Operações Policiais e Militares
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Re: Operações Policiais e Militares
Eb nao vai entrar, mas vai dar apoio.jumentodonordeste escreveu:Eles não vão entrar no Alemão.
Acho eu.
Re: Operações Policiais e Militares
A pressão não vai diminuir...e nem pode! Só nesta quinta-feira foram cerca de 30 veículos foram incendiados. Na madrugada desta sexta mais 6 ou 7.
Não bastasse tudo isso, algumas empressas de ônibus(alegando riscos diversos) retiraram/reduziram o número de veículos disponíveis paras as zonas norte e oeste. Só não avisaram aos trabalhadores que voltavam para casa. Suspenderam, inclusive, a venda do bilhete integrado . Espero que o prefeito resolva isso hj. Bom dia a todos. Estou de serviço e só volto a tc depois das 22:00h.
Não bastasse tudo isso, algumas empressas de ônibus(alegando riscos diversos) retiraram/reduziram o número de veículos disponíveis paras as zonas norte e oeste. Só não avisaram aos trabalhadores que voltavam para casa. Suspenderam, inclusive, a venda do bilhete integrado . Espero que o prefeito resolva isso hj. Bom dia a todos. Estou de serviço e só volto a tc depois das 22:00h.
Iblek
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Re: Operações Policiais e Militares
Aposto que hoje vai ser um dia de organizar estratégias, verificar o que há de disponível entre homens e equipamentos e no domingo, um dia em que comércio e escolas estão fechados, alguma ação mais forte deve ocorrer.
É importante não dar tempo para que ONGs, Sociólogos, Advogados e Religiosos se manifestem. Deve-se bater no ferro enquanto está quente.
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- wagnerm25
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Re: Operações Policiais e Militares
Outro aspecto que gostaria de abordar.
Não que tenha sido fácil, mas sempre ouvi falar que a bandidagem era treinada, que eram organizados, que dominavam técnicas de guerrilha, etc e tal.
Ontem o que eu vi foi um bando de maloqueiro dando no pé sem a menor intenção de oferecer uma resistência mais renhida. Foi só a PM mostrar força e atuar com respaldo oficial que a marginália deu no pé. Sob esse aspecto, qualquer força guerrilheira que conheço, sei lá, tipo Talibã, mostram muito mais coragem em combate do que essa rafuagem do Comando Vermelho.
Não que tenha sido fácil, mas sempre ouvi falar que a bandidagem era treinada, que eram organizados, que dominavam técnicas de guerrilha, etc e tal.
Ontem o que eu vi foi um bando de maloqueiro dando no pé sem a menor intenção de oferecer uma resistência mais renhida. Foi só a PM mostrar força e atuar com respaldo oficial que a marginália deu no pé. Sob esse aspecto, qualquer força guerrilheira que conheço, sei lá, tipo Talibã, mostram muito mais coragem em combate do que essa rafuagem do Comando Vermelho.
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Re: Operações Policiais e Militares
Até concordo mas lembras daquelas imagens dos caras dando no pé naquele morro? Iam em fila indiana e de vez em quando apareciam brechas na retaguarda, que logo em seguida eram preenchidas por novos grupos. A impressão é de que ficavam alguns para trás dando cobertura à retirada. Pode ser só impressão, claro, mas a gente vive vendo isso em filmes de guerrilheiros no YT. Até onde pude ver foi uma retirada calma e organizada...
Por isso que reclamei tanto ontem por não haverem uns STs ali, então sim, ia ser um pega-pra-capar que ia dar gosto de ver...
Por isso que reclamei tanto ontem por não haverem uns STs ali, então sim, ia ser um pega-pra-capar que ia dar gosto de ver...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Operações Policiais e Militares
Uma das coisas que eu queria ver era uma imagem com som dos M-113... Uma das vantagens das lagartas é o efeito psicológico causado pelo seu deslocamento. Talvez isso seja UM dos fatores que fizeram eles se retirarem sem enfrentamento.
Outra coisa é a seguinte. Se chegaram com uma L-200 Triton (a tal caminhonete) lá em cima é bem provável que um M-113 chegasse também, ou seja, podiam colocar um ou dois lá em cima, pra evitar que eles voltem.
