GEOPOLÍTICA

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: GEOPOLÍTICA

#2941 Mensagem por Boss » Seg Out 25, 2010 8:02 pm

Marino escreveu:FATOR RELEVANTE
Clayton Netz - O Estado de S.Paulo
PREVISÃO
Brasil será quinta economia em 2050
Em 40 anos o Brasil será a quinta economia do mundo, imediatamente depois da China, Estados
Unidos, Índia e Japão. Nesse tempo, os brasileiros estarão prontos para superar os japoneses. Nenhum
país europeu estará entre os cinco grandes. O Brasil terá assumido a condição de potência dominante no
Atlântico Sul, projetando influência na África e, claro, em toda a América Latina, com respaldo em
eficiente diplomacia e poderosas Forças Armadas. A previsão está no livro The World in 2050, de
Laurence Smith, um best- seller nos Estados Unidos. Vai sair no Brasil, em português, nos primeiros dias
de novembro.
8-]




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Re: GEOPOLÍTICA

#2942 Mensagem por Marino » Ter Out 26, 2010 9:27 am

Indústria Militar

A Guerra Privatizada

Empresas tomam o lugar do Exército num mercado que movimenta US$ 100 bilhões por ano



A enxurrada de documentos secretos do governo americano divulgada na sexta-feira passada mostrou o crescimento de uma tendência perigosa nos novos conflitos globais: o uso de forças mercenárias no campo de batalha.

Segundo os arquivos vazados pelo site Wikileaks, a Guerra do Iraque contou com cerca de 100 mil “contratados”, termo usado para designar os funcionários de uma guerra terceirizada. O contingente mercenário só perdia para os americanos e era superior em número aos soldados dos outros países da coalizão. Na Guerra do Golfo, em 1990, esse número não chegava a 10 mil.

A indústria da guerra privatizada está entre os negócios mais lucrativos do mundo. Hoje, estima-se que as multinacionais voltadas para campos de batalha movimentem cerca de US$ 100 bilhões por ano.



Fim da Guerra Fria impulsionou indústria de exércitos privados

O mercado de serviços militares tem poucos números oficiais. O Sipri, instituto internacional que estuda zonas de guerra, elabora anualmente um relatório com as 100 maiores empresas do setor militar que também inclui centros de pesquisa e indústrias. Em 1996, dez empresas mercenárias estavam na lista. No ano passado, esse número subiu para 18.

Terceirizar a guerra pode ser um excelente negócio, mas levanta uma série de questões sobre a conduta dos exércitos contratados para atuar em zonas conflagradas.

Grande parte dos incidentes divulgados pelo Wikileaks envolve multinacionais militares ou milícias iraquianas em atos de violência não investigados. Em vários documentos disponíveis no site, a constatação de “investigação desnecessária” encerra a maior parte das denúncias de abuso. Em outras, o fato de envolver mercenários desqualifica uma apuração mais detalhada.

– O grande problema de empregar essas forças mercenárias é que elas não são regidas pelas leis de guerra internacional – argumenta o especialista em guerra e política da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Alair Figueiredo. – Isso tira a responsabilidade dos países que contratam PMCs. Se elas cometem crimes, o contratante pode simplesmente dizer que demitiu o mercenário para não ser responsabilizado.

O grande exemplo disso na Guerra do Iraque foi quando agentes da empresa Blackwater, uma das mais famosas do ramo, abriram fogo contra uma multidão, mataram 17 e não receberam qualquer punição.

O crescimento acelerado do uso de forças mercenárias também obriga o contratante a saber lidar com o risco de não se submeter a uma dessas empresas. Alair observou ainda que esse aumento pode ser uma tendência fruto da Guerra Fria.

– O aumento exagerado no emprego de mercenários aconteceu várias vezes ao longo da história da humanidade, sempre após o fim de uma guerra ou de um período de alto investimento militar. A Guerra Fria gerou mão de obra e tecnologia militar muito qualificadas e que não encontram mais mercado nos seus países – avalia Alair Figueiredo. – Não dá para saber se as empresas de guerra serão o futuro dos combates, tudo vai depender de como elas se estabelecerem agora.



Especialistas veem potencial humanitário nas forças mercenárias

As questões éticas envolvendo o uso de companhias militares privadas ofuscam o lado positivo da atividade. Segundo um estudo divulgado pela instituição International Peacekeeping, que faz pesquisas sobre tropas em missões de paz, a Organização das Nações Unidas (ONU) terá que repensar seu conceito sobre o assunto.

