Estratégia Nacional de Defesa

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GustavoB
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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#856 Mensagem por GustavoB » Sáb Ago 28, 2010 9:13 am

suntsé escreveu:
Carlos Mathias escreveu:Quem diria, hein!?

O comunista que apanhou da milicada foi quem renasceu-as das cinzas do descaso e descrédito.
Eu imagino se os comandantes das três forças estão felizes com o futuro que vislumbram prá sua respectivas forças.

O Enzo, vendo o EB lotado de blindados, CCs, Helis, novos fuzis, MSS...
O moura imaginado o dia que o primeiro SSN mergulhar na saída de uma baía....
O Saito, que de futuro operador de caças leves/pequenos, vai operar um caça médio no estado da arte, capaz de enfrentar 99% das FAer do mundo...

Acho que eles devem, se beliscar todo dia na hora de dormir. :)
Isto é uma prova mais do que clara que o LULA e a maioria dos lideres do PT, esqueceram suas pretenções revolucionárias e estão firmemente comprometidos com a consolidação definitiva das instituições democraticas.

Eu vislumbro o Brasil não só potencia militar, mais também um dos mais poderosos pilares da democracia no Ocidente.
Correção: o PT e o Lula nunca tiveram "pretensões revolucionárias".




Carlos Mathias

Re: Estratégia Nacional de Defesa

#857 Mensagem por Carlos Mathias » Sáb Ago 28, 2010 12:24 pm

Até parece que não tem o dedo dos empresários brasileiros nessa END.
Nos EUA tem (o ideal de muitos militares brasileiros, mas lá não tem problema ser assim).
Na Rússia tem.
Na França tem.
Na Inglaterra tem.

Na porra toda tem.

Errado?




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#858 Mensagem por Marino » Qua Set 01, 2010 10:37 am

Transcrito do Defesanet:
Novos tempos
(transcrição da Revista da Indústria, nº 163)

O que é Defesa Nacional? Quanto custa? Que benefícios traz para o desenvolvimento tecnológico? Nos últimos anos, essas e outras questões relacionadas têm despertado maior interesse entre os brasileiros


por Cosme Degenar Drumond

O Brasil sempre mostrou vocação e capacidade técnica para desenvolver e construir sistemas de defesa, desde o período colonial. Mas ao longo da história importou mais do que produziu nessa área. Na verdade, nunca houve no País uma política de Estado voltada para apoiar e suportar a produção nacional no setor. Pelo contrário. Na segunda metade da década de 1980, o Congresso Nacional confundiu defesa com repressão política e deflagrou um processo de enfraquecimento do poder militar brasileiro. Hoje, 25 anos depois – tempo suficiente para o domínio de uma gama de tecnologias de ponta –, a importância que a defesa representa no Estado democrático é finalmente reconhecida no Brasil.

É bem isso o que a Estratégia Nacional de Defesa, aprovada em dezembro de 2008, mostra claramente ao estabelecer um conjunto de ações de médio e longo prazo de modernização e aparelhamento das Forças Armadas. A indústria de defesa brasileira volta a participar da agenda nacional como responsável pela produção e pelo fornecimento dos equipamentos necessários, apoiada em tecnologias de domínio próprio.

A decisão chega com atraso, mas é inédita na história brasileira, amalgamada por objetivos estratégicos que visam, entre outras metas, criar um escudo protetor eficiente e bem-estruturado para o País e estimular a ciência e a tecnologia no setor de defesa.

Fiesp. Nesse contexto, o Departamento da Indústria de Defesa (Comdefesa) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) cumpriu e vem desenvolvendo um trabalho de alta relevância política. O envolvimento da Fiesp na questão fez com que o tema defesa virasse rotina na entidade paulista com debates construtivos que valorizam as missões constitucionais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

O Comdefesa nasceu em novembro de 2004, constituído por representantes das empresas do setor, da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa (ABIMDE), Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), das Forças Armadas, agências do governo, do sindicato dos ministérios da Defesa, da Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Relações Exteriores e da Fiesp.

As Forças Armadas sempre apareceram nas primeiras posições das pesquisas de opinião sobre a confiança das instituições brasileiras. Isso é fato. Na mais recente delas, do segundo trimestre de 2010, o Relatório ICJBrasil (Índice de Confiança na Justiça), da Fundação Getulio Vargas, as Forças Armadas lideram a pesquisa, com 63% de confiabilidade da população, seguidas das grandes empresas (54%) e do governo federal (43%). A confiabilidade do Judiciário aumentou (33%). Das dez instituições pesquisadas, os partidos políticos aparecem na última posição, com 21% de confiança.

Contrariamente à privilegiada imagem de que gozam perante a população, as Forças Armadas, porém, não recebiam tratamento justo em aparelhamento, à altura da real magnitude da personalidade brasileira. A Estratégia Nacional de Defesa pretende corrigir esse contraste. Esse foi o primeiro grande objetivo do movimento industrial que recebeu o apoio da Fiesp por meio do Comdefesa.

