ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
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- Sterrius
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
nao saiu nenhuma pesquisa nova até onde sei p44. Isso ainda estaria na margem de erro da primeira pesquisa do datafolha.
- P44
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
pois, só vi em nota de rodapé num noticiário de ontem
Triste sina ter nascido português
Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
7 pontos de diferença nos totais, 8 pontos nos válidos. Segundo o DatafAlha.
Tem uma pesquisa que "vazou" "por ai" que dá conta de 14 pontos de diferença...
Eu, chutaria (pela média) uns 10/11 pontos de diferença.
[]'s.
Tem uma pesquisa que "vazou" "por ai" que dá conta de 14 pontos de diferença...
Eu, chutaria (pela média) uns 10/11 pontos de diferença.
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Se a Dilma continuar com discurso para dentro e não para conquistar o pessoal do meio que vai decidir a eleição.Paisano escreveu:Segundo o isento Data Folha...P44 escreveu:aqui falaram ontem que a vantagem da Dilma é de apenas 7%, vcs confirmam????
- P44
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
pois, 7% me parece muito pouco quando ainda faltam mais de 15 dias para a eleição.
Triste sina ter nascido português
- Franz Luiz
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Passei na banca de revistas hoje.
Estou impressionado com a campanha contra este governo pela mídia paulista.
A capa de veja vem de acordo com o discurso do Serra no debate: Dilma duas caras.
Mostra assim o afinado discurso de toda a mídia do PSDB.
O Estado e a Folha nem fazem menção ao debate na 1a página. Remetem ao escândalo Erenice-Correios.
Realmente assusta o empenho de todos eles em deter a candidatura Dilma.
Leva-nos a pensar no porquê. O que estará por trás de tanto empenho onde todas as máscaras caíram?
Estou impressionado com a campanha contra este governo pela mídia paulista.
A capa de veja vem de acordo com o discurso do Serra no debate: Dilma duas caras.
Mostra assim o afinado discurso de toda a mídia do PSDB.
O Estado e a Folha nem fazem menção ao debate na 1a página. Remetem ao escândalo Erenice-Correios.
Realmente assusta o empenho de todos eles em deter a candidatura Dilma.
Leva-nos a pensar no porquê. O que estará por trás de tanto empenho onde todas as máscaras caíram?
- Sterrius
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
se tao ignorando o debate é pq a coisa foi boa.
E parece que a Dilma usou inteligentimente o debate na propaganda da manha de hoje! Enquanto o PSDB nada fez.
Ciro Gomes realmente sabe fazer campanha. Todos esses pequenos ajustes que estamos vendo tem tido recepção positiva. Logo na pior hipotese creio que a queda da DIlma parou. E A tendencia agora é subir.
È esperar pra ver se Serra consegue tirar algo pra reequilibrar a balança. Tem 2 debates ainda e é precisa a dilma vencer um desses 2. (Band por mais que queira é apenas um "treino" pros 2 da frente).
E parece que a Dilma usou inteligentimente o debate na propaganda da manha de hoje! Enquanto o PSDB nada fez.
Ciro Gomes realmente sabe fazer campanha. Todos esses pequenos ajustes que estamos vendo tem tido recepção positiva. Logo na pior hipotese creio que a queda da DIlma parou. E A tendencia agora é subir.
È esperar pra ver se Serra consegue tirar algo pra reequilibrar a balança. Tem 2 debates ainda e é precisa a dilma vencer um desses 2. (Band por mais que queira é apenas um "treino" pros 2 da frente).
Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
(deem uma boa lida na reportagem) Homem-bomba" do PSDB vira
preocupação da campanha de Serra
Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, teria “fugido” com R$ 4 mi da campanha tucana
http://noticias.r7.com/eleicoes-2010/no ... 01011.html
Ernesto Rodrigues/Agência EstadoSerra é questionado sobre “calote” de homem
de confiança do PSDB na campanha e se cala
Confira TambémDilma e Serra trocam farpas em debateVeja trajetórias de Dilma e SerraSaiba como ficou a apuração no 1º turnoBlog traz bastidores da eleição
Do R7
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, trocou o estilo defensivo que marcou o primeiro turno da campanha e subiu o tom das críticas e cobranças contra o adversário José Serra (PSDB), no debate da TV Bandeirantes no último domingo (10). A mudança pegou Serra de surpresa. Num dos momentos mais tensos do confronto, logo no primeiro bloco, a petista colocou o tucano contra a parede ao questioná-lo sobre um “calote” de R$ 4 milhões do homem de confiança do PSDB, o engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto ou Negão.
Confira TambémDilma e Serra trocam farpas em debate
Veja trajetórias de Dilma e Serra
Saiba como ficou a apuração no 1º turno
Blog traz bastidores da eleição
Ao ser questionada sobre a criação do Ministério da Segurança Pública, bandeira de Serra, a petista aproveitou o tempo que lhe sobrou para dizer que fica “indignada com a questão da Erenice” [Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil que deixou o ministério após ver seu filho envolvido em denúncias de tráfico de influência], e mencionou suspeitas de corrupção que envolvem um ex-assessor de Serra.
- É bom você lembrar, eu fico indignada com a questão da Erenice, mas você devia lembrar também o Paulo Vieira de Souza, seu assessor que fugiu com R$ 4 milhões.
Serra não respondeu à pergunta e não voltou ao assunto. Assessores e pessoas próximas ao candidato tucano estranharam as críticas de Dilma e o tom da presidenciável petista.
Em agosto, reportagem da revista IstoÉ trouxe a denúncia do calote e informou ainda que Paulo Preto tem uma relação estreita com Aloysio Nunes, tucano que acabou de obter uma vaga no Senado por São Paulo e era chefe da Casa Civil de Serra. Não por acaso, o senador recém-eleito deixou o debate de domingo entre os segundo e terceiro blocos e saiu falando ao telefone evitando falar com jornalistas.
“As relações de Aloysio e Paulo Preto são antigas e extrapolam a questão política. Em 2007, familiares do engenheiro fizeram um empréstimo de R$ 300 mil para Aloysio. No final do ano passado, o ex-chefe da Casa Civil afirmou que usou o dinheiro para pagar parte do apartamento adquirido no bairro de Higienópolis e que tudo já foi quitado”, diz a reportagem da IstoÉ.
A revista diz que “segundo dois dirigentes do primeiro escalão do PSDB, o engenheiro arrecadou “antes e depois de definidos os candidatos tucanos às sucessões nacional e estadual”. Os R$ 4 milhões seriam referentes apenas ao valor arrecadado antes do lançamento oficial das candidaturas, o que impede que a dinheirama seja declarada, tanto pelo partido como pelos doadores”, relata a revista
A IstoÉ diz ainda que “até abril, Paulo Preto ocupou posição estratégica na administração tucana do Estado de São Paulo”. Foi diretor de engenharia da Dersa, estatal responsável por obras como a do Rodoanel, “empreendimento de mais de R$ 5 bilhões, e a ampliação da marginal Tietê, orçada em R$ 1,5 bilhão – ambas verdadeiros cartões-postais das campanhas do partido”. Mas, segundo a reportagem, “Paulo Preto foi exonerado da Dersa oito dias depois de participar da festa de inauguração do Rodoanel”. A portaria, publicada no Diário Oficial em 21 de abril, não explica os motivos da demissão, “mas deputados tucanos ouvidos por IstoÉ asseguram que foi uma medida preventiva. O nome do engenheiro está registrado em uma série de documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a chamada Operação Castelo de Areia, que investigou a construtora Camargo Corrêa entre 2008 e 2009.”
A reportagem da revista ouviu tucanos que o acusaram de ter arrecadado os tais R$ 4 milhões em nome do PSDB para as campanhas eleitorais deste ano e de não ter levado o dinheiro ao caixa do comitê do presidenciável Serra. A IstoÉ também ouviu Paulo Preto, que nega a arrecadação de recursos e diz que virou “bode expiatório”.
