AFEGANISTÃO
Moderador: Conselho de Moderação
Re: Notícias de Afeganistão
18/09/2010 - 07h00
Afeganistão realiza eleições legislativas; para analista, pleito deve ser fraudulento e restrito à capital
Elisa Estronioli - Do UOL Notícias - Em São Paulo
Sob suspeitas de fraudes e ameaças de ataques pelo Taleban, o Afeganistão terá neste sábado (18) eleições legislativas para preencher as 249 cadeiras da Wolesi Jirga, a câmara baixa do Parlamento.
De acordo com o professor Luiz Dario Teixeira Ribeiro, coordenador do Núcleo de Estratégia e Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o pleito deve ser fraudulento e restrito à capital, Cabul, já que forças do Taleban dominam o interior do país. Veja entrevista a seguir:
UOL Notícias: O que podemos esperar das eleições afegãs?
Ribeiro: Pela experiência que a gente teve da eleição anterior, essa vai ser uma eleição fraudulenta, que não vai trazer nada de novidade. Por um lado, temos que levar em consideração que dificilmente essas eleições ocorrerão fora de Cabul [a capital], porque o Taleban domina o resto do país. Essa autoridade do Taleban cresce à medida que as forças da Otan erram, por exemplo, quando bombardeiam festas de casamento, quando atacam determinadas aldeias onde há acusação de haver membros do Taleban e matam muitas pessoas.
UOL Notícias: O resultado das eleições pode contribuir para a estabilidade do país?
Ribeiro: As eleições não vão estabilizar nada, porque a principal preocupação da população é a saída dos invasores [as tropas de ocupação da Otan]. Este governo atual [do presidente Hamid Karzai] existe no Afeganistão como uma imposição estrangeira, ele não diz respeito ao povo afegão. O atual governo de Cabul teria de ser substituído por um governo nacional que partisse de uma concertação entre os grupos étnicos e a resistência ao Taleban, diferente deste, que é alinhado aos invasores. Outro problema é a produção de heroína, que domina a economia do país. É uma fonte de renda gigante, que só é possível na ausência de um Estado que efetivamente tenha poder.
UOL Notícias: Durante essa semana aconteceram várias denúncias de compra de voto e falsificação de títulos eleitorais. As últimas eleições tiveram milhares de cédulas anuladas por fraude. O que pode acontecer se essas eleições forem fraudadas?
Ribeiro: Se ficar comprovado de novo um elevado índice de fraude, vai haver um esperneio inicial, mas não vejo o que vai mudar. Podem fazer uma outra eleição, mas que vai apresentar o mesmo resultado. Não acredito que seja possível fazer eleições livres de fraude no momento, pois ela interessa a todos os grupos que têm interesse em participar do Estado.
UOL Notícias: Os talebans são contra as eleições e já anunciaram que podem fazer ataques durante elas. Qual será o papel do Taleban nesse pleito?
Ribeiro: O Taleban disputa com o Estado, e esses ataques são demonstrações de força. Mas por um lado, eles são partes integrantes da própria população, e a atuação deles tende muito mais às aspirações afegãs que a do governo. Os talebans estão interessados em mostrar que têm poder de impedir essas eleições e vão ser bem-sucedidos nisso. Até porque o Estado não tem instrumentos para garantir que as eleições aconteçam no país.
UOL Notícias: O senhor acredita que as eleições neste momento podem contribuir para o aumento da violência no país?
Ribeiro: Não acredito que vai haver uma escalada da violência porque o nível atual já é bastante elevado. O Estado é muito fraco, os “senhores da guerra” [líderes regionais] não possuem unidade, a maior unidade está nas mãos do Taleban.
UOL Notícias: A última meta do governo americano é retirar as tropas do Afeganistão até julho do ano que vem. Será possível cumpri-la?
Ribeiro: Acho que não; se retirarem, vai ser como fizeram no Iraque, deixando metade da tropa, até porque tem outro aspecto: Iraque e Afeganistão são as duas fatias q cercam o presunto e o queijo fino que é o Irã, o alvo principal no momento, por causa do petróleo e de seu governo.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... lista.jhtm
Afeganistão realiza eleições legislativas; para analista, pleito deve ser fraudulento e restrito à capital
Elisa Estronioli - Do UOL Notícias - Em São Paulo
Sob suspeitas de fraudes e ameaças de ataques pelo Taleban, o Afeganistão terá neste sábado (18) eleições legislativas para preencher as 249 cadeiras da Wolesi Jirga, a câmara baixa do Parlamento.
