O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#211 Mensagem por manuel.liste » Seg Out 25, 2010 5:32 am

soultrain escreveu:Os economistas não previram que a China compra-se títulos de tesouro Espanhol em barda.
Antes los compraban Alemania y Francia ¿cual es la diferencia?

Los que compran más deuda española son los bancos españoles, mucho más que China




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Bourne
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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#212 Mensagem por Bourne » Seg Out 25, 2010 9:55 am

Sterrius escreveu:O bourne, no que pode culminar se todos os paises continuarem a desvalorizarem suas moedas (No final mantendo o status quo igual ja que todo mundo baixando a coisa entra num circulo vicioso)? :P

Qual seria o apocalipse :?: :?:
No final para o começo.

O que seria o apocalipse? Não tenho a mínima idéia. Durante a crise de 2007/2008 tinha gente na imprensa e outros que pintavam como o fim do mundo e anos e anos de recessão e dificuldades econômicas. Para alguns países realmente foi, está sendo duro e a recuperação não aparece no horizonte. Para o centro da crise foi uma gripe como tantas outras. Em países emergentes como Brasil, China, Coréia e outros virou época de compras de empresas estrangeiras em liquidação e fortalecerem o mercado interno e comércio/investimento entre eles.

Historicamente, as guerras cambiais são normais. Seja desvalorizando para alavancar a industrialização e crescimento econômico ou valorização para garantir a influência sobre o sistema financeiro mundial. Por exemplo, na década de 1970 os norte-americanos desvalorizaram a sua moeda para se livrar da crise e, na década de 1980, valorizaram para retomar o controle do sistema financeiro mundial. Ações em épocas diferentes que atingiram seus objetivos. Indo mais pra trás a década de 1930 foi o máximo das guerras cambiais. Todos desvalorizam suas moedas para superar a crise. Indiretamente implodiu a possibilidade de comércio internacional, mas eram tempos de extremos e radicalismos. Tanto no Acordo de Bretton Woods em 1944 que montou os moldes para a integração financeira mundial um dos objetivos era como evitar guerras cambiais.

Sobre as desvalorizações cambias é um dos reflexos da falta de coordenação do sistema financeiro internacional. Desregulado e com graves desequilíbrios. Por exemplo, emergentes mantém montanhas de dólares em reserva por que sobram dólares no mundo. Não tem lógica acumular a quantidade de reservas que está se acumulando, mas se não fizer isso os dólares prejudicam a economia interna e valorizam a moeda nacional. Por isso se criou uma aberração para enfrentar outra aberração.

Diretamente nenhum dificilmente um país anuncia que vai desvalorizar a moeda. É tudo na moita. Tomam medidas para evitar a valorização artificial e volatilidade. o Brasil aumentou o IOF para evitar a entrada de capital especulativo e as pressões especulativas para a valorização do real. Não deixa de ser uma forma de controle de câmbio. Nada que outros não façam. Até tímida se comparada com a ação de outros países como Chile.

No caso norte-americano sente que eles propositalmente não tomam medidas para valorizar o dólar. Parece que o pensamento é deixa assim e garantir recuperação econômico e pleno emprego. A questão cambial deixa para depois. O que não quer dizer que seja a causa, mas sim que se aproveitam de um movimento maior de desvalorização deixando acontecer. O problema é que a economia norte-americana foi calibrada ao longo das décadas para trabalhar com o dólar forte e facilidade de financiamento.

Quando o dólar fica fraco não se sabe muito bem os efeitos e se no fim ajudam ou atrapalham. Um dos efeitos pode ser transformar os EUA em uma shopping com produtos em promoção para ser adquirido por estrangeiros. Os artigos de empresas norte-americanas estão baratos e são bons investimentos para empresas que desejam crescer e se fortalecer. Além de no cenário internacional pode encorajar outros países a deixar de usar dólares e passar a usar suas próprias moedas. O que pode ser um problema ainda maior no longo prazo para a viabilidade do sistema de financiamento norte-americano, pois teria dificuldade se financiar devido aos recursos disponível e custos.




PRick

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#213 Mensagem por PRick » Seg Out 25, 2010 12:52 pm

Bourne escreveu: .............

No caso norte-americano sente que eles propositalmente não tomam medidas para valorizar o dólar. Parece que o pensamento é deixa assim e garantir recuperação econômico e pleno emprego. A questão cambial deixa para depois. O que não quer dizer que seja a causa, mas sim que se aproveitam de um movimento maior de desvalorização deixando acontecer. O problema é que a economia norte-americana foi calibrada ao longo das décadas para trabalhar com o dólar forte e facilidade de financiamento.