A notícia agora de manhã é que o Bope manteve 100 policiais por lá de madrugada, mas sem realizar operações. Se fizeram um bivaque com segurança 4 por 1 eram 25 policiais de elite ECD diretaço, e mais 75 prontos pra agir em uns 30 segundos, e COM NVG! Logo voltar eles não voltaram.
Agora o problema a ser enfrentado é o seguinte: a operação foi feita de supetão. Vai ter policial pra criar a UPP AGORA na favela "desocupada" ontem??? Porque se saírem e não deixarem um grupo grande a coisa muda de figura. E o mesmo vale pro Alemão... Beleza... 70% da PM carioca operando no Alemão, os outros 30% tomando conta do resto da cidade... Exército e FN fazendo a "contenção" nos perímetros... Bandidagem desentocada, um bom número morto, outro preso, centenas de armas apreendidas.
E DEPOIS?
Falaram de policiais saindo da Academia agora... Esses já são destinados pra criar essas duas UPPs (Alemão e Vila Cruzeiro)? E a estrutura? Vão fazer aqueles postos feitos com containers denovo?
E claro, tomar a Vila Cruzeiro parece ter sido fácil (aqui do conforto da minha casa) porque eles tinham uma rota de fuga pro alemão e desistiram do enfrentamento. Falaram de muitos mortos, mas ao contrário de outras operações em nenhum momento se ouviu tiros nas transmissões!!!
E me expliquem uma coisa: se o BOPE meteu o pau na imprensa ontem O QUE A ELA ESTAVA FAZENDO NO BRIEFING lá dentro do BOPE agora a pouco?!?!?
Outra coisa é a seguinte. Se chegaram com uma L-200 Triton (a tal caminhonete) lá em cima é bem provável que um M-113 chegasse também, ou seja, podiam colocar um ou dois lá em cima, pra evitar que eles voltem.
A notícia agora de manhã é que o Bope manteve 100 policiais por lá de madrugada, mas sem realizar operações. Se fizeram um bivaque com segurança 4 por 1 eram 25 policiais de elite ECD diretaço, e mais 75 prontos pra agir em uns 30 segundos, e COM NVG! Logo voltar eles não voltaram.
Agora o problema a ser enfrentado é o seguinte: a operação foi feita de supetão. Vai ter policial pra criar a UPP AGORA na favela "desocupada" ontem??? Porque se saírem e não deixarem um grupo grande a coisa muda de figura. E o mesmo vale pro Alemão... Beleza... 70% da PM carioca operando no Alemão, os outros 30% tomando conta do resto da cidade... Exército e FN fazendo a "contenção" nos perímetros... Bandidagem desentocada, um bom número morto, outro preso, centenas de armas apreendidas.
E DEPOIS?
Falaram de policiais saindo da Academia agora... Esses já são destinados pra criar essas duas UPPs (Alemão e Vila Cruzeiro)? E a estrutura? Vão fazer aqueles postos feitos com containers denovo?
E claro, tomar a Vila Cruzeiro parece ter sido fácil (aqui do conforto da minha casa) porque eles tinham uma rota de fuga pro alemão e desistiram do enfrentamento. Falaram de muitos mortos, mas ao contrário de outras operações em nenhum momento se ouviu tiros nas transmissões!!!
E me expliquem uma coisa: se o BOPE meteu o pau na imprensa ontem O QUE A ELA ESTAVA FAZENDO NO BRIEFING lá dentro do BOPE agora a pouco?!?!?
The cake is a lie...
- delmar
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Re: Operações Policiais e Militares
Como ignorante do assunto, mas dando opinião igual, para mim ficou claro nestes confrontos que sem blindados não há progressão no terreno. O pessoal a pé só progride numa área urbanizada, guarnecida por atiradores, se forem atras de viaturas blindadas. Isto posto penso que o governo deveria dotar as forças armadas de muito mais viaturas blindadas leves, porém com razoavel blindagem, tipo Bradley ou similares. Umas 600 unidades estaria de bom tamanho. O interessante é que o momento é bom para tal, há um ambiente favoravel entre a população, no momento.JL escreveu:Estes carros que a PM do Rio usa, o Caveirão, pareçe que não dão conta do recardo. Os pneus não aguentam, tem um modelo que é muito longo, deve ser um problema nos morros. Não tem potência para superar uma barricada, nem se dão muito bem com coquetéis molotov. Agora largatas, são largatas. Não tem comparação quando o objetivo é força, tração, distribuição de peso ou seja progressão em terreno díficil com obstáculos. Rodas são para mobilidade.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
- Clermont
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Re: Operações Policiais e Militares
CAPITÃO NASCIMENTO
Merval Pereira - 26.11.10.
