#54
Mensagem
por Enlil » Sáb Set 11, 2010 3:50 pm
A questão fundamental é a classe política israelense não se deu conta q o mundo mudou. Assim como em muito outros lugares do mundo, nosso país é um exemplo, grupos políticos aliados a um forte suporte de mídia, conservadores de determinado statu quo político, econômico e social, estão cada vez menos eficazes em reproduzir sua "legitimidade". De fato um número cada vez maior de pessoas pelo mundo afora estão se dando conta q a política israelense em relação a Palestina não tem nada a ver com segurança mas sim com pura e simples anexação de território e, o q é pior, em muito fundamentada em "transcendentalismos imemoriais"...
Embora Israel tenha um governo eleito é um Estado em q a nacionalidade se confunde com religião e está é utilizada naturalmente para legitimar ações políticas e estratégicas. Sendo assim, Israel não deixa de ser uma semi-teocracia, onde Estado se confunde com religião e matiza fortemente sua política.
Já aos plaestinos infelizmente estão divididos entre os corruptos e colaboracionistas do Fatah e os radicais do Hamas. No entanto, por mais q o Hamas seja radical é bom não esquecer q ele foi ELEITO, inicialmente. Porque? Justamente pelo histórico do Fatah pós-acordos Acordos de Paz de Camp David: cedeu, não ganhou nada em troca e os únicos beneficiados foram a cúpula plutocrática do partido, q chegou ao cúmulo de construir mansões na favelizada Faixa de Gaza.
Por seu turno o Hamas, radical, não aceitará nunca a usurpação de territórios palestinos por migalhas, muito menos a represssão, a punição coletiva q só reproduz o ódio, o embargo, etc. Sem falar q, querendo-se ou não, de fato, o Hamas age como um Estado como um forte foco em asssistência civil, coisa q o Fatah muito pouco fez. De certa forma o Hamas é muito parecido com o Hezzbolah, no Líbano. Ambos não recuarão um milímetro frente Israel, além de terem forte atuação social, q lhes dá grande legitimidade frente a sociedade civil.
De certa forma o atual governo israelense atua como os neocons de Bush, com políticas muitas vezes de extrema-direita, legitimadas por toda sorte de partidos religiosos, uma evidência clara da ausência de separação entre sociedade civil e religião e q põem em cheque a suposta laicidade do Estado de Israel.
Enquanto a política israelense for comandada por sionistas de extrema-direita e religiosos fundamentalistas sua situação na região continuará insolúvel e cada vez menos legítima frente a opinial pública mundial.
Enfim, parte significativa da opinião pública mundial está se dando conta da razão fundamental da insolubilidade dos conflitos entre grupso israelenses e palestinos: radicais combatendo radicais de ambos os lados do front; e os civis...