De acordo com o professor Luiz Dario Teixeira Ribeiro, coordenador do Núcleo de Estratégia e Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o pleito deve ser fraudulento e restrito à capital, Cabul, já que forças do Taleban dominam o interior do país. Veja entrevista a seguir:
UOL Notícias: O que podemos esperar das eleições afegãs?
Ribeiro: Pela experiência que a gente teve da eleição anterior, essa vai ser uma eleição fraudulenta, que não vai trazer nada de novidade. Por um lado, temos que levar em consideração que dificilmente essas eleições ocorrerão fora de Cabul [a capital], porque o Taleban domina o resto do país. Essa autoridade do Taleban cresce à medida que as forças da Otan erram, por exemplo, quando bombardeiam festas de casamento, quando atacam determinadas aldeias onde há acusação de haver membros do Taleban e matam muitas pessoas.
UOL Notícias: O resultado das eleições pode contribuir para a estabilidade do país?
Ribeiro: As eleições não vão estabilizar nada, porque a principal preocupação da população é a saída dos invasores [as tropas de ocupação da Otan]. Este governo atual [do presidente Hamid Karzai] existe no Afeganistão como uma imposição estrangeira, ele não diz respeito ao povo afegão. O atual governo de Cabul teria de ser substituído por um governo nacional que partisse de uma concertação entre os grupos étnicos e a resistência ao Taleban, diferente deste, que é alinhado aos invasores. Outro problema é a produção de heroína, que domina a economia do país. É uma fonte de renda gigante, que só é possível na ausência de um Estado que efetivamente tenha poder.
UOL Notícias: Durante essa semana aconteceram várias denúncias de compra de voto e falsificação de títulos eleitorais. As últimas eleições tiveram milhares de cédulas anuladas por fraude. O que pode acontecer se essas eleições forem fraudadas?
Ribeiro: Se ficar comprovado de novo um elevado índice de fraude, vai haver um esperneio inicial, mas não vejo o que vai mudar. Podem fazer uma outra eleição, mas que vai apresentar o mesmo resultado. Não acredito que seja possível fazer eleições livres de fraude no momento, pois ela interessa a todos os grupos que têm interesse em participar do Estado.
UOL Notícias: Os talebans são contra as eleições e já anunciaram que podem fazer ataques durante elas. Qual será o papel do Taleban nesse pleito?
Ribeiro: O Taleban disputa com o Estado, e esses ataques são demonstrações de força. Mas por um lado, eles são partes integrantes da própria população, e a atuação deles tende muito mais às aspirações afegãs que a do governo. Os talebans estão interessados em mostrar que têm poder de impedir essas eleições e vão ser bem-sucedidos nisso. Até porque o Estado não tem instrumentos para garantir que as eleições aconteçam no país.
UOL Notícias: O senhor acredita que as eleições neste momento podem contribuir para o aumento da violência no país?
Ribeiro: Não acredito que vai haver uma escalada da violência porque o nível atual já é bastante elevado. O Estado é muito fraco, os “senhores da guerra” [líderes regionais] não possuem unidade, a maior unidade está nas mãos do Taleban.
UOL Notícias: A última meta do governo americano é retirar as tropas do Afeganistão até julho do ano que vem. Será possível cumpri-la?
Ribeiro: Acho que não; se retirarem, vai ser como fizeram no Iraque, deixando metade da tropa, até porque tem outro aspecto: Iraque e Afeganistão são as duas fatias q cercam o presunto e o queijo fino que é o Irã, o alvo principal no momento, por causa do petróleo e de seu governo.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... lista.jhtm
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Re: Notícias de Afeganistão
Afeganistão: pelo menos 70 mortos em ataque de forças internacionais
Hoje
Cabul, 19 set (Lusa) -- Pelo menos 70 alegados revoltosos foram mortos num bombardeamento encetado na região afegã de Paktia, este do país, por membros da Força Internacional de Assistência e Segurança.
