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Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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PRick

Re: NOTÍCIAS

#20266 Mensagem por PRick » Seg Dez 06, 2010 2:23 am

Penguin escreveu:
05/01/2010 19h40

CONFIDENCIAL
ASSUNTO: FX2 no final de 2009
CLASSIFICADO POR: Lisa Kubiske, vice-embaixadora a.i.; RAZÃO: 1.4 (D)

1.(C) Enquanto 2009 chega ao fim, a competição do FX2 no Brasil continua sem uma decisão. Esperava-se que o presidente Lula tomasse uma decisão antes do fim do ano, para que fosse possível completar a venda durante seu governo. Concretamente falando, porém, mesmo que uma decisão presidencial fosse tomada imediatamente, o tempo necessário para negociar o contrato e reservar a verba significa que a decisão final de adquirir os aviões caberá ao próximo presidente, em 2011. Contatos da embaixada no Ministério das Relações Exteriores e no Ministério da Defesa acreditam que o ministro da Defesa, Jobim, vai se reunir com Lula ainda em janeiro para tentar tomar uma decisão.

SETEMBRO: PREFERÊNCIA É DADA AO RAFALE

.............
http://www1.folha.uol.com.br/poder/8407 ... gues.shtml
O mais engraçado disso tudo é que quando foi atribuído ao NJ uma série de inconfidências. Foi a maior confusão, agora se atribuem ao Saito coisas muito piores. Na verdade, estamos apenas vendo o que alguns diplomatas dos EUA pensam a respeito de algo, e suas versões para o que outros falaram ou fizeram, quer dizer é um lado do negócio, na verdade uma parte totalmente comprometida.

Não sabemos o quanto o que foi falado para esses diplomatas, faz parte da estratéria traçada para iludir os distintos. Por hora, fica a certeza que a nossa mídia são agentes do imperialismo yankee no Brasil, nada mais além disso, os interesses deles não é com o país que os abriga, são uns vendidos! :evil: :evil:

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Booz
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Re: NOTÍCIAS

#20267 Mensagem por Booz » Seg Dez 06, 2010 3:31 am

Marino.

Cá entre nós, eu, e acho que você também, sempre viamos o F/A-18 com muito mais chaçes de derrubar nosso Favorito, do que aquele monte de desenhos...

Mas, enfim, uma coisa é fato, o F/A-18 só não levou porque o nosso governo é de Esquerda...[/quote]

********

Grande Gaitero, você me pôs ruminar...

Real! Tendo concorrência/licitação/escolha direta, e nela estando os EUA eles já saem como favoritos ou, no mínimo em segundo e atropelando por fora. São em sua maioria produtos excelentes, apoiados por ampla infraestrutura logística e quando prometem raramente descumprem com entregas mesmo antes dos prazos combinados.
Ainda que seja injusto, ou pouco sensato, comparar um caça bombadeiro mais moderno (mesmo que nos modelos antigos) com um caça que é mais bombardeiro do que caça, sem dizer que o primeiro possui mais flexiblidade em evoluir, o SH é uma meretriz de avião (uma puta máquina)!

Só me contraponho em adjetivar este governos de "esquerda", digo isto porque o conceito de esquerda meio que perdeu o sentido exato do termo neste governo e ficará mais obtuso com sua sucessora. O governo anterior do Chile, da presidente Bachete - uma filha da repressão da direita - comportou-se (no mínimo) mais ao centro que muitos "vavaçdinhos" europeus. Creio que governos de esquerda, qualificação genérica quanto a projeções sociais mais abertas, sejam os antecedentes da Suécia, Dinamarca, Nouruega .... e tais. Aqui, esquerda mesmo só os "esquerdopatas" do Chaves, Morales e seu mentor jurássico-comunista do Fidel. Nem mesmo Lugo do Paraguai, e Mujica, do Uruguai, não comportam-se mais à esquerda do que fazia Tonny Blair (claro, guardadas as devidas proporções). Fora o destrambelhado Corrêa que ainda não se decidiu se invade os EUA ou compra uma escada.