O departamento promoveu a capacidade da indústria de defesa em pesquisa, conhecimento e inovação, formou banco de competências, incentivou missões comerciais e conduziu seminários e debates, sempre sob a perspectiva da produção nacional. Ao mesmo tempo, discutiu com o governo o fortalecimento da estrutura de defesa do País. Os bons resultados sucederam-se. Outros fóruns importantes reforçaram o movimento em prol da defesa.

Na avaliação de Walter Bartels, presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (Aiab), essa interlocução governo-indústria deu origem a vários documentos legais que hoje regem -- ou se propõem a reger -- a atividade da indústria de defesa no País, sempre em suporte às Forças Armadas. A grande novidade é o status conferido à Defesa Nacional como atribuição do Estado, e não mais como decisão de governo.

Isolada por muitos anos das grandes decisões nacionais, a indústria de defesa brasileira ingressa em um novo tempo.

Luzes e sombras. A modernização das Forças Armadas começou com a assinatura dos contratos para a produção de helicópteros de transporte militar e de construção de submarinos, que implicarão o derramamento de avançadas tecnologias na indústria brasileira. Um terceiro programa, que fornecerá os caças de superioridade aérea pretendidos pela Força Aérea, desencadeará semelhante arrasto tecnológico. “O Brasil está entrando em uma fase de conscientização da necessidade de usar cada vez mais os conhecimentos de ponta, o que puxa o País para um nível diferenciado em termos de materiais de conteúdo tecnológico”, diz Jairo Cândido, diretor titular do Comdefesa.
A indústria está capacitada para enfrentar os novos desafios. Conta com pessoal técnico e instalações industriais modernas e certificadas. Uma parcela do setor, no entanto, precisa passar pelo mesmo processo de capacitação. Cândido não vê dificuldade para o exigido aprimoramento. “A indústria é bastante ágil e estará inteiramente pronta e certificada no tempo certo.”

As previsões indicam o ano de 2014 como o início do enlace da indústria com os programas previstos pela Estratégia Nacional de Defesa. Até lá as empresas estarão se aprimorando e discutindo os processos de transferência de tecnologias e pleiteando a remoção dos obstáculos que sempre dificultaram o crescimento da produção nacional. Se o poder de compra das Forças Armadas é essencial para a indústria, a diminuição da carga tributária incidente sobre os produtos brasileiros é fundamental para garantir a competitividade perante a similar estrangeira. Diferentemente de outros setores produtivos, a Defesa trabalha com alto volume de obrigações, sobretudo em aquisição de tecnologias e certificações, até chegar ao produto pronto. Isso exige tratamento especial, já que o único cliente nesse mercado é o próprio governo.

Necessidades. Algumas das soluções pleiteadas pela indústria requerem a votação de emendas à Constituição, sobretudo de orçamentos, isonomia tributária e apoio à exportação. Os orçamentos militares não têm sido suficientes para estimular a produção nacional. No mercado mundial, as empresas brasileiras enfrentam dificuldades de exportação. O diretor titular do Comdefesa elenca as razões: “Precisamos de financiamento para vender no exterior e de garantias para os contratos negociados”.
A Estratégia Nacional de Defesa será regulamentada em agosto próximo. A partir daí, a Secretaria de Compras do Ministério da Defesa convocará as empresas para os entendimentos legais de atendimento às demandas. O orçamento da União e os financiamentos externos são as alavancas para as produções. Nesse aspecto, deve-se considerar que os programas de desenvolvimento tecnológico não podem sofrer quedas de fluxo econômico ou interrupção do ciclo de produção, sob o risco de prejudicar toda a dinâmica dos processos.

Outros aspectos importantes são os offsets, a contratação de mão de obra especializada, até para compreender as novas tecnologias que serão processadas, as figuras do “prime contractor” e “main contractor”, o melhor desenho na formação técnica, a sintonia com os parceiros internacionais. É sabido que tecnologia de ponta não se transfere, não se dá, nem se vende; adquire-se praticando. Essa é outra relevante questão a considerar, cujo objetivo é tornar a Defesa Nacional forte e independente. A missão do Comdefesa, portanto, permanece ampla e contínua.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#859 Mensagem por Guerra » Qui Set 02, 2010 10:10 am

Carlos Mathias escreveu:
Até parece que não tem o dedo dos empresários brasileiros nessa END.
Nos EUA tem (o ideal de muitos militares brasileiros, mas lá não tem problema ser assim).
Na Rússia tem.
Na França tem.
Na Inglaterra tem.

Na porra toda tem.

Errado?
Mas eu disse que estava errado?




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#860 Mensagem por LeandroGCard » Qui Set 02, 2010 1:04 pm

Marino escreveu: Isolada por muitos anos das grandes decisões nacionais, a indústria de defesa brasileira ingressa em um novo tempo.