Os revoltosos estavam sábado reunidos num recinto do distrito remoto de Syed Karam, o dia de eleições parlamentares, quando se deu o ataque, revelou à agência EFE o porta-voz da província, Habibulá Zamun.
As forças internacionais reconheceram, em comunicados distintos, a morte de cinco dos seus soldados em vários incidentes registados no país, mas não precisou se as mortes estavam relacionadas com o desenvolvimento da jornada eleitoral.
http://dn.sapo.pt/Inicio/interior.aspx? ... id=1666106
....
esperemos para ver quantos inocentes foram assassinados
Hoje
Cabul, 19 set (Lusa) -- Pelo menos 70 alegados revoltosos foram mortos num bombardeamento encetado na região afegã de Paktia, este do país, por membros da Força Internacional de Assistência e Segurança.
Os revoltosos estavam sábado reunidos num recinto do distrito remoto de Syed Karam, o dia de eleições parlamentares, quando se deu o ataque, revelou à agência EFE o porta-voz da província, Habibulá Zamun.
As forças internacionais reconheceram, em comunicados distintos, a morte de cinco dos seus soldados em vários incidentes registados no país, mas não precisou se as mortes estavam relacionadas com o desenvolvimento da jornada eleitoral.
http://dn.sapo.pt/Inicio/interior.aspx? ... id=1666106
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Re: Notícias de Afeganistão
terra.com.br
Soldados americanos acusados de matar civis afegãos por esporte
19 de setembro de 2010
Um grupo de soldados americanos foi acusado de matar civis afegãos por esporte, segundo matéria deste domingo no jornal The Washington Post, que cita documentos do exército e entrevistas com pessoas envolvidas no caso.
A publicação afirma que o caso envolve membros da 5ª. brigada de combate da 2ª. divisão de infantaria do exército americano posicionada no Afeganistão.
A brincadeira macabra dos soldados teria começado no último inverno, quando um afegão se aproximou de um soldado na localidade de La Mohammed Kalay. À medida que o homem se aproximava, o soldado criou tumulto para dar a impressão que estava sob ataque. Seus companheiros abriram fogo e mataram o afegão.
De acordo com o Post, o ataque não provocado aconteceu em 15 de janeiro passado e foi o início de uma série de fatos parecidos, que constituem uma das piores acusações já feitas contra o soldados americanos desde a invasão do país em 2001.
Membros do pelotão também foram acusados de desmembrar suas vítimas e fotografar os corpos, além de exibir crânios e outros ossos humanos como se fossem troféus.
O pai de um soldado afirma que tentou repetidamente alertar o exército depois que seu filho lhe contou sobre o primeira assassinato, mas que as autoridades não quiseram dar atenção.
Os documentos militares, no entanto, afirmam que os cinco membros da unidade protagonizaram, no total, três matanças na província de Kandahar, entre janeiro e maio. Sete outros soldados foram acusados com crimes relacionados ao caso, incluindo tentativas de impedir a investigação e atos de retaliação contra os colegas contrários aos fatos.
Os oficiais do exército não proporcionaram um motivo para as mortes, segundo o relatório. Mas entrevistas com pessoas ligadas à investigação sugerem que as mortes foram cometidas puramente por esporte por parte de soldados alcoolizados e drogados.
Os soldados envolvidos negam todas as acusações, acrescenta o jornal.
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Por que será que não estou surpreso?
Soldados americanos acusados de matar civis afegãos por esporte
19 de setembro de 2010
Um grupo de soldados americanos foi acusado de matar civis afegãos por esporte, segundo matéria deste domingo no jornal The Washington Post, que cita documentos do exército e entrevistas com pessoas envolvidas no caso.
A publicação afirma que o caso envolve membros da 5ª. brigada de combate da 2ª. divisão de infantaria do exército americano posicionada no Afeganistão.
A brincadeira macabra dos soldados teria começado no último inverno, quando um afegão se aproximou de um soldado na localidade de La Mohammed Kalay. À medida que o homem se aproximava, o soldado criou tumulto para dar a impressão que estava sob ataque. Seus companheiros abriram fogo e mataram o afegão.
De acordo com o Post, o ataque não provocado aconteceu em 15 de janeiro passado e foi o início de uma série de fatos parecidos, que constituem uma das piores acusações já feitas contra o soldados americanos desde a invasão do país em 2001.