Ontem foi dia de a realidade imitar a arte. Foi dia de torcer pelo Capitão Nascimento de Tropa de Elite, que todos nós vimos em ação, ao vivo e a cores, nas reportagens das emissoras de televisão. Que o personagem de Wagner Moura tenha se tornado o novo herói nacional é um sinal dos tempos, não necessariamente um bom sinal.
Ontem entraram em ação centenas de capitães Nascimento encarnados em cada um dos soldados do BOPE, que o personagem do filme de José Padilha se orgulha de ter transformado em “uma máquina de guerra”.
E quando essa máquina de guerra conseguiu colocar em disparada várias dezenas de bandidos em fuga pela mata, em direção ao Morro do Alemão, houve comemoração do cidadão comum que assistia à TV Globo como se acompanhasse um filme de aventura em que os mocinhos eram os policiais.
Ou como se aquelas imagens em tempo real fizessem parte de um game em que o telespectador poderia interferir manejando os comandos.
Mas foi também dia de a população como um todo tomar consciência da gravidade da situação, que muitas vezes só é sentida na carne pelas comunidades mais carentes.
A ação de terrorismo distribuída por toda cidade, que já vinha sendo revelada com os arrastões na Zona Sul nos últimos dias, evidenciou que essas facções criminosas continuam ativas e bem armadas, com capacidade de levar o pânico a qualquer ponto.
O ponto positivo foi ver a reação policial, que deu a sensação de ter sido bem coordenada e comandada com extrema cautela para não colocar em risco a população. E mesmo assim eficiente.
É claro que a realidade lá fora mostrava uma cidade apavorada, quase deserta, com as pessoas escondidas dentro de casa.
Nas localidades envolvidas diretamente na guerra, era possível ver vez por outra lençóis brancos sendo acenados em pedidos desesperados de paz, enquanto as ações de guerrilha continuavam na Vila Cruzeiro, que acabou sendo dominada pelas forças públicas.
Essa verdadeira operação de guerra que se desenvolveu durante todo o dia na região da Penha mostrou uma grande ofensiva policial feita por 150 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e 30 fuzileiros navais com rostos pintados, colocando várias dezenas de bandidos em fuga, permitindo que a polícia ocupasse o alto da Vila Cruzeiro, aonde não conseguiam chegar a anos.
E tudo mostrado ao vivo pelos helicópteros das televisões, que deixaram os telespectadores espantados com o poder de fogo dos bandidos, e a quantidade de pessoas envolvidas nessa guerra.
Foi um reality show em tempo real que, ao mesmo tempo em que colocou em cada um de nós um sentimento de horror com a constatação da dimensão do problema que a cidade enfrenta, deu-nos também a certeza de que é preciso apoiar a ação do governo, que não há mais volta nesse combate contra o tráfico de drogas.
O fato de que pela primeira vez no combate aos traficantes foram usados Urutus da Marinha de Guerra é “histórico”, como definiu o secretário de segurança José Mariano Beltrame, ao mesmo tempo em que todos ficamos espantados com a insinuação do secretário de que o Exército não parece disposto a colaborar.
A participação dos Urutus da Marinha, e de Fuzileiros Navais na operação foi mais um elemento emocional positivo para a ação da polícia.
A cada barreira que um Urutu ultrapassava, parecia uma vitória da sociedade sobre a bandidagem.
Mesmo que a Secretaria de Segurança não planejasse a ocupação da Vila Cruzeiro, ela se tornou inevitável depois que a TV Globo mostrou aquelas imagens, na quarta-feira, de bandidos chegando aos magotes de tudo quanto é lado, para se esconderem na favela que se transformou no bunker da direção da maior facção criminosa do Rio, que comanda as ações terroristas dos últimos dias.