Hoje, a Convenção Mercenária da ONU (também conhecida como Resolução 44/34) considera ilegal o uso de qualquer atividade mercenária. Os Estados Unidos e a Inglaterra não são signatários do tratado.

– O contraste da eficiência das companhias militares fica mais em evidência quando comparado com os custos das operações de paz da ONU – relata o estudo de Adekeye Adebajo e Chandra Lekha Sriram. – Em Serra Leoa, uma empresa militar gastou US$ 40 milhões para derrotar os rebeldes da região. Já as missões da ONU na região gastaram US$ 90 milhões tentando mediar o conflito, e a previsão é a de que esse valor aumente.

A eficiência de algumas dessas empresas também surpreende seus próprios contratantes. De acordo com a International Peacekeeping, o que impede a comunidade global de aceitar o uso de exércitos privados é o risco potencial que eles representam.

– Esse preconceito só deve acabar quando as operações de paz da ONU em Serra Leoa e no Congo comprovarem como o modelo atual está muito atrasado em relação aos exércitos privados, bem mais eficientes – conclui o estudo.





Caos Terceirizado

Com pouco treinamento e supervisão frouxa, soldados contratados também foram responsáveis por abusos no Iraque, segundo vazamento de documentos

James Glanz e Andrew W. Leheren THE NEW YORK TIMES



Os primeiros tiros passaram por policiais iraquianos em um posto de observação, que saíram em três carros do esquadrão, com as sirenes ligadas.

Era o início da Guerra do Iraque, em 22 de dezembro de 2004. Depois, descobriu-se que os tiros não vieram de rebeldes ou criminosos. Os policiais foram atacados por funcionários da empresa americana de segurança Custer Battles, de acordo com relatório em um arquivo de mais de 300 mil documentos militares secretos divulgados pela organização WikiLeaks.



Novo (e falho) sistema também foi adotado contra os afegãos

O comboio da empresa partia para o sul em Umm Qasr, cidade portuária perto do Golfo Pérsico. Os homens do comboio atiraram no pneu de um carro civil que se aproximava. Deram cinco tiros em um miniônibus lotado. O tiroteio só parou depois que a polícia iraquiana, a segurança do porto e uma unidade militar britânica finalmente alcançaram o comboio.

Apesar do número de balas voando, ninguém se feriu, e os seguranças encontraram uma forma rápida de evitar tumulto. Jogaram dinheiro para os civis iraquianos e foram embora.

Os documentos esboçam, com riqueza de detalhes, uma mudança essencial na forma como os EUA travam a guerra: o caos nas operações dos primeiros dias da Guerra no Iraque anteciparam a era do segurança particular, sem uniforme, mas lutando e morrendo na batalha, reunindo e disseminando inteligência, e ainda matando supostos rebeldes.

O problema não se deu só no Iraque. Também em conflitos de americanos no Afeganistão houve muitos abusos, incluindo mortes de civis, a ponto de o governo afegão trabalhar para proibir completamente os seguranças de fo ra .



Soldados insuficientes

O uso de seguranças contratados deve crescer à medida que as Forças Armadas dos EUA encolhem. Um relatório da Comissão sobre Contratação em Tempos de Guerra, do Congresso americano, calcula que o Departamento de Estado vá precisar de mais do que o dobro do número de seguranças contratados atualmente para proteger a embaixada e os consulados americanos no Iraque.

Seguranças eram necessários no início da Guerra no Iraque porque não havia soldados suficientes. Em 2004, sua presença se tornou o símbolo do caos – como quando quatro seguranças foram mortos em Falluja.

Mesmo agora – com muitos contratados desacreditados por tiroteios injustificados e falta de responsabilidade descrita nos documentos –, os militares não podem viver sem eles. Há mais seguranças do que integrantes atuais do Exército servindo no Afeganistão.

O arquivo descreve episódios que mostram falhas do novo sistema. Como, por exemplo, o fracasso de coordenação entre os seguranças, as forças de coalizão e as tropas iraquianas, e o fracasso no cumprimento de regras de comprometimento que unem os militares – o que pôs em risco civis e os próprios seguranças. Os militares eram muito hostis aos seguranças, por estes serem amadores, receberem salários altos e gostarem de dar o primeiro tiro.