Quando o dólar fica fraco não se sabe muito bem os efeitos e se no fim ajudam ou atrapalham. Um dos efeitos pode ser transformar os EUA em uma shopping com produtos em promoção para ser adquirido por estrangeiros. Os artigos de empresas norte-americanas estão baratos e são bons investimentos para empresas que desejam crescer e se fortalecer. Além de no cenário internacional pode encorajar outros países a deixar de usar dólares e passar a usar suas próprias moedas. O que pode ser um problema ainda maior no longo prazo para a viabilidade do sistema de financiamento norte-americano, pois teria dificuldade se financiar devido aos recursos disponível e custos.
Essa é a armadilha dos EUA, desvalorizar a moeda é bom quando você pode se beneficiar com isso, tem grande produção interna, porém, quando você já consome mais importados que produtos nacionais, e não consegue ser competitivo para fazer a substitituição de importações, não adianta desvalorizar sua moeda, você ganha por um lado, e perde pelo outro. Além disso, pode perder de vez sua condição de centro financeiro, por sinal, foi isso que segurou a decadência do EUA. Porém, agora já não dá nenhuma garantia, e porque? Oras os ativos em dólar ou em papeis dos EUA na mão de outros países, se tornaram tão significativos que tornou impossível os EUA continuarem a dar as cartas no sistema financeiro internacional.

E como você notou, a desvalorização relativa dos ativos dos EUA, faz com que aumente o nível de desnacionalização de suas grandes cias multinacionais. E por conseguinte a perda da repatriação dos lucros e dividendos conseguidos fora dos EUA.

Se num primeiro momento, as grandes CIAS dos EUA garantiram o aumento ou a manutenção de seus lucros migrando sua produção para países de mão de obra barata, agora, elas estão começando a perder seu controle acionário para esses mesmos países. Aí a coisa vira bagunça de vez.

O que apenas comprova uma coisa, a Riqueza das Nações é ainda baseada no trabalho, aquele que extraí entropia negativa da natureza. O castelo de cartas financeiro não pode ser base para nenhuma potência econômica, pode até sustentar um pequeno país, porém, uma nação do tamanho dos EUA, Brasil, China ou Índia, tem que basear sua economia nos setores primário e secundário, sem eles não existirá base para um projeto de hegemonia. Creio mesmo que hoje quem segura os EUA como potência é sua agricultura.

[]´s




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#214 Mensagem por Francoorp » Ter Nov 16, 2010 7:20 pm

marcelo l. escreveu:O mundo diz NÃO aos dólares "fake" dos EUA

15/11/2010

por Eric Margolis, Huffington Post
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Em bofetada que se ouviu em todo o planeta, a agência estatal chinesa de avaliação de créditos acaba de reduzir a avaliação do crédito dos EUA e questionou os EUA como economia líder do mundo.

Em movimento sem precedentes, a China denunciou "a deterioração da capacidade de pagamento" de Washington e previu que a emissão de bilhões em papel-moeda (operação chamada de "flexibilização quantitativa" [ing. quantitative easing] no jargão financeiro) resultará "fundamentalmente em redução da solvência nacional".

Ah, como os tempos mudaram! Quando eu era menino, meu pai, financista em New York, chamava os títulos duvidosos de "papel chinês". Seis décadas depois, é a vez da China zombar dos instrumentos financeiros norte-americanos. A China detém hoje a maior fatia da dívida externa dos EUA.
As monarquias sempre sofreram muito para pagar por suas guerras e conquistas. Os impérios espanhol, francês, holandês e britânico ruíram sob o peso financeiro das guerra e das colônias gigantes. Os EUA hoje padecem da mesma doença imperial.

Desde o Egito antigo, o recurso ao qual tradicionalmente recorrem os impérios com problemas de caixa tem sido reduzir a proporção de ouro na cunhagem das moedas, prática conhecida como "clipping".

Fast forward até Washington, 2010. Hoje, se fala em "flexibilização quantitativa" [ing. "quantitative easing" (QE2)], mas é ainda o mesmo truque tão prestigiado pelos governantes de antigamente.

Washington inundará os mercados financeiros com $600 bilhões de dólares fake, na esperança de que essa maré montante de dinheiro de "Monopólio", o jogo, consiga arrancar os EUA da recessão. É a segunda rodada de "flexibilização quantitativa", chamada hoje de "QE2". E nada tem a ver com transatlântico "Queen Elizabeth 2a".

Os EUA exportam inflação para o mundo inteiro, para reduzir sua gigantesca dívida, pagando os credores com dólares desvalorizados.

Todo o mundo está furioso com Washington, como se viu claramente na reunião do G-20, semana passada na Coreia do Sul e em Yokohama, Japão.

