Bomba Termobárica
Com um nome que deriva do grego “calor” e “pressão”, essas bombas combinam o poder das duas forças para expandir enormemente o potencial de destruição contra alvos mais inacessíveis. Embora o termo “termobárico” seja utilizado com freqüência para uma ampla variedade de explosivos de grande potência, ele é mais apropriado para descrever bombas que misturam um explosivo de combustível monopropelente com algum tipo de partícula altamente combustível e energética, como pó de alumínio.
O resultado é uma bola de fogo intensamente concentrada, combinada com uma explosão devastadora de alta pressão. Bombas termobáricas são armas ideais para concentrar calor e pressão em um espaço limitado, tanto para limitar os danos colaterais, quanto para alcançar alvos subterrâneos em profundidade.
Em termos muito genéricos, a bomba termobárica utiliza um fenómeno muito conhecido desde o século XIX, quando se descobriu que o «pó de carvão» existente nas minas, poderia em determinadas circunstâncias produzir uma enorme explosão.
A bomba termobárica, utiliza um principio idêntico. Ela produz uma primeira explosão em que espalha uma quantidade de combustível na forma de vapor, o qual reage com o oxigénio do ar, quando ocorre uma segunda explosão que provoca a ignição da mistura.. A explosão dessa mistura, produz uma fortíssima onda de choque, atingindo temperaturas muito altas.
Como a explosão a alta temperatura consome os reagentes (tanto o combustível quanto o oxigénio) cria-se um vacuo na área da explosão, razão pela qual este tipo de bombas também são conhecidas como bombas de vacuo.
Esse vácuo vai produzir ainda um efeito secundário, pois após a explosão inicial, a diferença de pressão entre a área onde se deu a explosão e a área circundante, produz um sopro no sentido contrário.
Ou seja: Quando a bomba explode, a pressão afasta tudo como numa explosão convencional, mas o efeito que se lhe segue, funciona como se sugasse tudo de volta para o centro novamente. Este segundo efeito é muito menos forte que o primeiro, mas mesmo assim produz um sopro que poderia facilmente levantar um homem no ar.
No entanto, a bomba termobárica é eficiente a céu aberto, e onde houver espaço aberto suficiente para que se dê a expansão do combustível em forma de vapor.
A bomba também está absolutamente dependente das condições atmosféricas, da pressão atmosférica, da temperatura do ar e do próprio vento.
Como funciona uma bomba a vácuo?
por Manoel Schlindwein
As bombas a vácuo, conhecidas como termobáricas, usam o oxigênio da atmosfera em vez de oxidantes como reagente para explodir. Não se sabem muitos detalhes sobre seu funcionamento - até por questões de segurança. Mas dá para ter uma idéia geral. Os danos provocados por essas bombas vêm de duas fontes: altas temperaturas e pressão. As primeiras bombas do tipo foram criadas na década de 1960 pelo Exército americano, que as usou na Guerra do Vietnã para destruir túneis, limpar campos minados e abrir clareiras na mata para pouso de helicópteros. Outro modelo de bomba a vácuo, o BLU-118/B, foi usado contra a Al Qaeda no Afeganistão, em 2002. Hoje, elas são usadas tanto em áreas abertas como fechadas - atingem até cavernas e bunkers, matando quem está dentro com a onda de pressão. Diferentemente das bombas nucleares, as termobáricas não usam elementos radioativos (como o urânio e o plutônio) e, portanto, não fazem vítimas por contaminação. Mas o estrago é feio: deixa o ambiente atingido com aspecto lunar, com o solo pontilhado de crateras. A mais poderosa arma não nuclear hoje - segundo os russos - é uma bomba termobárica conhecida como Foab, da sigla em inglês para "pai de todas as bombas", testada em setembro de 2007 no país.
Pega geral
Bombas a vácuo usam calor e ondas supersônicas para detonar tudo em um raio de 300 metros
1. Um avião sobrevoa o alvo a cerca de 600 metros de altura e lança a bomba de pára-quedas - algumas bombas são teleguiadas por GPS. O tamanho do avião pode variar - os russos, na demonstração da Foab, usaram um Tupolev TU-160, maior avião de combate do mundo, que atinge até 2 220 km/h de velocidade
2. Quando a bomba está a cerca de 10 metros de altura do alvo, uma parte do líquido é liberada. Ao entrar em contato com o ar, ocorre um pequeno estouro, que forma uma nuvem de spray de 30 metros de diâmetro e 2,5 de altura, com poder explosivo concentrado. Na Foab, acredita-se que foram usados 30 quilos de óxido de etileno, líquido incolor, tóxico e altamente inflamável
3. Logo depois vem a segunda explosão: um detonador é acionado automaticamente e reage com a nuvem. Além do calor de até 3 000 ºC, a bomba gera ondas supersônicas num raio de 300 metros. A destruição da Foab equivale a 44 toneladas de TNT - só perde para a bomba atômica, com poder de cerca de 20 mil toneladas de TNT
4. A explosão da mistura é tão potente que consome todos os reagentes, gerando vácuo (daí o nome da arma). Essa ausência de partículas provoca uma nova onda de choque - com a baixa pressão do local detonado e a pressão normal do ambiente, é como se acontecesse um sopro no sentido inverso, até a pressão se equilibrar
RAIO X DA FOAB
Arma é a mais letal entre as não nucleares, diz a Rússia
Ano de criação - 2007
Fabricação - Russa
Peso - 7,8 toneladas
Dimensões - Não divulgadas
E deixo uma pergunta. O Brasil pode produzir tais bombas ? ( Não sou bem informado a tal ponto -as vezes pode até já ter de menor porte e eu boiando aqui, enfim...). Ou entraram no pacote do FHC para capar as FA's ?