Portanto, ao meu ver, fazermo-nos infensos em aceitar uma aeronave americana - e tratando-se de um caça que iría influenciar enormente toda um geração fabiana e no conceito industrial correlato - tem mais a se relacionar com a postura de independência do Brasil (ou seja lá o que isto significa) em relação aos EUA. E isto não é de agora. Herr Geisel denunciou um vetusto tratado militar com os americanos, por conta da interferência da administração Carter na política interna brasileira, e nem por isto taxou-se nosso prussiano presidente de esquerdista.

Finalizando, com meu muar achismo creio que era inevitável a presença dos yanques nesta escolha, mesmo que as esperanças do "esquerdista" Jobim, e seu companheiro "comunista" Unger, soubessem desde suas primeiras masturbações com as revistinhas do Zéfiro (cada um separadamente supôe minha retórica), que os americanos venderiam o que quiséssem - não o que quiséssemos - e nos entregariam tão somente os segredos tecnológicos de como calibrar os pneus do SH.
Mas quem, em sã consciência política (e um mínimo de nanoesperança que a situação se invertesse), ousaria não chamá-los a um RFI?

Quanto ao Gripen acho que também foi uma aposta ou uma noite de sonho de verão na Suécia. Se fosse no Japão poderíamos considerar que a influência descendente étnica do nosso bravo Saito fê-lo lembrar dos origamis dos seus antepassados.

Por último, ainda que com as "trocentas" explicações das pressões geopolíticas feitas aqui, das supostas reticências atribuídas a uma parte da FAB aos produtos das estepes, e às às.... quaisquer outras ponderações, a retirada do Flanker sempre me será um quebra-cabeças que vou levar das ações idissiocráticas deste governo "esquerdista".




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Re: NOTÍCIAS

#20268 Mensagem por wagnerm25 » Seg Dez 06, 2010 9:24 am

Enquanto isso, na Argentina....

Exodo de pilotos en las Fuerzas Armadas por falta de recursos
En el presupuesto 2011 se redujeron un 38% las horas de vuelo; el contraste con los países vecinos


http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?not ... ign=NLTitu




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Re: NOTÍCIAS

#20269 Mensagem por Poti Camarão » Seg Dez 06, 2010 10:05 am

Exodo de pilotos en las Fuerzas Armadas por falta de recursos

Mariano De Vedia
LA NACION


El horizonte de muchos pilotos de las Fuerzas Armadas conduce a la actividad privada y esa proyección amenaza con profundizarse en 2011 si se cumplen las previsiones presupuestarias oficiales.

En los últimos tres años, 105 pilotos de la Fuerza Aérea y de la Armada pidieron la baja, derrotados por el desaliento que produce la combinación de escasos recursos, bajos sueldos y pocas perspectivas de una buena jubilación en el momento del retiro, admitieron a La Nacion fuentes militares.

Esa cifra equivale casi al 20% de los 540 pilotos que hoy realizan las prácticas de entrenamiento intensivo en la Fuerza Aérea (unos 370) y en la Aviación Naval (170). Todos ellos, incluso, verán reducidas las horas de vuelo, según lo previó el Gobierno en el proyecto de presupuesto para 2011, que ahora quedará librado a una distribución más discrecional.

"El pase de pilotos a líneas comerciales es una tendencia internacional. Se hace difícil competir por las diferencias salariales, pero es un problema que no viene de ahora", explicó el secretario de Planeamiento del Ministerio de Defensa, Oscar J. Cuattromo, al confirmar la tendencia, en diálogo con La Nacion.

El funcionario estimó que los sueldos en la actividad privada duplican la remuneración de los pilotos en el Estado, a pesar de lasmejoras salariales que el Gobierno aplicó desde 2005. Más allá de eso, las limitaciones de un presupuesto que casi en un 80% se agota en el pago de sueldos se extiende a todas las fuerzas.

Si bien el presupuesto que el Gobierno elaboró para 2011 abarca un aumento de recursos del 8,9% para el área de defensa ($ 15.162 millones, de los cuales $ 12.000 millones se van en salarios), hay consenso en que ese incremento quedará rápidamente consumido por la inflación, que ronda el 25% anual según cálculos más confiables que el oficial.