Membros do pelotão também foram acusados de desmembrar suas vítimas e fotografar os corpos, além de exibir crânios e outros ossos humanos como se fossem troféus.
O pai de um soldado afirma que tentou repetidamente alertar o exército depois que seu filho lhe contou sobre o primeira assassinato, mas que as autoridades não quiseram dar atenção.
Os documentos militares, no entanto, afirmam que os cinco membros da unidade protagonizaram, no total, três matanças na província de Kandahar, entre janeiro e maio. Sete outros soldados foram acusados com crimes relacionados ao caso, incluindo tentativas de impedir a investigação e atos de retaliação contra os colegas contrários aos fatos.
Os oficiais do exército não proporcionaram um motivo para as mortes, segundo o relatório. Mas entrevistas com pessoas ligadas à investigação sugerem que as mortes foram cometidas puramente por esporte por parte de soldados alcoolizados e drogados.
Os soldados envolvidos negam todas as acusações, acrescenta o jornal.
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Por que será que não estou surpreso?
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
Re: Notícias de Afeganistão
20/09/2010 - 10h29
Talibãs afirmam que provocaram o fracasso das eleições afegãs
CABUL, 20 Set 2010 (AFP) -Os talibãs afirmaram nesta segunda-feira que provocaram o "fracasso" das eleições legislativas de sábado no Afeganistão, dia em que dezenas de pessoas morreram em ataques.
"Os combatentes do Emirado Islâmico do Afeganistão (como os insurgentes talibãs chamam seu movimento) conseguiram fazer fracassar as eleições", afirma um comunicado do movimento extremista.
No sábado os talibãs reivindicaram 150 ataques contra locais de votação, a maioria com foguetes e morteiros.
Segundo o comando da Otan, as eleições de sábado foram menos violentas que as presidenciais de 2009.
A Otan afirma que os ataques de sábado deixaram 22 mortos, sendo sete civis, 11 policiais e soldados afegãos e quatro militares estrangeiros. Também foram feridos mais de 60 afegãos e 36 soldados das forças internacionais.
O diretor da comissão eleitoral e o ministério da Defesa anunciaram no sábado à noite um balanço de 15 mortos em atos violentos.
Apesar dos ataques, mais de quatro milhões de afegãos compareceram às urnas para escolher seus deputados.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... fegas.jhtm
Talibãs afirmam que provocaram o fracasso das eleições afegãs
CABUL, 20 Set 2010 (AFP) -Os talibãs afirmaram nesta segunda-feira que provocaram o "fracasso" das eleições legislativas de sábado no Afeganistão, dia em que dezenas de pessoas morreram em ataques.
"Os combatentes do Emirado Islâmico do Afeganistão (como os insurgentes talibãs chamam seu movimento) conseguiram fazer fracassar as eleições", afirma um comunicado do movimento extremista.
No sábado os talibãs reivindicaram 150 ataques contra locais de votação, a maioria com foguetes e morteiros.
Segundo o comando da Otan, as eleições de sábado foram menos violentas que as presidenciais de 2009.
A Otan afirma que os ataques de sábado deixaram 22 mortos, sendo sete civis, 11 policiais e soldados afegãos e quatro militares estrangeiros. Também foram feridos mais de 60 afegãos e 36 soldados das forças internacionais.
O diretor da comissão eleitoral e o ministério da Defesa anunciaram no sábado à noite um balanço de 15 mortos em atos violentos.
Apesar dos ataques, mais de quatro milhões de afegãos compareceram às urnas para escolher seus deputados.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... fegas.jhtm
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Re: Notícias de Afeganistão
Queda helicóptero
Afeganistão: Mais nove soldados da NATO mortos
Cabul - A queda de um helicóptero no sul do Afeganistão, esta terça-feira, causou a morte a nove soldados das forças internacionais lideradas pela NATO.
A informação foi confirmada pela própria NATO, que adiantou ainda que a queda do helicóptero provocou mais quatro feridos, incluindo um soldado norte-americano e outro afegão. A Força Internacional de Segurança e Assistência no Afeganistão (ISAF) adiantou ainda não ter informação sobre a nacionalidade das vítimas mortais.