Ineficientes, seguranças acabam atrapalhando mais do que ajudando

Seguranças, em geral, atiram sem muito critério – e com poucas consequências – em civis desarmados, em forças de segurança iraquianas, em tropas americanas e até em outros seguranças, espalhando medo e minando grande parte dos objetivos das forças de coalizão.

A desordem incluiu um episódio, relatado em março de 2005, quando houve uma batalha envolvendo três empresas de seguranças. Em um posto de observação perigoso na estrada principal para o aeroporto de Bagdá, um caminhão de cimento invadiu uma pista reservada para os veículos do Departamento de Defesa. Um guarda da Global, empresa britânica, deu um tiro de aviso, e quando um homem, inicialmente identificado como iraquiano, abriu a porta para escapar, guardas da torre atiraram nele também. Depois, os integrantes de uma equipe de segurança iraquiana privada, estacionados próximo do local, também abriram fogo, atirando no peito de um funcionário da DynCorp International, firma de segurança americana. Quando o motorista do caminhão foi finalmente questionado, descobriu-se que era um filipino chamado José que trabalhava em uma terceira empresa, KBR, gigante de segurança e logística dos EUA.

A conclusão tirada desse caos, para o autor do relatório: “Acredita-se que o motorista tenha invadido a pista do Departamento de Defesa por acaso”.



Inabilidade presente

Devido ao desafio enfrentado por todos os seguranças – o Iraque estava repleto de homens fortes, com barbas e jaquetas de artilharia – e a todos os debates em torno da necessidade deles, está claro, segundo os documentos, que os seguranças são visivelmente ineficientes na proteção deles próprios e das pessoas que devem proteger.

Na verdade, os documentos confirmam uma observação comum durante todos esses anos: longe de fornecer segurança contra morte súbita, as picapes e os utilitários esportivos, facilmente identificáveis e vulneráveis, dirigidos pelos funcionários das empresas de segurança, são ímãs de rebeldes, milícias, iraquianos descontentes e qualquer um que busque um alvo.

A maioria dos documentos é composta por relatórios e corresponde ao que se sabe dos poucos casos que vieram a público, embora não seja um registro completo dos incidentes envolvendo seguranças. Durante os seis anos cobertos pela papelada, pelo menos 175 seguranças contratados foram mortos. O auge ocorreu em 2006, quando 53 morreram. Rebeldes e outros malfeitores sequestraram, pelo menos, 70 seguranças, muitos dos quais foram mortos depois.

A Aegis, firma de segurança britânica, teve a maioria dos funcionários mortos, mais de 30. A maioria deles era composta por motoristas, guardas e outros funcionários iraquianos. Não somente os militares mas também jornalistas e prestadores de ajuda humanitária confiaram em seguranças para ajudar a protegê-los.

Em julho de 2007, segundo outro relatório, dois foram mortos quando um caminhão de armas, operado pela empresa britânica ArmorGroup, voou 50 metros pelo ar, girando aproximadamente seis vezes, depois de uma enorme bomba improvisada explodir debaixo dele no norte do Iraque.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2943 Mensagem por Marino » Ter Out 26, 2010 10:13 am