Luzes e sombras. A modernização das Forças Armadas começou com a assinatura dos contratos para a produção de helicópteros de transporte militar e de construção de submarinos, que implicarão o derramamento de avançadas tecnologias na indústria brasileira. Um terceiro programa, que fornecerá os caças de superioridade aérea pretendidos pela Força Aérea, desencadeará semelhante arrasto tecnológico.
A escolha dos exemplos nesta parte do texto denotam a falta de familiaridade do autor com a realidade do desenvolvimento tecnológico. Produzir no Brasil o que já foi desenvolvido lá fora é algo que fazemos há uns 70 ou 80 anos, e naquela época representou uma mudança de patamar para nossa sociedade, que saiu da economia basicamente agrícola para uma fortemente industrial. Mas hoje, muitas décadas depois, não acrescenta mais nada, é apenas "mais do mesmo". As "avançadas tecnologias" as quais ele se refere serão apenas trazidas para o Brasil a alto preço, não implicando que nosso país se torne um desenvolvedor de tecnologias. Neste estágio já estamos desde a década de 30 do século passado. Ele poderia ter citado outros exemplos mais promissores.

“O Brasil está entrando em uma fase de conscientização da necessidade de usar cada vez mais os conhecimentos de ponta, o que puxa o País para um nível diferenciado em termos de materiais de conteúdo tecnológico”, diz Jairo Cândido, diretor titular do Comdefesa.
A indústria está capacitada para enfrentar os novos desafios. Conta com pessoal técnico e instalações industriais modernas e certificadas. Uma parcela do setor, no entanto, precisa passar pelo mesmo processo de capacitação. Cândido não vê dificuldade para o exigido aprimoramento. “A indústria é bastante ágil e estará inteiramente pronta e certificada no tempo certo.”

As previsões indicam o ano de 2014 como o início do enlace da indústria com os programas previstos pela Estratégia Nacional de Defesa. Até lá as empresas estarão se aprimorando e discutindo os processos de transferência de tecnologias e pleiteando a remoção dos obstáculos que sempre dificultaram o crescimento da produção nacional.
Vivo isso no dia-à-dia, e não é totalmente verdade. A indústria brasileira em geral, com as pouquíssimas exceções bem conhecidas, não está preparada para o salto que seria a mudança do enfoque da produção para a inovação. Em termos teóricos é possível que se preparem para isso até 2014 ou pouco depois, mas na prática isso exigiria uma mudança de filosofia ou nos órgãos governamentais ligados às FA's ou dentro da própria indústria (idealmente em ambos) da qual ainda não consegui perceber nenhum indício nos meus contatos com o mercado.


Pelo que tenho visto até agora as FA's devem de fato passar por uma fase áurea no que tange ao reequipamento e até certo ponto reorganização, e as fábricas em território brasileiro (quase com certeza com uma maioria pertencente a empresas não nacionais) devem participar e ganhar muito dinheiro enquanto esta fase durar. Mas não vejo até agora motivos para acreditar que passará disso, e que quando os novos equipamentos tiverem substituído os velhos tudo não voltará ao que era antes.


É pena.


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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#861 Mensagem por Marino » Seg Set 06, 2010 5:35 pm

Defesanet:

Portaria N 1423 / MD, de 06 de Setembro de 2010

O MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA, mo uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único, do art. 87 da Constituição, e disposto na Estratégia acional de Defesa, aprovada pelo Decreto n 6.703, de 18 de dezembro de 2008, resolve:

Art 1 Estabelecer Diretrizes preliminares ao Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) que constituem a síntese das linhas mestras de ação a ser desenvolvida com a cooperação irrestrita de todos os Comandantes, dos Estados Maiores das Forças Singulares e dos demais órgãos do Ministério de Defesa.

Art 2 O EMCFA, como órgão coordenador das ações militares, deverá atuar em consonância com os Comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, visando ao planejamento estratégico e ao emprego conjunto das Forças Singulares.

Art 3 São as seguintes Diretrizes:

I – Cumprir e fazer cumprir as determinações fixadas pela Estratégia Nacional de Defesa (END),

II – Promover as ações necessárias ao cumprimento dos objetivos propostos pelas Diretrizes Ministeriais 014/2009 e 015/2009, que dispõem, respectivamente, sobre a integração e Coordenação dos Setores Estratégicos da Defesa (Nuclear, Cibernético e Espacial) e sobre a Coordenação de Programas e Projetos Comuns às Forças Armadas.

III – Gerir os assuntos referentes à Estratégia de Projeção de Poder, visando a aumentar a capacidade de desdobrar Força Expedicionárias e Forças de Paz, bem como o aumento da sua capacidade de emprego.

IV – Planejar, organizar e orientar os exercícios conjuntos das Forças Armadas em consonância com a END.