A ISAF não indicou a localização do incidente mas adiantou que não há registo de fogo inimigo na região. O balanço das vítimas mortais entre as tropas no Afeganistão sobe para 529 este ano, o que o torna o mais mortífero desde 2001.
(c) PNN Portuguese News Network
2010-09-21 11:13:23
Afeganistão: Mais nove soldados da NATO mortos
Cabul - A queda de um helicóptero no sul do Afeganistão, esta terça-feira, causou a morte a nove soldados das forças internacionais lideradas pela NATO.
A informação foi confirmada pela própria NATO, que adiantou ainda que a queda do helicóptero provocou mais quatro feridos, incluindo um soldado norte-americano e outro afegão. A Força Internacional de Segurança e Assistência no Afeganistão (ISAF) adiantou ainda não ter informação sobre a nacionalidade das vítimas mortais.
A ISAF não indicou a localização do incidente mas adiantou que não há registo de fogo inimigo na região. O balanço das vítimas mortais entre as tropas no Afeganistão sobe para 529 este ano, o que o torna o mais mortífero desde 2001.
(c) PNN Portuguese News Network
2010-09-21 11:13:23
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Re: Notícias de Afeganistão
terrra.com.br
Afeganistão vive ano mais violento para soldados estrangeiros
21 de setembro de 2010 •
Um total de 529 soldados estrangeiros morreram desde 1º de janeiro no Afeganistão e 2010 já pode ser considerado o mais violento dos nove anos de guerra para as forças internacionais, segundo um balanço da AFP.
Nove soldados da força internacional da Otan morreram nesta terça-feira na queda de um helicóptero no sul do Afeganistão, anunciou a Aliança Atlântica, que não mencionou disparos contra o aparelho, apesar do movimento talibã ter reivindicado um ataque.
"Nove soldados da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) morreram no acidente de um helicóptero no sul do Afeganistão", afirma um comunicado da Otan.
"Um soldado da Isaf, um soldado afegão e um civil americano ficaram levemente feridos", completa o texto.
"Nenhuma informação apontou tiros inimigos na zona, estamos investigando a causa do acidente", destaca ainda o comunicado.
Pouco depois, no entanto, os talibãs anunciaram que derrubaram um helicóptero da Otan nesta terça-feira.
"Derrubamos um helicóptero das forças estrangeiras no distrito de Daychopan e matamos mais de 10 soldados", declarou à AFP Yusus Ahmadi, porta-voz dos extremistas.
Em apenas nove meses, 2010 é o ano mais violento para as tropas internacionais desde a queda do regime talibã no fim de 2001, expulsos do poder por uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, segundo uma contagem da AFP com base em dados do site independente icasualties.org.
O ano de 2009, com 521 soldados mortos, havia sido de longe o mais sangrento para as forças estrangeiras, que enfrentam há três anos uma considerável intensificação da insurreição talibã.
A grande maioria das vítimas entre os soldados internacionais é de americanos, com 2.097 mortos em nove anos. As tropas dos Estados Unidos representam atualmente mais de dois terços dos 150.000 oficiais da coalizão presentes no Afeganistão.
De 60 mortos em 2004, el balançou subiu a 131 mortos em 2005, 191 em 2006, 232 em 2007, 295 em 2008, antes do grande salto a 521 em 2009.
Há pelo menos um ano, a opinião pública nos 40 países que compõem a Isaf, com os Estados Unidos à frente, se tornou majoritariamente contrária ao envio de soldados ao que cada vez mais parece um atoleiro sangrento.
A situação fez com que alguns países retirassem ou anunciassem a retirada de seus soldados e levou o presidente americano, Barack Obama, a anunciar no início do ano que os primeiros militares do país começarão a deixar o território afegão em meados de 2011.
Mas analistas são unânimes ao considerar que as forças afegãs precisarão de muitos anos para ter um número e formação suficiente para assumir o controle da segurança do país.
Afeganistão vive ano mais violento para soldados estrangeiros
21 de setembro de 2010 •
Um total de 529 soldados estrangeiros morreram desde 1º de janeiro no Afeganistão e 2010 já pode ser considerado o mais violento dos nove anos de guerra para as forças internacionais, segundo um balanço da AFP.