A relação comercial China-A. Latina
Interesse em reduzir dependência de combustíveis fósseis importados
Luis Alberto Moreno é o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
Na última década, duas economias que pouco negociavam entre si tornaram-se grandes
principais parceiras comerciais. O comércio entre a América Latina e a China passou de apenas US$ 10
bilhões por ano em 2000 para mais de US$ 100 bilhões hoje.
Muito do debate atual sobre a relação entre a China e a América Latina tem se focado sobre os
níveis da taxa de câmbio. A preocupação é legítima no curto prazo, mas não devemos deixar essa
polêmica obscurecer as oportunidades econômicas e sociais que podem ser criadas por meio de uma
maior integração.
Graças à maior integração econômica, tanto a China como a América Latina e o Caribe se
tornaram dois motores importantes de crescimento, que podem contribuir para a recuperação da
economia mundial, especialmente depois da crise financeira global.
Hoje, a produção econômica combinada da América Latina e Caribe (cerca de US$ 2,6 trilhões
em 2009) está próxima do PIB chinês de US$ 2,7 trilhões. Na última década, duas economias que pouco
negociavam entre si, tornaram-se grandes principais parceiras comerciais: o comércio entre a América
Latina e a China passou de apenas US$ 10 bilhões por ano em 2000 para mais de US$ 100 bilhões hoje.
No ano passado, a China tornou-se não só a maior importadora de produtos brasileiros como
também a maior parceira comercial de Chile, Peru e Argentina. Enquanto as empresas chinesas
produzem carros no Uruguai, por exemplo, os arquitetos chilenos estão vendendo serviços de arquitetura
antissísmica para a China. Conglomerados energéticos chineses estão investindo no Brasil e
multinacionais mexicanas produzem bens de consumo e produtos de pastelaria na China.
A boa notícia é que essa relação comercial ainda está em sua infância. Estamos no limiar de
uma nova era de cooperação econômica e tecnológica que pode não só gerar riqueza, mas também
permitir que a totalidade do nosso povo desfrute de prosperidade sustentável e uma melhor qualidade de
vida. Para isso, tanto a China quanto a América Latina devem enfrentar vários desafios estratégicos.
Um deles diz respeito à energia renovável e a eficiência energética. Muitos países da América
Latina e do Caribe compartilham o interesse chinês de reduzir a dependência de combustíveis fósseis
importados. A China rapidamente se transformou em uma líder mundial no desenvolvimento de energia
eólica e solar, iluminação energeticamente eficiente e aparelhos que economizam combustíveis e
reduzem a poluição. A América Latina, que já recebe a maior parte de sua eletricidade de fontes
renováveis, incluindo bicombustíveis, tem um enorme potencial de crescimento nesta área.
Outro setor importante é o de transporte limpo. Hoje a América Latina e o Caribe têm mais de 50
cidades com mais de um milhão de habitantes; a China tem pelo menos 170. Mobilidade e poluição do ar
são os desafios centrais dessas cidades em crescimento. Várias cidades latino-americanas foram
pioneiras em sistemas Bus Rapid Transit, que integram os ônibus ecológicos com os sistemas de
transporte existentes. A China está se tornando uma líder em sistemas de transporte de alta velocidade,
controle de tráfego inteligente e veículos elétricos. As oportunidades para uma colaboração frutuosa e
investimento são óbvias.
Água e saneamento também representam um desafio comum. Tanto a China quanto a América
Latina enfrentam escassez de água por questões relacionadas ao clima e precisam urgentemente limpar
rios, lagos e proteger as fontes de água subterrânea. Várias empresas de serviços públicos no México e
na China recentemente se tornaram líderes na área de reciclagem e reutilização de águas residuais. As
empresas que podem fornecer soluções rentáveis nesse setor têm excelentes perspectivas de
crescimento.
Finalmente, a China e a América Latina têm muito a aprender um com o outro na área de
agricultura sustentável. O instituto de pesquisa agrícola do Brasil, Embrapa, foi pioneiro no
desenvolvimento de sementes oleaginosas de alto rendimento e de outras culturas que hoje são
importadas pela China. Já a China, por sua vez, tem imenso talento científico em áreas afins. Agora é a
hora de se fertilizar mutuamente o conhecimento e a tecnologia para expandir a produção de alimentos
usando menos água e terra.
Na semana passada, mais de mil empresários chineses e latino-americanos participaram da
Cúpula de Negócios China-América Latina em Chengdu. O evento, organizado pelo Banco
Interamericano de Desenvolvimento e o Conselho Chinês para a Promoção da Integração e Comércio, é
parte dos esforços do banco para gerar novos investimentos nestes e em muitos outros setores-chave,
além de nos ajudar a compreender melhor nossos negócios e culturas de consumo.
O BID é a principal fonte de financiamento multilateral da América Latina e do Caribe. No ano
passado, tivemos a honra de receber a decisão visionária da China de se tornar um membro do Banco.
Já assinamos vários acordos de cooperação com entidades chinesas. Estamos prontos para trabalhar
com nossos parceiros chineses para financiar projetos que trarão oportunidades duradouras,
prosperidade e dignidade ao povo da China, América Latina e Caribe.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2944 Mensagem por irlan » Ter Out 26, 2010 1:33 pm

Não tinham dito que o Brasil já seria quinta economia em 2020?




Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: GEOPOLÍTICA

#2945 Mensagem por marcelo l. » Ter Out 26, 2010 2:35 pm

http://the-diplomat.com/indian-decade/2 ... ence-ties/


China’s growing assertiveness in the region is prompting increasingly wary Japan and India to boost defence cooperation.