A sensação dos especialistas é de que os policiais montaram uma operação dentro da lógica antiga de responder com uma ação direta no núcleo da bandidagem, para mostrar força, mas para entrar e sair da favela.
E a reação política da sociedade está mostrando que o avanço da polícia foi sentido de maneira tão positiva pela população que vale mais pelo lado intangível do sentimento de vitória do que pela propriamente pela ação em si.
As forças públicas não poderão sair tão cedo de Vila Cruzeiro, mesmo que não venha a ser instalada lá pelo momento uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), como chegou a ser anunciado.
Essas unidades pacificadoras estão se revelando um ativo político importantíssimo, com ampla aceitação pela população, mesmo que falte a essa política uma imprescindível ação de planejamento para combater as conseqüências da retirada dos bandidos dos territórios que dominavam.
Está se produzindo um fenômeno político que é a reação da sociedade de unidade em torno da ação do governo.
Se as forças públicas saírem da Vila Cruzeiro, ficará a sensação de que foram derrotados.
A reação dos bandidos de tocar o terror na cidade foi extremamente negativa para eles, por que conseguiram provocar uma grande unidade na sociedade, não entenderam que em certas circunstâncias o Estado não pode recuar.
O sinal de que estão descontrolados foi o ataque até a uma ambulância, com doente dentro, que conseguiu sair antes que o veículo pegasse fogo.
___________________________
Qualquer coisa que tenha cano, pra muita gente na imprensa, é um AK-47. Assim, como qualquer coisa que se locomova, é um "Urutu".
Merval Pereira - 26.11.10.
Ontem foi dia de a realidade imitar a arte. Foi dia de torcer pelo Capitão Nascimento de Tropa de Elite, que todos nós vimos em ação, ao vivo e a cores, nas reportagens das emissoras de televisão. Que o personagem de Wagner Moura tenha se tornado o novo herói nacional é um sinal dos tempos, não necessariamente um bom sinal.
Ontem entraram em ação centenas de capitães Nascimento encarnados em cada um dos soldados do BOPE, que o personagem do filme de José Padilha se orgulha de ter transformado em “uma máquina de guerra”.
E quando essa máquina de guerra conseguiu colocar em disparada várias dezenas de bandidos em fuga pela mata, em direção ao Morro do Alemão, houve comemoração do cidadão comum que assistia à TV Globo como se acompanhasse um filme de aventura em que os mocinhos eram os policiais.
Ou como se aquelas imagens em tempo real fizessem parte de um game em que o telespectador poderia interferir manejando os comandos.
Mas foi também dia de a população como um todo tomar consciência da gravidade da situação, que muitas vezes só é sentida na carne pelas comunidades mais carentes.
A ação de terrorismo distribuída por toda cidade, que já vinha sendo revelada com os arrastões na Zona Sul nos últimos dias, evidenciou que essas facções criminosas continuam ativas e bem armadas, com capacidade de levar o pânico a qualquer ponto.
O ponto positivo foi ver a reação policial, que deu a sensação de ter sido bem coordenada e comandada com extrema cautela para não colocar em risco a população. E mesmo assim eficiente.
É claro que a realidade lá fora mostrava uma cidade apavorada, quase deserta, com as pessoas escondidas dentro de casa.
Nas localidades envolvidas diretamente na guerra, era possível ver vez por outra lençóis brancos sendo acenados em pedidos desesperados de paz, enquanto as ações de guerrilha continuavam na Vila Cruzeiro, que acabou sendo dominada pelas forças públicas.
Essa verdadeira operação de guerra que se desenvolveu durante todo o dia na região da Penha mostrou uma grande ofensiva policial feita por 150 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e 30 fuzileiros navais com rostos pintados, colocando várias dezenas de bandidos em fuga, permitindo que a polícia ocupasse o alto da Vila Cruzeiro, aonde não conseguiam chegar a anos.
E tudo mostrado ao vivo pelos helicópteros das televisões, que deixaram os telespectadores espantados com o poder de fogo dos bandidos, e a quantidade de pessoas envolvidas nessa guerra.