Nove soldados da força internacional da Otan morreram nesta terça-feira na queda de um helicóptero no sul do Afeganistão, anunciou a Aliança Atlântica, que não mencionou disparos contra o aparelho, apesar do movimento talibã ter reivindicado um ataque.
"Nove soldados da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) morreram no acidente de um helicóptero no sul do Afeganistão", afirma um comunicado da Otan.
"Um soldado da Isaf, um soldado afegão e um civil americano ficaram levemente feridos", completa o texto.
"Nenhuma informação apontou tiros inimigos na zona, estamos investigando a causa do acidente", destaca ainda o comunicado.
Pouco depois, no entanto, os talibãs anunciaram que derrubaram um helicóptero da Otan nesta terça-feira.
"Derrubamos um helicóptero das forças estrangeiras no distrito de Daychopan e matamos mais de 10 soldados", declarou à AFP Yusus Ahmadi, porta-voz dos extremistas.
Em apenas nove meses, 2010 é o ano mais violento para as tropas internacionais desde a queda do regime talibã no fim de 2001, expulsos do poder por uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, segundo uma contagem da AFP com base em dados do site independente icasualties.org.
O ano de 2009, com 521 soldados mortos, havia sido de longe o mais sangrento para as forças estrangeiras, que enfrentam há três anos uma considerável intensificação da insurreição talibã.
A grande maioria das vítimas entre os soldados internacionais é de americanos, com 2.097 mortos em nove anos. As tropas dos Estados Unidos representam atualmente mais de dois terços dos 150.000 oficiais da coalizão presentes no Afeganistão.
De 60 mortos em 2004, el balançou subiu a 131 mortos em 2005, 191 em 2006, 232 em 2007, 295 em 2008, antes do grande salto a 521 em 2009.
Há pelo menos um ano, a opinião pública nos 40 países que compõem a Isaf, com os Estados Unidos à frente, se tornou majoritariamente contrária ao envio de soldados ao que cada vez mais parece um atoleiro sangrento.
A situação fez com que alguns países retirassem ou anunciassem a retirada de seus soldados e levou o presidente americano, Barack Obama, a anunciar no início do ano que os primeiros militares do país começarão a deixar o território afegão em meados de 2011.
Mas analistas são unânimes ao considerar que as forças afegãs precisarão de muitos anos para ter um número e formação suficiente para assumir o controle da segurança do país.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
Re: Notícias de Afeganistão
21/09/2010 - 05h18
Para ex-ministro talibã, paz só chegará quando tropas deixarem Afeganistão
Cabul, 21 set (EFE).- O mulá Muttawakil, último ministro de Exteriores dos talibãs antes da queda do regime, acredita que não haverá paz até que as tropas estrangeiras deixem o Afeganistão, e afirmou que as eleições do fim de semana passado não resolverão o conflito vivido pelo país.
"Tínhamos um Governo (talibã) e os estrangeiros o atacaram com uma guerra desequilibrada. Rejeitaram os talibãs e tiraram seus direitos políticos. Foram os estrangeiros que trouxeram a atual guerra", afirma.
Antigo secretário do mulá Omar, Wakil Ahmad Muttawakil decidiu ficar no país durante a invasão das tropas dos Estados Unidos, em 2001, e após três anos preso, vive agora sem chamar a atenção em um bairro de ruas sem asfalto em Kabul.
Muttawakil continua sendo abertamente um talibã, mas suas atitudes fazem dele um "moderado do fundamentalismo", e seu nome ganha força a cada vez que os EUA ou o Governo afegão mencionam a necessidade de dialogar com a insurgência.
Em entrevista à Efe, afirmou que está contente pela retirada de seu nome da lista de pessoas associadas com o terrorismo no Conselho de Segurança da ONU, um gesto que os analistas veem como um sinal de degelo para negociar com os insurgentes.
Embora assegure que não tenha contato com o mulá Omar, em paradeiro desconhecido, e negue qualquer apoio do Paquistão ao movimento, os analistas acreditam que o Muttawakil serve como uma espécie de "mediador" talibã na capital afegã.
Sobre as eleições realizadas em seu país, o ex-dirigente talibã acredita que "não vão resolver os problemas afegãos" e ficam limitadas "à parte que controla o Governo" de Hamid Karzai.