The most visible example of this is the first ever Indo-Japan army-to-army staff-level talks that concluded recently. The Indian Army currently holds such talks with nine countries, including Australia and Malaysia (there had in fact been a defence co-operation process between Delhi and Beijing, but this appears to have been placed on hold by an indignant India following Beijing’s recent refusal to grant a visa to an Indian general).

The fact that Indo-Japan defence cooperation is being bolstered despite Tokyo’s reservations over India’s persistent refusal to sign the Nuclear Non-Proliferation Treaty (NPT) and Comprehensive Test Ban Treaty (CTBT) speaks volumes about the two sides’ determination to improve all-round bilateral ties and their desire to add a truly strategic dimension to their relations. It can only be hoped that Indian Prime Minister Manmohan Singh’s ongoing visit to Japan will be a further step toward further deepening of Indo-Japan engagement.

An early example of co-operation between the two is the fact that Japan has already built the Indian Navy’s only Floating Dock Navy- 1 (FDN1). The FDN1 was designed by the Indian Institute of Technology and has a lifting capacity of 11,500 tonnes. Now, the Indian Navy is planning to acquire another floating dock, to be stationed in the strategic Andaman and Nicobar islands.

But it’s not all going to be plain sailing in the defence relationship—the Indian Navy has already looked for expressions of interest for the FDN2, but this time it’s not clear Japan is in the running, and would anyway be facing stiff competition from Russia and Germany.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: GEOPOLÍTICA

#2946 Mensagem por rodrigo » Ter Out 26, 2010 2:43 pm

União Europeia acusa Brasil de protecionismo

GENEBRA - A União Europeia (UE) acusa o Brasil de ter criado em julho seu "Buy Brazilian", em uma referência às políticas discriminatórias para incentivar empresas nacionais. O termo cunhado pelos europeus é uma analogia às medidas estabelecidas pelo governo de Barack Obama para incentivar sua indústria nacional diante da crise, que acabaram sendo chamadas de "Buy American".


No caso do Brasil, a UE afirma que a medida adotada é mais profunda que a americana e as iniciativas não têm relação com a crise financeira internacional, mas com uma estratégia industrial. A informação faz parte de um relatório preparado pela Comissão Europeia sobre medidas protecionistas adotadas por vários países. O relatório é usado como referência para empresas europeias e como "escudo" nas disputas contra países que acusam a Europa de protecionismo.

No capítulo brasileiro, a UE chama a atenção para as medidas para frear importações e para o fato de que nenhuma medida adotada pelo Brasil na época da crise ter sido removida. Além disso, a UE ataca o Brasil por estar usando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para subsidiar suas exportações.

Segundo o documento, desde 2008 mais de 330 medidas restritivas foram adotadas pelos maiores parceiros comerciais da UE, dificultando a entrada de produtos europeus nesses mercados. Apesar da recuperação mundial em 2010, apenas 10% dessas barreiras foram removidas. Para a UE, o País foi um dos que mais adotaram medidas, restringindo importações e criando subsídios para exportações. Foram 12 medidas, incluindo três barreiras às importações, duas restrições a empresas estrangeiras e cinco iniciativas de estímulo às exportações. Apenas oito países adotaram mais medidas que o Brasil.

http://economia.estadao.com.br/noticias/not_40325.htm




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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Re: GEOPOLÍTICA

#2947 Mensagem por Marino » Qua Out 27, 2010 9:49 am

A ilusão do Bric

OLIVER STUENKEL



O principal legado do presidente Lula no campo da política externa é o fortalecimento das parcerias do Brasil com outras potências emergentes, sobretudo os países do Bric.

O comércio com a China está em expansão.

Entrou em vigor um acordo de isenção de vistos entre Brasil e Rússia. As relações com a Índia nunca estiveram melhor. O Brasil está certo de querer forjar vínculos bilaterais mais estreitos com os gigantes asiáticos emergentes.

Mas, embora o Brasil deva fortalecer os vínculos individualmente, o próximo presidente brasileiro deve tomar cuidado para não levar a aliança Bric demais a sério. A marca melhorou a imagem do Brasil, mas juntar forças e apostar na importância estratégica da aliança não pode senão resultar em decepção.

A marca Bric, criada pelo banqueiro Jim O’Neill, não vai sobreviver a longo prazo.

Que o acrônimo Bric tenha deixado de ser mero termo de investimento para se tornar uma realidade política não é sinal de presciência de O’Neill. O triunfo da marca Bric e sua aceitação entusiástica até por parte de seus “membros”, apesar de suas inadequações, indicam o anseio não satisfeito das potências emergentes de compreenderem um mundo cada vez mais complexo, e que lugar nele lhes cabe.