El presupuesto representa el 0,9% del PBI, cuando en 1983, durante el gobierno de Raúl Alfonsín, superaba el 2,5%. "Es el más bajo de la historia, desde mediados del siglo XIX", afirmó el analista Rosendo Fraga, director del Centro de Estudios Nueva Mayoría, al ser consultado por La Nacion sobre los recursos asignados a las Fuerzas Armadas. La estrechez de los fondos afecta, principalmente, el adiestramiento, el funcionamiento y el reequipamiento de las tres fuerzas, lo que se contrapone con las tendencias registradas en otros países de la región. "Brasil, por ejemplo, acaba de anunciar la incorporación de seis submarinos nucleares y 20 convencionales para defender el litoral marítimo", comentó. Cada uno costará 550 millones de euros.

Este cuadro se da en un contexto complejo: la ministra de Defensa, Nilda Garré, no autorizó a los jefes del Ejército, la Armada y la Fuerza Aérea a concurrir a la Comisión de Defensa de la Cámara de Diputados para explicar las necesidades de las fuerzas. Así lo advirtió a La Nacion el legislador Julio Martínez (UCR-La Rioja), presidente de la comisión.

No fue esa la primera vez. Una negativa similar se registró en septiembre, cuando la ministra impidió a los jefes militares concurrir al Senado, cuando la Comisión de Defensa trataba los ascensos militares y pases a retiro.

Los números de los gastos para Defensa se pueden consultar en la página web del Ministerio de Economía. Según se detalla, al Ejército se asignarán $ 5133 millones (el 85% se irá en sueldos); $ 3141 millones a la Armada, y $ 2628 millones, a la Fuerza Aérea. Para sus gastos operativos, de inversión y mantenimiento, al Ejército le quedan $ 740 millones, menos recursos que los $ 829 millones otorgados fijados por el Gobierno a la publicidad de este año. Además, los recursos pedidos por las fuerzas para gastos operativos no fueron tenidos en cuenta por Defensa, que disminuyó esos requerimientos en un 30%, aunque eso fue relativizado por Cuattromo: "No hubo pedidos específicos de cada fuerza, sino ejercicios presupuestarios en distintas hipótesis de máxima, mínima e intermedia".

A las restricciones presupuestarias se suman las distorsiones por la composición de los salarios: un 60% son sumas no remunerativas, a través de suplementos por cargo, función, vivienda, vestimenta y adquisición de textos, entre otras compensaciones. Son sumas no bonificables, que no se computan en el cálculo de los haberes del personal retirado, que al dejar la actividad pasan a cobrar un 60% menos.

En el plan de gastos para 2011 se redujeron un 38% las horas de vuelo programadas para el entrenamiento de los pilotos de la Fuerza Aérea. Así se desprende de las previsiones que difundió el Ministerio de Economía, donde surge que de las 35.896 horas previstas en 2010 para la Fuerza Aérea se pasará el año próximo a 22.155 horas de vuelo, lo que reducirá la cantidad de pilotos que podrá realizar las 12 horas de vuelo requeridas por mes.

Según dichas estimaciones, casi un centenar de hombres formados en la fuerza podrían tener que esperar tiempos mejores para subirse a un avión. Pero Cuattromo, mano derecha de la ministra Garré en cuestiones de presupuesto, descartó esa posibilidad. "Vamos a mantener los niveles operativos en torno de las 30.000 horas de vuelo, aunque tengamos que reasignar partidas", prometió.

Según explicaron fuentes oficiales a La Nacion, las compañías aéreas comerciales suelen incorporar personal para conducir sus naves cada dos años y se llevan pilotos experimentados con ofertas que triplican los sueldos que reciben. Como referencia, un mayor del Ejército o de la Fuerza Aérea y un capitán de corbeta, en la Armada, cobran un sueldo de $ 4600 por mes, aunque los montos difieren según los suplementos que perciben (vivienda, función, vestimenta).