V – Planejar e orientar o emprego das Forças Armadas nas ações de defesa da Soberania Nacional e da Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

VI – Estudar, em conjunto com os demais órgãos responsáveis pelo Sistema Logístico, a melhoria de sua interação, como meio de desenvolver a interoperabilidade das Forças Armadas.

VII – Aprofundar estudos de forma a operacionalizar ao Máximo a Lei de Mobilização.

VIII – Estudar da criação de estrutura subordinada ao EMCFA, responsável pela coordenação do emprego das Forças singulares na faixa de fronteira, no mar, nas águas interiores e no espaço aéreo, na repressão de delitos transfronteiriços e ambientais, isoladamente ou em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo.

IX – Estudar a profissionalização das unidades estratégicas das Forças singulares.

X – Estudar o dimensionamento das Forças Singulares para atender aos objetivos da END.

XI – Ativar, em curto prazo, o Comitê de Chefes de Estados Maiores das Forças Singulares

Art 4 A atividade de inteligência deverá ter como objetivo produzir informações estratégicas de interesse do Ministro da Defesa e do Chefe do EMCFA para auxiliar a tomada de decisões em tempo de paz e subsidiar o Comandante Supremo quando acionada a Estrutura Militar de Defesa.

Parágrafo único. Cabe ao EMCFA orientar os órgãos de inteligência da Forças singulares na produção e conhecimento para subsidiar o planejamento operacional.

Art 5 As Diretrizes da presente Portaria permitem novas considerações, quer seja por iniciativa deste Ministro, quer seja por sugestões oriundas do Chefe do EmCFA, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e dos respectivos Chefes de Estado-Maior.

Art 6 Esta portaria entra em vigor na data da sua publicação.

Nelson A. Jobim

Portaria N

Nota- no informe distribuído não constava o número da portaria

O MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelos incisos I e II do parágrafo único do art 87 da Constituição, resolve:

Art. 1 Determinar que o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, em observância ao disposto no art. 11 da Lei Complementar 97, de 9 de junho de 1999, e no art. 3 da Lei Complementar n 136, de 25 de agosto de 2010, conduza as atividades do atual Estado-Maior de Defesa (EMD), da Secretaria de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia (SELOM) e da Secretaria de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais (SPEAI).

Art 2 Determinar que o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e o Secretário de Organização Institucional coordenem o plano de transição organizacional até a aprovação da nova estrutura regimental da Defesa.

Art 3 Determinar que os Comandos das Forças Singulares observem, desde já, as orientações desta Portaria.

Art 4 Determinar que sejam tomadas providências visando a à aprova’[cão da estrutura regimental do Ministério da Defesa, em face dos disposições estabelecidas pela Lei Complementar n 97 de 1999, pela Lei Complementar n136, 2010, e pelo Decreto n 6.703, de 18 de dezembro de 2008, que aprovou a Estratégia Nacional de Defesa.

Art 5 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Nelson A. Jobim




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#862 Mensagem por Bender » Seg Set 06, 2010 6:13 pm

Assistam: A Corte Marcial de Billy Mitchel,Tele Cine Clássicos e vejam as semelhanças do despertar de uma nação para importância do fortalecimento e organização das Forças Armadas, em um país que desponta como potência. Só que no filme toda discussão se passa em 1923!!!!!!! Dejavú made USA,muito bom e apropriado para a reflexão de nosso momento atual.

Grande abraço!




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#863 Mensagem por suntsé » Seg Set 06, 2010 6:27 pm

LeandroGCard escreveu:A escolha dos exemplos nesta parte do texto denotam a falta de familiaridade do autor com a realidade do desenvolvimento tecnológico. Produzir no Brasil o que já foi desenvolvido lá fora é algo que fazemos há uns 70 ou 80 anos, e naquela época representou uma mudança de patamar para nossa sociedade, que saiu da economia basicamente agrícola para uma fortemente industrial. Mas hoje, muitas décadas depois, não acrescenta mais nada, é apenas "mais do mesmo". As "avançadas tecnologias" as quais ele se refere serão apenas trazidas para o Brasil a alto preço, não implicando que nosso país se torne um desenvolvedor de tecnologias. Neste estágio já estamos desde a década de 30 do século passado. Ele poderia ter citado outros exemplos mais promissores.
Com todo o respeito meu caro amigo, mais eu não concordo com você. Eu acho que a tranferêcnia de tecnologia pode sim nos ajudar a ser desenvolvedores de tecnologia. Pelo menos nos capacitar a participar do desenvolvimento de novas armas em conjunto com outros paises. Para que este objetivo seja alcançado é necessário dar o primeiro passo, que é issom que vai ser feito, quando anunciarmos o vencedor de FX.

O Brasil não tem experiencia nenhuma no desenvolvimento de caças de superioridade aérea (Como o Rafale) por isso essa transferencia é imprecindivel para darmos o primeiro passo.

Uma coisa positiva em nossa moderna democracia, é que questões defesa estão despertando o interesse de nossas autoridades, e as reformas estruturais que estão ocorrendo na nossa estrutura de defesa. Por isso, eu acho que agora esta havendo vontade politica, eu acredito que algo maior ira vir por ai.