O desafio de encontrar maneiras categóricas de entender o mundo tem precedentes. Historicamente, acadêmicos buscaram estabelecer distinções entre países ao classificálos por categorias e blocos organizados de acordo com diferentes variáveis.

Em 1946, Winston Churchill estabeleceu tal conceito quando introduziu a ideia da Cortina de Ferro.

Pouco depois, Alfred Sauvy cunhou o termo Terceiro Mundo, ajudando seres humanos a entenderem o sistema internacional.

Atualmente, esses modelos já não têm significado, e há muitas propostas para novas maneiras de se repensar a realidade geopolítica. Quando criou os Brics, O’Neill estava apenas considerando aspectos econômicos; sendo assim, os países que ele escolheu eram muito heterogêneos. O Brasil e a Índia são duas democracias que ainda não estão plenamente estabelecidas na atual ordem mundial, enquanto a China e a Rússia, dois regimes não democráticos, são poderes estabelecidos desde 1945. Os quatro discordam sobre quase tudo, incluindo mudança climática, direitos humanos e a reforma da governança global.

Apesar de todos estes fatores, o termo Brics virou um conceito chave entre analistas. Os líderes do Brasil, da Índia, da Rússia e da China começaram a se referir a eles mesmos como “membros do Bric”. Em 2009, os presidentes Lula e Hu Jintao e os primeirosministros Medvedev e Singh encontraram-se em São Petersburgo para uma cúpula do Bric.

Por que os quatro líderes decidiram juntar-se e transformar a categoria de investimentos de O’Neill em realidade política? O que mais os unia parecia ser seu interesse comum em mudar a maneira como o mundo era conduzido. Após o otimismo inicial e os grandes anúncios de uma “nova ordem mundial”, no entanto, os membros do Bric deram-se conta de que suas posições eram demasiadamente divergentes para concordarem sobre quaisquer medidas específicas. A categoria de O’Neill é ampla demais para ser significativa.

O que o sucesso da marca Bric realmente mostrou é que os acadêmicos e investidores não são os únicos a buscar uma categoria que possa capturar a realidade. Chefes de Estado anseiam, igualmente, por uma maneira significativa de compreender o mundo. Os quatro líderes encontraramse em São Petersburgo essencialmente para “experimentar” a categoria que O’Neill tinha inventado para eles. Em vez de apontar para as semelhanças, seu comportamento refletia o forte desejo de entender a que categoria eles pertenciam. Em um mundo de rápidas mudanças, onde parâmetros tradicionais tais como ocidente e oriente, norte e sul e rico e pobre já não orientam as potências emergentes, colocar o “chapéu Bric” foi apenas outro episódio, embora certamente não o último, na busca complexa de sua identidade e de seu lugar em um mundo que vão, em breve, dominar.

OLIVER STUENKEL é cientista político.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2948 Mensagem por Wolfgang » Qua Out 27, 2010 10:14 am

Cientista político têm certezas que só Deus conhece... Sigamos




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Re: GEOPOLÍTICA

#2949 Mensagem por prp » Qua Out 27, 2010 12:29 pm

Esses caras viajam na maionese.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2950 Mensagem por FOXTROT » Sex Out 29, 2010 9:34 pm

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Irã busca na Bolívia bateria de lítio e energia nuclear, diz Evo
29 de outubro de 2010

Bolívia e Irã assinaram esta semana carta de intenções para impulsionar no país sul-americano projetos de fabricação de baterias de lítio e geração de energia nuclear, informou nesta sexta-feira o presidente Evo Morales.

Os acordos ainda são preliminares e, no caso da industrialização do lítio, não fecham as portas para uma eventual participação de empresas e governos de outros países, disse o presidente, ao mencionar os alcances dos documentos assinados durante sua visita de segunda a quarta-feira a Teerã.

Morales disse em entrevista à imprensa, na cidade de Cochabamba, região central do país, que "está aberto, e não fechado", o processo de busca de um sócio para a fabricação na Bolívia de baterias de lítio, como principal aproveitamento da enorme reserva desse metal em Uyuni, no planalto boliviano.

O presidente lembrou que o Estado boliviano ¿que declarou ter sob total domínio as reservas de lítio do país, que equivaleriam a 70% das reservas mundiais¿ conta com tecnologia e recursos econômicos para empreender por sua conta a etapa inicial de mineração do plano, até a produção do carbonato de lítio.