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Re: NOTÍCIAS

#20270 Mensagem por Grifon » Seg Dez 06, 2010 10:34 am

Dilma acerta hoje compra de caças da FAB com Jobim

Eliane Cantanhêde
Colunista Da Folha


A presidente eleita, Dilma Rousseff, formaliza hoje o convite para que o ministro Nelson Jobim permaneça na Defesa e conclua dois processos já iniciados: a compra dos novos caças da Aeronáutica e a retirada do setor de aviação civil da pasta.

A primeira sondagem para Jobim continuar na Defesa foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda durante as eleições. Os dois acertaram que ele ficaria pelo menos nos dois primeiros anos do novo governo, caso Dilma fosse eleita.

Depois da vitória, o ministro foi também procurado por Antônio Palocci, que é da equipe de transição de Dilma e será o futuro chefe da Casa Civil.

Eles discutiram a conclusão dos processos de reestruturação das Forças Armadas e de modernização dos equipamentos militares, principalmente com a compra dos novos caças, que se arrasta desde os dois governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2003).

Palocci, assim, organizou a pauta do encontro Dilma-Jobim de hoje. Na sexta-feira, 7/11, a própria Dilma telefonou para Jobim, marcando a data para bater o martelo.

A expectativa é a de que saia desse encontro a definição do modelo de caça que irá renovar a frota da FAB (Força Aérea Brasileira).

Conforme a Folha antecipou em janeiro, relatório técnico da FAB apontou o Gripen NG, da Saab, sueca, em primeiro lugar, principalmente pelo melhor preço e por propiciar maior transferência de tecnologia.

O F-18 norte-americano, considerado pelos pilotos o melhor avião em si, ficou em segundo; o Rafale francês, preferido por Jobim e pelo Planalto por questões políticas, ficou em terceiro e último. Só ganhou num dos sete critérios analisados.

Apesar da indicação técnica da FAB, Jobim manteve a preferência pelo Rafale, alegando que há "uma aliança estratégica" do Brasil com a França.

A decisão final cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve convocar o Conselho de Defesa Nacional ainda nesta semana, provavelmente na quinta-feira, para ratificar a opção.

Caso confirmada a compra dos Rafale, Lula deverá assinar o acordo com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, durante a inauguração da ponte sobre o rio Oiapoque que liga o Amapá à Guiana francesa por terra. A previsão é de que a solenidade seja no próximo dia 15.

Quanto à reestruturação das Forças Armadas, já aprovada pelo Congresso, falta definir a transferência do setor de aviação civil da pasta da Defesa para uma secretaria específica.

A nova pasta vai incluir a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a atual secretaria vinculada à Defesa e a Infraero (estatal responsável pelos aeroportos). A intenção é abrir o capital dessa empresa à iniciativa privada.

Há dúvidas sobre uma outra área estratégica: o DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), subordinado à Aeronáutica.

No Brasil, os militares cuidam tanto da defesa área quanto do controle de tráfego de aviões. Os controladores são na grande maioria sargentos. Não está claro se isso migrará ou não para a nova secretaria.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/8412 ... obim.shtml




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Re: NOTÍCIAS

#20271 Mensagem por Marino » Seg Dez 06, 2010 10:46 am

gomugomu escreveu:Calma Marino, tu estás muito entusiasmado.

No mais, ratifico o poste inteiro do Santiago. 8-]
Entusisamado com o fim da novela, com a FAB, primeiro, e a MB depois, ganhando um vetor que a transformará em uma das principais Forças Aéreas do mundo, com material de primera, só não comparável aos de 5ª geração, mas que estão previstos, de acordo com a END, para mais adiante.
Esta semana a NOSSA FAB, com as outras mudanças que irão ocorrer, como a saída de toda estrutura de aviação civil do MD, exceto o controle aéreo, deixa de ser Aeronáutica, e passa a ser, definitivamente, uma FORÇA AÉREA.
Sim, estou entusiasmado por meus irmãos de azul.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: NOTÍCIAS

#20272 Mensagem por Izaias Maia » Seg Dez 06, 2010 10:57 am

ISTOÉ

"Uma questão de segurança"