Saudações.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#864 Mensagem por Marino » Ter Set 07, 2010 8:45 am

Não concordo em algumas questões:

TENDÊNCIAS/DEBATES

Transformação do Ministério da Defesa

LUIZ ROBERTO PERET

A estrutura de comando militar adotada em lei recém-aprovada no Brasil guarda bastante semelhança com a existente nos Estados Unidos



A criação do Ministério da Defesa, em junho de 1999, teve, entre outros objetivos, o objetivo de dinamizar a gestão do setor de defesa.

A existência de três ministérios militares e do Estado-Maior das Forças Armadas não permitia o adestramento e o emprego conjunto de acordo com as necessidades de um país com dimensões continentais e crescente participação no jogo de poder internacional.

A lei complementar sancionada pelo presidente da República no dia 25 de agosto deste ano vem ao encontro dos anseios da nação brasileira de possuir Forças Armadas que respaldem as suas decisões.

Clausewitz dizia que a guerra é a continuação da política por outros meios. Portanto, cabe ao segmento político decidir como e quando empregar o seu poder militar.

O presidente, em sua preleção, ressaltou a velocidade com que o projeto de lei foi aprovado no Congresso. Atribuiu parte do sucesso à ação pessoal do ministro da Defesa.

No entanto, cabe ressaltar que a nação brasileira, por estar afastada dos assuntos de defesa, e o próprio Congresso, por meio de suas Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional, por não emprestar a devida importância a tais assuntos, tendem a aceitar as propostas do Executivo sem debatê-las.

O amadurecimento da democracia e a importância do Brasil tenderão a modificar, positivamente, esse quadro. A estrutura de comando adotada nessa lei guarda bastante semelhança com a existente nos Estados Unidos da América.

O ministro da Defesa é enquadrado na hierarquia militar e torna-se o político responsável por assessorar o comandante supremo, presidente da República, no emprego das Forças Armadas ou mesmo empregando-as por decisão própria, respaldado na autoridade legal. O século que vivemos não permite a cultura do emprego singular.

Para dar continuidade à transformação do Ministério da Defesa, urge reestruturar os grandes comandos regionais das três Forças. À semelhança do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), esses comandos regionais devem se fundir em um único comando conjunto, por área geográfica, sob o comando de um oficial general da ativa do último posto de qualquer Força.

Este oficial é subordinado ao ministro da Defesa, com supervisão do chefe do Estado-Maior Conjunto. Aos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, cabe a responsabilidade de preparar as tropas, não tendo autoridade para o seu emprego.

A criação dos Comandos Regionais Conjuntos encerra a fase de reestruturação do Ministério da Defesa no nível estratégico operacional. Se isso não ocorrer no futuro imediato, a nova lei complementar não terá efeito prático.

Será mais uma das leis brasileiras que não pegam.

LUIZ ROBERTO PERET é general da reserva. Foi oficial de ligação do Exército brasileiro com o Exército dos EUA, comandou a 17ª Brigada de Infantaria de Selva e foi adido militar nos EUA e no Canadá.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#865 Mensagem por LeandroGCard » Ter Set 07, 2010 10:00 am

suntsé escreveu:
LeandroGCard escreveu:A escolha dos exemplos nesta parte do texto denotam a falta de familiaridade do autor com a realidade do desenvolvimento tecnológico. Produzir no Brasil o que já foi desenvolvido lá fora é algo que fazemos há uns 70 ou 80 anos, e naquela época representou uma mudança de patamar para nossa sociedade, que saiu da economia basicamente agrícola para uma fortemente industrial. Mas hoje, muitas décadas depois, não acrescenta mais nada, é apenas "mais do mesmo". As "avançadas tecnologias" as quais ele se refere serão apenas trazidas para o Brasil a alto preço, não implicando que nosso país se torne um desenvolvedor de tecnologias. Neste estágio já estamos desde a década de 30 do século passado. Ele poderia ter citado outros exemplos mais promissores.
O Brasil não tem experiencia nenhuma no desenvolvimento de caças de superioridade aérea (Como o Rafale) por isso essa transferencia é imprecindivel para darmos o primeiro passo.
Com todo o respeito meu caro amigo, mais eu não concordo com você. Eu acho que a tranferêcnia de tecnologia pode sim nos ajudar a ser desenvolvedores de tecnologia. Pelo menos nos capacitar a participar do desenvolvimento de novas armas em conjunto com outros paises. Para que este objetivo seja alcançado é necessário dar o primeiro passo, que é issom que vai ser feito, quando anunciarmos o vencedor de FX.
Caro amigo,

O problema é que a simples transferência de tecnologia não ajuda em absolutamente nada se esta não for efetivamente utilizada no momento de sua recepção ou logo após. No caso específico dos caças por exemplo, se o Brasil não tem planos de iniciar o desenvolvimento de um novo caça nacional a partir de 2015-2017, a tempo de substituir os F-5M e AMX-M quando de sua saída de serviço lá para 2025, então a tecnologia adquirida ou será perdida ou se tornará absoleta, e de nada adiantará termos pago um centavo que seja para tê-la adquirido.