O engenheiro não é filiado ao PSDB, mas tem uma longa trajetória ligada aos governos tucanos. A revista conta que ele ocupou cargos no segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso e, em São Paulo, atuou na linha 4 do Metrô, no Rodoanel e na marginal Tietê.
Outra acusação que pesa sobre o “homem-bomba” tucano, segundo definição da revista Veja, é o envolvimento do seu nome na operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, que investigou a empreiteira Camargo Corrêa entre 2008 e 2009. Embora não tenha sido indiciado, Paulo Preto é citado em uma série de documentos. Um dos papéis indica que o ex-diretor da Dersa teria recebido quatro pagamentos mensais de pouco mais de R$ 400 mil, o que ele nega.
Paulo Preto foi exonerado da diretoria da Dersa em abril deste ano quando Alberto Goldman assume o governo de São Paulo no lugar de Serra. Em entrevista à IstoÉ, o ex-diretor diz que até hoje não foi informado sobre o motivo da demissão.
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preocupação da campanha de Serra
Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, teria “fugido” com R$ 4 mi da campanha tucana
http://noticias.r7.com/eleicoes-2010/no ... 01011.html
Ernesto Rodrigues/Agência EstadoSerra é questionado sobre “calote” de homem
de confiança do PSDB na campanha e se cala
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Do R7
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, trocou o estilo defensivo que marcou o primeiro turno da campanha e subiu o tom das críticas e cobranças contra o adversário José Serra (PSDB), no debate da TV Bandeirantes no último domingo (10). A mudança pegou Serra de surpresa. Num dos momentos mais tensos do confronto, logo no primeiro bloco, a petista colocou o tucano contra a parede ao questioná-lo sobre um “calote” de R$ 4 milhões do homem de confiança do PSDB, o engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto ou Negão.
Confira TambémDilma e Serra trocam farpas em debate
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Ao ser questionada sobre a criação do Ministério da Segurança Pública, bandeira de Serra, a petista aproveitou o tempo que lhe sobrou para dizer que fica “indignada com a questão da Erenice” [Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil que deixou o ministério após ver seu filho envolvido em denúncias de tráfico de influência], e mencionou suspeitas de corrupção que envolvem um ex-assessor de Serra.
- É bom você lembrar, eu fico indignada com a questão da Erenice, mas você devia lembrar também o Paulo Vieira de Souza, seu assessor que fugiu com R$ 4 milhões.
Serra não respondeu à pergunta e não voltou ao assunto. Assessores e pessoas próximas ao candidato tucano estranharam as críticas de Dilma e o tom da presidenciável petista.
Em agosto, reportagem da revista IstoÉ trouxe a denúncia do calote e informou ainda que Paulo Preto tem uma relação estreita com Aloysio Nunes, tucano que acabou de obter uma vaga no Senado por São Paulo e era chefe da Casa Civil de Serra. Não por acaso, o senador recém-eleito deixou o debate de domingo entre os segundo e terceiro blocos e saiu falando ao telefone evitando falar com jornalistas.
“As relações de Aloysio e Paulo Preto são antigas e extrapolam a questão política. Em 2007, familiares do engenheiro fizeram um empréstimo de R$ 300 mil para Aloysio. No final do ano passado, o ex-chefe da Casa Civil afirmou que usou o dinheiro para pagar parte do apartamento adquirido no bairro de Higienópolis e que tudo já foi quitado”, diz a reportagem da IstoÉ.