A União Europeia, o Japão, China, Brasil e Rússia uniram-se na oposição à segunda "flexibilização quantitativa" de Washington, vendo nela uma ameaça à estabilidade financeira e ao comércio global. Também muito significativamente, reagiram contra a tentativa, pelos EUA, de culpar a moeda chinesa desvalorizada, pela instabilidade atual. Não se chegou a nenhum acordo na candente questão do câmbio.

Washington acusou a China de manipular sua moeda para mantê-la subvalorizada. Alemanha e Brasil, para grande embaraço dos EUA, acusaram os EUA de também manipular a própria moeda – o que é plenamente verdade.

O dólar depreciado faz crescer as exportações norte-americanas e prejudica as nações que exportam para os EUA. Os economistas chamam isso de "matar de fome o vizinho" – prática comercial destrutiva e predatória que teve papel importante na depressão mundial dos anos 1930.

A onda de dinheiro fake de Washington está provocando erosão no valor do dólar, principal moeda de troca mundial. Nos dois últimos meses, o dólar norte-americano caiu mais de 6% em relação às principais moedas. Investidores assustados estão correndo para o ouro, que já valorizou 17% em 60 dias.

O governo Obama, que acaba de levar "uma surra braba" [ing. "shellacked", palavra que Obama usou em sua primeira fala depois das eleições (NT)] dos eleitores nas eleições de meio de mandato, e precisa desesperadamente reduzir o desemprego, aposta que mais terapia de choque trará a economia de volta à vida. Mas a dívida interna, gigantesca, já levou ao colapso financeiro de 2008, nos EUA.

A dívida interna dos EUA atinge a cifra estratosférica de 14 trilhões de dólares. Ninguém trata vítima de envenenamento com mais veneno. É quimera imaginar que conquistaremos a prosperidade gastando dinheiro emprestado.

Mas políticos em pânico estão dispostos a tentar qualquer remédio econômico à base de mais veneno de cobra, para salvar a própria pele. Antes de 2007, os EUA viveram à larga, crendo em créditos inexistentes. Esse tempo acabou, mas ninguém se atreveu, até agora, a contar aos eleitores.

Além de desestabilizar o câmbio e o comércio, o maremoto de moeda norte-americana jorra sobre os mercados emergentes, onde os investidores norte-americanos vão em busca de melhores taxas de juro que os miseráveis 0,03% que encontram em casa.

Nos anos 1980, frágeis economias asiáticas foram devastadas, quando ondas de investimento norte-americano avançaram sobre elas e rapidamente saíram de lá. Esse processo volta a acontecer agora, devastando a moeda de outros países, cujas exportações perdem competitividade. Barreiras já se erguem contra esse tipo de investimento predatório em todo o mundo, da China ao Brasil.

O presidente Barack Obama recebeu herança muito maldita do governo Bush. Apesar disso, a resposta que dá hoje nada fica a dever aos desmando bushianos: o projeto econômico de Obama ameaça hoje toda a ordem econômica mundial. A moeda é símbolo nacional mais potente que a bandeira.

De fato, é bem possível que os fóruns econômicos da semana passa na Coreia do Sul e no Japão tenham sido o começo do fim da era do dólar norte-americano, que comandou as finanças e o comércio planetário desde 1945. A fonte primária do poder dos EUA é a economia e a força financeira. O dinheiro tem mais poder que aviões bombardeiros e divisões aerotransportadas.

O dólar continua rei, mas a era de sua supremacia internacional parece estar terminando. À medida que o dólar enfraquece, enfraquece o poder dos EUA no mundo. A culpa por tudo isso é, integralmente, dos políticos norte-americanos e dos oligarcas de Wall Street.

Semana passada, Washington foi varrida por rara onda de bom-senso. Painel presidencial bipartidário sobre redução da dívida pública propôs corte de $4 trilhões nos gastos federais.

No alvo dos cortes propostos, todas as vacas sagradas políticas. O corte proposto na carne da mais sagrada delas – o orçamento militar – é da ordem de $700 bilhões. Um terço das bases militares dos EUA pelo mundo terão de ser fechadas. E terá de haver cortes na seguridade social e nos subsídios para hipotecas; aumento na idade mínima para aposentadorias; e congelamento total de vários dos projetos locais dos quais muitos políticos fazem meio de vida. Além de previsível aumento de impostos.

O ranger de dentes já começou. Infelizmente, cortes de gastos drásticos e impopulares são altamente improváveis, sobretudo num Congresso no qual Republicanos e Democratas estarão em eterno empate. Os EUA precisariam de um ditador econômico, para conseguir implementar todo o Plano de salvação proposto pelo Painel.

