeringnews.co.za/articl ... 2010-12-10




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Luís Henrique
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3853 Mensagem por Luís Henrique » Seg Dez 13, 2010 12:02 pm

LeandroGCard escreveu:
Luís Henrique escreveu: Eu acho que o Aster-15 tem um ponto fraco.
Ele é quase tão caro quanto o Aster-30.

Os dois mísseis são quase idênticos em termos de sistema. A diferença é que um carrega mais combustivel que o outro.
Portanto, acho que se a opção for pelos mísseis europeus, o Aster-30 para defesa de área e o VL-Mica para defesa de ponto.

Mas é claro que sou muito mais fã da proposta de parceria com os sul-africanos.
De fato Aster-15 e Aster-30 são praticamente o mesmo míssil, com custo bastante similar. Só muda mesmo o tamanho do booster.

A MB pode até adquirir apenas o Aster-15 de início, para economizar alguns trocados, mas equipar os novos escoltas com lançadores PAAMS capazes de lançar os dois e mais à frente comprar também o míssil maior. Mas é possível que seja uma economia meio besta, pois o custo dos dois mísseis não deve ser muito diferente (já o preço de venda não sei, ele não depende apenas do custo).

Por outro lado o uso do MICA-VL na defesa de ponto em um navio que já possui lançadores para Aster seria uma certa redundância, pois ele é um míssil também relativamente caro. O projeto dele não visa serem usados como complemento, o MICA-VL é para navios menores que não podem receber o Aster. Se o dinheiro estiver sobrando tudo bem, mas se não o complemento ideal para o Aster seria mesmo um míssil CLOS bem mais barato como RAM, Sea Wolf, Crotale, etc..., mesmo que de menor alcance.



Leandro G. Card
Ai é que está a questão. Adquirir o Aster-15 em vez do -30 para economizar não funciona. O preço é MUITO parecido. E as capacidades são BEM DISTINTAS.
É muito melhor gastar um pouco mais e possuir uma capacidade MUITO SUPERIOR.
Por isto, mesmo não sendo tão barato, o VL Mica é bem mais barato que o Aster-15. Seria uma opção.
Em vez de umlançador grande para utilizar Aster-30 e Aster-15, instala um menor, apenas armado com Aster-30 e para o curto alcance usa o VL-Mica.

Isto se a opção for europeia.

Agora, também gosto muito do RAM.
E a minha opção favorita é uma grande parceria com os sul-africanos e o desenvolvimento de um novo Unkhonto de curto e de longo alcance.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3854 Mensagem por LeandroGCard » Seg Dez 13, 2010 8:20 pm

Luís Henrique escreveu:Ai é que está a questão. Adquirir o Aster-15 em vez do -30 para economizar não funciona. O preço é MUITO parecido. E as capacidades são BEM DISTINTAS.
É muito melhor gastar um pouco mais e possuir uma capacidade MUITO SUPERIOR.
Por isto, mesmo não sendo tão barato, o VL Mica é bem mais barato que o Aster-15. Seria uma opção.
Em vez de umlançador grande para utilizar Aster-30 e Aster-15, instala um menor, apenas armado com Aster-30 e para o curto alcance usa o VL-Mica.

Isto se a opção for europeia.

Agora, também gosto muito do RAM.
E a minha opção favorita é uma grande parceria com os sul-africanos e o desenvolvimento de um novo Unkhonto de curto e de longo alcance.
Na verdade existe um lançador menor, onde só cabe o Aster-15, e um maior onde cabem o 15 e o 30. Se é para poder operar o Aster-30 o navio já tem que possuir os lançadores maiores. Mas concordo que comprar Aster-15 para economizar provavelmente não vale à pena.

A questão é, porquê complementar com o MICA, um míssil ainda caro? Para defesa de ponto mísseis mais baratos como o RAM, o Crotale ou o Sea Wolf já dariam perfeitamente conta do recado, por um preço menor por míssil. Tudo bem que o sistema de controle dos mísseis CLOS teria um custo um pouco mais alto, mas aí não é um sistema descartável como o próprio míssil em si, e a diferença de preço destes compensaria o custo extra inicial.