Octávio Costa

A aquisição de um novo avião para a Presidência da República parece supérflua, mas não é. Envolve uma questão de Estado. Hoje, o presidente Lula usa o Airbus 319 comprado em 2005, mas com autonomia de voo de apenas nove mil quilômetros. Muito aquém das necessidades da diplomacia presidencial, que exige frequentes viagens à Ásia e à África. “Quando Lula visitou o Catar, fizemos tantas escalas que entendi o que signifi ca Rodada de Doha”, diz o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins. Ao voltar da África do Sul, parou em Angola e numa ilha do Atlântico. Por isso, a Aeronáutica avalia a compra de um A-330 para servir à presidente Dilma.

http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... notimpol#2




A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender. (Albino Teixeira)
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Re: NOTÍCIAS

#20273 Mensagem por Francoorp » Seg Dez 06, 2010 11:18 am

Penguin escreveu:
05/01/2010 19h40

CONFIDENCIAL
ASSUNTO: FX2 no final de 2009
CLASSIFICADO POR: Lisa Kubiske, vice-embaixadora a.i.; RAZÃO: 1.4 (D)

DEZEMBRO: MINISTÉRIO DA DEFESA VOLTA A EXPRESSAR INTERESSE PELO BOEING; SAAB AINDA É CONCORRENTE

3.(C) Durante outubro e novembro, contatos com funcionários da embaixada e representantes da Boeing foram recebidos com cortesia, mas com pouco interesse real, já que a atenção continuava voltada aos franceses. Nas últimas semanas, contudo, houve uma mudança notável por parte do ministro da Defesa. Começando pela reunião do A/S Valenzuela com Jobim em 14 de dezembro (relatada em telegrama separado), houve interesse renovado pela proposta USG (Governo dos EUA/Boeing. Enquanto Jobim reiterava preocupações com "precedentes negativos" de políticas relativas à transferência de tecnologia de origem americana (na realidade, queixas sobre procedimentos de licenciamento de exportações), ele disse entender que o USG tinha uma abordagem nova e que estava interessado na oferta de cooperação industrial feita pela Boeing. A Boeing fortaleceu seus argumentos, promovendo sua nova iniciativa "Super Hornet Global", pela qual elementos importantes de produção de todos os aviões F/A 18 (incluindo os destinados às Forças Armadas dos EUA) seriam transferidos ao Brasil. Ao globalizar a produção do Super Hornet e incluir o Brasil no processo, a Boeing está em condições não apenas de gerar e manter mais empregos no Brasil, como poderá acalmar a paranoia brasileira com relação teóricas suspensões pelo USG do suprimento de caças, mostrando que qualquer suspensão desse tipo afetaria a Marinha dos EUA também. Em entrevista recente ao jornal Folha de S. Paulo, Jobim tomou o cuidado de não se comprometer, mencionando a "aliança estratégica" com a França mas também observando que custo, transferência de tecnologia e capacidade geral dos aviões são importantes.

4.(C) Ao lado do ressuscitamento das esperanças da Boeing, o Gripen sueco continua a ser um concorrente forte. Conforme notado na ref b, muitos brasileiros o enxergam como alternativa atraente ao Rafale, pelo fato de ter o preço mais baixo. O plano da Saab de co-desenvolver o Gripen de nova geração com o Brasil também lhe valeu apoio na indústria brasileira da aviação, entre aqueles que acreditam que tal desenvolvimento vá reforçar as capacidades locais de design de aeronaves. Jobim, contudo, se mostrou abertamente pouco interessado nos suecos, supostamente em função da capacidade inferior do Gripen e porque a variante "Nova Geração" oferecida ao Brasil ainda não existe. Uma matéria recente na revista Isto É, atribuída a uma fonte da FAB, observou que os programas de desenvolvimento de aeronaves militares geralmente ultrapassam seus prazos e orçamentos, negando a suposta vantagem de preço do Gripen.