E quanto ao eventual aproveitamento da tecnologia do FX-2 em outros produtos que não caças, a Embraer absolutamente não precisa disso, ela pode desenvolver sozinha qualquer produto na área aeronáutica que quiser (vide ST, Família 170/190 e C-390). Ela hoje é uma grande geradora e tecnologia na área (trabalhando junto com seus parceiros e fornecedores, como tem que ser), e não está atrás de ninguém neste aspecto.

A questão então é: O Brasil vai desenvolver um projeto de caça próprio dentro dos próximos anos, para aproveitar a TT do FX-2? E dadas todas as informações que temos a resposta é um sonoro NÃO, a FAB não mostra o menor interesse nisso, muito pelo contrário (tudo o que se fala é na padronização dos aviões de combate como o modelo do FX-2, o que fecharia a janela de desenvolvimento de um novo caça até depois de 2040), o governo brasileiro dificilmente insistiria nisso dado o investimento necessário, e a Embraer jamais irá embarcar em uma aventura como esta sem a FAB e o governo praticamente obrigá-la. Então esqueça, a única transferência de tecnologia útil no âmbito do FX-2 será referente à liberação de informações para a manutenção e integração de armamentos (o que aliás a Embraer já sabe perfeitamente fazer, vide ST, AMX e F-5M), praticamente todo o resto que podemos vir a utilizar poderia simplesmente ser adquirido no mercado, não é preciso comprar caça nenhum para isso. Eu vi a lista de tecnologias oferecidas pela França por exemplo, como divulgada aqui neste fórum, e muitas delas até minha empresa oferece ao mercado já faz mais de 15 anos!

O mesmo se passa no caso dos sub's por exemplo. Enquanto não se iniciar o desenvolvimento de nossos próprios projetos a transferência de tecnologia terá sido inútil, melhor seria comprar os sub´s convencionais prontos e contratar a consultoria para o projeto do casco do nuclear (ou você tem alguma dúvida de que se comprássemos os Scorpéne-BR direto da França eles não projetariam o casco no nuclear para nós com ainda mais boa vontade?). Não precisaríamos gastar tempo e esforço aprendendo algo que não utilizaremos, e ainda economizaríamos tempo, provavelmente o SNB estaria entrando em operação uns 5 anos antes do previsto agora.

SE, de fato, viermos a desenvolver novas classes de submarinos de projeto totalmente nacional dentro dos próximos 10 anos aí sim, o esforço teria valido à pena. Mas isto não é uma coisa que se decida de um dia para o outro, se fosse este o plano já se deveriam estar discutindo as características destes sub´s, e repare que ninguém na MB ou no governo fala disso, então é bem possível que fiquemos construindo variantes do Scorpène-BR e do SNB, alterando apenas detalhes, pelos próximos 30 ou 40 anos (exatamente como aconteceu com as classes Tupi/Tikuna). Se acha que depois disso a tecnologia absorvida agora terá alguma utilidade, veja então o que aconteceu no caso das classes "T". No caso das fragatas também, já foi divulgado que se desejam 30 navios com o mesmo projeto (novamente variando apenas os detalhes), e todos batem palmas, sem perceber que isto implicará na incapacidade do país de desenvolver depois novos projetos no estado da arte.

O caso dos helis é o pior de todos, a Helibrás é apenas uma filial de uma empresa estrangeira e nunca teve e nem terá a capacidade de desenvolver nada no Brasil, depois de décadas construindo aqui vários modelos de helicópteros. Todos eles ainda tem índice de nacionalização relativamente baixo, apenas componentes estruturais e equipamentos mais simples são produzidos aqui. Não ganhamos com ela nem um único engenheiro no Brasil apto a projetar um helicóptero operacional, por mais simples que seja.

O autor do texto poderia ter citado casos como o do próprio C-390, uma iniciativa da Embraer que teve imediata adesão do governo, ou os casos da Mectron e da Avibrás, com seus sistemas de mísseis e armas inteligentes. Mas infelizmente nem ele, nem o governo, nem as FA´s e nem o público em geral percebe a diferença entre programas de desenvolvimento realmente autóctones e a simples fabricação de projetos estrangeiros no Brasil, então fica muito difícil imaginar que no futuro estes programas venham realmente a acrescentar alguma coisa de permanente ao parque tecnológico nacional. Eles no máximo criarão empregos para alguns técnicos especializados e engenheiros supervisores de construção, mas não ajudarão o país a sair do patamar em que já se encontra, de só poder colocar em produção ítens importantes da defesa nacional se tiver auxílio de países realmente desenvolvidos.