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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#3855 Mensagem por Túlio » Seg Dez 13, 2010 8:55 pm

Não devem ter dado bola para o artigo porque está em Inglês, vai então em Português (e não é Googlada à Francoorp... :twisted: )



A cooperação Sul-Africano-Brasileira em mísseis superfície-ar ainda é possível

Por: Keith Campbell
10 de dezembro de 2010



As conversações continuam entre a Marinha do Brasil e a empresa estatal de mísseis da África do Sul, Denel Dynamics, sobre o desenvolvimento conjunto da proposta do SAM naval Umkhonto-R de médio alcance guiado por radar. A Marinha do Brasil tem, no entanto, duas condições para a participação no projeto.

Primeiro, deve haver um amplo acordo de governo para governo, incluindo garantias mútuas, para reger o programa. Acredita-se que este ainda precisa ser aprovado pelo governo Sul-Africano.

Em segundo lugar, a Marinha Sul Africana (SAN) deve comprometer-se também em comprar o Umkhonto-R. Atualmente, a SAN opera a versão original do míssil, o Umkhonto-IR de curto alcance. Uma versão melhorada do Umkhonto-IR, com um alcance algo maior, foi adquirida pela Marinha da Finlândia (que será, ao que parece, também comprado pela SAN). Sabe-se que a SAN está interessada em uma versão de maior alcance do Umkhonto mas não está claro se esse interesse é focado em uma versão melhorada do Umkhonto-IR ou já no Umkhonto-R.

A Marinha brasileira está à procura de um SAM de médio alcance (30 km ou mais) que poderia mais tarde ser desenvolvido para conseguir um alcance significativamente maior e que seria usado para armar a sua próxima geração de fragatas. O interesse da Marinha em cooperação com a África do Sul tem sido bastante estimulado pelo sucesso do A-Darter no programa de AAMs, sendo desenvolvido e financiados numa base 50:50 entre África do Sul (Denel Dynamics) e Brasil (FAB e três empresas brasileiras). A Marinha do Brasil já selecionou duas empresas brasileiras para participar do programa, que deve ir adiante (aqui não me pareceu claro se ele se refere ao SAM ou ao AAM).

Ao contrário da Força Aérea Brasileira no programa A-Darter, a Marinha do Brasil vai ter um papel pouco ativo no processo de desenvolvimento de mísseis, deixando isso para as empresas selecionadas. Isso ocorre porque expertises técnicas e de engenharia da Marinha já estão fortemente comprometidas com a sua prioridade estratégica - a ampliação de sua força de submarinos, incluindo a construção de uma base de submarinos totalmente nova e estaleiro de construção de submarinos, a aquisição de quatro unidades novas do Francês Scorpene, uma classe de submarinos convencionais a serem construídos no Brasil (exceto o primeiro) e o desenvolvimento de submarinos nucleares. O objetivo a longo prazo é que o Brasil tenha uma frota de quatro submarinos nucleares e dez convencionais. (A mídia brasileira relata que o objetivo seria de seis submarinos nucleares e vinte convencionais lá por 2047).

O programa de fragatas é uma segunda prioridade estratégica e envolverá a aquisição de seis navios oceânicos de grande porte. Estes também serão construídas no Brasil exceto, provavelmente, o primeiro da classe. Desde já a concorrência por este contrato é acirrada entre França, Alemanha, Itália, Coréia do Sul e Reino Unido, com mais países propensos a participar.

A Marinha do Brasil gostaria de dotar estes navios com um sistema de mísseis sobre o qual ela tivesse o controle total, não apenas acesso completo (e compartilhamento do desenvolvimento) dos códigos-fonte de software. Isso aumentaria a independência estratégica da Marinha - e do País.

A SAN e da Marinha do Brasil já participaram juntos em dois exercícios navais multinacionais nos últimos meses. Em setembro, houve o bem sucedido Exercício IbsaMar II, que também envolveu a Índia e que teve lugar em águas sul-Africanas, enquanto outubro viu o VIII Atlasur, envolvendo também a Argentina e o Uruguai, em águas Argentinas.




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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