5.(C) COMENTÁRIO. Embora o preço alto do Rafale e dúvidas quanto ao desenvolvimento do Gripen possam fazer com que o Super Hornet pareça a escolha óbvia, o fato é que Lula reluta em comprar uma aeronave americana. É possível que o interesse renovado pela oferta do USG não passe de uma artimanha para ganhar alavancagem sobre os franceses ou que a demora em tomar a decisão vise dar tempo à Dassault de encontrar uma maneira de reduzir seu preço. Na visão da Missão, a chance de vencer a concorrência pelo FX2 é real. Sabemos que o Super Hornet recebeu a avaliação técnica mais favorável da FAB e é a opção preferida dos operadores. Conseguimos responder com sucesso à maioria das dúvidas levantadas quanto às políticas de transferência de tecnologia do USG, em especial com a equipe de avaliação técnica. Resta, contudo, o obstáculo temível de convencer Lula. Nossa meta agora deve ser garantir que Jobim tenha um argumento mais forte possível para levar a Lula em janeiro. A Missão recomenda os seguintes passos: B7 Continuar a ressaltar o apoio total do USG em todos os contatos de alto nível com o Brasil. Como a Missão já observou anteriormente, garantias repetidas feitas pelo presidente Obama a Lula no decorrer de seus contatos normais constituem a maneira isolada mais eficaz de transmitir nosso argumento. B7 Usar os contatos iniciais com o embaixador indicado Shannon com a liderança brasileira para argumentar que temos trabalhado arduamente para assegurar que tenhamos a melhor oferta a apresentar. B7 Manter nossa campanha de assuntos públicos, para destacar que não apenas o USG completou sua aprovação da transferência de tecnologia, como a Boeing tem suficiente confiança na oferta para estar preparada para transferir parte da produção (incluindo centenas de empregos) ao Brasil. B7 Coordenar nossas ações com a Boeing de modo a assegurar que as vantagens do programa Super Hornet Global sejam levadas ao conhecimento do Congresso e da mídia brasileiros. KUBISKE
http://www1.folha.uol.com.br/poder/8407 ... gues.shtml
Pessoal, tem que mandar isso ai Pra Castanhede... mas é do mesmo jornal dela!! :? :?




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#20274 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Dez 06, 2010 11:39 am

Disseram que NJ não podia externar opiniões sobre caça A, B ou C.
Mas vê-se que Saito já tinha o seu escolhido, independentemente da outra parte da decisão.

O que põem a pensar, mas só um pouquinho, é que perece que o CMDO da FAB simplesmente ignorou o Itamaraty e o MinRel Ext.

Penso isso porque só assim se poderia pensar em F-18E com tudo o que aconteceu ao longo do percurso FX.

Até a minha vira-latas sabia que os americanos estavam fazendo figuração, pois o cerne da compra nunca foi plenamente tendido, qual seja, um documento de Estado/congresso deles garantindo as ToTs por nós pretendidas.

Sobre o aspecto técnico da escolha, este deve prevalecer sobre o aspecto estratégico/político/comercial ????




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#20275 Mensagem por Francoorp » Seg Dez 06, 2010 11:55 am

Carlos Mathias escreveu:Disseram que NJ não podia externar opiniões sobre caça A, B ou C.
Mas vê-se que Saito já tinha o seu escolhido, independentemente da outra parte da decisão.

O que põem a pensar, mas só um pouquinho, é que perece que o CMDO da FAB simplesmente ignorou o Itamaraty e o MinRel Ext.

Penso isso porque só assim se poderia pensar em F-18E com tudo o que aconteceu ao longo do percurso FX.

Até a minha vira-latas sabia que os americanos estavam fazendo figuração, pois o cerne da compra nunca foi plenamente tendido, qual seja, um documento de Estado/congresso deles garantindo as ToTs por nós pretendidas.

Sobre o aspecto técnico da escolha, este deve prevalecer sobre o aspecto estratégico/político/comercial ????
Coisa Grave essa CM... e complementando, será que o Saito atropelou o balanço dos outros ministérios e suas especializações, para manipular o processo e colocar o seu ponto único de vista como o importante a ser escolhido pela decisão política, que nunca foi muito com a opção Yankee dados os precedentes históricos de embargos e tal???