A revista diz que “segundo dois dirigentes do primeiro escalão do PSDB, o engenheiro arrecadou “antes e depois de definidos os candidatos tucanos às sucessões nacional e estadual”. Os R$ 4 milhões seriam referentes apenas ao valor arrecadado antes do lançamento oficial das candidaturas, o que impede que a dinheirama seja declarada, tanto pelo partido como pelos doadores”, relata a revista
A IstoÉ diz ainda que “até abril, Paulo Preto ocupou posição estratégica na administração tucana do Estado de São Paulo”. Foi diretor de engenharia da Dersa, estatal responsável por obras como a do Rodoanel, “empreendimento de mais de R$ 5 bilhões, e a ampliação da marginal Tietê, orçada em R$ 1,5 bilhão – ambas verdadeiros cartões-postais das campanhas do partido”. Mas, segundo a reportagem, “Paulo Preto foi exonerado da Dersa oito dias depois de participar da festa de inauguração do Rodoanel”. A portaria, publicada no Diário Oficial em 21 de abril, não explica os motivos da demissão, “mas deputados tucanos ouvidos por IstoÉ asseguram que foi uma medida preventiva. O nome do engenheiro está registrado em uma série de documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a chamada Operação Castelo de Areia, que investigou a construtora Camargo Corrêa entre 2008 e 2009.”
A reportagem da revista ouviu tucanos que o acusaram de ter arrecadado os tais R$ 4 milhões em nome do PSDB para as campanhas eleitorais deste ano e de não ter levado o dinheiro ao caixa do comitê do presidenciável Serra. A IstoÉ também ouviu Paulo Preto, que nega a arrecadação de recursos e diz que virou “bode expiatório”.
O engenheiro não é filiado ao PSDB, mas tem uma longa trajetória ligada aos governos tucanos. A revista conta que ele ocupou cargos no segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso e, em São Paulo, atuou na linha 4 do Metrô, no Rodoanel e na marginal Tietê.
Outra acusação que pesa sobre o “homem-bomba” tucano, segundo definição da revista Veja, é o envolvimento do seu nome na operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, que investigou a empreiteira Camargo Corrêa entre 2008 e 2009. Embora não tenha sido indiciado, Paulo Preto é citado em uma série de documentos. Um dos papéis indica que o ex-diretor da Dersa teria recebido quatro pagamentos mensais de pouco mais de R$ 400 mil, o que ele nega.
Paulo Preto foi exonerado da diretoria da Dersa em abril deste ano quando Alberto Goldman assume o governo de São Paulo no lugar de Serra. Em entrevista à IstoÉ, o ex-diretor diz que até hoje não foi informado sobre o motivo da demissão.
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Achei impagável também aquela hora que, falando da segurança pública, ela lembrou os ataques do PCC em São Paulo. O Serra falou "isso não foi nada", "foi normal", tipo, "não foi nada de grave". E mais outra: a Dilma diz: "São Paulo tem 300.000 dependentes químicos e sabe quantos leitos vocês tem, apenas 95. Isso não é nem um projeto-piloto". E o Serra: não, esse número não está certo, são 300 leitos". HUAHAUHAUAHA, aumentou 200 (para atender 300.000, ou seja, 1%). No entendimento dele, decerto vai falar que fez 200% a mais do que a Dilma afirmou.Enlil escreveu:Assisti o debate e foi simplesmente inacreditável quando a Dilma questionou o fato do oponente falar muito mal do Programa Minha Casa, Minha Vida e Serra dizer q no governo q fez parte, FHC, foi responsável pelo programa de financiamento de "puxadinhos"
Deve ser o programa de habitação dele: Meu puxadinho, minha vida ...
Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Uma boa pista foi levantada ontem mesmo. De quantos trilhõe$ não estamos falando com um possível picotamento da área do pré-sal? Enfraquecer a Petrobras - e o próprio país - interessa a quem? Duas caras é essa gente, eles sim é que atribuem aos outros suas próprias práticas. Puah!Franz Luiz escreveu:Passei na banca de revistas hoje.
Estou impressionado com a campanha contra este governo pela mídia paulista.
A capa de veja vem de acordo com o discurso do Serra no debate: Dilma duas caras.
Mostra assim o afinado discurso de toda a mídia do PSDB.
O Estado e a Folha nem fazem menção ao debate na 1a página. Remetem ao escândalo Erenice-Correios.
Realmente assusta o empenho de todos eles em deter a candidatura Dilma.
Leva-nos a pensar no porquê. O que estará por trás de tanto empenho onde todas as máscaras caíram?
Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Debate: Ponto alto da Dilma foi nos 12 metros escavados nos portos
por Luiz Carlos Azenha
Uma amiga ligou durante o debate da Band. Foi para comentar o que considerou o ponto alto de Dilma: a demonstração de conhecimento técnico dado pela candidata governista quando falou na necessidade de escavar 12 metros para permitir a ancoragem de navios nos portos brasileiros e o fato de que, durante o governo FHC/Serra, isso era feito de forma inconsistente.
De fato, este talvez tenha sido um dos pontos altos de Dilma. A demonstração de conhecimento técnico. Também foi importante ela ter explicado o “processo” de aprovação dos projetos do programa Minha Casa Minha Vida. Serra argumentou que o programa entregou menos casas que o prometido, mas enfraqueceu seu próprio argumento dizendo ter entregue, quando governador, um número menor de casas!
Outro ponto alto foi quando Dilma relacionou as dificuldades nos aeroportos ao crescimento do número de brasileiros que viajam de avião. Isso faz pleno sentido para os telespectadores. Foi importante lembrar que exigencias do Fundo Monetário Internacional (FMI), aos quais estava submetido o governo FHC/Serra, reduziram o ritmo de investimento na infraestrutura do Brasil. Faltou, no entanto, uma amarração mais sólida deste conjunto de ideias: submissão ao FMI, menos investimento em infraestrutura; soberania em relação ao FMI, reconquista do poder de investimento do estado, crescimento econômico acelerado, gargalos da infraestrutura que estão sendo enfrentados.
É importante mencionar que a reorganização do estado brasileiro, que estava desmilinguido no período FHC/Serra, é que permite retomar a capacidade de planejamento, para que o governo não fique “correndo atrás”. Essa reorganização passa pelos concursos públicos, por melhores salários, por aquilo que Serra e aliados identificam como “inchaço da máquina pública” ou “vagas para companheiros”. Em uma questão não relacionada a esta, a do Ministério da Segurança, Dilma tocou nos salários de policiais e delegados paulistas, mas não usou o slogan PSDB, “piores salários do Brasil”, criado pelos próprios policiais. Ainda na questão do ministério, tanto Dilma quanto Serra usaram argumentos toscos para falar em fiscalização da fronteira.
Nem aviões não tripulados, nem “milhares” de policiais dão conta de guardar uma fronteira de 8 mil quilômetros. É um completo absurdo. Perguntem ao Wálter Maierovitch. O que é preciso nas regiões fronteiriças são forças-tarefa que usem inteligência para monitorar a infraestrutura urbana, onde se organizam as quadrilhas que fazem tráfico de armas e drogas. As quadrilhas se organizam nas cidades de fronteira, alugam e compram automóveis, compram imóveis e fazem transações bancárias de grandes quantias. Vender a ideia de que é possível ocupar fisicamente as fronteiras é um absurdo! Aqui, Dilma poderia ter falado no fortalecimento da Polícia Federal, que se deu em todo o Brasil, mas especialmente na Amazônia. E retomar a questão da reorganização do estado brasileiro, dos concursos públicos, etc.
Infelizmente, os dois candidatos não falaram na necessidade de reaparelhamento das Forças Armadas, nem tocaram na questão espinhosa que é deslocar contingentes militares das praias maravilhosas do Sudeste para as regiões de fronteira terrestre.
Na questão das estradas, que Dilma evitou, é pertinente deixar claro que existem dois modelos de pedágios — o adotado por São Paulo e o adotado pelo governo federal.
O debate das privatizações é favorável se estiver conectado aos temas dos quais tratei acima: o modelo FHC/Serra, essencialmente privatizador, enfraqueceu o estado brasileiro e, portanto, a capacidade de investir e de planejar o futuro. Muitas das carências atuais do Brasil ainda resultam disso.
A candidata governista fez uma boa conexão entre pré-sal e futuros investimentos, mas “educação de qualidade” é um termo vago. Faltou falar na taxa de nacionalização das plataformas de exploração de petróleo e da indústria naval. Faltou estabelecer um nexo entre educação de qualidade, ambientalismo e soberania nacional. É disso que querem ouvir falar os jovens de classe média urbana: qual será o futuro para eles?