"O acordo com o Irã, que é uma carta de intenções, expressa... que, o mais importante, quer ser sócio em baterias e não apenas em carbonato de lítio. Se nessas condições os (empresários) privados querem participar, bem-vindos", disse.

De acordo com um projeto apresentado na semana passada por Morales, a Bolívia completará em 2010 a primeira fase de seu programa de lítio, concentrado em estudos de laboratório e na montagem de uma unidade industrial que lhe permitirá exportar cerca de 40 toneladas de carbonato de lítio por mês e mil toneladas de clorato de potássio.

A essa fase, na qual o governo investiu US$ 18 milhões, seguirá outra estritamente estatal que demandará US$ 400 milhões para produzir, a partir de 2014, 30 mil toneladas anuais de carbonato de lítio e volumes não revelados de clorato de potássio.

A sociedade com o Irã ou com empresas privadas seria apenas para a terceira fase, que é a fabricação de baterias.

Entre os potenciais sócios, o governo anunciou inicialmente a francesa Bolloré, as japonesas Sumitomo e Mitsubishi e a sul-coreana Kores, além dos governo do Brasil, Rússia e Venezuela.

Sobre a cooperação nuclear com o Irã, Morales disse que estaria centrado no uso pacífico dessa energia. "Não buscamos uma usina nuclear atômica, mas energética, com fins pacíficos... há muito interesse (do Irã) para trabalhar nisso com a Bolívia", afirmou o presidente, ressaltando que, nesse tema, há apenas uma declaração de interesses.




"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: GEOPOLÍTICA

#2951 Mensagem por tiagogogo » Seg Nov 01, 2010 11:54 pm

Paris e Londres anunciam cooperação inédita em defesa

LONDRES, 1 Nov 2010 (AFP) -França e Grã-Bretanha assinarão nesta terça-feira acordos de cooperação em matéria de Defesa de uma abrangência sem precedentes, que preveem a criação de uma força militar conjunta e o uso compartilhado de porta-aviões e laboratórios nucleares.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, firmarão dois tratados durante uma reunião em Londres, anunciou a presidência francesa.
O acordo permitirá a simulação do funcionamento do arsenal nuclear dos dois países a partir de 2014, em uma instalação conjunta na região da Borgonha.
Este novo centro de simulação será construído em uma instalação já existente da Comissão de Energia Atômica (CEA), em Valduc (Côte-d''Or), 45 km a noroeste de Dijon, no centro da França, começando a funcionar em 2014, mas com obras previstas até 2022, destacou a presidência francesa.
A unidade permitirá que cientistas franceses e britânicos "projetem os resultados das ogivas e materiais nucleares" a disposição dos dois Exércitos com o objetivo de garantir "a viabilidade, a segurança e a proteção a longo prazo de nossos arsenais nucleares".
O novo laboratório de Valduc será complementado com um centro de pesquisas franco-britânico na localidade de Aldermaston, na Grã-Bretanha.
Esta "cooperação sem precedentes" se fará "respeitando totalmente a independência das forças de cada país", destacou Paris.
França e Grã-Bretanha poderão seguir como atores militares de dimensão internacional, mas adaptados a uma era de rigor orçamentário. Londres e Paris "conservarão o direito de deslocar suas forças armadas de forma independente", destacou um responsável britânico, que pediu para não ser identificado.
Os tratados incluirão a criação de "uma força expedicionária conjunta", com entre 3.500 e 5.000 homens, que deverá iniciar seu treinamento no próximo ano. Esta nova força não será permanente e ficará encarregada de operações específicas, sob comando único.
"Anunciaremos o que chamamos de força expedicionária conjunta, e não uma força militar permanente. É uma conjunção de forças armadas dos dois países que treinam e atuam juntas", disse o funcionário britânico.
Os dois países compartilharão ainda seus porta-aviões, a partir de 2020. A manutenção do novo avião de transporte A400M também será dividida.
Ao comunicar nesta segunda-feira os acordos aos deputados, David Cameron tratou de tranquilizar os "eurocéticos" de seu partido conservador, que temem um abandono de prerrogativas em benefício da União Europeia (UE). O premier garantiu que o acordo com a França é fruto dos mesmos princípios adotados nas discussões sobre o orçamento e as reformas institucionais da UE.
"O princípio é o mesmo. Associação sim, mas sem perder a soberania".
No domingo, o ministro da Defesa, Liam Fox, justificou a aproximação com a necessidade de se fazer uma "economia importante" em época de austeridade orçamentária, mas garantiu que trata-se de algo puramente bilateral, descartando o início de um "exército europeu que não queremos".

Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noti ... 94,00.html




PRick

Re: GEOPOLÍTICA

#2952 Mensagem por PRick » Ter Nov 02, 2010 12:41 pm

irlan escreveu:Não tinham dito que o Brasil já seria quinta economia em 2020?
As previsões anteriores para os BRIC´s era 2050(dominancia da China entre outras coisas), mas se o patamar atual de crescimento se manter, tudo foi antecipado entre 20 e 30 anos. Como é previsão, isso depende de fatos futuros, a crise do G7 parece ser mais profunda do que foi anunciado, o galho é que se a crise perdurar, os BRIC´s vão acabar desacelerando um pouco, mas por hora a janela caiu de 2050 para 2020, 2025. Não só Brasil será 5ª economia, como a China será a maior economia do mundo.

Nós temos uma grande vantagem, dois presentes deixados pelo Lula, e isso se deve sem dúvida nenhuma a sua projeção pessoal no plano internacional, quero dizer; Copa do Mundo(2014) e Olimpíadas(2016), acredito que em 2016 já sejamos a 6ª economia do mundo.

[]´s




kurgan
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Re: GEOPOLÍTICA

#2953 Mensagem por kurgan » Ter Nov 02, 2010 12:56 pm

02/11/2010 - 11h17
França e Reino Unido assinam tratados de defesa e anunciam força militar conjunta

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Atualizado às 11h32.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, assinaram nesta terça-feira dois tratados nas áreas de defesa e cooperação ao fim de uma reunião bilateral celebrada em Londres.

Os tratados, que iniciam uma nova fase de cooperação militar entre os dois países, incluem a criação de uma força militar conjunta e a realização de testes nucleares em um único laboratório francês. Também contemplam o uso compartilhado dos porta-aviões dos dois países a partir de 2020.

O acordo pretende fazer com que os dois países continuem como personagens militares de dimensão internacional em uma era de rigor orçamentário, sem perder a soberania.

Imagem

Os dois países são membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), detêm os maiores orçamentos de defesa na Europa Ocidental e são também as únicas potências nucleares da região.

Fontes francesas indicaram que a força militar conjunta --que deve ser criada com base nos tratados assinados nesta terça-- poderá atuar em operações da Otan, da União Europeia, da ONU (Organização das Nações Unidas) e em missões bilaterais nas quais Londres e Paris estejam de acordo.

A força franco-britânica somará contingentes da Marinha, Aeronáutica e Exército dos dos países.

"Estamos falando de forças expedicionárias conjuntas com nossas forças em todos os três serviços trabalhando juntas para desenvolver práticas comuns, melhorar as operações em comum e procurar por melhores equipamentos", disse Liam Fox, o secretário de Defesa britânico, à emissora BBC.

O acordo deve envolver ainda cooperações no setor aéreo, com a fabricação de aeronaves pela Airbus, empresa franco-alemã e a utilização de porta-aviões.

Londres e Paris concordaram ainda em partilhar pesquisas e simulações nucleares. Com a proibição a testes de mísseis, laboratórios sofisticados devem ser usados para simular o emprego de ogivas com segurança.

"Isto significa que atingimos um nível de confiança sem precedentes. É este passo na área nuclear que nos permite avançar para qualquer lugar", disse uma fonte francesa.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/8242 ... unta.shtml




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Re: GEOPOLÍTICA

#2954 Mensagem por Sterrius » Ter Nov 02, 2010 3:45 pm

Fala-se que frança e gra bretanha seriam os melhores amigos pra alguem da epoca de napoleão pra trás e vc seria taxado de louco ou piadista de muito mal gosto :lol: :lol: :lol:




PRick

Re: GEOPOLÍTICA

#2955 Mensagem por PRick » Ter Nov 02, 2010 7:33 pm

Sterrius escreveu:Fala-se que frança e gra bretanha seriam os melhores amigos pra alguem da epoca de napoleão pra trás e vc seria taxado de louco ou piadista de muito mal gosto :lol: :lol: :lol:

Sinal dos tempos, em breve, teremos mais poder que os dois países. :wink:


[]´s




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