Experiência científica dos EUA foi crime contra humanidade, diz Guatemala
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DA FRANCE PRESSE, NA GUATEMALA
DA ASSOCIATED PRESS
O presidente da Guatemala, Álvaro Colom, qualificou como um “crime contra a humanidade” os experimentos realizados pelos Estados Unidos com prisioneiros guatemalcos nos anos 40. Na ocasião, cientistas americanos infectaram deliberadamente prisioneiros guatemalcos com sífilis.
“É um crime contra a humanidade o que ocorreu na época, e acreditamos ter direito a fazer uma denúncia”, disse o governante em uma coletiva de imprensa.
O governo dos Estados Unidos pediu desculpas à Guatemala pelo estudo realizado há 64 anos, no qual cientistas americanos infectaram prisioneiros com sífilis.
O experimento foi realizado em 1946 por um historiador médico da Wellesley College que dizia querer avaliar a efetividade da penicilina, então um remédio recente, para tratar doenças transmitidas sexualmente.
A secretária de Estado americana, Hillary Rodham Clinton, e a secretária de Saúde e Serviços Humanos, Kathleen Sebelius, disseram estar “ultrajadas que uma pesquisa tão repreensível pudesse ter sido realizada sob conhecimento da saúde pública”.
Regulamentos amplos proíbem hoje em dia este tipo de pesquisa que coloca em risco vidas. As autoridades de saúde americanas começaram ainda duas investigações sobre o que exatamente ocorreu neste estudo e com seus pacientes.
Fonte: Uol