Não adianta mencionar apenas a dúzia de universidades construídas pelo governo Lula, contra zero de FHC, mas conectá-las ao futuro: é nelas, presumo, que o Brasil pretende construir conhecimento e desenvolver as tecnologias para fazer as máquinas que hoje importa. É nas universidades e nos centros de pesquisa da Amazônia que o Brasil vai desenvolver a biotecnologia para explorar sem destruir a riqueza de nossa biodiversidade. É no Instituto Internacional de Neurociência de Natal, dos drs. Miguel Nicolelis e Sidarta Ribeiro, que faremos pesquisa de ponta no setor.
Os pontos altos de Serra no debate:
1. Quando Dilma não respondeu sobre a questão dos genéricos;
2. Quando ele disse que tinha como aliados dois presidentes, FHC e Itamar, contra Sarney e Collor.
Concordo com meu colega Rodrigo Vianna: o debate tirou a candidata governista da defensiva, colou em Serra a pecha de difamador — incapaz de defender a própria esposa — e de privatista. Além disso, levantou dúvidas sobre as promessas de continuidade dos programas do governo Lula, ao confrontá-lo com a promessa não cumprida, em papel timbrado da Folha — que ironia! — de que não deixaria a Prefeitura de São Paulo para concorrer ao governo paulista, em 2006.
A tal ponto que, em suas considerações finais, Serra prometeu ampliar todos os programas do governo Lula: ou seja, “eu sou o lulismo”. Na entrevista que se seguiu ao debate, ele correu para dizer que pretende “reestatizar” todas as empresas públicas.
Além disso, Dilma se descolou positivamente de Lula. Demonstrou firmeza e autonomia. Soou falsa a acusação de Serra de que Dilma teria sido “treinada” de forma eficaz. Aqui, Dilma perdeu uma oportunidade de ouro, que surgirá naturalmente nos próximos debates: mencionar a condescendência de Serra com a candidata e, portanto, com as mulheres. Será que ele não acredita em mulheres autônomas, independentes, donas de seus narizes?
Debate não ganha eleição e é óbvio que os quatro grandes grupos midiáticos — Organizações Globo, Folha, Abril e Estadão — vão fazer a leitura que for conveniente para José Serra.
A candidata governista demonstra crescente domínio das técnicas do debate e pode chegar ao confronto que realmente interessa, o da Globo, equilibrando firmeza com conhecimento técnico, visão de conjunto com preocupações sociais.
Mas o importante é que a campanha de Dilma deixou claro que pode usar os debates para trazer à tona todos os assuntos relativos ao adversário que a grande mídia esconde, criando uma clivagem entre as redações e o público leitor, ouvinte e telespectador.
Isso é sinal de que a candidata governista colocará em seu programa eleitoral gratuito as declarações de aliados de Serra — e da mulher do candidato — equiparando o Bolsa Família a uma Bolsa Esmola? Seria a bomba atômica, especialmente para os eleitores do Nordeste.
A ver.
PS do Viomundo: As enquetes não científicas da grande mídia estão viciadas pela trollagem organizada pela campanha de Serra!
por Luiz Carlos Azenha
Uma amiga ligou durante o debate da Band. Foi para comentar o que considerou o ponto alto de Dilma: a demonstração de conhecimento técnico dado pela candidata governista quando falou na necessidade de escavar 12 metros para permitir a ancoragem de navios nos portos brasileiros e o fato de que, durante o governo FHC/Serra, isso era feito de forma inconsistente.
De fato, este talvez tenha sido um dos pontos altos de Dilma. A demonstração de conhecimento técnico. Também foi importante ela ter explicado o “processo” de aprovação dos projetos do programa Minha Casa Minha Vida. Serra argumentou que o programa entregou menos casas que o prometido, mas enfraqueceu seu próprio argumento dizendo ter entregue, quando governador, um número menor de casas!