A China já tem o seu ditador econômico – por ironia, é o Partido Comunista. Os EUA, mortalmente viciados em guerras e dívidas, só têm paralisia política e fiscal.

Coloquei aqui, esta mais no tema... :mrgreen:




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#215 Mensagem por marcelo l. » Ter Nov 16, 2010 7:23 pm

ficou melhor :lol:




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#216 Mensagem por GustavoB » Qui Nov 18, 2010 3:46 pm

Saúde nos EUA é a pior entre 11 países desenvolvidos

As carências do sistema de saúde dos Estados Unidos ficam expostas em um estudo divulgado nesta quinta-feira, no qual se compara a situação atual em 11 nações desenvolvidas e que deixa o país mal posicionado com relação a outros, como Austrália, França e Reino Unido.

Entre as conclusões do levantamento realizado pelo The Commonwealth Fund e divulgado em Nova York, têm destaque as recomendações para que os EUA tomem medidas legislativas para tornar a saúde acessível a toda a população, que esta receba proteção financeira ao ficar doente e que seja simplificado seu sistema de seguros.

Após ouvir 19.700 adultos de EUA, Alemanha, Austrália, Canadá, França, Holanda, Noruega, Nova Zelândia, Reino Unido, Suécia e Suíça, a conclusão foi a de que o povo americano é o que mais precisa sobreviver sem procurar um médico, devido à dificuldade para pagar pelos atendimentos de saúde.

"Devido aos custos, os adultos americanos são muito mais inclinados que os das outras dez nações industrializadas a viver sem cobertura médica, ter maiores problemas para enfrentar as faturas, pagar preços elevados, mesmo quando têm seguro médico, e discutir com as seguradoras por sua cobertura", indicaram em comunicado os responsáveis pelo estudo.

Os EUA sobressaem entre os outros países por ter as piores experiências de saúde, já que 33% dos americanos adultos reconhecem que evitaram procurar um médico quando estiveram doentes e que também não tomaram os remédios receitados devido a seu preço. Na Holanda, o índice é de 5%, e, no Reino Unido, de 6%.

Além disso, 20% dos americanos enfrentaram "graves problemas" para pagar suas faturas médicas, contra 9% na França (o segundo país da lista), 4% na Holanda, 3% na Alemanha e 2% no Reino Unido.

O estudo destaca ainda que 35% dos americanos pagaram do seu próprio bolso em 2009 despesas médicas que custaram pelo menos US$ 1 mil, "uma percentagem muito maior que a dos outros países".

Além disso, o levantamento ressalta "a complexidade" do sistema de seguros no país. Segundo a pesquisa, 31% dos americanos têm problemas para entender cláusulas pouco claras e tiveram que enfrentar problemas com uma seguradora que lhes negou algum pagamento.

Fonte: EFE




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#217 Mensagem por tflash » Qui Nov 18, 2010 4:11 pm

Eu acrescentava Portugal. Quando vejo séries como a anatomia de Grey ou E.R. até mete dó. O meu sistema de saúde público paga-me os tratamentos se eu tiver um acidente nos EUA ou em qualquer outro lugar.

Desde que o Hospital tenha meios aqui, e mesmo se não tiver, posso ser evacuado de helicóptero até um que tenha (normalmente um hospital central), são usados todos os meios para me restaurar a saúde. No fim, pago um valor simbólico. Eles podem ter melhores médicos e hospitais mas sem seguro de saúde, não há nada para ninguém.




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#218 Mensagem por P44 » Sex Nov 19, 2010 8:33 am

Um colega americano disse-me há uns anos que podias estar a esvair-te em sangue á porta do hospital que que a 1ª coisa que te perguntavam era pelo cartão do seguro de saúde, se não tivesses um deixavam-te ali a morrer...




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#219 Mensagem por Francoorp » Sex Nov 19, 2010 9:33 am

Esse é um ponto que quase ninguém no Brasil sabe, que nos USA tem que ter um plano de saúde privado ou um cartão de crédito para se ter atendimento, se não morres mesmo diante a um hospital.

Por que aqui país de 3° mundo tem um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo com mais de 190 milhões de beneficiários, o povo acha que la nos "States" é ainda melhor... temos que investir mais em educação fundamental e média, e parar de dizer que tudo la fora é melhor, temos que passar a mostrar as partes podres também...