"O problema entre o Governo e os talibãs é de confiança. Os talibãs dizem que este processo de paz não é de reconciliação, mas de integração. Com ele, tentam capturar-nos para separar-nos", resumiu.
Para Muttawakil, "uma forma de conseguir confiança é fechar prisões (como a de Bagram, no Iraque, ou a de Guantánamo), libertar os presos e eliminar listas negras (de terroristas em instituições internacionais). Esta será uma forte mensagem (para o Ocidente mostrar) que deseja dialogar com os talibãs".
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... istao.jhtm
Para ex-ministro talibã, paz só chegará quando tropas deixarem Afeganistão
Cabul, 21 set (EFE).- O mulá Muttawakil, último ministro de Exteriores dos talibãs antes da queda do regime, acredita que não haverá paz até que as tropas estrangeiras deixem o Afeganistão, e afirmou que as eleições do fim de semana passado não resolverão o conflito vivido pelo país.
"Tínhamos um Governo (talibã) e os estrangeiros o atacaram com uma guerra desequilibrada. Rejeitaram os talibãs e tiraram seus direitos políticos. Foram os estrangeiros que trouxeram a atual guerra", afirma.
Antigo secretário do mulá Omar, Wakil Ahmad Muttawakil decidiu ficar no país durante a invasão das tropas dos Estados Unidos, em 2001, e após três anos preso, vive agora sem chamar a atenção em um bairro de ruas sem asfalto em Kabul.
Muttawakil continua sendo abertamente um talibã, mas suas atitudes fazem dele um "moderado do fundamentalismo", e seu nome ganha força a cada vez que os EUA ou o Governo afegão mencionam a necessidade de dialogar com a insurgência.
Em entrevista à Efe, afirmou que está contente pela retirada de seu nome da lista de pessoas associadas com o terrorismo no Conselho de Segurança da ONU, um gesto que os analistas veem como um sinal de degelo para negociar com os insurgentes.
Embora assegure que não tenha contato com o mulá Omar, em paradeiro desconhecido, e negue qualquer apoio do Paquistão ao movimento, os analistas acreditam que o Muttawakil serve como uma espécie de "mediador" talibã na capital afegã.
Sobre as eleições realizadas em seu país, o ex-dirigente talibã acredita que "não vão resolver os problemas afegãos" e ficam limitadas "à parte que controla o Governo" de Hamid Karzai.
"O problema entre o Governo e os talibãs é de confiança. Os talibãs dizem que este processo de paz não é de reconciliação, mas de integração. Com ele, tentam capturar-nos para separar-nos", resumiu.
Para Muttawakil, "uma forma de conseguir confiança é fechar prisões (como a de Bagram, no Iraque, ou a de Guantánamo), libertar os presos e eliminar listas negras (de terroristas em instituições internacionais). Esta será uma forte mensagem (para o Ocidente mostrar) que deseja dialogar com os talibãs".
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... istao.jhtm
Re: Notícias de Afeganistão
21/09/2010 - 14h22
Soldados que morreram na queda de helicóptero no Afeganistão eram americanos
WASHINGTON, 21 Set 2010 (AFP) -Os nove soldados das forças internacionais que morreram nesta terça-feira na queda de um helicóptero no sul do Afeganistão eram militares americanos, informou uma fonte do Pentágono.
A Aliança Atlântica que não mencionou ter havido disparos contra o aparelho, apesar do movimento talibã ter reivindicado um a ataque.
Com as novas baixas, o número de militares estrangeiros mortos no decorrer do ano no Afeganistão sobe a 529, fazendo de 2010 o mais violento dos nove anos de guerra.
Em 2009 morreram 521 militares estrangeiros.
"Nenhuma informação apontou tiros inimigos na zona, estamos investigando a causa do acidente", destaca ainda o comunicado da Aliança.
Pouco depois, no entanto, os talibãs anunciaram que derrubaram um helicóptero da Otan nesta terça-feira.