Outro ponto alto foi quando Dilma relacionou as dificuldades nos aeroportos ao crescimento do número de brasileiros que viajam de avião. Isso faz pleno sentido para os telespectadores. Foi importante lembrar que exigencias do Fundo Monetário Internacional (FMI), aos quais estava submetido o governo FHC/Serra, reduziram o ritmo de investimento na infraestrutura do Brasil. Faltou, no entanto, uma amarração mais sólida deste conjunto de ideias: submissão ao FMI, menos investimento em infraestrutura; soberania em relação ao FMI, reconquista do poder de investimento do estado, crescimento econômico acelerado, gargalos da infraestrutura que estão sendo enfrentados.
É importante mencionar que a reorganização do estado brasileiro, que estava desmilinguido no período FHC/Serra, é que permite retomar a capacidade de planejamento, para que o governo não fique “correndo atrás”. Essa reorganização passa pelos concursos públicos, por melhores salários, por aquilo que Serra e aliados identificam como “inchaço da máquina pública” ou “vagas para companheiros”. Em uma questão não relacionada a esta, a do Ministério da Segurança, Dilma tocou nos salários de policiais e delegados paulistas, mas não usou o slogan PSDB, “piores salários do Brasil”, criado pelos próprios policiais. Ainda na questão do ministério, tanto Dilma quanto Serra usaram argumentos toscos para falar em fiscalização da fronteira.
Nem aviões não tripulados, nem “milhares” de policiais dão conta de guardar uma fronteira de 8 mil quilômetros. É um completo absurdo. Perguntem ao Wálter Maierovitch. O que é preciso nas regiões fronteiriças são forças-tarefa que usem inteligência para monitorar a infraestrutura urbana, onde se organizam as quadrilhas que fazem tráfico de armas e drogas. As quadrilhas se organizam nas cidades de fronteira, alugam e compram automóveis, compram imóveis e fazem transações bancárias de grandes quantias. Vender a ideia de que é possível ocupar fisicamente as fronteiras é um absurdo! Aqui, Dilma poderia ter falado no fortalecimento da Polícia Federal, que se deu em todo o Brasil, mas especialmente na Amazônia. E retomar a questão da reorganização do estado brasileiro, dos concursos públicos, etc.
Infelizmente, os dois candidatos não falaram na necessidade de reaparelhamento das Forças Armadas, nem tocaram na questão espinhosa que é deslocar contingentes militares das praias maravilhosas do Sudeste para as regiões de fronteira terrestre.
Na questão das estradas, que Dilma evitou, é pertinente deixar claro que existem dois modelos de pedágios — o adotado por São Paulo e o adotado pelo governo federal.
O debate das privatizações é favorável se estiver conectado aos temas dos quais tratei acima: o modelo FHC/Serra, essencialmente privatizador, enfraqueceu o estado brasileiro e, portanto, a capacidade de investir e de planejar o futuro. Muitas das carências atuais do Brasil ainda resultam disso.
A candidata governista fez uma boa conexão entre pré-sal e futuros investimentos, mas “educação de qualidade” é um termo vago. Faltou falar na taxa de nacionalização das plataformas de exploração de petróleo e da indústria naval. Faltou estabelecer um nexo entre educação de qualidade, ambientalismo e soberania nacional. É disso que querem ouvir falar os jovens de classe média urbana: qual será o futuro para eles?
Não adianta mencionar apenas a dúzia de universidades construídas pelo governo Lula, contra zero de FHC, mas conectá-las ao futuro: é nelas, presumo, que o Brasil pretende construir conhecimento e desenvolver as tecnologias para fazer as máquinas que hoje importa. É nas universidades e nos centros de pesquisa da Amazônia que o Brasil vai desenvolver a biotecnologia para explorar sem destruir a riqueza de nossa biodiversidade. É no Instituto Internacional de Neurociência de Natal, dos drs. Miguel Nicolelis e Sidarta Ribeiro, que faremos pesquisa de ponta no setor.