Uma coisa positiva em nossa moderna democracia, é que questões defesa estão despertando o interesse de nossas autoridades, e as reformas estruturais que estão ocorrendo na nossa estrutura de defesa. Por isso, eu acho que agora esta havendo vontade politica, eu acredito que algo maior ira vir por ai.

Saudações.
De fato pela primeira vez em 30 anos vejo as discussões sobre assuntos militares se tornarem sérias, mas talvez pela falta de prática do governo, das FA´s e da própria sociedade me parece ainda faltar muito para que estas discussões levem realmente a mudanças na situação de nosso país do ponto de vista de tecnologia aplicada à defesa (que quase sempre deverá ser comprada fora), ou o que seria mais importante, da defesa ajudando o país a desenvolver sua própria tecnologia.


Um grande abraço,


Leandro G. Card




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#866 Mensagem por suntsé » Ter Set 07, 2010 1:11 pm

Muito obrigado, Leandro pelas suas apreciações.

Saudações.




jauro
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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#867 Mensagem por jauro » Qua Set 08, 2010 12:55 pm

Defesa
DefesaNet 08 Setembro 2010
Folha de São Paulo 07 Setembro 2010
Lançado o Jobimismo?
Uma aposta para a Defesa

ELIANE CANTANHÊDE


BRASÍLIA - Lula adotou uma política de "não-aporrinhação" na sua relação com as Forças Armadas. Uma a duas vezes por ano, convida os comandantes militares para uma festa na Granja do Torto, dá um tapinha nas costas de cada um, faz uma brincadeira qualquer e depois empurra os problemas para o ministro da Defesa de plantão.

O primeiro, embaixador José Viegas (1/2003 a 11/2004), viu-se absolutamente sozinho ao enfrentar o Exército, quando o então comandante divulgou uma nota oficial no 31 de março (dia do golpe, lembra?) não apenas defendendo o regime militar como justificando a tortura. Resultado: quem caiu foi Viegas.

O segundo foi o vice José Alencar (11/2004 a 3/2006), um bom contador de "causos" mineiros, que fez boas amizades entre os comandantes e circulou à vontade nas tradicionais homenagens militares, mas entrou e saiu do cargo sem entender bulhufas da filosofia, dos anseios e dos equipamentos da área.

O terceiro, Waldir Pires (3/2006 a 7/2007), uma boa alma baiana, assistiu impassível à insubordinação de sargentos, a um caos aéreo sem precedentes e aos dois maiores acidentes da aviação brasileira. A tudo reagia defendendo "o Estado democrático de Direito". Mas Lula contava com sua decantada sorte, achando que as coisas se resolveriam sozinhas. Errou.

O quarto ministro é Nelson Jobim (7/2007), um gaúcho grandalhão de voz grossa que deu um fim ao caos aéreo, inviabilizou apologias à ditadura, estruturou a pasta e parece se divertir um bocado metido em uniformes de campanha, enquanto refaz o parecer da FAB sobre a renovação da frota de caças.

Uma boa aposta é que Jobim fique no cargo a partir de janeiro, seja Dilma ou Serra o(a) novo(a) comandante em chefe das Forças Armadas. Nenhum dos dois entende nada disso, e Dilma nem quer ouvir falar de milico. Além disso, duvido que PT, PSB, PSDB, PMDB... estejam se matando por esse vespeiro.
DefesaNet
A jornalista Eliane Catanhede é a porta-voz, não oficial, do Ministro da Defesa Nelson A. Jobim na imprensa. A sua coluna, no próprio dia 07 Setembro, traz uma questão relevante. Será um indicador de que o Sr Nelson A. Jobim foi inoculado pelo virús militar?

O noticário político indica que teria recebido convite do Presidente Luiz Inácio para concorrer à presidência do PMDB, em caso de vitória da candidata Dilma Rousseff.

http://www.defesanet.com.br/br/2010_32.htm
Além de não ser oficial, é a que mais ataca a classe militar.
Sem preparo nem respaldo para com as lides castrenses, baixa o nível e usa termos como milico, vespeiro, ...Lula não quer aporrinhação com militares...,tapinha nas costas, empurra para o ministro de plantão, dia do golpe e por aí vai.
Essa CA(N)TANHEDE, futriqueira, sempre vai ser contra tudo que diga respeito à Defesa ou às FA.
Mas, o que mais me intriga é esse tipo de conversa fuxiqueira, encontrar respaldo em mídias especializadas em assuntos de defesa, em detrimento de outros muito mais relevantes.




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#868 Mensagem por Carlos Lima » Qua Set 08, 2010 2:17 pm

Olá Jauro...

Olha o "Paitrocínio" da página do Defesanet...

Isso vai explicar os comentários do "Editor"... :wink:

[]s
CB_Lima




CB_Lima = Carlos Lima :)
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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#869 Mensagem por prp » Qua Set 08, 2010 2:32 pm

O Defesanet já perdeu a credibilidade a muito tempo.
Na verdade os únicos que tem credibilidade nas informções é o DB e a ALIDE, o resto tá foda.