Certo que aqui não é como ai em Portugal, aqui a economia ainda não é compatível com a inteira população, mas pelo menos temos... se espera horas e horas na fila das lamentações mas no fim acontece, mas nem sempre, existem casos de morte por falta de curas tempestivas e adequadas, uns 1-2% segundo o Ministério... o que significa milhares de brasileiros... mas estamos melhorando, uma vez que a economia e a população estiverem equilibradas a coisa ficará de qualidade acredito eu, e uma melhor organização também ajuda.

Gostei desta coisa ai do sistema público te socorrer onde estiver... muito avançado, temos que copiar!

Não tem sistema público de saúde... e se diz desenvolvido... depende do referencial!

E a carga tributaria em relação ao PIB é de 28,8%... se tivesse sistema de ensino Universitário e saúde gratuitos iriam para uns 60% :shock: :shock:




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#220 Mensagem por P44 » Sáb Nov 20, 2010 8:18 am

Francoorp ,

Também não penses que em Portugal é tudo maravilha...para ires a um posto médico do SNS há muita gente que vai dormir de véspera para a porta do posto para marcar uma consulta.

E para exames e operações existem listas de espera intermináveis, por exemplo sei de fonte segura que no Hospital Garcia de Orta em Almada a lista de espera para uma ressonância magnética tem mais de 700 pessoas...

e depois uma pessoa vê a Anatomia de Grey como disse o tflash, ou o House, e pensa que no paraíso capitalista da Terra :mrgreen: tudo corre na perfeição




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#221 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Nov 20, 2010 10:46 am

Claro que não, eles têm uma medicina excelente, os melhores médicos (eles importam muitos médicos e enfermeiros de todo o mundo), mas para isso paga-se. Quem não paga...sofre!

A minha mulher era para ser operada por um médico que entretanto emigrou para os EUA. Lá ele é chefe de equipa e ganha muito mais (e olhem que em Portugal os médicos têm salários brutais)!

Uma das poucas coisas que realmente funciona bem em Portugal são os transplantes, de resto tanto as urgências como as consultas de toda a ordem é para esquecer. A não ser que vás ao privado e pagues do bom e do melhor para teres consulta com o mesmo médico que irias ver no SNS. :roll:




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#222 Mensagem por tflash » Sáb Nov 20, 2010 7:40 pm

De facto, Portugal não é uma maravilha em termos de sistema de saúde mas no caso de um acidente grave, mobilizam todos os meios que estiverem disponiveis e não ficamos endividados por isso. E as consultas nos postos médicos são para esquecer. O certo é que quando as temos, pagamos uma taxa irrisória, fazemos exames por um valor simbólico, etc. Para problemas graves, a melhor opção são os hospitais públicos porque os privados tem menos experiência.

Um seguro de saúde é bom. Eu já considerei isso com a minha esposa e chegamos a considerar. Paga-se uma mensalidade e somos atendidos num hospital de luxo, com todos os requintes, etc e tal. Mas para coisas graves temos que ir para os públicos.

Eu sei o que é uma urgência Portuguesa. O sistema de triagem por cores. A falta de médicos, Os escândalos porque uma prostituta brigou com chulo e ele espancou-a mas depois levou-a ao hospital, os bêbados, os que cheiram mal, os que vem algemados com acompanhamento policial. Nem é preciso televisão, quanto mais urbana for a zona, mais "acção" tem.

Mas que todos os cidadãos, emigrantes (mesmo ilegais) tem direito à saúde garantido por lei e posto em prática com os meios disponíveis, é indesmentível.




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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#223 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Dom Nov 21, 2010 4:40 pm

Ah! Os amigos lusitanos não sabem o que é bom... O SUS!
SUS... Com ele o cidadão encontra o Paraíso, literalmente.

Nada supera o SUS.
Viva o SUS!

:twisted:




Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

#224 Mensagem por tflash » Dom Nov 21, 2010 5:02 pm

O SUS Brasileiro deve ser a mesma coisa que o SNS português com sotaque e localizações diferentes.




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#225 Mensagem por Francoorp » Dom Nov 21, 2010 5:36 pm

Sistema Unico de Saúde, o de vocês é nacional de saúde né?

Olha aqui em Goiânia até que funciona, pois as emergências foram desviadas para um único grande hospital pùblico, o HUGO, Hospital de Urgências de Goiânia...

em outros casos também funciona, como o Oftalmologico e o Ortopédico... mas para consulta e testes laboratoriais a coisa desanda, é bagunça!!

Deve ser assim pois as empresas do setor financiam muitos políticos, então a coisa não deve funcionar, pois se funciona pagar porque???os caras faliriam... e tem os planos, Unimed, Golden Cross, Etc... mas não fazem tudo, tem que ler as entrelinhas...

Pro todo lado tem problemas, mas este de ser atendido fora do país é uma boa... gostei!




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