"Derrubamos um helicóptero das forças estrangeiras no distrito de Daychopan e matamos mais de 10 soldados", declarou à AFP Yusus Ahmadi, porta-voz dos extremistas.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... canos.jhtm
Soldados que morreram na queda de helicóptero no Afeganistão eram americanos
WASHINGTON, 21 Set 2010 (AFP) -Os nove soldados das forças internacionais que morreram nesta terça-feira na queda de um helicóptero no sul do Afeganistão eram militares americanos, informou uma fonte do Pentágono.
A Aliança Atlântica que não mencionou ter havido disparos contra o aparelho, apesar do movimento talibã ter reivindicado um a ataque.
Com as novas baixas, o número de militares estrangeiros mortos no decorrer do ano no Afeganistão sobe a 529, fazendo de 2010 o mais violento dos nove anos de guerra.
Em 2009 morreram 521 militares estrangeiros.
"Nenhuma informação apontou tiros inimigos na zona, estamos investigando a causa do acidente", destaca ainda o comunicado da Aliança.
Pouco depois, no entanto, os talibãs anunciaram que derrubaram um helicóptero da Otan nesta terça-feira.
"Derrubamos um helicóptero das forças estrangeiras no distrito de Daychopan e matamos mais de 10 soldados", declarou à AFP Yusus Ahmadi, porta-voz dos extremistas.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... canos.jhtm
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Re: Notícias de Afeganistão
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Explosão de bomba caseira mata soldado da Otan no Afeganistão
22 de setembro de 2010
Um soldado estrangeiro morreu nesta quarta-feira na explosão de uma bomba de fabricação caseira no sul do Afeganistão, anunciou em Cabul a Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf).
Este foi o 531º soldado estrangeiro morto no Afeganistão em 2010, o ano mais violento para a Otan desde a invasão en 2001. A Otan não revelou a nacionalidade do soldado morto.
Explosão de bomba caseira mata soldado da Otan no Afeganistão
22 de setembro de 2010
Um soldado estrangeiro morreu nesta quarta-feira na explosão de uma bomba de fabricação caseira no sul do Afeganistão, anunciou em Cabul a Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf).
Este foi o 531º soldado estrangeiro morto no Afeganistão em 2010, o ano mais violento para a Otan desde a invasão en 2001. A Otan não revelou a nacionalidade do soldado morto.
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Re: Notícias de Afeganistão
Mas eu cá fico a pensar: o quê esses caras estão esperando para dar no pé e deixar só os ianques e Ingleses segurando o rojão? Já viram que é fria, já viram que não dá para vencer, já viram que essa 'guerra' é cada vez mais impopular em seus próprios Países, a ponto de até governo cair, o que estão esperando?
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Notícias de Afeganistão
Mas assim a NATO fica ainda mais Americanizada. Não-se pode estar 60 e tal anos à sombra deles e depois sair porque o cenário não é um passeio. São imperialistas e mais não sei o quê mas são aliados.
A guerra do Afeganistão é necessária para a segurança do Ocidente. Deixar um país governado por um um grupo terrorista que fez ataques no ocidente por motivos válidos ou não para deixar de ter baixas militares e sujeitar-se a ter baixas civis é um erro de palmatória.
O deixar a guerra nas mãos da Inglaterra e dos EUA é abdicar da pouca influência que os outros países ainda tem e caminhar para uma OTAN bipolar em que os outros abanam com a cabeça ao tio Sam e ao Jonh Bull e participam nos desfiles. Uma OTAN mais pluralista garante mais segurança no ocidente.
A guerra do Afeganistão é necessária para a segurança do Ocidente. Deixar um país governado por um um grupo terrorista que fez ataques no ocidente por motivos válidos ou não para deixar de ter baixas militares e sujeitar-se a ter baixas civis é um erro de palmatória.
O deixar a guerra nas mãos da Inglaterra e dos EUA é abdicar da pouca influência que os outros países ainda tem e caminhar para uma OTAN bipolar em que os outros abanam com a cabeça ao tio Sam e ao Jonh Bull e participam nos desfiles. Uma OTAN mais pluralista garante mais segurança no ocidente.
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Re: Notícias de Afeganistão
Aí é que está: por exemplo, o que Portugal ganha com isso? Se há bilhões de dólares e montes de empregos bem remunerados em jogo para os Portugueses eu seria o primeiro a dizer: vão lá, matem e morram, é pelo bem de seu País, mas não é o que me parece...
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