Os pontos altos de Serra no debate:
1. Quando Dilma não respondeu sobre a questão dos genéricos;
2. Quando ele disse que tinha como aliados dois presidentes, FHC e Itamar, contra Sarney e Collor.
Concordo com meu colega Rodrigo Vianna: o debate tirou a candidata governista da defensiva, colou em Serra a pecha de difamador — incapaz de defender a própria esposa — e de privatista. Além disso, levantou dúvidas sobre as promessas de continuidade dos programas do governo Lula, ao confrontá-lo com a promessa não cumprida, em papel timbrado da Folha — que ironia! — de que não deixaria a Prefeitura de São Paulo para concorrer ao governo paulista, em 2006.
A tal ponto que, em suas considerações finais, Serra prometeu ampliar todos os programas do governo Lula: ou seja, “eu sou o lulismo”. Na entrevista que se seguiu ao debate, ele correu para dizer que pretende “reestatizar” todas as empresas públicas.
Além disso, Dilma se descolou positivamente de Lula. Demonstrou firmeza e autonomia. Soou falsa a acusação de Serra de que Dilma teria sido “treinada” de forma eficaz. Aqui, Dilma perdeu uma oportunidade de ouro, que surgirá naturalmente nos próximos debates: mencionar a condescendência de Serra com a candidata e, portanto, com as mulheres. Será que ele não acredita em mulheres autônomas, independentes, donas de seus narizes?
Debate não ganha eleição e é óbvio que os quatro grandes grupos midiáticos — Organizações Globo, Folha, Abril e Estadão — vão fazer a leitura que for conveniente para José Serra.
A candidata governista demonstra crescente domínio das técnicas do debate e pode chegar ao confronto que realmente interessa, o da Globo, equilibrando firmeza com conhecimento técnico, visão de conjunto com preocupações sociais.
Mas o importante é que a campanha de Dilma deixou claro que pode usar os debates para trazer à tona todos os assuntos relativos ao adversário que a grande mídia esconde, criando uma clivagem entre as redações e o público leitor, ouvinte e telespectador.
Isso é sinal de que a candidata governista colocará em seu programa eleitoral gratuito as declarações de aliados de Serra — e da mulher do candidato — equiparando o Bolsa Família a uma Bolsa Esmola? Seria a bomba atômica, especialmente para os eleitores do Nordeste.
A ver.
PS do Viomundo: As enquetes não científicas da grande mídia estão viciadas pela trollagem organizada pela campanha de Serra!
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Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Pelo histórico eu chutaria 2 ou 3 pontos de diferença...DELTA22 escreveu:7 pontos de diferença nos totais, 8 pontos nos válidos. Segundo o DatafAlha.
Tem uma pesquisa que "vazou" "por ai" que dá conta de 14 pontos de diferença...
Eu, chutaria (pela média) uns 10/11 pontos de diferença.
[]'s.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Pelo histórico, em votos válidos Dilma e Serra estão rigorosamente com os mesmos índices de Lula e Alckimin em 2006!
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
O Segundo Turno não é uma nova eleição, na verdade apenas induz o voto útil dos que foram excluídos dele, assim, parte-se de que os índices alcançados no primeiro turno por cada candidato estão consolidados, ou próximo a isso, somando-se os votos dados aos outros concorrentes, dado que a diferença foi de 46,9% para 32,6, é de se concluir que Dilma deverá ser eleita, porque nem precisa dos votos dados aos outros candidatos, apenas que uma parte não vote, ou vote nulo ou em branco.DELTA22 escreveu:Pelo histórico, em votos válidos Dilma e Serra estão rigorosamente com os mesmos índices de Lula e Alckimin em 2006!
[]´s
Re: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2010, BRASIL
Aqui no fórum mesmo, quantos que votaram na Marina vão votar no Serra?
E oi partido dela está fazendo tudo o que la disse que ia mudar, está negociando cargos num governo qualquer.
E oi partido dela está fazendo tudo o que la disse que ia mudar, está negociando cargos num governo qualquer.