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Re: NOTÍCIAS

#20276 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Dez 06, 2010 11:58 am

Por isso que disse que, olhando por esse aspecto, as coisas poderiam azedar.

Uma pessoa que assuma a direção de um processo e saiba que os seus subordinados atuam um contra o outro, atrapalhando o desenvolvimento deste mesmo processo, qual seria a atitude a ser tomada?

Sei lá, sabe?

Se a Dilma for metade do que dizem dela em termos de exigência de resultados...




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#20277 Mensagem por Justin Case » Seg Dez 06, 2010 12:23 pm

Será?

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Monday, December 06, 2010
IAF Mirage Upgrade Finally Final

A hardfought $2.1-billion deal to upgrade the Indian Air Force's fleet of about 50 Mirage-2000 multirole fighters is final, with a formal agreement expected to be signed in two weeks. Will update this post with details later tonight if I can.

Shiv Aroor - Livefist - India
http://livefist.blogspot.com/2010/12/ia ... final.html

Boa semana,

Justin




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Re: NOTÍCIAS

#20278 Mensagem por Penguin » Seg Dez 06, 2010 12:28 pm

Carlos Mathias escreveu:Disseram que NJ não podia externar opiniões sobre caça A, B ou C.
Mas vê-se que Saito já tinha o seu escolhido, independentemente da outra parte da decisão.

O que põem a pensar, mas só um pouquinho, é que perece que o CMDO da FAB simplesmente ignorou o Itamaraty e o MinRel Ext.

Penso isso porque só assim se poderia pensar em F-18E com tudo o que aconteceu ao longo do percurso FX.

Até a minha vira-latas sabia que os americanos estavam fazendo figuração, pois o cerne da compra nunca foi plenamente tendido, qual seja, um documento de Estado/congresso deles garantindo as ToTs por nós pretendidas.

Sobre o aspecto técnico da escolha, este deve prevalecer sobre o aspecto estratégico/político/comercial ????
Cables:

05/01/2010:
Declarações iniciais dadas em setembro por Lula e pelo chanceler Amorim procuraram dar a entender que os franceses, de alguma maneira, estariam oferecendo um nível superior de transferência de tecnologia, o que seria uma justificativa do preço mais alto, mas, à medida que foram emergindo detalhes do processo de avaliação técnica, ficou claro que os três concorrentes estavam atendendo, de modo geral, às exigências de transferência de tecnologia feitas pela FAB.

DEZEMBRO: MINISTÉRIO DA DEFESA VOLTA A EXPRESSAR INTERESSE PELO BOEING; SAAB AINDA É CONCORRENTE

3.(C) Durante outubro e novembro, contatos com funcionários da embaixada e representantes da Boeing foram recebidos com cortesia, mas com pouco interesse real, já que a atenção continuava voltada aos franceses. Nas últimas semanas, contudo, houve uma mudança notável por parte do ministro da Defesa. Começando pela reunião do A/S Valenzuela com Jobim em 14 de dezembro (relatada em telegrama separado), houve interesse renovado pela proposta USG (Governo dos EUA/Boeing. Enquanto Jobim reiterava preocupações com "precedentes negativos" de políticas relativas à transferência de tecnologia de origem americana (na realidade, queixas sobre procedimentos de licenciamento de exportações), ele disse entender que o USG tinha uma abordagem nova e que estava interessado na oferta de cooperação industrial feita pela Boeing. A Boeing fortaleceu seus argumentos, promovendo sua nova iniciativa "Super Hornet Global", pela qual elementos importantes de produção de todos os aviões F/A 18 (incluindo os destinados às Forças Armadas dos EUA) seriam transferidos ao Brasil. Ao globalizar a produção do Super Hornet e incluir o Brasil no processo, a Boeing está em condições não apenas de gerar e manter mais empregos no Brasil, como poderá acalmar a paranoia brasileira com relação teóricas suspensões pelo USG do suprimento de caças, mostrando que qualquer suspensão desse tipo afetaria a Marinha dos EUA também. Em entrevista recente ao jornal Folha de S. Paulo, Jobim tomou o cuidado de não se comprometer, mencionando a "aliança estratégica" com a França mas também observando que custo, transferência de tecnologia e capacidade geral dos aviões são importantes.
18/02/2010:
As decisões sem precedentes relativas à transferência de tecnologia dos EUA em apoio ao Super Hornet demonstram o alto nível de confiança que o USG deposita em sua parceria com o Brasil. O Brasil, quando tomar sua decisão, deve procurar consolidar e proteger esse avanço importante.