Foi um reality show em tempo real que, ao mesmo tempo em que colocou em cada um de nós um sentimento de horror com a constatação da dimensão do problema que a cidade enfrenta, deu-nos também a certeza de que é preciso apoiar a ação do governo, que não há mais volta nesse combate contra o tráfico de drogas.
O fato de que pela primeira vez no combate aos traficantes foram usados Urutus da Marinha de Guerra é “histórico”, como definiu o secretário de segurança José Mariano Beltrame, ao mesmo tempo em que todos ficamos espantados com a insinuação do secretário de que o Exército não parece disposto a colaborar.
A participação dos Urutus da Marinha, e de Fuzileiros Navais na operação foi mais um elemento emocional positivo para a ação da polícia.
A cada barreira que um Urutu ultrapassava, parecia uma vitória da sociedade sobre a bandidagem.
Mesmo que a Secretaria de Segurança não planejasse a ocupação da Vila Cruzeiro, ela se tornou inevitável depois que a TV Globo mostrou aquelas imagens, na quarta-feira, de bandidos chegando aos magotes de tudo quanto é lado, para se esconderem na favela que se transformou no bunker da direção da maior facção criminosa do Rio, que comanda as ações terroristas dos últimos dias.
A sensação dos especialistas é de que os policiais montaram uma operação dentro da lógica antiga de responder com uma ação direta no núcleo da bandidagem, para mostrar força, mas para entrar e sair da favela.
E a reação política da sociedade está mostrando que o avanço da polícia foi sentido de maneira tão positiva pela população que vale mais pelo lado intangível do sentimento de vitória do que pela propriamente pela ação em si.
As forças públicas não poderão sair tão cedo de Vila Cruzeiro, mesmo que não venha a ser instalada lá pelo momento uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), como chegou a ser anunciado.
Essas unidades pacificadoras estão se revelando um ativo político importantíssimo, com ampla aceitação pela população, mesmo que falte a essa política uma imprescindível ação de planejamento para combater as conseqüências da retirada dos bandidos dos territórios que dominavam.
Está se produzindo um fenômeno político que é a reação da sociedade de unidade em torno da ação do governo.
Se as forças públicas saírem da Vila Cruzeiro, ficará a sensação de que foram derrotados.
A reação dos bandidos de tocar o terror na cidade foi extremamente negativa para eles, por que conseguiram provocar uma grande unidade na sociedade, não entenderam que em certas circunstâncias o Estado não pode recuar.
O sinal de que estão descontrolados foi o ataque até a uma ambulância, com doente dentro, que conseguiu sair antes que o veículo pegasse fogo.
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Qualquer coisa que tenha cano, pra muita gente na imprensa, é um AK-47. Assim, como qualquer coisa que se locomova, é um "Urutu".
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Re: Operações Policiais e Militares
Esta na hora de fechar o espaço aéreo.Por no ar alguns ST e Sabres para apoio.Despejar um bom número de comandos no alto cercar por baixo e subir com tudo.Não alongar a prirotecnia para imprensa e resolver logo o problema.
- Marino
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Re: Operações Policiais e Militares
Diretriz do Ministro da Defesa:
https://www.defesa.gov.br/index.php/not ... 42010.html
https://www.defesa.gov.br/index.php/not ... 42010.html
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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- kekosam
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Re: Operações Policiais e Militares
O problema é que as FAs não são polícia. Elas vão ficar onde as polícias já fez o serviço. O treinamento delas é outro. Mexeu? Fogo! Atira primeiro e pergunta depois. Já a polícia consegue atirar só em quem atira nela. Quanto a ST e Sabres abatendo traficantes em fuga no morro, só se as TVs não estivessem filmando.
Assinatura? Estou vendo com meu advogado...
- varj
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Re: Operações Policiais e Militares
Por isto falei que o especo aéreo deveria ser fechado.Chega de TVs correndo atrás de audiência e de certa forma protegendo a bandidagem.kekosam escreveu:O problema é que as FAs não são polícia. Elas vão ficar onde as polícias já fez o serviço. O treinamento delas é outro. Mexeu? Fogo! Atira primeiro e pergunta depois. Já a polícia consegue atirar só em quem atira nela. Quanto a ST e Sabres abatendo traficantes em fuga no morro, só se as TVs não estivessem filmando.
Esta na hora de forca total.A população esta apoiando.