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Marino
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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#870 Mensagem por Marino » Qui Set 09, 2010 8:48 am

Brasil refuerza su músculo militar

El País (Es) (España)

Francho Baron

La nueva estrategia defensiva busca proteger mejor sus recursos
naturales.

Brasil continúa fortaleciendo su músculo militar con la contratación
de 647 nuevos cargos de confianza en su Ministerio de Defensa. Con el
telón de fondo de la selva amazónica como patrimonio natural de valor
incalculable y los extraordinarios descubrimientos petrolíferos en el
denominado presal, frente a las costas de Río de Janeiro, São Paulo y
Espíritu Santo, el presidente Luiz Inácio Lula da Silva dio la semana
pasada un nuevo paso en la adopción de la Estrategia Nacional de
Defensa, lanzada a finales de 2008 con el objetivo de modernizar y
hacer creíble la faceta defensiva del país ante la comunidad
internacional. Asimismo, la nueva doctrina pretende arrebatar el
control absoluto del Ministerio de Defensa a la alta jerarquía
castrense, que también verá alterada su estructura interna.

"El Ministerio de Defensa, desde su creación hace 11 años, ha estado
en manos de los militares, algo que no es justo porque ellos han
velado exclusivamente por sus intereses corporativos. Con esta
reformulación de la política defensiva se pretende dotar al ministerio
de un perfil más político y menos castrense, fortalecer el brazo civil
en detrimento del militar", explica Clovis Brigagão, director del
Centro de Estudios de las Américas de la Universidad Candido Mendes
.
QUE IDIOTA!!!! :evil:
Según la Ley de la Nueva Defensa lanzada por Lula y que ahora deberá
ser discutida en el Congreso, el actual ministerio pasará a tener
1.675 funcionarios, más de la mitad cargos civiles. La creación de 647
nuevos puestos de confianza ha desencadenado en la prensa brasileña la
crítica más recurrente: el alto coste para las arcas públicas, cerca
de 100.000 euros al mes.

Carrera armamentística

Lula, que desde hace dos años viene dando muestras de su creciente
interés por solventar las carencias defensivas brasileñas, abogó por
la "inversión para defender un patrimonio que desconocíamos, pero que
ya estaba ahí hace 160 millones de años, y que ha salido a la luz con
el descubrimiento del presal". "Tenemos que dar un paso importante
para decirle al mundo que Brasil se toma muy en serio su defensa",
añadió en la ceremonia de lanzamiento del proyecto de ley. "Sin duda
alguna, el presal está directamente relacionado con la decisión de
revisar la política de defensa. Brasil necesita ahora aumentar sus
capacidades en defensa marítima y labores de vigilancia aérea de esa
zona", explica Brigagão.

En este sentido, inquieta especialmente en el Gobierno de Brasilia la
decisión tomada hace un par de años por EE UU de reactivar su Cuarta
Flota para el Caribe y el Atlántico Sur, un contingente nada
despreciable de navíos y aviones de guerra que, teóricamente, tienen
como misión combatir el narcotráfico en la zona, pero que al mismo
tiempo despiertan la suspicacia de algunos escépticos que ven en él
una amenaza a la soberanía brasileña en los yacimientos submarinos.
"Brasil estará en condiciones de decir "no" cuando lo vea necesario,
sea al país que sea, en la afirmación de sus intereses y de su
soberanía", advirtió el ministro de Defensa brasileño, Nelson Jobim.

No en vano, Brasil ya ha cerrado con Francia la compra de cuatro
submarinos convencionales Scoperne y de uno de propulsión nuclear, que
sería el primero de estas características en Sudamérica. En el paquete
también se incluyen 50 helicópteros de transporte y la negociación,
aún abierta, para adquirir 36 aviones de combate. Inicialmente París y
Brasilia anunciaron a bombo y platillo que la francesa Dassault y su
caza supersónico Rafale se habían hecho con el suculento contrato,
aunque el Ministerio de Defensa brasileño desmintió luego la noticia
bajo ciertas presiones de EE UU, que también compite en la licitación
con su F-18 Super Hornet fabricado por Boeing.

Uno de los elementos clave de la nueva doctrina consiste en la
reactivación de la industria militar brasileña, en decadencia desde
los noventa. Prueba de ello es que la condición sine qua non impuesta
por Brasil en cada una de sus negociaciones para adquirir material
militar en el exterior es que se produzca la transferencia tecnológica
necesaria para su fabricación o mantenimiento en su territorio. Esto
habría empujado a Francia a aceptar unos niveles de transferencia de
información sensible difíciles de imaginar en otro contexto. Así, el
Ejecutivo persigue acabar poco a poco con su dependencia de terceros
países a la hora de abastecerse de insumos militares de última
generación.

El País (Es) (España)




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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