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#20279 Mensagem por Túlio » Seg Dez 06, 2010 12:38 pm

Justin Case escreveu:Será?

http://2.bp.blogspot.com/_o_no4M2xEPY/TMFP-3Wj71I/AAAAAAAALfI/3y8KkFi6izE/s400/6-739108.jpg
Monday, December 06, 2010
IAF Mirage Upgrade Finally Final

A hardfought $2.1-billion deal to upgrade the Indian Air Force's fleet of about 50 Mirage-2000 multirole fighters is final, with a formal agreement expected to be signed in two weeks. Will update this post with details later tonight if I can.

Shiv Aroor - Livefist - India
http://livefist.blogspot.com/2010/12/ia ... final.html

Boa semana,

Justin

Isso está meio estranho, amigo Justin, li hoje mesmo uma notícia sobre esse caso mas em sentido completamente OPOSTO, mencionando custos exorbitantes contrapostos à relativamente curta vida útil restante aos 'lindinhos' do PRICK! Onde estará a verdade?




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Marino
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Re: NOTÍCIAS

#20280 Mensagem por Marino » Seg Dez 06, 2010 12:40 pm

Vem cá, a Embraer não teria apoiado o Gripen? [003] [003] [003]
Não foi esse mesmo Vice-Presidente da Empresa que teria batido o pezinho pelo Gripen? [003] [003] [003]

Documento dá detalhes sobre compra de aviões
Diplomatas dos EUA abordaram venda dos caças Rafale ao Brasil e falaram da amizade entre Lula
e Sarkozy
Andrei Netto CORRESPONDENTE / PARIS - O Estado de S.Paulo
Os documentos obtidos pelo WikiLeaks e divulgados ontem pelo Le Monde também falam da
relação estreita entre os presidentes Nicolas Sarkozy e Luiz Inácio Lula da Silva. Em um despacho
intitulado França e Brasil: o início de uma história de amor, de 2009, a Embaixada dos EUA em Paris
relata a negociação em torno da venda dos caças Rafale ao Brasil como um meio pelo qual os franceses
poderiam penetrar com força na América Latina.
Segundo a embaixada americana, Sarkozy pretende "estender o papel da França como ator
global cortejando países muito populosos e não alinhados (aos EUA)". Para tanto, Sarkozy pretende usar
seus vínculos de amizade com Lula para concretizar a venda dos Rafale, que deve ser anunciada esta
semana. O Brasil é visto pela França, segundo os americanos, como "um modelo de ponto de entrada"
do país na América Latina.
Sobretudo nos dois últimos anos, a definição da FX-2 (projeto de modernização da Força Aérea
Brasileira) é tema de grande interesse dos EUA, que buscam informações sobre a evolução do negócio
estimado em ? 5 bilhões. Em outro despacho, o diretor-presidente da Embraer, Federico Curado, abre
sua preferência pelos caças F-18 Super-Hornet, da Boeing. Curado teria "sugerido aos EUA que
comprassem aviões Super Tucano em troca do contrato". O diplomata completa: "A Embraer gostaria de
se associar a Boeing."
Se não trazem novidades explosivas, os relatos confirmam informações que já pairavam na
imprensa e nos bastidores, mas que nunca haviam sido confirmadas. Ao Estado, o ex-embaixador
francês François Nicoullaud, um dos maiores especialistas em diplomacia da França, disse que os
relatos divulgados pelo WikiLeaks revelam, antes de mais nada, a alta qualidade, a profundidade e a
precisão das investigações da diplomacia americana.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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